Já faziam 5 dias desde que a Regina tinha sumido, eu não tinha ideia do paradeiro dela, e Neal não saia do meu pé.
Era o dia do bendito baile, minha mãe não entendia que eu não tinha a mínima cabeça pra isso, tudo o que eu queria era fugir daquilo tudo. Ela já havia me feito experimentar centenas de vestidos, até finalmente eu escolher um e só escolhi pra ela parar, fingi amor a primeira vista a um longo vestido vermelho, tomara que caia, com detalhes dourados na cintura e na ponta. Ela não havia gostado muito, por ser muito moderno e muito o mundo humano, mas não liguei.
– Emma, irão vir varios principes, cada um mais lindo que outro. -disse pela milésima vez, eu não suportava mais ouvir aquilo.
– Mãe, eu não quero saber de outro amor, eu já tenho um no meu coração. -deixei escapar, e só depois de falar percebi a besteira que eu havia dito.
– Nossa, desculpa Emma. Eu deveria ter percebido que você ainda gosta do Neal. -meus olhos encheram de lagrimas. Eu não podia suportar ouvir ela falando isso, porque me lembrou quando Regina jogou na minha cara minha mentira e meus erros.
Apenas chorei e ela me abraçou.
– Quero ficar um pouco só. -pedi.
– Certo. Até mais tarde. -afagou meu cabelo e saiu do meu quarto.
Fiquei olhando no espelho o caco que eu estava. As olheiras enormes, eu havia perdido uns 3 quilos em apenas 5 dias, porque não comia nada. E o que eu mais queria era a Regina ali do meu lado.
Eu a amava tanto, e a perdi por uma bobagem minha.
– Emma, como você está? -Neal entrou sem bater.
– O que você acha? -ri ironica.
– Para com essa bobagem Emma, você não está normal. Não é possivel alguem amar a Regina, ela não é uma boa pessoa. -disse e senti meu sangue ferver de odio.
– Não abra a boca pra falar mal dela, ela cuidou de mim, ela me amava e eu agi de maneira errada com ela. Ela só me fez feliz e eu fui uma total idiota que machucou o coração dela. Eu amo a Regina, e eu não vou desistir dela. Eu irei acha-la e seremos muito felizes. -falei, já completamente em lagrimas.
– Que historia é essa, Emma? -Branca entrou no quarto. Me ferrei.
– É isso, eu amo a Regina, nós estávamos juntas há um ano. -não tentei desmentir.
– Nos dê licença, Neal. -pediu e ele atendeu o pedido. -Quando você iria me contar?
– No momento certo. -respondi. -Mas por culpa do Neal ela me deixou, ela foi embora.
– Isso só pode ser um feitiço ou algo do tipo. Não tem como isso ser verdade.
– Por favor, me entenda. Eu a amo. Você melhor que ninguém deveria entender o que é amor verdadeiro. -choraminguei.
– Isso não é amor Emma. Hoje no baile você irá sorrir e dançar com principes e irá escolher um. Ou você escolhe ou irei escolhe eu. -disse e saiu do quarto.
Não, eu não vou me casar com alguém que não amo. Tinha que fugir dali. Arrumei uma mala e tentei me transportar pra longe. Mas no estado que eu estava, minha magica, que já não era da melhores, não funcionava.
Pensei em fugir pelo portão da frente, mas tinham muitos guardas. E também, eu não poderia deixar meu filho pra tras. Eu teria que encarar i baile. Era o jeito.
Tentei fazer minha aparência ficar boa, vesti o vestido, prendi meus cabelos em um coque. Passei base, corretivo nas olheiras, pó, blush laranja e batom vermelho. Coloquei brilho nos olhos pra destacar o azul deles.
Eu não iria escolher um principe, mas pelo menos teria que fingir que sim.
Haviam muitas pessoas naquele lugar, e dancei com todos os tipo de principes. Altos, baixos, loiros, morenos, olhos azuis, verdes, cor-de-mel, castanhos, magros, musculosos. Enfim, todo tipo mesmo. Mas nenhum deles era a minha amada Regina.
Neal estava lá, fazendo pose e sentindo, e eu o odiando cada vez mais. Até com idosos dancei para não ter que dançar com ele.
Eu realmente queria fugir dali, não suportava mais. Por fora eu era só sorrisos, por dentro parecia que iria explodir de tanto chorar. Eu queria correr, gritar, chorar. Mas estava lá, sorrindo e fazendo a vontade de minha mãe.
– Venha comigo princesa, vamos fugir um pouco? -o principe mais lindo da festa falou para mim.
– Claro! -abri um sorriso.
Saímos de fininho e fomos para o jardim.
– Não gosto de te ver assim, triste. -disse. -Você sorriu a festa toda, mas você não está feliz.
– Dá pra notar? -perguntei.
– Quem olha nos seus olhos percebe. -respondeu.
– Eu não quero casar com alguém que não amo. -expliquei.
– E nem deve. Pra ser feliz de verdade você precisa estar com seu verdadeiro amor. -falou.
– Eu queria que Branca pensasse assim também, ela deveria saber que meu amor não é passageiro. -deixei uma lagrima cair e ele enxugou. Estávamos sentados na fonte.
– Ela vai te entender. Sei que vai. -queria ser otimista assim.
– Obrigada por tudo, você é o melhor filho do mundo! -o abracei.
– Vai dá tudo certo, mãe! -Henry é maravilhoso.
– Espero, Henry, espero! -ele sorriu pra mim.
Voltamos pro baile, antes que Branca viesse atras de mim.
Quando entrei no salão ela e Encantado vieram até mim.
– Já escolheu seu marido? -perguntou.
– Não. -revirei os olhos.
– Tem muitos aqui, sei que vai achar aquele que vai fazer você sentir algo. -ela disse. Encantado estava de cara fechada ao lado dela. Aposto que não concordava com isso, mas preferia ficar na dele.
– Lindo baile. -Um rapaz de cabelos e olhos escuros e bem branco se aproximou da gente.
– Agradecemos. -Encantado.
– Gabriel, essa é nossa filha mais velha, Emma, Emma esse é o principe Gabriel. -Branca entrou em ação.
Ele sorriu pra mim e eu dei um meio sorriso pra ele.
– Dança comigo? -pediu. Branca fez sinal para que eu aceitasse. Que escolha tinha.
– Claro. -forcei um sorriso.
Dançamos uns dois minutos sem falar nada, então ele puxou assunto.
– Você não parecesse feliz com tudo isso. -disse.
– Não estou muito. -concordei.
– Deixa eu adivinhar, você ama alguem e seus pais não aceitam e querem que você escolha outra pessoa. -nossa, boa suposição.
– Como adivinhou? -perguntei assustada.
– Já fui em muitos do tipo. -riu.
– Ela não me entende. E o pior é que ou arrumo um marido, ou ela me arruma um. -falei.
– Casa comigo? -me pegou de surpresa.
– Co-Como? -gaguejei.
– Eu preciso de uma esposa, para poder assumir o trono. Não precisa ser de verdade, pode ser de fachada. Depois você pode sumir e ir viver com seu amor. -falou.
Fiquei pensando se daria certo. Não sei se daria, mas eu não tinha escolha.Mas eu precisava de uma garantia de que ele não mudaria de ideia e nem voltaria com sua palavra. Então a Rumple-mania atacou em mim.
– Certo, eu topo. Mas temos que fazer isso direito, o acordo tem que ser oficial. -falei.
– Como assim? -perguntou.
– Temos que assinar um contrato.