– Como você está? -perguntou. Mais de um ano sumido e quando volta simplesmente pergunta como estou, essa foi pra rir.
– Bem. -respondi. - O que você faz aqui?
– Quero recuperar nossa família. -se aproximou de mim, mas eu recuei.
– Não é tão simples assim, Neal. Quando tivemos uma segunda chance você a desperdiçou. -falei.
– Estou disposto a tudo para corrigir meus erros. E eu não vou desistir de você tão facilmente. -falou.
Ele tinha que aparecer justo agora que tudo estava tão bem com a Regina. Não que eu ainda o ame, não eu não o amo, mas ela não vai gostar nem um pouco da ideia dele atras de mim. Eu no lugar dela não suportaria saber que há alguém tentando conquistar minha namorada.
– Não é tão simples assim, Neal. Com licença, estou cansada. Preciso dormir. -fui para o meu quarto antes de ele falar algo.
Tranquei a porta e meus olhos foram enchendo de lagrimas involuntárias. Sofri tanto por ele e porque ele tem volta justo quando tudo está bem. Agora que superei.
Chegou um bilhete no meu quarto, sorri por já saber de quem era: Regina.
Abri e o li: "sem você aqui pra cuidar de mimtive uma recaída do resfriado, não vou poder ir dormir com você hoje, te amo!". Escrevi no verso: "Melhoras meu amor. Amanhã irei dar um jeito de ir cuidar de você, te amo!" e mandei para ela.
Não sou tão boa com magica como ela, mas to aprendendo algumas coisas que ela me ensina.
– Emma! -Snow bateu na porta.
Enxuguei as lagrimas que ainda estavam no meu rosto e abri a porta.
– Oi mãe. -falei.
– Minha filha, eu sei que abalou você rever o Neal, mas não fique assim. -afagou meus cabelos. Nesse momento eu desabei e comecei a chorar sem motivo e a abracei.
– Eu to tão perdida. -falei.
– Emma, se você ainda o ama deve dar um chance, se machucar é um risco, mas você não deve negar a si mesma uma chance de felicidade. Ele é o pai do seu filho, Henry vai gostar da familia mais uma vez unida. -disse. Se ela soubesse, eu queria montar uma familia, realmente, mas não mais com o Neal.
– Eu não o amo mais. Tenho quase certeza. -por que falei "quase"? Não, eu não o amo.
– Pense bem Emma. -me deu um beijo na testa e saiu do meu quarto.
Deitei na cama em uma falha tentativa de dormir, mas essa tarefa não seria tão fácil.
Passei a noite rolando na cama, tentando dormir, porém foi em vão.
Levantei no outro dia com olheiras terríveis provocadas pela noite mal dormida. Não costumo usar maquiagem, mas naquele dia usei para tentar disfarçar o meu estado.
Vesti um vestido azul marinho, que era um dos poucos que eu suportava.
Prendi meu cabelo em coque, e fui para a sala de jantar.
Ninguém estava lá, mas o café já havia sido servido. Tentei comer alguma coisa, mas meu estômago não aceitava nada.
– Emma, levantou cedo. -Encantado entrou acompanhado de Snow.
– Pois é. -sorri forçado.
Logo depois Henry chegou. Me deu um abraço e se sentou ao meu lado.
– Henry, temos algo para lhe contar. -Branca falou e olhou para mim como um pedido para eu contar.
– Seu pai voltou. -falei.
Ele ficou parado uns segundos e entao sorriu.
– Que boa noticia, estou louco para ver ele. -falou com certa animação.
Um guarda entrou:
– Com licença, o senhor que veio ontem aqui está de volta.
As palavras dele fizeram meu coração parar. E se ele fizesse Henry querer que voltássemosk?
– Mande o entrar aqui. -Encantado ordenou.
Henry correu para abraçar Neal quando ele entrou, e os dois deram um abraço demorado.
– Bom dia. -Neal cumprimentou-nos.
– Bom dia! -Eu, Branca e Encantado respondemos juntos.
Branca e Encantado se retiraram e Henry foi atras.
– Quero passar o dia com meu filho, Emma. -pediu.
– Tudo bem. -falei.
– E com você também! -complementou.
– Nem pensar, deixarei você sair com o Henry, somente. Eu não irei junto. Entenda que não podemos agir simplesmente como uma familia perfeita, certos erros não podem ser concertados. -falei.
– Emma, por favor. Por ele. -segurou meu braço, mas eu o puxei.
– Não venha com golpes baixos, Neal. -falei. -Venha, vamos preparar Henry pra ele sair com você.
Fomos para o salão, mas somente Branca estava lá.
– Onde Henry está? -questionei.
– Foi para o quarto dele. -Branca respondeu.
– Oh, certo. Neal, espere aqui. Quero falar a sós com ele. -expliquei.
Neal me olhou desconfiado.
– Não se preocupe, eu não vou jogar ele contra você. -Esclareci. -Eu não jogo assim, sujo.
Fui para o quarto do Henry e Neal ficou esperando no salão.
Bati na porta do quarto.
– Pode entrar. -Henry gritou lá de dentro.
Abri a porta lentamente. Henry estava deitado na cama lendo revistas em quadrinhos (já falei que trouxemos muitas coisas do outro mundo né? Pois é). Sentei na beirada da cama.
– Henry, Neal quer sair com você. -falei.
– Otimo, vou me arrumar. -falou empolgado, jogando a revista em algum lugar e levantando rapido da cama.
Sorri fraco.
Eu amo Regina, de verdade, mas eu faria tudo para ver o Henry feliz, então se ele quisesse que eu e o pai dele ficássemos juntos, por ele eu abriria mão da minha felicidade. Eu iria sofrer, e seria realmente difícil, porem mais difícil seria ver meu filho sofrer quando eu poderia resolver tudo. Eu não seria egoísta.
– Henry, você quer que eu volte com seu pai?