One Way Or Another. escrita por Isabella Puckett


Capítulo 10
Capítulo 11 - O erro.


Notas iniciais do capítulo

Explicações do "erro" do Freddie. kkkk coisa boba, espero que gostem. Tem muita história pela frente, não prometo que Seddie vai acontecer logo, mas esperem a história se desenrolar. kk e me desculpem a demora também.
Odeiem o Freddie, amem a Carly e o Luke. k



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A semana havia passado muito rápido, já era sexta feira. Freddie voltaria para casa no domingo, ou pelo menos ele achava que sim. Depois do acontecido no parque, não vira mais Luke um dia sequer. Até o esperou no portão da faculdade, mas ele não apareceu. Havia brigado com Carly por ela não ter dito nada a ele, custou a entender que Carly havia descoberto no mesmo dia que ele, só que mais cedo. Estava triste, e não havia um dia sequer que não pensava em Luke e em Sam. Vira ela por poucos minutos, mas o suficiente para ver o quanto ela estava linda, o tempo lhe fizera bem. Fumegava de raiva, ao imaginar que ela havia pertencido a outro homem, e tido um filho com outro que não fosse ele, mas agradecia mentalmente por ele não estar mais por perto.

–Freddie?

A voz de Carly o tirou de seus devaneios, o fazendo arfar, pois tudo oque fazia nos últimos dois dias era pensar.

–O que foi Carly?

Respondeu emburrado e mal humorado.

–Não pode ficar a vida toda aí. Por que não tenta ir atrás dela? Não sei, tente apenas explicar a ela o que houve... Eu já falei com ela, mas ela é cabeça dura, você sabe.

–Eu sei Carly, eu sei. Mas o que posso fazer? Só se eu sequestra-la e amarra-la, só assim ela me ouviria. E ainda não me deixa mais ver Luke. Não é justo.

Por que tão tapado Freddie? Não vê que ela não quer que o garoto converse com o pai? Carly pensou consigo mesma, sentindo grande dor no coração. Essa história ainda estava longe de terminar, conhecia os amigos que tinha, sabia como eram orgulhosos, principalmente Sam.

–No domingo vou voltar pra L.A, quero ver Luke, pelo menos me despedir dele.

Carly arregalou os olhos de uma forma pavorosa, Freddie encolheu-se no sofá.

–Quer dizer que você vai embora e é isso? Como pode ser tão covarde Fredward? Não tem coragem de enfrentar uma mulher, contar-lhe a verdade, lutar por ela, qual é o seu problema? Sempre soube que você era idiota e covarde, mas tanto assim? O tempo não lhe mudou não? Ah claro, vejo que mudou sim, mas pra melhor. Eu lhe proíbo de sair dessa cidade, sem antes contar tudo a Sam ,ela merece saber, você não acha? Depois de tantos anos, ela merece Freddie. Não seja covarde mais uma vez, por que agora, eu não vou encobrir nada, nada, entendeu? E se você não contar, conto eu. E olhe, que a minha versão pode ser bem pior.

Carly esbravejou todas as palavras de uma só vez, e saiu do quarto batendo a porta com força desnecessária. Freddie ficou parado, com a mesma expressão abobada olhando pra porta, tentando absorver tudo o que ouvira. Sabia que a amiga tinha razão, mas como iria faze-lo? Sam fugia dele, não tinha como. Jogou-se no sofá colocando a mão sobre a têmpora, massageando-a, enquanto pensava em algo para poder falar com ela. Depois de muito pensar, algo lhe veio a mente, e provavelmente daria certo, estava decidido, estava agora mesmo indo até a W&A falar com Sam, querendo ela ou não.


(...)

Estacionou o carro em um lugar coberto, pois o céu dizia que viria uma forte chuva. Correu para o térreo do prédio, e chamou o elevador. Em seu percurso até o 8º andar, repassava mentalmente seu simples, porém definitivo plano. Quando as portas se abriram, dirigiu-se até a recepção. Enquanto passava, algumas mulheres que estavam ali, o olhavam com cobiça. Freddie já estava acostumado com isso, se fosse a alguns dias atrás, pararia e conversaria com alguma delas. Mas hoje não, hoje ele nem ao menos sequer reparou que havia pessoas no local.

–Posso ajuda-lo?

A voz simpática da secretária de Sam soou estridente ao vê-lo aproximar-se.

–Claro. Eu vim conversar com a Srta. Puckett.

–O senhor tem horário marcado?

Freddie arfou de nervosismo, e alargou a gravata.

–Não. Mas diga que é urgente, por favor.

–Como é o nome do senhor?

–Hmm, Marcus. Marcus Tuller.

A mulher o olhou desconfiada, provavelmente o reconhecendo das outras vezes que esteve lá.

–O senhor já não esteve aqui?

–Não, provavelmente está me confundindo com alguém.

Freddie sorriu amarelo, torcendo mentalmente que a mulher fosse tola o suficiente para acreditar nele.

–Tudo bem senhor Tuller, irei anuncia-lo. Por favor, aguarde um momento, sim?

Freddie sorriu em resposta a mulher, e respirou aliviado. Agora só faltava Sam deixa-lo entrar. Depois que estivesse lá dentro, ela não expulsaria. Claro que cogitou a probabilidade de isso acontecer, mas estava disposto a passar por qualquer um que o tentasse impedir de falar com ela.

–Senhor? Pode entrar, a Srta. Puckett o espera.

–o-obrigado!

Freddie apressou-se em seguir a mulher até aporta que dava na sala de Sam.

–Obrigado, pode deixar que eu entro sozinho.

Freddie protestou quando viu que a mulher iria abrir a porta para ele. Mesmo contrariada, acenou com a cabeça e deu as costas a ele, voltando a seu posto. Freddie puxou todo o ar que podia, prende-o por alguns minutos, e depois soltou tudo de uma vez, balançando as mãos e todo o corpo, resultando em uma cena um pouco bizarra. Todos presente na sala olhavam pra ele, que ao perceber, sorriu corado, e abriu a porta, entrando devagar.


(...)


Sam estava absorta com seus afazeres, e apenas murmurou um “entre senhor Tuller” antes de olhar para o homem.

–Hmm, não existe nenhum Senhor Tuller.

Freddie disse vacilante, não querendo encompridar muito o momento de suspense, fazendo Sam olhar para ele. Quando ouviu as palavras dizendo que não havia nenhum senhor Tuller, Sam não se enfureceu pela mentira, mas sim por que reconheceu a voz de Freddie. O encarou por alguns momentos, séria. Freddie estava assustado, tentava manter a expressão tranquila, mas não estava obtendo muito êxito. Sam tirou os óculos de grau lentamente, sem tirar os olhos dele.

–O que quer aqui?

Fria, como sempre.

–Apenas conversar.

–Não vê que estou no meu local de trabalho?

–Eu tentei te procurar pra conversar em sua casa, mas não me atendeu.

–Se não atendi, deveria ter se mancado que não quero falar com você.

–Mas eu quero, e você vai me ouvir, querendo você ou não.

–As coisas não são como você quer.

–Nem como você quer.

–Estou na minha empresa. Deu ênfase na palavra minha.

–Não me importo.

–Vou chamar os seguranças.

–Derrubo todos eles.

Sam aquietou-se diante do último comentário de Freddie, olhando-o de cima abaixo, avaliando seu físico. Engoliu seco, contendo os pensamentos impuros que lhe vieram a mente.

–Sente-se.

Sam apontou para a cadeira a sua frente, e Freddie sorriu vitorioso, sentando-se, mais tranquilo. Ela ainda continuava parecida com sua Sam. Ele estava mais confiante agora.

–Seja rápido por favor, eu tenho clientes em 2 horas.

Freddie acenou positivamente com a cabeça, mas não conseguiu sustentar o olhar de Sam. Abaixou a cabeça, e tentou organizar os pensamentos, focar em seu propósito, contar-lhe a verdade.

–Apenas quero contar-lhe oque houve naquele dia.

Sua voz falhou ao pronunciar a frase. Sam parecia incomodada, por mais que quisesse mais do que tudo no mundo saber o que houve, tinha medo. Medo de a verdade ser mais dolorosa do que a ilusão.

–Prossiga.

Foi apenas um sussurro, mas Freddie conseguiu ouvir em alto e bom som, pelo minucioso silêncio que se fazia na sala.

–Tudo começou quando fui convidado para a festa de boas vindas da faculdade...


Flashback.

Tinha acabo de sair do banho, e estava me preparando para minhas aulas, quando alguém bate na porta. Fui atender, e era uma das meninas que estudavam a específica comigo. Ela me entregou um convite, e saiu. Era um convite para uma festa de boas vindas para todos os alunos que estavam chegando naquele ano no campus. Fiquei empolgado, eu gostava de comemorações. A festa seria dali a 2 dias. É claro que, teve muita bebida e putaria, coisas típicas em festas jovens. Eu fiquei com um grupo de garotos que eu dividia o quarto, apenas comemos alguns petiscos e bebemos um como de cerveja, nada mais do que isso. Já estávamos de saída, quando um grupo de garotas bêbadas nos abordou quando estávamos chegando em nosso quarto. Elas estavam totalmente fora de controle, e pediam para que levássemos elas para seus respectivos quartos. Levamos, é claro, não iriamos deixa-las ali, naquele estado. Quando a ultima garota foi colocada dentro do quarto, uma delas fechou a porta, e jogou a chave pela janela. Os outros garotos entendendo o que estava acontecendo, logo partiram pra cima, mas eu só queria sair dali. Tentei abrir a porta de todas as maneiras, até opinei pela janela, mas era muito alta, e eu provavelmente me esborracharia se tentasse pular de lá. Me sentei em um canto do quarto, e comecei a beber alguma coisa que estava ali. Depois disso, fui acordar no outro dia, com várias garotas nuas deitadas na cama, junto comigo, que também estava totalmente nu. Tentei me levantar da cama, mas uma dor terrível de cabeça me impediu, e, só então fui tomar consciência do que havia acontecido. Eu havia transado com todas elas, provavelmente. Garrafas e mais garrafas jogadas pelo quarto, camisinhas, inúmeras delas espalhadas, gente jogada pelo chão, totalmente inconscientes e peladas. Coloquei minhas roupas, e saí de la, tentando me lembrar aonde era o meu quarto. Depois de algumas horas de sono e um banho quente, eu pude raciocinar: Eu havia traído minha Sam. Entrei em total desespero, não sabia oque fazer. Liguei pra Carly, e contei tudo pra ela. No começo, ela me xingou de todos os nomes, mas depois me aconselhou a contar tudo a Sam o mais rápido possível. Eu não tinha coragem, estava me sentindo imundo, nojento, impuro. Carly tentava de todas as maneiras me dizer que eu estava bêbado, a culpa não tinha sido minha. Mas em minha cabeça, eu me culpava por não ter saído de lá, de qualquer maneira. Pedi a Carly que não contasse nada a Sam, pois eu tinha certeza que ela nunca me perdoaria. Sempre que falava com Carly, ela me dizia como Sam estava preocupada por eu ter parado de ligar, e minha dor só aumentava. Eu estava com medo de perde-la, mas ao mesmo tempo não tinha coragem de dizer a ela oque fiz. Um mês depois , sem dar e ter noticias de Sam, resolvi ligar pra Carly, e pedir para ela contar tudo a Sam. Ela desligou o telefone do nada, e 2 dias depois me ligou dizendo que Sam havia ido embora, pois havia ouvido Carly conversando comigo e deduzira tudo errado.


Flashback.


Sam tinhas os olhos molhados pelas lágrimas desconexas que caíam descompassadamente, sua expressão era uma mistura de ódio e dor. Enfim, depois de tanto tempo, Sam descobriu o motivo da reviravolta em sua vida. Ficou com vontade de matar Freddie por sua tolice em achar que ela nunca o perdoaria. Claro, ela ficaria com raiva, e provavelmente ficaria algum tempo sem falar com ele, mas nada além disso. Ele havia errado sim, mas não havia sido culpa dele. Sam achou tudo tão idiota, tudo tão injusto. Não via tanta gravidade no que Freddie fizera, quero dizer, ele estava bêbado, pelo menos era oque ele dizia. Mas só o fato de pensar na cena, de Freddie com mais sabe-se lá com quantas garotas, a fazia borbulhar de ódio. Os dois haviam sido tolos, Freddie por não contar a verdade a Sam, e Sam por ter ido embora sem ao menos ouvir as explicações de Carly. Mas o que estava feito, não podia ser mudado. Apesar de Sam ainda amar Freddie da mesma maneira, ela tinha Luke, e ela não deixaria que nada magoasse o garoto. Sam ficou em silêncio, e isso estava matando Freddie.

–Me perdoe por favor.

Freddie sussurrou suplicante, enxugando algumas lágrimas que escorriam por seus olhos.

–Isso é tudo?

Sam tinha a voz embargada pelo choro.

–Sim.

–Tudo bem. Eu te perdoo, se é isso que quer.

Freddie sorriu de leve, um pouco aliviado. Mas não era isso que ele apenas queria. Ele queria tê-la novamente. Ele queriam ais que tudo, mas não tinha coragem, nem competência para fazê-la sua novamente. Ele pensava que Sam estava muito melhor sem ele. Tinha uma ótima vida, um lindo filho, estava aparentemente feliz. Suspirou, contrariando seu coração, que queria explodir e dizer que a queria de volta, que queria recuperar todo o tempo perdido. Mas Freddie era covarde.

–Sim, era só isso que eu queria.

Sam murchou na cadeira, mas Freddie não percebeu. Ela pensava, como esse homem era burro. Nunca deixou de ser, continuava o mesmo garoto de alguns anos atrás, só que em um corpo de homem agora. Mas é claro que ela não diria nada, nem que queria que ele tomasse alguma atitude em relação a eles, seu orgulho era maior.

–Domingo vou voltar para L.A, vou cumprir o que eu disse.

–Tudo bem.

–Eu sinto muito Sam. Foi minha culpa, eu me arrependo por isso todos os dias da minha inútil vida. Eu gostaria muito, de pelo menos ter a sua amizade...

Sam sentiu uma onda de medo e insegurança toma-la. Como poderia manter algum laço com Freddie? O único que ela imaginava e queria, ele era covarde demais para fazer acontecer. Já estava pronta para negar, quando alguém bate a porta, e a figura de uma mulher aparece.

–Senhora, seu filho está aqui.

Luke aparece por detrás da mulher, e corre até a mãe, sem prestar atenção em Freddie.

Sam fica desconfortável por ter Freddie e Luke tão próximos.

–Oi amor. Tudo bem?

–Sim mamãe.

Luke olha para trás, e ao ver Freddie, pula do colo da mãe e vai correndo até ele.

–Fred!

Freddie sorri largamente, e pega o garoto no colo, que envolve seus bracinhos ao redor de seu pescoço, dando-lhe um forte abraço.

–Olá pequeno.

Sam segura o choro. O que ela estava fazendo? Estava privando Luke de estar com o pai. Pai e filho, ali, abraçados, sem ao menos saber que eram pai e filho. Luke soltou Freddie e deitou em seu colo com os olhinhos fechados.

–Achei que não fosse mais te ver, que já tivesse ido embora sem me avisar.

–Mas é claro que eu não iria embora sem me despedir. Aliás, vim aqui pra fazer isso.

Luke levantou sua cabeça e fitou Freddie curioso.

–Mas hoje ainda é sexta, e você disse que só vai no domingo.

–Eu sei, eu disse... Mas eu mudei de idéia. É melhor que eu vá agora Luke. Tenho compromissos em L.A.

Luke desceu do colo de Freddie, com a expressão triste e foi até sua mãe.

–Você vai voltar algum dia?

Freddie olhou pra Sam, pedindo ajuda. Ele não sabia se poderia voltar, Sam não havia respondido se poderiam ser amigos.

–Sim meu amor, Freddie vai voltar.

Pai e filho sorriram ao mesmo tempo.


Bom, eu vou indo. Vou partir amanhã a noite, e tenho que deixar algumas coisas organizadas antes de partir.

Luke abraçou Freddie, que pegou pelas pernas o deixando de ponta cabeça. Luke ria, fazendo Freddie e Sam rirem também. A Sam, Freddie apenas disse um tchau tímido, que foi respondido da mesma maneira.


Ao entrar em seu carro, Freddie sentia-se incompleto. Ele sabia o motivo, mas optou por deixa-la livre para viver feliz. Partiu para o hotel, para resolver as ultimas coisas antes de voltar.


(...)


–Eu sei tia Carly, eu sei.

–Você ouviu toda a conversa amor?

–Não, cheguei no final, infelizmente. Mas o clima estava bem pesado.

–Você já pensou em algo pra amanhã a noite?

–Não, mas eu sei que aos sábados mamãe tem costume de ir ao Singing Singer.

–Dê um jeito de fazer Freddie aparecer por lá, sim?

–Deixe comigo. Mas depois eu quero que me explique por que quer juntar minha mamãe com freddie, tudo bem tia Carly?

Isso, você vai descobrir com o tempo meu anjinho. Eu prometo.

–Ahh, tudo bem. Tenho que ir, a gente se fala depois.

Boa noite Luke.

Ao desligar o telefone, Luke tinha um sorriso no rosto. Ele sabia por que sua tia Carly queria isso. Sabia também, por que sua mãe tivera aquela reação quando encontrou Freddie no parque. Ninguém havia contado pra ele, ele descobriu, por si só. Luke estava feliz, pois finalmente, as coisas estavam se encaixando.




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Notas finais do capítulo

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