A Saga de Ártemis escrita por Simon Lee


Capítulo 17
O Rubi de Sangue!


Notas iniciais do capítulo

A batalha na casa de Câncer continua, e lá, Hyoga se depara com Barberia de Madrepérola, que exige com ele ele ponha toda a sua frieza em prática.
Em Asgard, Hilda de Polaris recebe uma visita que coloca a sua vida e a dos cavaleiros de ouro em risco.



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Uma nova batalha começou. Os cavaleiros de Atena agora precisam proteger a Terra dos propósitos insanos de Artemis, a deusa da caça e da Lua. Com suas caçadoras, ela pretende trazer a era dos deuses novamente, fazendo com que a humanidade seja escravizada pelos mais fortes.

Na Grécia, os cavaleiros de ouro haviam sido derrotados por Hérmia de Asterope e Walleria de Beluga, e agora, os cavaleiros de bronze e Milo de Escorpião correm contra o tempo. Eles procuram retomar o Santuário e salvar Atena, que está dando sua própria vida para proteger a Terra.

Chegando na casa de Câncer, se deparam com a guerreira Barberia, guardiã de Madrepérola. Ela armou uma emboscada para Seiya, Shun e June, e ainda deixou Hyoga indefeso, pronto para ser aniquilado.

 

Barberia - adeus, Hyoga! - criando uma pequena esfera de cosmoenergia negra na palma da mão.

 

 

 

Hyoga – Já sei! São os olhos! Preciso desviar meu olhar dos olhos dela!

 

Nesse momento, Hyofa fecha o olho bom, e procura se concentrar. Mas parece tarde demais. Barberia lançara uma pequena esfera enegrecida que criou na palma de sua mão, em direção a Hyoga.

 

Barberia - esse é o fim daqueles que se opõem aos desejos de Artemis!

 

Hyoga – é agora!— ele consegue se esquivar e a esfera some em meio à escuridão – agora, é minha vez!

 

Barberia – você foi o primeiro que não recebeu diretamente o meu ataque! Esse seu olho ferido pode ter te ajudado.  Mas seu destino já está selado!

 

Hyoga – ora, cale-se!

 

Hyoga agora  prepara um belo ataque. Ele concentra todo o seu cosmo, golpeando o ar frio para cima. De repente, começa a nevar. Uma tempestade de gelo começa a invadir o interior da casa de Câncer, e ele une as mãos rapidamente, preparando sua poderosa técnica!

 

Hyoga – TROVÃO AURORA ATAQUE!!!

 

Uma rajada de ar congelante vai em direção á Barberia, que está muito próxima. Àquela distância, não restaria nada dela. Nem sua armadura resistiria ao brutal frio daquela tempestade congelante.

Ocorre uma explosão quando a rajada de ar congelante atinge a guerreira, e cacos de gelo dissipam-se para todos os lados, formando espadas pontudas de gelo. E os pilares da quarta casa estão praticamente congelados. Todas as plantas se despedaçam em cristais de gelo, o ambiente fica coberto por uma leve névoa.

 

Hyoga – consegui! Como eles disseram, ela realmente não seria oponente para mim...ahn? O quê é...isso?

 

Ele interrompe as palavras ao ver no meio de todo o gelo, uma esfera perfeitamente congelada, após a névoa se dissipar. O gelo começa a trincar, revelando por baixo da película fria uma barreira quase translúcida, escondendo a amazona em seu interior, livre de qualquer dano.

 

Hyoga - Realmente, estava fácil demais!— não muito surpreso, e falando com certo sarcasmo. 

 

Ela sorri, e uma leve e pueril risada ecoa.

 

Barberia – hahaha! Ahh Cisne , você sempre me surpreendendo. Mas estou protegida de qualquer um de seus ataques pela minha BARREIRA CINTILANTE, não conseguirá evitar o seu destino agindo assim!

 

Nesse momento, ela desfaz sua proteção, e alguns pedaços de gelo que estavam ao seu redor quebram-se como que pela ação de seu leve cosmo.

 

Hyoga – mesmo que tenha se protegido de meu ataque, não acha loucura continuar dizendo que meu destino está selado? O que lhe garante isso até a batalha acabar? Vou quebrar essa barreira cedo ou tarde , não importa quantas vezes precise repetir meu ataque, sempre o aprimorarei e a vencerei!— elevando o cosmo novamente.

 

Barberia – ingênuo, acha que lancei meu ataque em vão?! Olhe para a sua perna!

 

Hyoga – mas...o quê é isso?— se desconcentrando e abaixando sua cosmoenergia, levando a mão até a perna ferida.

 

Nesse momento, Hyoga olha para sua perna esquerda, e no local do ferimento feito anteriormente em Gêmeos, está uma mancha enegrecida, que começa a se deslocar lentamente, por dentro de sua pele, subindo em direção à sua coxa.

 

Hyoga – que mancha negra é essa? — tentando segurar a perna para deter a mancha.

 

Barberia – essa é a PÉROLA NEGRA! Ela tem atração pelo coração, sabia?! Mas para isso, precisa de uma brecha para entrar no corpo de sua vítima, e chegar até lá. Quando lançada diretamente, ela adentra pelo ferimento causado no momento que atinge a vítima. Mas, mesmo você sendo o único a não levar diretamente o meu ataque, isso não te livrou, já que a pérola foi atraída pelo seu sangue! Enquanto você estava ocupado tentando me atacar, ela simplesmente retornou e teve todo o tempo do mundo para penetrar pelo seu ferimento!

 

Nesse momento, Hyoga relembra o quanto esteve concentrado em atacar, enquanto que a esfera fazia a curva retornava, fixando-se em sua perna, e penetrando pelo ferimento, causando um pouco de incomodo que ele ignorou no momento.

 

Hyoga – então foi naquele momento! E ela está se deslocando pelo meu corpo, buscando chegar ao meu coração!? 

 

Barberia – ... a PÉROLA NEGRA usará todo o sangue que há em seu coração para se tornar um belo rubi, que será um belo presente para Artemis! Quero ainda vários rubis com corações de cavaleiros, a começar pelo seu! Você converterá toda a frieza de uma pérola sem vida em uma bela pérola rubi com o seu sangue de cavaleiro!

 

Hyoga – Isso não acontecerá! Derrotarei você antes disso!— cerrando os punhos.

 

Barberia – Nossa luta já acabou, Hyoga! Quando o Rubi estiver pronto, ele rasgará o seu peito e se juntará à minha coleção! No momento, o desejo da pérola  em alcançar o seu coração é tão forte que não tenho como detê-la. Não podemos mais brincar... - dando as costas.

 

Hyoga – não! Não posso deixar que isso ocorra! Provavelmente derrotando você acabarei com isso! E é isso que irei fazer!!— Cerrando o punhos, ele lança mais uma vez seu ataque básico, mas potente – PÓ DE DIAMANTE!!!

 

Nesse momento, a amazona mesmo de costas, é protegida pela sua barreira novamente, ficando segura. Agora, ela começa a elevar o cosmo abruptamente, reunindo um imenso poder. Ela é envolvida por belíssimas conchas, que se abrem aos poucos, fazendo toda aquela concentração de cosmo fluir de repente em direção à Hyoga. 

 

Barberia – você não aprende mesmo! ALVORADA DE MADREPÉROLA!!

 

A poderosa explosão de cosmo rapidamente envolve Hyoga com tudo, e ele é lançado longe, tendo parte de sua armadura destruída. Ele vai sendo arrastado pelo chão, deixando um grande rastro, até colidir com um pilar, dando um último grito de dor.

 

Hyoga - ahhhhhrgh!

 

Nesse momento, faz-se um breve silêncio na casa de Câncer, apenas ouvindo-se o som da delicada armadura de Madrepérola tocando ao chão, enquanto a amazona se vira  e observa o estrago feito no Cisne. Ela começa a se deslocar em direção à saída de Câncer, para terminar a sua caçada, passando pelo corpo ensanguentado de Hyoga.

 

Barberia – pena que seu coração deve ter parado, agora vou ficar sem o meu Rubi...!— caminhando sob a penumbra, para a saída da casa de Câncer.

 

Abaixo das doze casas, os cavaleiros de bronze, que haviam observado o clarão vindo de Câncer, parecem preocupados, quando finalmente Kiki aparece de repente, por teletransporte.

 

Kiki – olá pessoal! Demorei muito né? Hehe...

 

Jabu – vejam só, após os clarões, tudo ficou tranqüilo! O que será que aconteceu?!— todos estão atentos ao que se passa nas doze casas, ignorando a chegada de Kiki, que se distrai olhando para as doze casas também.

 

Kiki – ahn?! Ah não...meu mestre e os outros precisam se recuperar logo, e ajudar nessa batalha, senão. – juntando-se novamente com os outros na torcida pela vitória dos cavaleiros de Atena!

 

Mais distante dali, em Asgard, Hilda não consegue dormir. Aproximando-se dela, Freya decide romper o silêncio.

 

Freya – querida irmã, quanto tempo ainda acha que temos para os cavaleiros de ouro se recuperarem? Também não consigo deitar tranqüila com esse clima todo!

 

Hilda apenas observa a forte nevasca que se forma no momento, mas ela não está preocupada com isso.

No meio da nevasca, saindo do bosque, alguém deixa seu rastro brevemente na neve, deslocando-se em direção ao Palácio Valhalla.

 

Hilda – me aguarde aqui irmã!— ela sorri gentilmente e vai apressadamente para a entrada do Palácio.

 

Freya – Irmã, o que houve?! – tentando em vão chamar  sua atenção.

 

De volta ao santuário, nas escadarias para a casa de Leão, alguns escombros estão espalhados pelos degraus.Pilares caídos, algumas rochas partidas. De repente, alguns pedaços de mármore se deslocam, e surge uma mão.

Um cosmo azulado muito forte se eleva, e começa a levantar os restos de pedras que encobriam o dono do potente cosmo. Seiya de Pégaso ressurge de repente, respirando ofegante, mas ileso, e começa a procurar seu amigos.

 

Seiya – Shun, June? Droga, será que ..?— de repente, alguns pedregulhos se deslocam, e surge de baixo dele Shun, que puxa June do meio dos escombros também.

 

Shun – Seiya!— levantando-se, erguendo juntamente June.

 

Seiya – Shun!? Vocês estão bem?!

 

Shun – se não fosse pelo seu aviso June, estaríamos todos mortos!

 

June— essa passou perto! Ainda bem que você nos envolveu com sua DEFESA CIRCULAR! Não saberia como sair dessa!

 

Shun – temos que voltar e ajudar Hyoga! Não sinto o seu cosmo!

 

Seiya – tem razão, mas se fizermos isso...Atena...Saori...

 

June – eu voltarei lá! Sigam em frente vocês, salvem Atena!

 

Shun – não June, não faça isso!

 

June – alguém precisa ajudar seu amigo, e não possuo poder para enfrentar Artemis!

 

Seiya – não temos mais tempo, precisamos chegar em Leão. Espero que tenha certeza do que está fazendo, June!

 

Shun – June, é isso mesmo que você quer?

 

June – sim, fique tranqüilo, Shun!  Em breve nos encontraremos.

 

Seiya— tudo bem June, mas tome cuidado! 

 

June apenas acena com a cabeça, enquanto Seiya tem um mau pressentimento.

 

Shun - Seiya, vai na frente. Logo te alcanço.

 

Seiya - está certo, Shun. Até breve!— dando as costas, e fazendo uma breve reflexão - que sensação estranha. Por um breve momento senti algo hostil partindo de June. 

 

Nisso, Seiya começa a caminhar, e depois, começa a correr,mudando o foco de sua preocupação. Agora, ele  parte para as escadarias.

 

June percebe que Seiya se afastou, e leva a mão ao rosto, retirando a máscara.

Nesse momento, ela e Shun parecem se encarar, e por um instante o tempo para. Parece mais uma despedida, como se os dois nunca mais fossem se ver. 

 

Shun – nos veremos em breve então! Tenha cuidado!— ele segura as mãos da amazona brevemente. Eles sorriem timidamente. Seus rostos ficam levemente corados. Mas, um ar frio sopra vindo de Câncer, e eles apressam a despedida.

 

June - se cuida!  -  soltando as mãos de Shun, e virando-se com um sorriso gentil. Ela leva a máscara ao rosto novamente, e parte para a casa zodiacal.

 

Shun está com os olhos marejados, e acaba deixando para trás a companheira, e seguindo Seiya. 

 

Nesse momento, Barberia já estava praticamente na saída da casa de Câncer, e depara com June, que para imediatamente em posição de ataque, já com seu chicote em mãos.

 

June – não dará mais um passo sequer!

 

Barberia – ora ora,  acho que subestimei vocês! Conseguiram se proteger muito bem da minha surpresa pelo que vejo, mas logo os alcanço....— vendo Seiya e Shun subirem as escadarias.

 

June – o que fez com Hyoga!?

 

Barberia – não se preocupe, logo se juntará a ele!— leve sorriso!

 

Mais acima, os dois cavaleiros param um pouco e avistam a cena.

 

Shun – Seiya! Aquela é?— parando por um momento, e olhando pra trás.

 

Seiya – não volte agora Shun, ela sabe o que está fazendo! Você confiou nela, não a decepcione!

 

Shun – mas....— nesse momento, um breve receio invade o coração de Shun. Ele quer voltar, mas lembra-se das palavras de June quando tentava detê-lo de lutar, e ele sempre ia contra a sua vontade. Agora, ele vê que chegou a hora de deixar sua companheira agir por conta própria, realizando seus desejos e crescendo, assim como um dia ele sempre almejou.

 

Seiya – Shun, tome a opção que melhor achar, mas, preciso continuar, pois Saori está em perigo!— após uma breve parada, Seiya volta a correr subindo os degraus, e surpreendentemente, Shun reage positivamente.

 

Shun – espere Seiya!— o cavaleiro de Pégaso para por um instante, olhando para trás.

 

Seiya - mas...Shun?

 

Shun – você está certo! Vamos em frente!— derramando algumas lágrimas, ele continua a correr, e Seiya o acompanha, compartilhando da dor de seu amigo, olhando com pesar para trás brevemente, mas continua em frente.

 

June e Barberia estão frente a frente. Barberia sabe do que June foi capaz de fazer à sua companheira na Casa de Touro, e age de forma cautelosa.

 

Barberia – amazona, seu poder me surpreendeu! Conseguiu derrotar Key. Isso prova que você é pode se juntar à Artemis. Isso me pouparia do trabalho de acabar com a sua vida. 

 

June – não preciso de sua misericórdia! CHICOTE DE CAMALEÃO!

 

 June lança seu potente chicote, aumentando o cosmo abruptamente e atacando Barberia sem piedade. Mas nesse momento, uma concha que fazia parte de sua armadura no braço esquerdo, como se fosse um pequeno escudo, é usada em um breve movimento para bloquear o chicote, que ao tocar na lâmina da concha, parte-se em dois, o que deixa June surpresa.

 

Barberia – as conchas possuem extremidades que cortam como navalhas, sabia disso?

 

June – meu...chicote? Foi partido em dois?— segurando frustada o que restou do seu instrumento de defesa e ataque, após amansar seu cosmo.

 

Barberia – pensei que você fosse mais rápida!!— nesse momento, a guerreira desloca-se numa velocidade surpreendente, e surge atrás de June, formando uma esfera de energia como as que estavam na casa de Gêmeos, mas com um diâmetro bem maior e a lança nas costas da amazona, quando esta estava prestes a virar-se, lançando-a com o impacto para dentro da sombria casa de Câncer.

 

June – arrghhh!!!

 

Nesse momento, June sente que alguém interferiu no seu deslocamento, e percebe que está amparada por ninguém menos que Hyoga.

 

Hyoga – você está bem?— olhando para a amazona em seus braços.

 

June – mas...você está vivo?!— ela sente uma tontura momentânea, e começa a perder os sentidos.

 

Hyoga – deixe isso comigo agora! Descanse um pouco!— encostando a amazona em um pilar, e logo ele vê Barberia se aproximando, com sua armadura reluzindo sob a luz do luar que começa a adentrar pela casa de Câncer, e sua beleza descomunal que nem a escuridão ofuscava.

 

Barberia – vejam só, não sabia que teria forças para se levantar novamente, pensei que fosse aceitar sua morte serenamente.

 

Hyoga – já fui atingido por este ataque uma vez, e fui protegido por Milo de maiores danos. A mesma técnica não funciona duas vezes contra um cavaleiro!

 

Barberia – você deve estar delirando!  Mas, em breve terei o meu rubi em seu coração, e você morrerá querendo ou não! Me poupe de maiores fadigas, e aguarde sua hora chegar!

 

Nesse momento, Hyoga começa a elevar seu cosmo de maneira surpreendente. Percebe-se uma luz enegrecida subido pelo seu abdômen, indo em direção ao seu tórax. Ele precisa agir rapidamente, caso contrário, será o seu fim.

 

Barberia – o que pensa em fazer? Vai tentar me atacar novamente?

 

Hyoga – por Atena! Romperei essa barreira, a derrotarei e me juntarei aos meus amigos!

 

Barberia – então tudo bem, me ataque novamente, pelo menos morrerá com bravura!

 

Nesse momento, a amazona começa a elevar o cosmo também, e os cosmos se confrontam, as imagens de um cisne branco e de uma concha madrepérola surgem, deixando o ambiente dominado pelos cosmos de ambos.

 

Mais acima, Artemis descansa retirada em seu sossego, observada por Marin e Shina, e vigiada por uma bela coruja.

 

Shina – olhe Marin!— começando a adquirir forças, e tentando se livrar dos arbustos que a envolviam, com sucesso.

 

Marin – ótimo, mas temos que ser cautelosas! Ou colocaremos tudo a perder....— tentando livrar-se também, sem emanar cosmo algum.

 

No grande salão, Atena parece cansada, e com sua pele no local da picada já um pouco escura, parecendo uma reação ao veneno da víbora. Mesmo assim, ela aproveita esse momento para recuperar forças, ou não aguentaria a ação do cosmo poderoso de Artemis novamente. As serpentes agora começam a se dissipar, e vão procurando cantos e brechas para saírem do salão, já que perderam grande parte da influência do cosmo de Artemis, que repousa serena.

 

Bem distante dali, em Asgard, Hilda chega à entrada do palácio Valhala. Ela está certa de que há alguém a espreita. Ela eleva seu cosmo sereno e tranqüilo brevemente, e a tempestade de neve parece se tranquilizar. Mas nessa hora, revelam-se no meio da escuridão da floresta, olhos que reluzem brevemente, e vão revelando a figura feminina de cabelos curtos, trajando uma belíssima armadura em tons bege e azul, com alguns relevos parecendo escamas púrpuras.

Seu elmo parece ter presas, e olhos avermelhados e elípticos o adornam. A figura se aproxima lentamente, não se importando com o duro frio que assola o ambiente.

 

Hilda – quem está aí?— olhando a figura que se aproxima.

 

Mulher – eu que pergunto!? Seria você, a representante de Odin em Asgard, Hilda de Polaris?— em tom hostil.

 

Hilda - essa não, isso é muito ruim! Uma das caçadoras que atacaram os cavaleiros de ouro no Santuário. Como chegou até aqui?— refletindo, surpresa.

 

Mulher - que silêncio! Por acaso sua língua congelou? 

 

Hilda – você deve ser uma das guerreiras de Artemis! Realmente vocês possuem grande confiança em si mesmas! Essa terra é protegida por Odin, melhor desistir de tentar qualquer coisa por aqui!

 

Mulher – mas acabei de chegar!— dando alguns passos a frente.

Nesse momento, Hilda fecha os olhos, e seu cosmo sereno começa a mudar. Em um instante, a tempestade de neve piora novamente, e um vento gélido sopra contrário à amazona, que se vê sendo coberta pela neve, e envolvida por uma imensa corrente gélida.

 

Mulher – que pena, isso não é maneira de recebe as visitas!

 

De repente, o cosmo da amazona se eleva, e um turbilhão de cosmo cria milhares de grãos vermelhos, lembrando areia, que começam a envolvê-la a ocupar uma grande área. A neve começa a se evaporar, e o gelo derrete. Muito rapidamente a amazona está cercada apenas por vapor e água, e o ambiente antes gélido, agora começa a esquentar e a umidade do ar se eleva.

 

Hilda – muito bem, já chega!!!— ela percebe o feito, abrindo os olhos e aumentando ainda mais o seu cosmo, surgindo lanças pontiagudas de gelo saindo do chão, mas que em instantes são derretidas pelo forte calor que envolve a amazona.

 

Mulher – não é a toa que é a representante de Odin na Terra, mas precisa fazer mais do que isso para me deter! Me diga, aonde estão os cavaleiros de ouro? — caminhando em direção á Hilda, que tenta com seu cosmo encarar o grande calor emanado pelo cosmo da guerreira, mas em vão, vindo a recuar aos poucos, sem saber o que fazer.

 

Hilda – não acredito, como pode confrontar com o meu cosmo? Ela deveria ter pelo menos perdido um pouco da vontade de lutar, mas....— dando alguns passos para trás, permitindo que a amazona comece a adentrar pelo Palácio aos poucos.

 

Mulher – o que houve? Odin a deixou? Não atende mais às suas súplicas? Em breve virará uma estrela, e ficará mais próximo dele, fique tranquila! — encarando Hilda, ela vai subindo pelos degraus que levam à entrada do palácio, com um maléfico sorriso, levando Hilda a recuar.

 

Hilda – essa não! Os cavaleiros de ouro estão em sono profundo, e não tenho mais meus guerreiros deuses! Não consigo fazer nada...se continuar assim, ela invadirá o Palácio e chegará até os rapazes! Odin, o que farei? — fazendo uma breve reflexão, e percebendo que agora está indefesa, tanto ela como sua irmã e os cavaleiros de ouro, que estão em sono profundo.

 

De volta ao santuário, na casa de Câncer, Hyoga prepara-se para atacar novamente Barberia. Ele repete os movimentos de seu mestre Camus, agora, sabendo que sem sua armadura, qualquer falha poderá ser mortal. Ele precisa vencer logo, ou então, seria seu fim.

 

Hyoga – mestre Camus....espero que me ajude nessa hora, conto com os ensinamentos que aprendi com você para criar o zero absoluto! Vou destruir qualquer resistência que se coloque em meu caminho!!!

 

Elevando o cosmo ao máximo, com as mãos juntas, erguendo os braços, como que fazendo a posição de ataque da grande técnica de seu mestre Camus. O ambiente agora está tomado por um ar extremamente frio.

 

Barberia – que cosmo surpreendente! Não esperava ver tudo isso após te ver moribundo! Mas, não cosneguirá romper essa barreira. Não há qualquer brecha e ela é indestrutível! — aguardando o ataque de Hyoga, confiante de que em breve, seu coração viraria um troféu.

 

Hyoga – não posso falhar! Esse é o melhor golpe de meu mestre, Camus! EXECUÇÃO AURORA!!!!

 

Agora, provavelmente chegando ao nível máximo do cosmo, o sétimo sentido, Hyoga dispara uma rajada de ar frio impressionante! Essa rajada parece ter atingido realmente o zero absoluto, e vai com uma pressão e velocidade monstruosas em direção à Barberia, que defende-se também rapidamente, criando uma barreira praticamente também à velocidade da luz.

 

Barberia – BARREIRA CINTILANTE!!!

 

A amazona é envolvida por uma esfera translúcida, e recebe o ataque com tudo! E para decepção de Hyoga, a defesa parece  deter completamente seu ataque, e ele não tem mais forças para continuar, cessando sua tentativa, e abaixando os braços.

 

Hyoga - já não aguento mais...!— ele cai de joelhos, e vê a esfera congelada estourar em milhares de partículas de gelo, revelando a jovem intacta e cheia de vida. Ela sorri serenamente, e vai caminhando em direção ao Cisne, que agora, está com uma mancha negra praticamente em seu peito esquerdo.

 

Barberia – muito bem Hyoga! Você foi muito corajoso! Agora, sempre que olhar o meu rubi, lembrarei de você como aquele que mais tempo sobreviveu batalhando comigo! Pode morrer honrando isso!

 

Nesse momento, ela estende a mão, apenas aguardando que seu rubi saia do peito de Hyoga, e venha para ela. Mas algo começa a acontecer.

 

Hyoga – me desculpe, mas não poderei lhe entregar rubi algum! – de joelhos, ele olha para a amazona, que percebe sua armadura congelando aos poucos.

 

Barberia – mas...o que é isso?!Não pode ser!!— ela observa que o braço e a ombreira da armadura estão congelados, e essas partes trincam levemente, deixando a amazona perplexa.

 

Hyoga – apesar de não conseguir romper a sua defesa, precisei apenas trabalhar a velocidade do meu ataque para pegar a pequena brecha que há quando você começa a formar a sua barreira! Isso leva apenas milésimos de segundos, mas foi o suficiente para meu ar frio tocá-la brevemente! Isso é algo que você não pôde sequer perceber!

 

Barberia – muito bem defensor de Atena. Ainda que tenha explorado a velocidade da minha defesa,  não foi capaz de me derrotar! Minha armadura nem foi tão danificada, continuo viva para pegar o meu rubi e....o quê está...?!

 

Nessa hora, ela começa a perder os sentidos, sem saber o que aconteceu.

 

Hyoga –   Parece que o quê planejei deu certo! O breve ar frio que te atingiu também ficou retido dentro de sua barreira!

 

Barberia – mas...o que está acontecendo comigo? Que frio é esse?— ela começa a sentir calafrios, e já lhe falta o ar.

 

Hyoga – você inspirou durante um tempo mortal meu ar frio no zero absoluto dentro daquela esfera! Seu corpo sofreu a ação do meu ataque pois meu ar gelado ficou retido aonde você procurou se proteger! No final, sua defesa perfeita e sem brechas foi uma faca de dois gumes! Seus pulmões provavelmente já estão congelando!

 

De repente, Hyoga leva as mãos ao peito.

 

Hyoga— Essa não, que dor é essa?!

 

Nessa hora, Hyoga começa a sentir uma imensa dor em seu peito, e começa a se contorcer, colocando as mãos e comprimindo firmemente seu peito, e vai ficando pálido. Mas ao mesmo tempo, Barberia começa a tremer, e tenta elevar o cosmo para se aquecer.

 

Barberia – você não conseguiu romper a minha defesa, mas fez com que a mesma o ajudasse em sua vitória! O breve sopro gélido que senti então foi isso! Seu verme! Não, eu não posso morrer aqui! 

 

Agora, a amazona vai ficando com seus olhos opacos. Ela expira um ar pesado e nebuloso, e sente um grande calafrio.

 

Barberia— Já posso sentir meu rubi em seu peito, seu fim...seu.....argh...não! Meu ru-bi!

 

Nesse momento, a amazona fica completamente pálida, e desfalece, seu cosmo se apaga, e ela tomba em frente à Hyoga. Porém, ela mal consegue se animar por tê-la derrotado, e também fica inconsciente logo em seguida.

 

Enquanto isso, em Asgard, a situação fica tensa! Hilda não conseguirá deter por mais tempo a invasora, e agora a sua própria vida está em jogo.

 

Caçadora – sabe do quê sinto mais pena? De precisar exterminar uma moça com um cosmo tão poderoso como o seu! Junte-se a nós Hilda! Apenas acabarei de uma vez por todas com esses cavaleiros, e pouparei sua vida!

 

Hilda – como é?!

 

Caçadora – Artemis poderia lhe conceder a honra de viver eternamente nessa Terra, junte-se a nós!

 

Hilda – jamais me juntaria a vocês!

 

Caçadora – uma pena ter negado essa oferta, Hilda de Polaris! — ela fecha os olhos brevemente, elevando o cosmo tórrido abruptamente, e avança sobre Hilda, com seu cosmo queimando, e rompe a barreira de cosmo gélido que a envolvia. Agora, ela se releva totalmente para Hilda.

 

Hilda - como ousa?! - surpresa.

 

Caçadora — antes de morrer, saiba quem lhe mandou para junto de Odin! Meu nome é Darren, de Naja Egípcia!

 

Seus olhos sedentos de sangue e um sorriso intimidador encaram Hilda. Porém, quando a amazona já está com sua mão junto ao pescoço da representante de Odin, algo a atinge.

 

Darren – ahn? Mas...o que foi isso?!— olhando para a mão ferida, vendo que foi atingida por estruturas parecidas com penas avermelhadas semelhantes a lâminas, que conseguiram penetrar em sua carne, fazendo-a sangrar.

 

Hilda – mas... isso é ..?

 

Ela sente um cosmo tão quente quanto o da moça, vindo do fundo do Palácio.

Em meio à escuridão um grande clarão avermelhado vai surgindo, revelando uma figura trajando uma armadura com tons azuis, laranjas e brancos, e um elmo com estruturas pontiagudas, e os olhos frios do portador da armadura vão se revelando. Ele vem caminhando assombrosamente na direção das duas.

 

Darren – então, foi você quem conseguiu me ferir?! Te farei pagar por isso!!!

 

Homem - então, você vai me fazer pagar. Hum, agora fiquei curioso! — o misterioso cavaleiro revela-se às duas.

 

Darren - mas você é...?

 

Ikki – Eu sou a Ave Fênix! — ele caminha em direção às duas. A amazona salta para trás, saindo de perto de Hilda e segurando sua mão ferida. O cosmo de Ikki agora se tranquiliza, assim como o da amazona.

 

Hilda – Fênix, você por aqui? Não deveria estar no Santuário?— observando-o chegar ao seu lado.

 

Ikki – É, mas ainda bem que não estou, certo?!— colocando-se a frente de Hilda, que fica sem reação depois da fria resposta do cavaleiro.

 

Hilda – os cavaleiros de ouro estão aqui, e sem condições para se defenderem no momento! Precisamos protegê-los a todo custo....

 

 

Ikki – hum, então ela veio dar cabo dos meus amigos dourados?! É melhor voltar de onde veio enquanto pode mocinha! - voltando-se para a amazona.

 

Darren – Ikki, talvez seja interessante olhar melhor nos olhos dessa "mocinha"!

 

Ikki – do quê está falando?— nesse momento, os dois trocam olhares, e Ikki sente um breve calafrio – seu olhar me parece familiar! Quem é você afinal?

 

Darren – Sou Darren, de Naja Egípcia, guerreira da deusa Artemis! É muito bom saber que também aprimorou o seu cosmo, Ikki de Fênix!

 

Ikki— Darren? Então, você é ...? – por um breve momento, os olhos de Ikki tremem temerosos, e uma pouco de suor escorre pelo seu rosto.

 

Qual será o mistério envolvendo Ikki e Darren?

Enquanto isso, o tempo vai passando, e os cavaleiros estão percorrendo as doze casas para enfrentarem as amazonas de Artemis.

Seiya e Shun agora chegam na casa de Leão, mas o quê será que os aguarda?

Shiryu nesse momento está chegando em Câncer. Milo começa a se deslocar, indo para Câncer também, parecendo já recuperado.

Na casa de Câncer, Hyoga encontra-se caído próximo a Barberia, assim como June.

Qual mistério envolve Ikki e a caçadora de Artemis? Estarão os cavaleiros de ouro correndo um perigo mortal? E Atena, até onde irá o seu limite?

Avante cavaleiros de Atena, o destino da humanidade depende de vocês!


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Notas finais do capítulo

Em Asgard, o ambiente antes tranquilo agora vive a tensão entre Ikki e a guerreira de Artemis, que revela seu passado de dor e sofrimento, no qual Fênix se vê envolvido.
Não percam o próximo capítulo de Saint Seiya - A Saga de Artemis:

A GUERREIRA DE ALMA FERIDA!



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