A Garota Da Capa escrita por Anny Taisho


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

kami... Estou ficando sem fotos para as capas!! kkkkkkkkkkk



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/350024/chapter/1

A garota da capa

A Weekly Sorcerer quer saber o que a mais nova mamãe da Fairy Tail fez para voltar a boa forma tão rapidamente, infelizmente, para Laxus Dreyar.

Capítulo Único

Quem olhasse para Cana Alberona hoje e não soubesse que ela estivera grávida há quatro meses atrás, com certeza nem imaginaria tal fato. A atual mais nova mamãe da Fairy Tail em menos de dois meses já havia reestabelecido a sua boa e velha forma que permitia o uso de seus tops sem o menor constrangimento. Para o terror de suas outras amigas também mamães que demoraram em média de seis a oito meses.

Nesse momento, a morena estava preparando um lanchinho na cozinha enquanto falava com o atual mais babão mago da Fairy Tail e sinceramente tinha a impressão de que ele não prestava a menor atenção no que ela falava. Caminhou até a sala onde ele estava sentado no sofá junto com a pequena e loura Cornelia Dreyar de quatro meses que se recusava a rir para ele.

Debruçou o tronco sobre o encosto do sofá e deu uma mordida em seu sanduiche arrancando a tão calorosa risada da filha e um olhar bizarro do pai dela.

- Por que ela está rindo para você?

- Porque eu sou o amor da vida dela, oras! – respondeu num tom de deboche –

- Faz mais de meia hora que eu estou tentando e a Conny nem sorriu!

- Bem feito, quem mandou não prestar atenção no que eu estava falando! – a morena deu outra mordida em seu sanduiche arrancando outra risada –

- Eu ouço com os ouvidos, Cana...

- Então o que é que eu estava falando? – disse arqueando as sobrancelhas e mexendo os ombros de maneira que o busto ainda mais avantajado devido a amamentação quase não conseguisse ficar contido no biquíni –

- Alguma coisa a respeito da Juvia e ela te chamar de rival no amor... Espera, como assim rival no amor?

A Alberona riu arrancando mais risadas da pequena que assim que olhava para o pai parava de rir imediatamente, para a frustração do pobre mago.

- Bem se você não me ouviu, não vou explicar agora... E pare de olhar para os meus peitos enquanto fala comigo, Tsk...

- Eu não tenho culpa se eles estão bem na altura dos meus olhos com você debruçada aí... – se defendeu o loiro –

- Enfim... – deu outra mordida –

- Por que ela ri para qualquer coisa que você faz, ri para o que qualquer um faz, mas fica só me encarando com cara de nada!

- Sei lá... Talvez ela já tenha consciência de o quão chato você é... Ou simplesmente olhar para você a assuste!

- Como assim assustar? Eu sou pai dela!

- Vai saber... – deu os ombros – O Jason da Weekly me ligou de novo... – disse casualmente enquanto colocava a chupeta rosa na boca da filha –

- Ele ainda quer uma entrevista?

- Está me infernizando por conta disso, estou pensando em aceitar, o que acha?

- Está pedindo minha permissão? – replicou em um tom claro de ironia que fez uma veia saltar na testa da namorada –

- Vai pastar, Laxus! Estou pedindo sua opinião, o que com certeza é uma perda de tempo, seu parvo!

O loiro ri ruidosamente fazendo o pequeno bebê arregalar os olhos violetas .

- E além de tudo fica assustando a Conny! – Cana pega a filha no colo – Vem, Conny, mamãe vai te levar para longe desse babaca que fica te assustando!

- Hey, volte aqui com a Cornelia! Eu estava fazendo progressos!

- Tanto progresso quanto a Juvia no analista... Fique aí sozinho com seu sarcasmo!

E assim a morena desapareceu escada acima deixando um Dreyar bastante irritado para trás.

---

---

Alguns dias depois no salão da guilda, Laxus, a raijinshuu e Cana estavam sentados em uma das mesas com a pequena Cornelia no colo do padrinho: Fried Justine. Sim, depois de quase nove meses de tortura psicológica com os membros da tribo do trovão a decisão de quem seria o padrinho foi tomada de maneira justa, adulta e imparcial numa partida de poker.

O bebê ria sem parar das gracinhas de Bixlow e seus bonecos que ficavam flutuando ao seu redor.

- Hehehehe... parece que ela gosta mais de mim do que de você... – ‘de você!de você!’-

- Vai nessa, bobo da corte! A Conny-chan me adora, principalmente porque eu sou o padrinho e você é só o tio! E nunca vai passar disso!

Enquanto uma discussão muito produtiva a respeito da preferencia do bebê de quatro meses era duramente disputada, Laxus bebia tranquilamente sua caneca com cerveja ao lado da namorada atualmente abstente.

- Então, querida... – Cana franziu o cenho, sabia que ia sair porcaria dali – Não me acompanha? Ah não... Me esqueci que não pode beber, uma pena, porque está ótimo!

O Dreyar viu a expressão da Alberona se contrair em uma careta e já estava preparado para ouvir alguns impropérios e talvez desviar de algo que ela viesse a atirar, mas não, em seguida a feição da morena passou de ira para maldade. Um sorriso gatuno apareceu nos lábios femininos que se abriram.

- Pois é, estou impedida de beber enquanto amamentar a sua filha... Oh... mas pelo menos ela gosta de mim. Eu também estaria tomando um porre se a minha filha não olhasse para mim sem se assustar!

Os olhos cinza do Dreyar se estreitaram e a mulher riu ruidosamente junto com Evergreen. Culminando em uma risada coletiva que terminou com Conny rindo, claro que só até o momento que a figura de seu pai apareceu em seu campo de visão, porque então o bebê voltou a ficar sério.

Antes que uma possível discussão começasse, Mirajane apareceu com um pequeno menino de cabelos verdes no braço, pedindo ajuda porque ela tinha que cuidar de algumas coisas na cozinha. Luke Justine tinha quatro anos e era tão ou mais gentil e educado que seus pais. Afilhado de Laxus, obviamente.

Cana que estava na ponta da mesa pegou o menino no colo e bagunçou seu cabelos vendo-o se irritar com isso. Aparentemente ele gostava da morena e tinha um certo apreço pelo padrinho.

- Cana, o Jason ligou avisando que a Weekly com sua matéria sai amanhã.

- Oh... Já? Pensei que fosse demorar mais... Obrigada por avisar, Mira!

- De nada! Fique aqui quietinho com seu pai, Luke!

- Pode deixar!

Assim que notou a presença da pequena loura no colo do pai, Luke tratou de se desvencilhar do colo de Cana e caminhou sobre o tampo da mesa até onde eles estavam, mas não era por ciúme. O pequeno Justine ao contrario do que muitos pensaram, não sentia ciúme da afilhada de seu pai, pelo contrário, o menino parecia ter uma certa adoração por ela.

- Conny-chan é tão bonita!

Todos na mesa fizeram um “ownnnn”. E Fried logo tratou de pegar o filho no colo sentando-o ao lado de Cornelia e fazendo um discurso de como o filho deveria ser companheiro e proteger a amiga. Porque um dia quando eles fossem maiores, formariam uma nova raijinshuu onde ele seria o líder da equipe comandada pela garota. Todo mundo costumava achar que isso era uma baita viagem da cabeça do mago das runas, mas ultimamente, após notarem com Fay, a filha de dois anos de Ever e Elfman se dava com a dupla ali... Talvez fosse bem possível.

Enquanto Luke brincava com Cornelia que parecia gostar muito dele, principalmente de puxar seu cabelo verde, Laxus desviou sua atenção a Cana que bebia corajosamente seu suco de laranja.

- Então você fez a matéria... Não tinha me falado, achei que nem lembrasse mais do assunto!

- Isso não é da sua conta, quando fui pedir sua opinião você ironizou comigo!

- Tsk... Você sabe que eu estava brincando!

O loiro passou o braço em volta dos ombros da namorada trazendo-a mais para perto.

- Pois guarde suas brincadeiras para você!

- Hum... Como se você não gostasse delas! – segurou o rosto dela e beijou a boca da morena –

Cana terminou rindo e relaxando no abraço e voltou a fitar a filha e Luke que se distraiam com algum truque simples de runas que Fried fazia para distrai-los.

- Como se sente sabendo que um pirralho de três anos tem mais atenção da sua filha do que você?

- Eu sinto que haverá um pirralho a menos no mundo se eles crescerem e ele continuar com esse interesse indevido para com a MINHA filha.

---

---

Era quase três horas da tarde e Cana estava deitada num colchão na sala com Cornelia e Fay. Sendo que o bebê dormia tranquila e profundamente, enquanto a filha de Evergreen insistia em não tirar seu cochilo vespertino! Por que mesmo havia aceitado cuidar da pirralha enquanto ela e Elfman faziam uma missão? Hum... Sim, porque Mira estava ocupada demais para cuidar de um filho que não fosse o seu, Lisanna estava em missão... Então eles deduziram que ela estava desocupada já que Laxus não permitia a morena sequer pensar em fazer uma missão simples até a filha completar dois anos.

Aquele babaca que fosse achando... Assim que a filha completasse seis meses começaria a voltar a ativa. Obviamente que não com trabalhos longos, faria coisas que não gastassem mais do que dois ou três dias, mas ficar parada mais um ano era algo que estava fora de cogitação.

Voltando a Fay, a pequena garotinha de cabelos brancos e olhos azuis estava atualmente sentada nas costas da morena enquanto assistia alguma coisa na Tv. Céus, precisava daquele sono da tarde, Cornelia tinha passado boa parte da madrugada acordada mantendo-a acordada!

- Hey, Fay-chan... Por que você não dorme igual a Conny? – resmungou ainda deitada –

Sentiu a pequena se levantar, caminhar até sua frente e se abaixar.

- Naum... – e começara a rir –

Iria matar Evergreen! Haveria uma fada a menos no mundo quando aquela loira narcisista voltasse! Fay voltou a sua rota original sentando-se nas costas da morena que suspirou e tentou não apagar de cansaço.

Quase uma hora depois para sua sorte, a criança apagou e Cana pôde se render ao mundo dos sonhos, pelo menos por alguns minutos. Por que quando a porta da frente foi aberta com violência revelando um possesso mago do raio, a maga teve certeza de que seu sono foi para o brejo.

- Se você ousar gritar e acordar uma dessas crianças eu arranco sua cabeça!

Fechou os olhos de novo, com a ilusão de seja o que for que tenha irritado Laxus não fosse afetar seu sono. Doce ilusão. Os passos pesados do Dreyar se aproximaram do colchão e ela sentia seu olhar perfurador.

- Lá na cozinha, agora! – rosnou o loiro –

- Não da para ser depois? – resmungou –

- Cana... – rosnou ainda mais pesado –

- Yare, yare...

Com muito esforço a maga levantou-se e se arrastou até a cozinha onde notou o grau de irritabilidade do namorado. Havia uma revista sobre o balcão e ele fungava pesadamente.

- Hum... A Minha magos saiu... Não tinha visto ainda...

- É, ela saiu...

Na capa havia uma grade foto de Cana com um biquíni com estampa de estrelinhas.

- E ai? O que achou? Aquele mala ficou me perguntando como foi que eu consegui voltar a boa forma tão rápido.

- Eu achei uma droga! Mas que porra é essa, Cana?

- Nani?

- Eu pensei que tínhamos entrado em um acordo no inicio do namoro, nada de trabalhos de modelagem sem uma discussão previa!

- Oh... Eu tentei falar com você, mas a sua pessoa se recusou a falar comigo! E fale mais baixo!

- Não era só a droga de uma entrevista?

- Não, era uma entrevista e uma sessão de fotos.

- E por que tinha que ser de biquíni?

- Por que eu não gostei das outras fotos, oras... Para que tanto estresse, como se fosse a primeira vez que eu faço um trabalho de modelagem assim!

- Você é uma mulher casada e com uma filha! 

- Não sou casada! E pare de ser escandaloso!

- Não é casada ainda! E eu tenho todo o direito de ficar puto da vida ao descobrir que a minha mulher saiu semi-nua em uma revista sensacionalista de quinta e que toda a comunidade masculina da guilda tem uma droga de revista!

A Alberona ergueu uma sobrancelha e riu.

- Own... Você está com ciúmes! Que bonitinho!

- Er... – corou – Não! Não estou com ciúmes! Estou sendo cuidadoso!

- Oh... Você está com ciúmes, sim! Está se mordendo porque eu arrasei nessa sessão de fotos!

- A questão não é essa, Cana!

- E qual a questão então? – desafiou a morena –

- A questão é que você é minha e eu prefiro ser o único a apreciar o fato de que você continua linda!

- Own... Isso é quase muito fofo vindo de quem veio!

O loiro se aproximou e beijou a namorada, ficando em seguida com a testa pressionada sobre a dela.

- Sem mais sessões de fotos, okay?

- Tsk... Quem gosta dessas coisas é a Mira, eu só estava entediada! Agora aproveite um tempo com a Fay e com Conny, porque essa garota aqui vai tirar um cochilo lá no segundo andar!

- Hein? A guilda está cheia de papelada do conselho que o velhote não quer preencher!

- Só lamento, eu preciso dormir! Boa sorte... – e ela parou quando chegou a porta da cozinha – E tire seu cavalinho da chuva, faísca, eu já disse que não vou casar com você!

Ela deu uma piscadela e saiu rindo.

- Veremos...

Laxus voltou a sala e viu Fay sentada sobre o colchão e Cornelia se mexendo impaciente. Começaria a chorar logo se alguém não a pegasse no colo. Com um suspiro se rendeu e foi bancar a babá. E para sua frustração, sua filha continuou a não rir quando ele se aproximou.

Definitivamente agora tinha duas missões para completar:

Arrastar a noiva para o altar e fazer a filha rir para ele.

Owari...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!