Os dois vampiros pegaram em meus braços, permanecendo um de cada lado, mas de uma forma cortês. Poderia admitir, ambos eram lindos. Um moreno e um loiro. A vodca já estava a fazer efeito, mas eu tinha que me controlar, pois estava a caminho de conhecer o todo poderoso Rei Marcel.

Eu queria rir da minha piada interna, mas o que consegui foi piscar para o loiro que segurava meu braço direito, o que o fez sorrir devolta. Homens, humanos ou não, alguns sempre serão completos idiotas, achando que mulher só serve para fazer sacanagem. Graças a Deus e aos anos eu posso afirmar que não sou uma dessas que eles usam e jogam fora.

Entrei no fundo do bar acompanhada pelos vampiros. O moreno soltou meu braço para abrir a porta, onde me surpreendi com o lugar, parecia um novo ambiente escondido atrás do bar. Parecia uma simples casa, na verdade, bem iluminada e decorada. Os vampiros me guiaram ao que parecia ser uma sala de estar.

Queria, aguarde aqui e não toque em nada. Marcel já vem para conversar contigo! O loiro piscou e saiu em sua velocidade, para chamar seu rei. O moreno permanecia na sala apenas a me observar.

Será, que posso me sentar? Olhei em seus olhos negros e sorri para ele. Apenas blançou a cabeça. Ele estava hipnotizado por mim. Sentei lentamente em um sofá creme que acompanhava a decoração da sala sem tirar os olhos do vampiro. Assim que terminei de sentar, senti um cheiro diferente vindo em minha direção, um cheiro desconhecido, nem mesmo os originais tinham esse cheiro. Só poderia ser Marcel. A sorte estava lançada, que vença o melhor.

Podem se retirar e me deixar a sós com a donzela. Obrigada por hoje pessoal! Marcel abraçou ambos e eles saíram me deixando a sós com o todo poderoso. Levantei-me e fiz um gesto de referencia, ele era o rei, e eu deveria ganhar seu respeito antes de qualquer coisa.

Ora, ora... uma senhorita extremamente educada e inteligente! Ele tomou a minha mão e pousou um beijo. Típico gesto de cavalheirismo. Ao menos ele era educado.
Sua majestade. Eu mais uma vez fiz referencia ao seu cargo, atribuído por ele mesmo.

Sente-se por favor senhorita. Gostaria de tomar algo? Um whisky? Eu sentei-me novamente e mais uma vez sem tirar os olhos de Marcel, eu apenas balancei a cabeça afirmando que gostaria de um copo com whisky. Como Damon dizia, tudo fica mais fácil quando se tem um copo de whisky na mão, e isso me ajudaria a distrair da vontade de mata-lo aqui e agora que eu tenho.

Então Senhorita Forbes, o que a traz novamente a New Orleans? Ele foi direto ao ponto.

Senhor, eu visitei sua cidade há alguns anos atrás, e como eu soube de historias que um novo Original que havia se tornado rei, eu, como sou curiosa, vim conferir a historia pessoalmente. E tenho conhecidos que residem aqui, os Mikaelsons, Elijah e Rebekah. Marcel perdeu o sorriso quando pronunciei o nome da família original. O que será que esse desgraçado havia feito com Klaus?

Os Mikaelsons. Apenas eles você conhece? Hum, ele então com toda certeza havia feito algo.

Já ouvi rumores de um tal de Niklaus Mikaelson. Mas eu nunca o vi. As histórias que sei, é que ele é um imortal poderoso, metade vampiro e metade lobisomem. Que criou exercito de híbridos. Mas nunca mais se ouviu falar desse Original e então as histórias que surgem em nosso mundo é sobre o senhor e seu governo nessa cidade. Marcel relaxou quando me ouviu falar que não sabia de Klaus. Ele jamais conseguiria me compelir, aprendi a tomar verbena.

Eu dei um jeito em Klaus, querida senhorita Miss Forbes. Hoje ele está bem longe de ser o indestrutível híbrido. Eu sou o imortal mais poderoso que existe. Isso claro, depois da extinção de Silas que estava solto nessa terra. Ele riu com a própria piada e eu o acompanhei. Queria arrancar o coração desse maldito só de pensar no que ele poderia ter feito a Klaus. Mas me conte querida, de onde conhece Elijah e Rebekah?

Conheci-os quando estive aqui, em minha outra visita. Espero reencontrá-los em breve, mas como cheguei hoje, preferi vir aproveitar a minha noite e curtir a sua boate. Com todo respeito, ela é incrivelmente linda e contagiante, não é a toa que o senhor é chamado de rei em New Orleans. Me atrevi e peguei em suas mãos. Eu precisaria me infiltrar e descobrir o que estava a acontecer com Klaus, cada segundo que se passava ele poderia correr mais perigo ou até mesmo estar morto. Essa idéia me dava náuseas.

É uma donzela muito linda senhorita Forbes. Posso dizer que quando entrou em minha boate, pensei ser apenas uma vampira comum, mas vejo que tem dons. Além de linda, é inteligente e viva. E confesso que a maioria das humanas e vampiras que aparecem por aqui não passam apenas de uma noite. Eu preciso de uma companheira. Vejo que pela nossa pouca conversa, sabes encantar. Quem sabe não podemos chegar a um acordo? Tens alguém senhorita Forbes? Continuava a fitar meus olhos. Enquanto eu ainda segurava em suas mãos.

Não. Faz algum tempo que eu não tenho ninguém, nem casos, nada. Viajo sozinha então, prefiro me divertir, estudar, ver a cultura dos lugares que visito, musicas, arte e tudo que o mundo tem para me oferecer senhor. Um dia tenho certeza que encontrarei meu par e então será para sempre. Essas palavras com toda certeza eram verdadeiras.

Foi então que me surpreendi e quando me dei conta Marcel me prensava contra a parede de sua sala de estar selando seus lábios nos meus, pedindo permissão para a sua língua se enroscar com a minha. Abri passagem para que o beijo se completasse. Senti uma de suas mãos descer para a minha cintura. Há muito tempo eu não beijava ninguém e mesmo que meu corpo desejasse qualquer sensação, esta pertencia somente a Klaus. E se nesse momento eu estava com o inimigo, era por ele que eu o fazia.

Marcel separou nossos lábios e tornou a fitar-me. Não disse nada e voltou a colar seus lábios nos meus. Um beijo que para mim, era nulo. Não tinha sentimento, apenas ódio por esse monstro ter feito algo ao meu hibrido.

Você é perfeita Caroline Forbes! E eu a quero por completo! Ele voltou a colar os lábios nos meus, e então tive que corresponder. Não da forma como eu queria que Klaus me beijasse e me tomasse em seus braços, mas por ele, e para descobrir o que aconteceu com meu eterno e único amor, eu acabaria dormindo com o inimigo, pois apenas isso eu poderia fazer para descobrir onde achar Klaus e acabar definitivamente com a raça desse maldito.
Marcel me carregou em seu colo direto para seu quarto. Eu já previa o que essa noite daria, e meu único pensamento naquele momento era que eu descobriria onde Klaus estava, nem que para isso, eu o libertasse e morresse em seu lugar.

Meu rei... Eu disse para Marcel que começou a possuir cada parte do meu corpo enquanto eu fingia ser o que eu não era, a mulher perfeita para ele.