Por Quê Sempre Eu?! escrita por Nat Rodrigues


Capítulo 9
Manias chatas


Notas iniciais do capítulo

Geente, perdão pela demora, mas é que eu comecei a ler A Marca de Atena, dai meio que me atrasei... Enfim, quero dedicar este capitulo as divas que favoritaram, Bia Salvatore e Ketelyng Araujo! Obrigada! E avisando que ninguém acertou a enquete de novo .-. kkkkkkkkkkk MAS A Bia Salvatore foi a que chegou mais perto, então irei indicar uma fic dela,ENTÃO LEIAM AS NOTAS FINAIS, É IMPORTANTE! Obrigada por ler, e Boa leitura!



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  - Mas Melanie! Eu te amo, não tem como esconder mais isso... Quero gritar aos quatro ventos o nosso amor, para que possamos enfim viver uma linda história romântica e apaixonante... –Henri gritava para mim feliz enquanto eu fazia uma cara assustada.

  - "Nossa amor”? Quê? Não existe amor nenhum! –exclamei irritada. Estávamos em um parque, sentados em uma toalha xadrez em um típico e clichê piquenique.

  - Mas é claro que existe! Você me ama... –ele me contrariou e foi se aproximando, fazendo-me recuar.

  - Henri... –quase sussurrei com os olhos arregalados. ELE VAI ME BEIJAR!

  - Melanie... –ele falou a centímetros de meu rosto e ficou parado me encarando.

  - Melanie... –repetiu.

  - Melanie... –falou novamente e me estressei.

  - O que é?! –respondi impaciente e abri os olhos assustada. Um sonho, tudo não passou de um sonho. Ainda bem.

  - Até que enfim acordou semideusa. Chamo-lhe faz minutos! –exclamou uma voz irritada, me fazendo ficar rígida. Lancei meu olhar para a parte mais escura de meu quarto, e tento lançar uma corrente elétrica para pessoa que invadiu meu quarto, mas nada acontece.

  - Quem está aí?! –praticamente gritei. – Olha já é a segunda vez que invadem meu quarto, e... –comecei a falar, mas então me lembrei de uma coisa. – Espera! Você é a mesma pessoa que me acordou a noite passada?! Qual o seu problema, em? Tenho aula amanhã... –resmunguei. Acordar de madrugada nos deixa mais... Bobões.

  - Realmente está preocupada com a aula? –questionou e emiti algo em resposta como um “sim”. – Tola.

  - Faz um favor para mim? –pedi procurando o interruptor de luz.

  - Diga-me o que quer. –respondeu e reparei enfim que sua voz era feminina. Achei o interruptor e dou de cara com nada mais nada menos que a própria deusa Hecáte sentada no sofá de meu quarto. Ela vestia uma toga branca, o que não combinava muito com ela. Seu longo cabelo escuro estava preso em uma tradicional trança grega, e seus olhos mesclavam de roxo para preto, azul escuro e marrom, a dando um ar sombrio.

  - Procure outro otário para se vingar dos deuses. –respondi e fiz uma cara emburrada, o que deve ter me deixado mais bonita do que já sou quando acordo de madrugada. Realmente, não estava raciocinando bem para respondê-la daquela maneira, ah, mas quem se importa?

  - Como ousa?! –questionou-me irritada. Comecei a rir. – Do que está rindo insolente?! –voltou a questionar mais irritada ainda.

  - É que... –comentei em meio à risada. – Você fica engraçada irritada! –terminei de falar rindo. Credo! Acho que havia flor de lótus no meu jantar.

  - Acha mesmo? –perguntou com a voz baixa e tenebrosa. Quando percebi ela estava ao meu lado na cama e segundos depois me jogou a parede com uma força brutal. Quando percebi que também segurava meu pescoço foi tarde de mais. 

  - Você... Está... Me... Sufocando! –balbuciei enquanto me debatia em uma inútil tentativa de me soltar.

  - Porque parou de rir? –perguntou novamente com o mesmo tom de voz, só que com um ligeiro cinismo.

  - Solte-me! –impus parando de me debater e encarando-a, o que não resultou em nada. O ar já estava ficando muito mais rarefeito e minha cabeça começava a doer. Droga de hora em que fui perder meus poderes de semideusa!

  - Ouviu o que ela disse. –uma voz extremamente sombria se pronunciou adentrando em meu quarto através da janela.  – Solte-a, traidora. –voltou a falar e Hecáte ficou tensa. Mirou seu olhar para a o dono da voz e perdeu a cor de seu rosto.

  - Isso não terminou. –consegui ouvir assim que ela me soltou e sumiu por uma fumaça negra. Caí ao chão buscando o ar desesperadamente, estava a ponto de desmaiar.

  - Você está bem? – o dono da voz perguntou preocupado indo ao meu encontro. De primeiro momento iludi-me achando ser Emanuel que ansiava por me ver, mas deparei com Alec.

  - O que acha? –respondi ríspida. – Realmente levou a sério esse negocio de ser meu pai substituto, não é?! –exclamei irritada.

  - Só estou seguindo o que lhe prometi, vigilância constante. –Respondeu sem se mostrar abalado por minhas palavras.

  - Se eu tivesse meus poderes ainda, nada disso teria acontecido... –Comentei irritada enquanto ele me ajudava a sentar em minha cama.

  - Se tivesse se envolvido com outra pessoa, nada disso teria acontecido. –Rebate me irritando mais ainda.

  - Ah, certo. Então acho que a culpa é de Afrodite, não? Ou seria Eros? –Repetindo: Acordar de madrugada não presta.

  - A culpa é sua por ser teimosa. –Respondeu quase indiferente ao que eu disse. Reparei que ele estava próximo de mais da minha pessoa, então levantei fingindo ir ao banheiro, mas ele puxou me de volta e antes que pudesse impedir me levou até minha cama.

  - Espere, tenho que ver esses machucados. –alegou e o encarei confusa. Machucados?

  - Obrigada, babá, mas eu tenho néctar e ambrosia aqui. –falei me levantando novamente, mas ele repetiu o mesmo ato, me fazendo continuar sentada.

  - Larga de ser teimosa. –Exclamou meio impaciente colocando as mãos em meu pescoço. Sabe, uma situação super confortável. Fez uma pequena prece ao seu pai e logo depois o aperto que eu sentia se desfez e pude enfim respirar normalmente. – Melhor agora. –falou satisfeito com o próprio trabalho e sorriu.

  - Obrigada. –resmunguei e me arrastei para deitar e voltar a dormir.

  - Não. –ele falou me deixando confusa.

  - Não o quê?!

  - Você ainda não vai dormir. –tentou impor-me.

 - Fala sério! Vai me vigiar de outro lugar enquanto durmo em paz. –resmunguei me acomodando e fechando os olhos. Novamente me surpreendo com a mudança de meu comportamento de madrugada.

  - Que teimosia! Melanie, preciso falar com você. –Alec alegou e o ignorei. – É sobre seu pai... –Ignorei novamente. Alec respirou fundo como se isso fosse lhe dar calma e continuou: - Ele... Ele quer que você vá ao Olimpo vê-lo e leve Emanuel também.

  - Ah! Que legal! Ai ele mataria nós dois de uma vez só e ainda por cima em seu apogeu de poder! –disparei irritada parando enfim de fingir que dormia e que não estava curiosa.

  - Ele não quer matá-la... Só conversar, espero... – Alec disse, mas não estava tão seguro assim. 

  - Hum, ótimo. E como fica a minha missão? Ainda tenho que levar Lucia, Emanuel e Mark... Para o acampamento. –falei esperando que aquela desculpa soasse importante o bastante para impedir meu encontro com o dad.

  - Luiza cuida disso, aliás: Essa missão não era dela desde o começo?! –Alec contrariou.

 - Sim, mas ela não quer ir para o acampamento... É complicado. –Luiza havia pego a missão para “fugir” de algum modo do acampamento, por isso tinha sido inútil esses dois anos.

  - Não é questão de querer, e agora que você descobriu quem são os semideuses fica mais fácil para ela. Enfim, amanhã após sua escola dê um jeito de encontrar Emanuel e vamos ao Olimpo. –Alec disse autoritário.

  - Sim, capitão. –respondi cinicamente fazendo um movimento com a mão e depois deitei na minha cama para voltar a dormir, esperando que ele fosse embora.

  Depois de alguns minutos percebo que ele desliga a luz, mas fica sentado em minha cama me analisando, e pelo modo que respira apressado, sei que está preocupado. Incrível como ele consegue ser assustador e fofo ao mesmo tempo. Quê?! Vou dormir que é melhor...

  TRIM! TRIM! TRIM!

  - AHH! –gritei assustada quando percebo que é apenas o despertador tocando. Levanto dormindo ainda e me troco colocando o uniforme e meu all star preto. Logo depois vou ao banheiro e lavo a cara com água fria, o que me faz acordar de vez. Penteio meu cabelo e vendo que ele não quer cooperar o pendo em uma trança. Vou até o hall do hotel, onde tem o restaurante, e tomo meu café da manhã. Depois volto ao meu quarto, escovo os dentes, limpo o óculos e arrumo minha bolsa. Já estava pronta para ir para a escola e logo depois visitar o Olimpo.

  - Luiza? –perguntei batendo na porta de seu quarto. – Já está pronta? Preciso conversar com você...

  - Já vai! –Luiza gritou em resposta. Esperei por mais dez minutos ali de pé e ela saiu toda arrumada e perfumada.

  - Vamos? –Perguntou. Assenti séria e começamos a fazer o caminho da escola.

  - Luiza, hoje terei uma coisa importante para fazer, e dependendo do que acontecer você terá que terminar essa missão sozinha. –despejei assim que saímos do hotel.

  - Nossa, mas o que tem de tão importante para se fazer aqui? Londrina é uma cidade calma, nesses anos que estive aqui só fui atacada quatro vezes... –debochou como se o que eu tivesse falado não tinha o menor sentido.

  - Não tem nada a ver com aqui, irei ao Olimpo. –esclareci e ela me olhou assustada, mas depois riu.

  - Você vai enfrentar seu pai?! Sem poderes e com uma mãe em reabilitação?! –caçoou.

  - O que minha mãe tem a ver com isso?! –Indaguei irritada.

  - Queridinha, você já não tem o apoio do pai, e nem o da mãe que nunca deu valor a você e sempre esteve com a cara enfiada nas drogas. Um serviçal de seu pai está na sua cola, e você está sem poderes. Realmente acha que poderia fazer algo útil?! –Zombou. E foi aí que eu perdi minha paciência. Não me interessava que estávamos na rua e que chamaria muita atenção. Ela mexeu em uma ferida que deveria ter ficado fechada. Em um ato rápido e ágil tirei minha pulseira que logo se transformou em Traiçoeira, minha espada de Bronze Celestial. Dei uma rasteira em Luiza e deixei Traiçoeira a apenas um centímetro de sua garganta.

  - Repita isso mais uma vez e Hades terá sua alma, semideusa idiota. –ameacei com a voz transbordando de ódio. Luiza estava aterrorizada e dava para perceber que estava arrependida de ter dito o que disse. Garota cínica, ontem se fez de minha amiga e hoje faz isso. Mesmo relutante tirei Traiçoeira de perto dela e a guardei transformando à em uma pulseira novamente. Virei as costas para Luiza e comecei a correr na direção do colégio, não estava nem um pouco a fim de ouvir qualquer desculpinha vindo daquela fútil.

  Chegando ao colégio o sinal não havia batido ainda, então corri para aquela área aberta onde vou todos os dias. Lá sentei no banco e desabei em lágrimas. Droga! Odeio chorar.

  - Di imortales! O que aconteceu? –escuto alguém falar mas não lhe dou atenção.

  - Melanie, me fala o que aconteceu. –insiste e levanto o rosto para olhar quem era o intruso.

  - Mark?! –respondi sem entender. – Não era você que não iria mais me ajudar...? –pergunto e limpo algumas lágrimas.

  - É... Bem, era. Mas percebi que seria tolo da minha parte não ir para esse acampamento e ficar correndo riscos aqui no Brasil. - falou dando de ombros. Ah, certo, então não é questão de me ajudar e sim se ajudar. Egocêntrico.

  - Pena que eu vou morrer hoje, senão eu até te levaria para o acampamento. –dei de ombros limpando desta vez meu óculos. Mark estava com uma expressão indecifrável (ainda mais porque fico cega sem o óculos), e se sentou ao meu lado no banco. Que mania chata.

  - Morrer? Não acha que está exagerando? –questionou olhando diretamente nos meus olhos. Outra mania chata, odeio que me olhem nos olhos.

  - Exagerando?! –debochei. – Neste momento o serviçal dele está na minha cola... –esclareci e quando ia por os óculos de volta ele segura minha mão. WOW.

  - Você fica melhor sem –Diz e tira o óculos de minha mão como se fosse meu amigo de infância dando uma dica de moda. O encaro confusa. Ele solta minha mão como se nada tivesse acontecido e continua a falar. – Posso sentir a energia do... Alec, não? –pergunta mas não me deixa responder. – E sei que pela preocupação dele, ele não vai deixar que nada aconteça com você hoje a tarde quando for visitar o Olimpo...

  - Como você... –ia perguntar mas me lembrei que ele pode ler mentes. – Esquece. Enfim, se quiser ajuda de alguém para ir para o acampamento fale com Luiza. –disse e o sinal tocou.

  - Quem é Luiza? –perguntou enquanto nos levantávamos para ir para aula. O encarei sem acreditar que ele não sabia.

  - Baixa, magra, cabelo loiro, olhos azuis, corpo de dar inveja, e uma das meninas mais populares daqui. Um ano mais nova e extremamente fútil. –esclareci, mas por sua expressão dava para ver que não a conhecia.  

  - Mas e se eu quiser que você me leve para o acampamento? –perguntou e me surpreendi mais ainda. Que garoto exigente!

  - Vai ficar querendo, não sou paga para cumprir missões. Tchau. –despedi saindo de perto dele. Hoje ele estava completamente estranho, sinal de que algo ruim vai acontecer. Eu em.

  Chegando a sala de aula sentei na última carteira e afundei minha cabeça lá, começando a dormir, sem nem prestar atenção nas aulas. Graças aos deuses nenhum professor se importou com meu comportamento e a garota que era dona da carteira que eu estava ocupando não se importou de se sentar em meu lugar, pois tinha uma queda secreta por Henri que de secreta não tinha nada.

  - Hey, novata! –Henri me acordou e assim que abri os olhos para encará-lo lembrei de meu sonho e meu corpo congelou.

  - Que? –perguntei forçando minha voz a sair. Porque eu estava com tanta vergonha?

  - Já é o intervalo, não vai sair da sala? –perguntou e apenas fiz um gesto com a cabeça como se dissesse “obrigada por me acordar, idiota” e levantei da carteira.

  - Você está bem? Seu rosto... –comentou e encostou seu dedo na minha bochecha, me fazendo ficar vermelha dos pés à cabeça, mas não me afastei e isso o surpreendeu.

  - O que tem meu rosto? –perguntei com a voz um pouco tremula e levei minha mão até meu rosto, e como ele ainda não havia se afastado nossas mãos se tocaram e ele também ficou um pouco vermelho.

  - Nada, ele é perfeito... –Henri diz com uma voz quase inaudível e o encarei maravilhada. Oi? Espera... Am? O que está acontecendo? E o Emanuel? –questiono-me em pensamento, e a simples menção de seu nome em minha cabeça me faz recobrar o juízo e me afastar de Henri.

  - Desculpa... Eu... Tenho que ir falar com Luiza. –menti e sai as pressas da sala o deixando lá sozinho. Corri até o banheiro e lavei novamente meu rosto. O que ta acontecendo?!

  Depois de lavar, encosto na pia e me ponho a pensar. Tudo isso é muito estranho, e por mais que não goste disso, devo dizer que me senti atraída por ele, e Mark, quando na verdade gosto de Emanuel.

  Fiquei lá parada com meus pensamento por mais alguns minutos, até que sinto uma pequena pressão em minha cabeça e levo a mão até lá encontrando um pequeno papel que continha em uma caligrafia linda as seguintes palavras:

“Querida Melanie...

  Pense nisso como um presente dado por mim. Sei que sua vida sempre foi solitária e sem o amor de ninguém, então decidi que já estava na hora de você despertar para os garotos. Admito que no início Emanuel já era fofo o bastante já daria uma linda história de amor, mas como minha filhinha pediu minha ajuda para acabar com você por ter quase a matado, bem, não tive como dizer não. Faça bom proveito.

                                                            Afrodite."

                                                                                                        

  Só tenho três palavras para isso: Luiza está morta. Que mania chata de se intrometer na minha vida! 


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Notas finais do capítulo

E então, tão querendo me matar pela demora e por não ter ficado muito legal? Faz isso não, lembrem da minha mãe, ela vai ficar triste... kkkkk Bom, queria pedir um favorzinho, fantasminhas, apareçam! não to recendo quase nada de review, w por mais que a fic não seja movida por eles, sempre alegra... Enfim, obrigada por ler e não perca a chance de ler essas fics maravilhosas!

Leiam ---> http://fanfiction.com.br/historia/366385/Amor_Sem_Fronteiras

Leiam ---> http://fanfiction.com.br/historia/361126/The_Mission_-_Fanfic_Interativa

Beijos!



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