No dia do show, na sede do Fã-Clube Bad Luck Oficial...

—Pois é, povo, é isso... – Dizia Matsuharo aos membros do Fã-Clube.

—Ah, Matsu! – Reclamou alguém. – Por que só você vai?!

—Primeiro: porque eu sou a presidente. – Disse ela já levemente irritada. – Segundo: porque só convidaram a mim! Terceiro: os dois primeiros motivos já são suficientes! Ah, e falem com o vice-presidente sobre a possibilidade de um Meet & Greet, pois eu tenho que ir!

Sem dar atenção aos comentários invejosos, Matsuharo saiu daquele lugar para ir à casa de shows mais famosa de Hokkaido: “The Hotter”! Ryuichi havia pedido para ela chegar um pouco mais cedo, é verdade, mas...

—Faltam sete horas para o show!!! – Gritou o segurança espantado com a presença de Matsuharo àquela hora.

—Mas é que... – Disse Matsuharo nervosa. – Sakuma-san pediu que...

—Sakuma-san?!?! – Interrompeu o segurança incrédulo. – A Srta. quer dizer Sakuma Ryuuichi?!

—Sim, ele mesmo! Ele pediu pra eu chegar antes e... Eu acho que exagerei...

—Exagerou mesmo, Minamino-san. – Disse Tohma tocando seu ombro.

—Aaaaah!!! – Assustou-se ela. – Hum? Seguchi-san?

—Gomen nasai... Bom, acho que Ryuuichi e Noriko ainda demorarão a chegar, então... – Disse Tohma olhando para o segurança. – Essa jovem ficará comigo, ok?

—Eh... Ok, Sr...

Tohma e Matsuharo adentraram a casa de show.

—Mas e então? – Perguntou Matsuharo. – O que o Sakuma-san quer comigo? Por que pediu pra eu vir mais cedo?

—Nossa... Quantas perguntas.

—Ah, desculpe... – Disse ela vermelha.

—Ryuuichi-san disse gostar da sua voz. – Informou Tohma. – Mas... Eu não sei por que ele chamou você aqui... Talvez porque...

“O quê?! O quê?! Se apaixonou por mim?! Me achou uma menina perfeita?! Quer que eu faça parte da Nittle Grasper?!”, pensou Matsuharo cheia de esperanças.

—Porque... – Continuou Tohma. – Você seja a única que fala com o Kumagoro.

Matsuharo cai de cara no chão!

—Como?! – Grita Matsuharo cheia de ódio. – Quer dizer que ele quis me ver de novo por causa do boneco?!?!

—O que você achou que era?

—Ah... – Diz Matsuharo vermelha. – Nada...

—Oi, Tohma, na no daaa! – Grita Ryuuichi abraçando Tohma por trás.

—Ryuuichi! – Diz Matsuharo. – Quer dizer... Sakuma-san!

—Oi! – Diz Ryuuichi. – Diz “oi” pra ela, Kumagoro!

—Oi, Kumagoro!

“Você não sabe como eu tô com ódio de você, boneco maléfico!”, pensa Matsuharo.

—Ai, Sakuma-san! Fala logo porque me quer aqui, que eu já tô nervosa!

—Hum?! Eu chamei você aqui?

Matsuharo cai pálida no chão.

—Sim! Chamou! Você disse no autógrafo!

—Hum? Ah, é… Ah! Eu queria que você visse o nosso show!

“Não acredito!”, pensa Matsuharo.

—Quer dizer que… Era só isso? – Pergunta ela levantando-se.

—Sim... – Diz Ryuuichi através de Kumagoro.

—Quer dizer que o fato de eu ser uma garota encantadora, extremamente linda e com uma incrível voz não influenciou em nada?!?!

Neste momento, Matsuharo percebe a idiotice.

—Eh… Quer dizer... – Diz ela sentando vermelha como nunca. – Eu pensei que fosse… Outra coisa…

—Aaaah... – Lembrou Ryuuichi parecendo não ter ouvido os últimos gritos de Matsuharo. – Eu achei que você uma menina interessante…

Ryuuichi falava de tal forma que parecia não ter malícia alguma… Diferentemente de K, algumas noites atrás.

—S-sério?

—Lógico!

—Talvez porque você... – Disse Tohma. – Não seja fã dele… Normalmente as garotas se aproximam dele por puro fanatismo…

—Ei! – Grita Ryuuichi. – Dá pra para de falar “dele” como se “ele” não estivesse aqui?!

—Oh, desculpe…

—Sakuma-san…

—“Ryuichi”. – Pediu Ryuichi ^^”

—Ryuichi…

—Você tem namorado? – Pergunta Ryuuichi interrompendo-a.

Tohma quase cai da cadeira.

—Hum? Por que?

—Nada... – Diz Ryuuichi ainda com uma expressão inocente.

—Eh… Não. E você?

—Também não… Mas acho que a Noriko pensa que é a minha namorada!

—Hum?!?! – Assusta-se Matsuharo.

—É, ela pensa sim. – Confirma Tohma.

“Ai, meu Deus… Por que ele perguntou isso? E por que não tira essa expressão de criança do rosto?”, pensava Matsuharo em meio ao nervosismo.

—Você tem celular? – Pergunta Kumagoro.

—Tenho sim.

—Pode me dar? É claro que... Se não for pedir muito.

“Pedir muito?”, pensou ela.

—Claro que posso! Posso dar o do celular, o convencional, o meu MSN e… Quer o endereço do meu blog também?!