Rosas E Lírios escrita por Kiseki Akira


Capítulo 15
Monstros


Notas iniciais do capítulo

Em primeiríssimo lugar, estou postando hoje, pois vou passar um tempo sem postar (Vou fazer provas T.T). Me desejem sorte, amores! Vou precisar!
E em segundo lugar... Gente, hoje eu dei uma lida no mangá, e aí eu lembrei de como o Ciel é divo *--*. MDS que menininho lindo x3 (Ok, me ignorem)
~Capítulo dedicado á mim, pois sem mim eu não seria eu.
Amos vcs, obrigada pelos quase 50 reviews! ♥



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Aquela voz ecoou pelo quarto, gélida como o inverno. “Não tão rápido, senhoritas”. Eu reconhecia aquela voz, e sabia perfeitamente quem havia dito aquilo... Mas sinceramente não queria acreditar.

Lily: M-Michael?

O homem louro nos encarava com um sorriso presunçoso nos lábios. De repente, a luz da lua o iluminava, dando um tom dourado aos finos cabelos dele, e os olhos verdes tinham uma espécie de brilho prateado enigmático. Aquela expressão... Ele não parecia o gentil Michael em que convivi por aproximadamente um mês.

Rose: O que você teve a ver com isso, Michael?

Michael, ainda nos encarando, fez uma expressão de cumplicidade, de inocência. Eu queria bater nele e manda-lo sair da frente; Elizabeth estava muito fraca. Mas algo naqueles olhos me dizia que eu nem sequer deveria tentar.

Michael: Eu...? Estou apenas seguindo ordens.

Rose: Ah, mas é claro. É o que um cãozinho faz, não é? Segue ordens e abana o rabo para o mestre.

Michael: Mas é claro. Eu sou um empregado, querida Rosely. Devo seguir as ordens de meu mestre. E meu mestre disse... Que eu não deveria deixar Elizabeth sair deste quarto.

Rose: Pois diga ao seu mestre que eu estou pouco me lixando.

Michael soltou uma risada sonolenta. Ele agora parecia ameaçador, e ficava em posição rígida. Encarava-nos sério, os olhos verdes parecendo mais escuros...

Michael: Posso dar a vocês uma chance de irem embora e ignorar o que viram aqui. É claro, que se recusarem... As consequências podem não ser muito boas.

Seu tom era ameaçador, e frio como gelo, mas recusei-me a parecer assustada. Olhei para Lily, e para minha surpresa, ela também não demonstrava medo, mesmo que eu pudesse quase sentir seu corpo tremendo. Ela me olhou, séria.

Rose: Não vamos embora. Queremos saber o que Elizabeth faz aqui. Porquê a sequestraram?

Michael: Não é óbvio? Tirar a noiva de cena e colocar uma das duas pirralhas em seu lugar! O Conde Phantomhive é um ótimo parceiro de negócios, e tê-lo como membro da família só ajudaria!

Rose: River já é rico como um rei, o quê mais vocês querem?

Michael: Vocês? Ele quer. Como eu já disse, apenas sigo ordens.

Lily: Mas você sabe bem a diferença entre certo e errado.

Michael: E no quê isso me beneficia?

Bufei. Discutir com ele era inútil, uma vez que só pensava em si mesmo. O problema era como iríamos passar por ele. “Eu não sou muito ruim em caso de agilidade, mas se formos pensar em força física... Posso ser esmagada como um inseto!” Pensei, tentando buscar uma solução para aquilo. Pior ainda seria se Christopher estivesse aqui... Espere, onde estaria Chris?

Rose: Imagino que seu irmão também esteja metido nisso.

Michael: Não, não. O garoto é inocente como uma garotinha, nem tem ideia de nada. Bom, agora eu já estou cansado de gastar minhas palavras com vocês.

E com isso, seus olhos escureceram e o verde foi trocado por um castanho quase avermelhado... Isso me lembrava dos olhos de alguém... Os olhos de Sebastian. Ele tirou uma espada de um cinto dourado e a desembainhou de forma majestosa, devo admitir. A espada brilhava como uma luz cortante, e era tão linda que nem sequer parecia uma arma.

Mas era, e eu devia me lembra disto.

Empurrei Elizabeth para cima de Lily e afastei as duas com um empurrão. Coloquei-me na frente delas de forma protetora, com os braços abertos. Eu tinha uma expressão de pura determinação, e mesmo que Michael me visse como um minúsculo obstáculo em seu caminho, eu não ia deixar que ele passasse por mim viva. Este era o problema: Se eu não saísse viva, era capaz de Lily e Elizabeth também não.

Respirei fundo.

Rose: Vai matar as filhas de seu mestre?

Michael riu, presunçoso.

Michael: Que filhas?

Não entendi a princípio, mas logo aquilo disparou em minha mente. Será que não éramos filhas do Conde River? Bom, era claro que não existiam provas concretas de que ele era mesmo nosso pai, mas eu achava que o fato de ele conhecer nossa mãe, saber detalhes sobre nossa vida e ainda por cima ser tão parecido comigo eram provas suficientes. Mas e se não fosse? “Droga, está dando tudo errado” Pensei, desanimada.

De repente, eu ouvi sons no corredor. Tinha alguém correndo por ele, e quando Michael se virou para ver quem era, aproveitei a chance. Peguei um dos livros de uma estante e corri até ele, correndo o mais rápido que podia, e sendo silenciosa, também. Meus pés mal tocavam no chão e eu já passava para outro pulo.

Tentei pegar impulso para bater com o livro na nuca dele, mas com uma velocidade assustadora e um olhar feroz, Michael virou-se de volta pra mim e tomou o livro de minhas mãos. Me empurrou grosseiramente no chão, seu olhar carregado de profunda irritação.

Atrás dele, outro vulto. Quase não acreditei quando vi, mas era ele mesmo, era o mordomo Sebastian Michaelis! Michael se virou abruptamente, mas não teve tempo de se defender do golpe de Sebastian. Não vi bem o que ele fez, pois havia sido incrivelmente rápido, mas Michael literalmente saiu voado pelo quarto e se chocou violentamente contra a parede.

Sebastian: Desculpem-me pelo atraso, senhoritas.

Rose: E quem é que liga para o seu atraso?! Pelo menos você está aqui!

O alívio era evidente em minha voz, e isso me fez corar. Abaixei a cabeça e levantei-me. Me assustei ao ver que Michael já estava de pé, intacto á não ser pela roupa um pouco danificada, e ele estava pronto para saltar em Sebastian, quando outra pessoa apareceu na porta.

Era simplesmente Jack The Ripper.

Rose: Ele…Ele… O quê esse cara está fazendo aqui?!

Ele estava como da última vez que o vi; o cabelo vermelho impecável e brilhoso, os olhos amarelados brilhavam de divertimento e os dentes... Agh, aqueles dentes pontudos ainda me causavam uma sensação de estranhamento. Céus, ele estava com aquela motosserra nas mãos!

Sebastian: Este é Grell Sutcliff. Explicarei tudo depois. Peço ás senhoritas que se retirem, por gentileza.

Não achei que ele estivesse falando sério, mas aqueles olhos de cor escarlate diziam bastante coisa, e com certeza eu não iria querer ficar ali para ver aquela batalha. Fiz um gesto com as mãos para que Lily se levantasse, andei até Elizabeth e a coloquei em minhas costas. Eu estava desconfiada. Não sabia como e nem por que Sebastian havia aparecido do nada, mas eu não ia contrariar as ordens daquele homem. Ele era assustador.

Fugimos pelo corredor sombrio e abafado, e agora parcialmente iluminado pela lua. Ouvimos sons vindos daquele quarto, e ruídos de coisas sendo quebradas. Com certeza aquilo não era um duelo de espadas. Era estranho... Os olhos deles eram... Muito parecidos.

Ignorei isso e continuei correndo. Mesmo estando magra e frágil, aquela garota não era muito leve de se carregar. Chegamos ao salão principal, arfando cansadas. Elizabeth estava calada sem reagir.

Lily: Para onde devíamos ir?

Eu não tinha a menor ideia. Ficar nessa mansão não era uma opção, e River podia aparecer a qualquer momento. O pensamento fez meu coração acelerar, e tomada pelo medo, abri a porta da mansão.

“Mas que RAIOS...” Pensei, quando vi Ciel parado na frente da mansão com o rosto irritado. Não consegui dizer nada. Ele estava andando em círculos de um jeito um pouco engraçado, sem dar por minha presença. Quando parou e olhou finalmente para mim, apenas ergui as sobrancelhas. Por mais estranho que seja, o rosto dele pareceu se iluminar.

Rose: O quê você está-...

Ciel: Onde está Elizabeth?!

As palavras dele apunhalaram meu coração, mesmo que fosse apenas uma simples pergunta. Ele estava preocupado com ela, e eu sabia disso, mas ouvir aquelas palavras era bem diferente de simplesmente... Saber. Ele me encarou e pareceu perceber que havia algo de errado comigo, mas antes que dissesse algo, Lily apareceu na porta.

Lily: Phantomhive!

Ciel não disse nada, apenas olhou para ela. Notei que era a primeira vez que ele a via com aquelas cicatrizes no rosto, e Lily também pareceu notar. Seu rosto ficou sombrio por alguns instantes.

Lily: Quero explicações.

Olhei para Lily, surpresa.

Lily: Como você e Sebastian apareceram aqui do nada? E...

Minha irmã se interrompeu.

Lily: Ou melhor, o quê Sebastian é?

Aquelas palavras me pegaram de surpresa. Como assim o que ele... era? Mas até mesmo eu já pensava em coisas estranhas sobre ele. Uma pessoa normal não saltava ou lutava daquele jeito... Não era humanamente possível. Ciel olhou para nós duas e suspirou.

Ciel: Em primeiro lugar... Ele é um demônio. E Michael também.

Continua~


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Notas finais do capítulo

Eaaewww~
Até outros tempos T.T
Depois das provas
Tchau, gente! :(



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