Luna era uma garota estranha e misteriosa, era incompreendida e muitas vezes rejeitada, até mesmo sua família, de vez em quando, não dava a mínima para as suas idéias e reflexões.

Ela adorava ler, havia feito dos livros seus bons e fiéis conselheiros. Luna, era alucinada por mitologia grega, adorava estas histórias mágicas, de monstros, deuses e heróis, e o mais estranho, ela acreditava que tudo aquilo era real.

Na sua opinião, os gregos, que eram a civilização mais inteligente do mundo, não acreditariam e venerariam tanto, algo tão complexo, se não possuíssem provas de que aquilo realmente existia.

Algumas pessoas percebiam seu politeísmo (crença em vários deuses), e essa era uma das razões de ser considerada tão estranha. Da para ver que ela não possuía uma vida social muito boa, muito menos com garotos, ela os odiava.

Eram poucos os lugares em que Luna se encaixava, um desses poucos, era o seu treino de arco e flecha, ela adorava ir lá, todos os sábados, praticar artes medievais com sua arma favorita, ela era ótima, nunca havia errado um alvo sequer.

Mas o lugar que mais adorava era a floresta, como ela amava subir nas árvores, conversar com os animais, sim ela falava com eles, e essa era mais uma de suas esquisitices, Luna compreendia cada uma de suas palavras, ou latidos, ou chiados, ou rugidos, ou... Ah, você entendeu.

Essa era mais uma das razões de não conviver bem com as pessoas, ela confiava mais nos animais, eles eram seus melhores amigos.

Mais coisa estranha, ela também conversava com a lua, amava noites estreladas, conhecia cada uma das constelações, Ursa maior, Órion, A caçadora, Escorpião (seu signo), e todas as outras.

Faltava apenas uma semana para seu aniversário, dia 13 de novembro, quando completaria doze anos, ela sentia que algo diferente iria acontecer no dia de seu décimo segundo aniversário e de certa forma ela estava correta.