Dark Paradise escrita por liina


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

ola ola, só queria avisar aqui em cima que eu estou pensando em passar o dia de postar para sexta por causa da minha semana corrida hahaha.
espero que vocês gosteeemmm :))
boa leitura



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I've been waiting

For the chance that we could meet

Senti o cheiro de cloro assim que viramos o corredor perto do ginásio e em poucos passos chegamos à área da piscina.

Era como uma sala enorme. As paredes eram brancas com alguns azulejos e, encostada em uma delas, estava uma enorme arquibancada azul.

A piscina olímpica ficava no centro, e contava ainda com uma estrutura de plataforma de três andares em uma das pontas.

Carrie me puxou pelos degraus da arquibancada, parando para nos sentar apenas quando estávamos bem lá em cima, quase no ultimo banco.

- aqui está bom para você? – perguntou jogando sua mochila de lado e dei de ombros – não gosto de me sentar muito lá em baixo – apontou com a cabeça e vi um grupo de meninas que se juntavam no primeiro banco.

Estavam em pé e conversavam com alguns dos garotos que estavam, já com as roupas de natação, próximos à arquibancada. Devia ser um grupo de mais ou menos dez meninas com shorts curtos demais e barrigas mais à mostra do que o necessário. Talvez tivesse esquecido a vergonha na cara em casa, junto com sua lição da escola.

- nós as chamamos de Sereias – Carr disse – você sabe – deu de ombros – por tentarem fisgar os “marujos” – fez aspas com os dedos no ar – em todas as chances que tiverem.

Dei uma risada e olhei para elas mais uma vez. Vi uma loira com as mãos pousadas no peito de um dos meninos enquanto conversavam. Outro grupo tentava chamar a atenção de um loiro que passava preocupado demais com seus óculos de natação.

- acho que entendo seu ponto... – disse rindo e Carrie levantou as sobrancelhas.

- você ainda não viu nada – riu.

Um grupo de garotos – no meio do qual encontrei Finn – entrou na área da piscina com calças de moletom azul e blusas de malha (o “uniforme” da equipe, Carr me explicou) e descobri que era dia de teste, o que quer dizer que os “titulares”, ou seja, lá como se chamam na natação, não nadariam. Era a vez dos novatos mostrarem o que conseguiam fazer e serem avaliados pelo treinador, que decidiria os poucos que teriam a honra de representar a escola a partir daquele dia.

Finn se empoleirou junto com o resto da equipe em um banco de madeira próximo à piscina e não demorou muito até que os testes começassem. E eu começasse a rir.

Rir dos comentários de Carrie. Rir do que os garotos da equipe ficavam gritando. Rir do garoto que quase se afogou tentando fazer uma virada olímpica. Rir do esforço das Sereias para chamar atenção de qualquer alma masculina naquele lugar. Rir da risada de Carrie...

Eu não conseguia parar de rir. E Carr não conseguia parar de falar.

Os novatos já estavam se secando na beirada da piscina e os garotos da equipe chegavam com piadinhas idiotas sobre eles. 

E então tudo ficou em silêncio absoluto. A equipe sossegou, os novatos pararam de se preocupar, até as Sereias ficaram caladas.

Pude ver Carrie perder o ar por alguns instantes e então o enxerguei.

Lucas Skylar estava entrando na área da piscina.

- desculpa o atraso, Treinador – disse chegando perto do homem careca que coordenava os nadadores – é que eu tive que vir correndo do hospital – deu de ombros – só para não ter dúvidas no final – entregou uma folha branca que estava na mão ao careca, que a examinou por alguns longos segundos.

- você quer entrar na equipe de novo? – o treinador levantou uma sobrancelha.

- sim, Senhor – o garoto respondeu firme – quero mais uma chance para provar que sou capaz de fazer o que fiz, dessa vez sem a alegação sobre a droga em cima dos meus ombros...

 O homem deu mais uma olhada na folha branca (provavelmente um exame de sangue mostrando que Lucas estava limpo) e Carrie começou a me puxar alguns bancos abaixo.

- tudo bem – disse finalmente – eu quero um medley. Vou marcar seu tempo – Lucas deu um sorrisinho.

Dirigiu-se até a borda da piscina, respirou fundo e se posicionou para o pulo.

Escutei o apito do treinador soar mais alto do que nunca e Lucas pulou na água. Mesmo sem tirar os olhos dele um segundo sequer, eu tinha certeza absoluta que todos ali dentro o olhavam.

Fez as quatro voltas na piscina, em um misto de rapidez e graça em seus movimentos e, então,  finalmente bateu a mão na borda, fazendo com que o treinador parasse o cronômetro.

Percebi, pela primeira fez desde que ele tinha entrado, que eu apertava fortemente minha blusa, ansiosa por ele como se o conhecesse há muito.

Saiu da piscina e fez um aceno para o treinador. Mesmo de longe eu podia ver um sorriso enorme estampado na cara de Finn.

Lucas já estava saindo para o vestiário junto com os novatos, quando o treinador o chamou e ele se virou com expectativa.

Segurei firmemente no tecido de minha blusa mais uma vez.

- bem-vindo de volta – disse depois de hesitar alguns longos segundos e jogou uma camiseta de malha para ele, que abriu um sorriso de orgulho e alívio – você acabou de bater o tempo da equipe por treze segundos – seu sorriso cresceu e pude ver um garoto ao fundo xingar e jogar a toalha no chão (provavelmente Lucas tinha batido o seu tempo)

 - obrigado, Treinador – sorriu e jogou a camisa por sobre o ombro – é bom estar de volta.

- é bom ter você de volta – o homem sorriu e vi que Finn mal conseguia conter sua felicidade – você fez falta... – disse por fim e saiu andando.

****

- eu tô falando, cara, você arrasou! – um Finn mais animado do que o normal vinha em nossa direção conversando com Lucas – parecia cena de filme – disse e então imitou o tom de voz do outro garoto – só para não ter duvidas no final... foi brilhante! – os dois riram e então chegaram do nosso lado.

- vocês são dois ridículos por não terem me contado que isso ia acontecer! Eu não estava preparada psicologicamente, quase tive um infarto de agonia! – Carr disse e Lucas a abraçou de lado, ele não parecia ter me visto ainda.

- e ainda bateu o tempo do Ty! – Finn ria – você é uma lenda, cara, juro! – disse e riram mais.

Assim que seus olhos pousaram na garota parada sem graça atrás de Carrie, o sorriso de Lucas foi murchando.

- ah – Carr disse lembrando-se de mim subitamente – essa é Emi....

- Emily Westwick... – Lucas disse junto com ela e abriu um sorrisinho – é bom finalmente te conhecer – fez um aceno com a cabeça e eu concordei com a minha – Sarah falava muito de você...

- Sarah falava muito... – dei de ombros e ele deu uma risadinha, apesar de ainda parecer tão sem graça quanto eu.

Alguns segundos de silêncio passaram enquanto eu fingia não ver que Lucas me examinava.

- bom, temos que ir andando – Finn disse olhando no relógio e Carr concordou.

- é por isso que eu estava esperando por ele. Não sei chegar sozinha até a casa da minha tia... – deu de ombros se virando para mim.

- ah, muito bonito, Wood! Me fez esperar com você e agora vou sozinha para casa – dei um tapa em seu braço e ela riu.

- se eu contasse essa parte você não ficaria – disse ainda rindo.

- mas olha, a casa do Lucas também é pra lá – Finn disse como quem não quer nada – ele pode te fazer companhia até o meio do caminho.

- não precisa – disse com um sorrisinho olhando de Finn para Lucas – eu estava querendo dar uma passada na casa da madrinha mesmo, vou aproveitar agora – sorri.

- melhor ainda – Carrie disse e eu levantei a sobrancelha – é no fim da rua de Lucas – sorriu forçado para Lucas, que piscou e finalmente olhou para mim.

- é, hmm, se você quiser eu posso te fazer companhia – deu de ombros – eu estou indo para casa mesmo...

- perfeito – Carrie disse e nos virou para a direção que deveríamos seguir – vão com Deus – disse em uma forma de nos dispensar rapidamente e saiu com Finn para o outro lado.

Dei um sorriso amarelo e senti minhas bochechas queimarem sem motivo. Começamos a andar e Lucas virou sua mochila para frente,  em uma tentativa de guardar o skate que estava em sua mão na mochila.

- não precisa – disse parando e ele me olhou – é sério – sorri – pode ir de skate e eu vou andando até lá, eu não me importo, de verdade.

- e você quer que Carrie me queime vivo? – disse sorrindo quebrando todas as expectativas de ser uma daquelas cenas de filme onde o galã diria algo como “eu prefiro chegar mais tarde em casa, do que te deixar ir a pé sozinha”

- ela não precisa saber  - disse com uma risadinha enquanto ele continuava colocando o skate dentro da mochila.

- relaxa, ta bom, eu não ligo de ir a pé,  o skate é mais para eu parecer descolado do que chegar mais rápido – disse e eu gargalhei – a não ser que você não queira companhia – deu de ombros.

- não, tudo bem – sorri de lado e continuamos a caminhar em silêncio.

A rua da casa de Sarah e Lucas era não era muito mais longe da escola do que a minha, e não demoramos muito até chegar lá.

- acho que fico por aqui – Lucas sorriu e parou em frente à terceira casa da rua – te vejo na escola – acenou com a cabeça e eu fiz o mesmo.

Continuei andando até o fim da rua e, depois de passar por mais ou menos quinze casas, cheguei até a casa da madrinha.

- oi, querida -  Tia Susan me abraçou assim que abriu a porta – como está indo a primeira semana de aula? – sorriu.

- ah, normal – disse e ela seu uma risadinha.

- espero que isso queira dizer que está indo tudo bem – concordei com a cabeça e ri.

- eu... desculpa não ter avisado, mas é que me deu vontade de dar uma passadinha aqui – sorri.

- ah, claro, quando quiser, querida – sorriu e eu a segui até a cozinha.

- você está saindo para trabalhar, não está? – disse apertando os olhos e ela sorriu derrotada.

- infelizmente, sim – disse com uma careta e nós rimos – mas se você quiser, pode ficar aqui. Eu vou deixar a porta da cozinha destrancada e você pode sair quando quiser, ok?

- eu posso voltar outra hora... – dei de ombros e já ia segui-la para a porta da cozinha, quando segurou meu ombro.

- não tem problema nenhum você fica, tudo bem? – concordei com a cabeça e ela olhou sobre meu ombro para o relógio – tenho que ir – sorriu e me deu um beijo.

Já ia sair quando parou por um segundo e se virou para mim mais uma vez.

- Ems? – sorri para ela – pode pegar o que quiser, ok? – sorriu e saiu pela porta.

Fiquei alguns minutos parada na porta da cozinha tomando coragem, e então finalmente subi a escada.

Parei em frente à porta do quarto de Sarah e respirei fundo. Assim que entrei, o cheiro adocicado do perfume que ela sempre usava me sufocou. Olhando em volta era possível ver que tia Susan e tio Gust tinham falado a verdade quando disseram que tinham mantido o quarto exatamente como estava.

Deitei em sua cama, abracei Peg, um enorme ursinho que tinha desde os três anos, e fechei os olhos.

O cheiro estava tão sufocante que, até mesmo de olhos abertos, era possível imaginar Sarah sentada à escrivaninha mexendo no computador.

Senti meus olhos começarem a arder e abri-os, piscando incansáveis vezes. Sabia que estava prestes a começar a chorar, mas não aguentei e comecei a gargalhar quando o vi.

Bem me cima da minha cabeça, pregado no teto, estava Justin Bieber em pessoa.... ou pelo menos um pôster bem grande onde ele sorria “incrivelmente sedutor”, como eu sabia que Sarah descreveria.

Eu lembrava de quando eu estava no Skype e a via em cima de uma escada, tentando frustrantemente pregar sozinha o papel no teto.

“você ri agora, mas sou euzinha quem vai acordar com Justin Bieber todos os dias”

Lembro-me de na época ter feito algum comentário irônico de como ela era sortuda e ri mais um pouco.

O riso foi, aos poucos, misturando-se com as lagrimas e antes que eu conseguisse impedir, eu estava abraçada com Peg quase afogando em minhas próprias lágrimas.

- sua ridícula! Eu odeio você! – gritei entre os soluços esperando que, onde quer que ela estivesse, ela realmente escutasse aquilo.

Demorei um tempo para me acalmar de novo e, depois de mais alguns minutos deitada na cama limpando as últimas lágrimas, resolvi levantar e ir pegar o que eu realmente queria quando fui até ali.

Andei devagar até o armário e o abri hesitante. Por dentro, sua porta estava lotada com fotos vergonhosas minhas e de Sarah e eu sorri com as lembranças, sentindo minha garganta se apertar algumas vezes.

Depois de me assustar com o pôster de Justin no tamanho real que estava pregado na parte de dentro da outra porta, fiquei na ponta dos pés para pegar seu diário (que ela escondia dentro de uma caixa velha de sapatos, embaixo de trabalhos velhos de escola, e achava que eu não sabia).

Passei as folhas rapidamente, sem ler nada ainda, e guardei-o dentro de minha mochila.

Arrumei a colcha da cama, para que o quarto ficasse assim como estava quando cheguei e me sentei na escrivaninha, dando uma última olhada em tudo antes de achar minha vontade de sair dali.

Olhando cada canto do quarto, eu me lembrava de alguma coisa idiota que tinha visto Sarah fazer pelo Skype: praticar ioga, andar como se estivesse em uma passarela, tentar uma estrela e quase deslocar a perna, tentar uma bananeira e quase cair de cabeça, jogar as peças de roupa que vestia para o lado a fim de me mostrar a próxima opção, cantar com a escova na mão...

Era quase doloroso demais, se não fosse tão bom me lembrar dela tão... viva.

Respirei fundo e peguei minha mochila no chão.

- eu sinto sua falta... – disse baixinho olhando para o quarto – desculpe por ler seu diário... – disse com uma careta e dei um risinho. Dei um aceno com a cabeça e fechei a porta. 


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Notas finais do capítulo

MUSICA DO CAPITULO: http://www.youtube.com/watch?v=c0KQofJsFU8

pra você que está ai atoa da vida, pensando no que fazer nesses minutos de pura atoisse, ai vai meu surto da semana: saiu o traler de em chamassssss YESSSSSSS ♥♥
e pra vc que não sabe o que isso significa::
1 - é a continuação de jogos vorazes
2 - eu amo essa série e já li todos os Livros e vi o traler umas 214253 vezes e arrepiei em todas
3- Josh Hutcherson está muso do verão calor no coração 40 graus de sonhos de desejo e paixão
4 - SÓ. OLHA. ISSO:: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=eP-bQhGm-w8 ♥


ENFIMM NE KKKKKK me contem o que acharam o capitulo hahaha