Bad Blood escrita por Lioness


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Heey, olha eu cá de novo à noite!
Então, desculpem a demora, meu CPU foi pro saco, tive que mandar arrumar. Fiquei uma semana sem ele, até lá ia usando o pc do meu irmão, só que nem deu pra escrever. Só atualizei minha fic original.
Bom, muito obrigada pelos reviews gente, são um grande incentivo!
Agora, com vocês, um novo capítulo que acabou de sair do forno!
Boa leitura (:



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Capítulo 3

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A floresta estava calma. A neve estava fofa e fácil de deslocar sobre. O dia mal havia começado, entretanto, os pássaros já se agitavam. Uma doce melodia embalava o local e ela lembrou-se de seu piano. As difíceis partituras que teve de aprender nem ao menos eram comparáveis aquele lindo espetáculo, de fato afável. Encantada? Parecia pouco quanto ao que sentia. Estranho, com certeza. Uma sensação agradável em seu estômago que insistia em subir até o coração. Como se tivesse se esquecido de tudo que deveria fazer, como se sua mente e corpo houvessem sido esvaziados. A sensação de estar em um sonho. A impressão de estar flutuando e que a realidade não assumisse mais seu papel, dando abertura ao vago pensamento de que, se encostasse em algo, tudo se dispersaria e então acordaria em sua cama. Todavia, não deixava de roçar os dedos por tudo que seus olhos corressem com o bobo intuito de sentir as texturas gélidas, com um sorriso incomum em seu rosto, como uma criança. Distração suficiente para tira-la de sua rota por tempo o bastante de se perder, infelizmente.

Não sabia como chegaria até ele. Talvez estivesse na caverna do dia anterior. O procuraria por todas as medidas possíveis que não ultrapassassem sua própria regra: nunca ir além do limite de sua memória. E agora, onde estamos? Uma simples floresta conseguiu distrair sua mente treinada e seu suposto autocontrole. Apenas se despertou quando um barulho suspeito acordou seus sentidos aguçados. Instintivamente olhou para os lados à procura do originador do som. Repentinamente sua feição tornou-se séria e preocupada ao ver que já não mais reconhecia o local onde estava. De repente, a floresta não mais aparentava ser tão bela quanto antes. O encanto quebrara-se. A doce melodia já não soava tão agradável.

Os pés arrastavam-se pela neve cada vez mais funda. Estava atenta. Os barulhos, embora abafados, tornaram-se mais constantes, assim como os vultos negros intercalando por entre as árvores. Apressou os passos, estava apreensiva. Fazia a mínima ideia de onde poderia estar e de como poderia escapar do perigo iminente. O vento passava apressadamente por seus cabelos, balançando-os simultaneamente a seu casaco. As mãos balançavam conforme sua velocidade, tentando ao máximo manter o equilíbrio diante a dificuldade de andar sobre tantos obstáculos que apareciam a sua frente como galhos, pedras e montanhas alvas. Sua expressão facial tornava-se a cada instante mais séria ao se dar conta de que ao passo que aumentava sua velocidade, o originador do som também o fazia.

O rosnado estridente tornou-se audível quando ela se desesperou e pôs-se a correr euforicamente. Não era a melhor atitude a se tomar na situação, porém, era mais arriscado ficar agora que seu predador havia se revelado. As pupilas contraídas mal enxergam, entretanto, a adrenalina liberada em sua corrente sanguínea era de grande ajuda. Amaldiçoava-se por ceder a sua irritante curiosidade e ao orgulho que lhe causou a necessidade de comprovar a si mesma sua teoria sobre ele. Agora estava tudo perdido. Não provaria nada há ninguém e nem conseguiria ao menos voltar para contar a história. A sequência de ruídos era espalhada, com certeza eram dois ou três animais. Não havia escapatória, com a exceção de um milagre, o que se tornou improvável quando os animais deram às caras a luz. Sem deixar de correr, virou rapidamente a cabeça quantas vezes necessárias para ver de quem se tratava. Três lobos. Ágeis, médios, pelagem ônix e vorazes. Suficientes para acabar com seu pequeno corpo, por mais forte que seja. Contando que estivessem famintos, seria um fim doloroso. Fugir? Não sabia qualquer alternativa, até que uma subitamente invadiu sua mente.

Enquanto corria velozmente, esgueirando-se de qualquer obstáculo, algo lhe chamou a atenção: as árvores. “Como não havia pensado nisto antes?” perguntou-se mentalmente em tom de reprovação. Sua única escapatória seria escalar alguma que estivesse em seu alcance e planejar alguma outra saída, ou simplesmente deixar com que os lobos se cansem. O resto planejaria depois. Mas, como tudo nunca é tão fácil quanto parece, havia um empecilho: a neve. A candura cobria quase todos os galhos e era escorregadia. De fato, um empecilho irritante. Todavia, sua única alternativa. Tentar ou morrer, e a primeira parecia-lhe mais agradável aos ouvidos e ao cérebro.

Sem cessar o movimento de suas pernas, vasculhou em seu campo de visão alguma conífera mais sujeita a seus objetivos. Agradeceu a Deus mentalmente quando, em poucos instantes, a encontrou. Sorriu aliviada e voltou novamente sua cabeça aos lobos. Decorrera um bom espaço desde que iniciara sua fuga, mesmo assim, os animais não pareciam cansados, ao contrário de si. Ofegante, aumentou ainda mais sua velocidade com a intenção de tomar distancia suficiente para então ter o tempo de escalar a árvore em questão. Em segundos, os metros entre presa e predador eram razoáveis. A rosada preparou-se física e mentalmente para o que lhe esperava e quando já flexionava os joelhos para saltar ao tronco, seu pé embaraçou em algo. Em fração de segundos viu seu corpo projetando ao chão, afundando as pernas e os antebraços na consistência fofa. Aperna ainda pousada sobre o maldito obstáculo que a fez cair.

O choque do impacto a fez estremecer por inteiro, porém, não mais quando perdeu todo o tempo e distância, economizados a duro esforço. Um baque em seu coração parou-o novamente por fração de segundos assim como sua respiração. A pupila extremamente contraída mal enxergava. Estava em choque. Seu subconsciente entendia perfeitamente bem o que ocorria e qual eram as consequências, forçando-a a voltar ao normal. Começava a suar frio quando recobrou a sanidade e procurou calcular a distancia entre si e os lobos. Não muita, nem tão pouca. Porém, insuficiente. O coração a mil desregulava sua respiração. Os lobos – ao perceberem a presa encurralada – avançaram com enorme ferocidade, sedentos, deixando um rastro profundo sobre a cândida brancura e um ranger de dentes irritante no ar. A garota rosada apenas recuou freneticamente, tremendamente assustada. Respirava com dificuldade, não conseguiria escapar, nem se tentasse. A suave asma que possuía após anos e anos naquela biblioteca antiga começava a abrochar. Em péssima hora, por sinal. Os lábios tremiam formando vincos. Terminaria daquele jeito? Tanta coisa ainda há viver, em pouco tempo algo grande aconteceria. Apenas por uma insanidade de sua cabeça. “Mas que belo final, hein Sakura?” debochou mentalmente “A preciosa flor de cerejeira morta por lobos na floresta. Por quê? Por que a curiosidade matou o gato. Pelo menos servirei de moral de história.” Um vento forte e ruidoso percorreu por todo o ambiente, levando consigo sua fita vermelha e suas ironias – um luxo que ela dava-se em meio a essa problemática situação – enquanto ela se encolhia em um casulo, protegendo a cabeça com as mãos, tremendo, cerrando fortemente os olhos. Esperando pelo ataque. Ela apenas não entendia: se era pra morrer, porque ainda se proteger? De fato, uma rara contradição que ela não fazia questão de contradizer. Contudo, o martírio de esperar a dor doía mais que a própria. Mal sabia ela que não seria bem assim.

Os ruídos descompassados de pegadas se formando estavam próximos, ela quase sentia o gosto metálico em sua boca. Respirava com dificuldade, o pulmão não parava de chiar baixinho, acabando por gemer. Mesmo assim, não deixou uma lágrima de medo sequer escorrer por sua pele macia. Apenas murmurava “Que venham logo, malditos!”. Porém, uma brisa forte bateu contra seu corpo, dançando com seus cabelos. Uma brisa regada há um barulho ensurdecedor, imponente, feroz. Um rugido? Não sabia discernir, era algo parecido, entretanto, não havia animais que poderiam ter o feito com tanta intensidade como aquela naquela floresta. “O que é isso?” Perguntava-se ainda sem deixar de tremer.

Rosnados – do que pareciam ser dos lobos – insatisfeitos e aborrecidos pairavam. Patas inquietas batiam contra a neve, ameaçando voltar ao que faziam antes. Um novo “rugido” ainda mais potente fez com que a borda de seu casaco flutuasse, seguido de rosnados controladores. “Mas o que está acontecendo?!” Já dizia a si mesma, impaciente, quando ouviu pulinhos vindos em sua direção. Subitamente sentiu a respiração de algo bater rapidamente contra sua mão sendo seguidos por duas amigáveis e pequenas lambidas. Aquilo a fez despertar abrindo vagarosamente os olhos.

Deixou suas mãos escorrem lentamente por seus cabelos róseos, permitindo avista dos olhos já então entreabertos. As pupilas não mais contraídas enxergavam melhor. Piscou algumas vezes acostumando-se a luz do ambiente e rolou os olhos devagar até a imagem do pequeno animalzinho, tão branco que se confundia com o chão. As esmeraldas tiveram um leve espanto ao verem a simpática lebre coçando as compridas orelhas. Ao notar que a garota o olhava perplexa, o roedor abaixou as orelhas, abonou o rabo pompom e pareceu sorrir com os olhos avermelhados. Era uma cena engraçada. Em resposta, Sakura tentou sorrir, mas falhou miseravelmente com um tremor de seus lábios avermelhados, o que mais pareceu uma careta. Se alguém observasse a cena atentamente, poderia dizer que a lebre riu de tal ato.

Ainda extremamente confusa, Sakura rolou os olhos por cima da afável lebre. Uma criatura tão branda não seria capaz de ter sido a responsável de tremendo rugido – era evidente –, e logo achou sua resposta. A imagem da solene raposa avermelhada a frente do trio de lobos contrariados a surpreendeu. “Então foi ela...?” assimilava. Era a única alternativa. De fato, era impressionante como uma simples e única raposa impunha tremendo respeito diante três lobos. “Não seria diferente com um estranho regougo daqueles! Mas por que...?” pensava em quanto se soltava, sem desviar os olhos dos animais.

Então, um súbito vulto dourado caiu como do céu e aterrissou de costas para si. A rosada – que estava concentrada em seus devaneios – tombou ligeiramente para trás com o repentino aparecimento. Novamente, a lebre riu.

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A sala ligeiramente arredonda era aquecida por pequenas brasas espelhadas por seus cantos, auxiliadas pela lareira. O assoalho de madeira rangia suavemente no inverno, e aquilo a tirava do sério, entretanto, por ordens superiores era uma característica imutável.

A mulher loira estava sentada de pernas cruzadas em uma das poltronas similares as renascentistas, batendo o pé compassadamente contra o chão. Os braços cruzados sobre o busto apertavam seu roupão de lã grossa.

–-Ela saiu. – afirmou irritada.

–-Saiu? – o homem que mal havia adentrado o cômodo repetiu surpreso.

–-Ela vive saindo.

–-Querida, ainda é cedo, ela anda sobre muita pressão ultimamente. Não pode simplesmente deixa-la refrescar um pouco? – retrucou brandamente.

–-Kizashi! Olhe o que você está falando! Ela não pode sair sem nos avisar! – proferiu cheia de cólera.

–-Mas, Mebuki, ela já completou dezeno...

–-Kizashi! Não pode ficar passando a mão na cabeça dela! E se ela se machucar? E se ela se perder? Ela deve ser mais responsável! – dizia com gestos exagerados. Por fim, acabou afagando a têmpora esquerda, suspirando – Eu estou preocupada. – afirmou mais calma.

–-Eu também – a essa altura, o homem de cabelos róseos já massageava a mulher, tentando evitar uma nova exaltação – mas devemos confiar nela. Sakura já é grande.

–-Se ela demorar...

–-Já sei. Vamos atrás dela. Veja, aposto que ela está no escritório!

–-Eu espero... eu espero...

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Desencurvou o corpo, voltando-se a posição inicial. Piscou múltiplas vezes buscando ver se enxergava direito. Um homem loiro, de costas, parecia conversar com a raposa. Os lobos choramingavam à sua presença, deitados.

–-Kurama, não precisa ser tão rude. – ele disse baixo, mas ela pode escutar.

“Não me culpe, ó poço de delicadeza!” ele ironizou, o loiro apenas olhou desgostoso, anotando mentalmente uma vingança “Mas foram esses energúmenos” ao ver que o garoto franziu a testa ao escutar a última palavra, ele fez questão de debochar novamente “Quer dizer idiota, idiota! Enfim, diga a esses idiotas para me obedecerem logo. Não gosto de perder meu tempo.”.

O garoto loiro arquejou virando a cabeça para trás. Kurama não estava de bom humor aquela manhã, e quando isso acontece... Bom, é realmente difícil atura-lo.

Esquecendo-se de seus devaneios, reparou na pequena lebre perto da garota e sorriu. Agachou-se e chamou-a, que respondeu logo em seguida, saltitando pela neve. Ao ver o pequeno animal roçando em suas botas, sorriu feliz e lhe coçou o pescoço, fazendo-o bater o pé de maneira compassada.

–-Fez um bom trabalho, amigo. – afirmava ternamente enquanto lhe coçava a cabeça – Você gostou dela? – recebeu o que parecia uma resposta afirmativa – Que bom. Ela é engraçada?! – soltou um riso gostoso – Bom saber. Fique por aqui, tudo bem? Ainda posso precisar de uma ajudinha sua.

Assim dito, lhe acarinhou mais um pouco e levantou-se, caminhando a passadas suaves em direção à rosada, que observava a tudo atônita, literalmente de boca aberta. Parou a poucos passos dela, examinando-a friamente por alguns segundos. Contudo, logo quebrou o silêncio:

–-Você está bem? – indagou gentilmente, mas não houve resposta alguma.

Novamente, o silêncio construía uma barreira constrangedora entre eles. Suspirou, abaixou-se a altura dela e voltou a perguntar:

–-Você está bem?

–-S-Sim... E-Eu acho... – balbuciou.

–-Está ferida?

–-Não...

–-Me dê sua mão – ele lhe estendeu, mas ela hesitava – Vamos, não pode ficar aí, coberta de neve.

–-Veio de quem só usa um cachecol – sussurrou por instinto, um pouco mais a par sobre a situação, o que não passou despercebido aos ouvidos dele. Obviamente, ela estava bem.

–-O veio fazer aqui, de novo? – perguntou mais sério. A essa altura, Kurama já estava posto ao seu lado.

–-Vim te procurar. – dizia enquanto afastava a neve do vestido com a mão.

–-Me procurar?

“Naruto, por um acaso é surdo?!” a raposa se manifestou.

–-Agora não Kurama. – murmurou de volta – O que quer de mim? – voltou sua atenção a garota.

–-Desculpe, mas poderia ser mais gentil?! – o loiro a olhou reprovando a si mesmo, de fato poderia ter sido mais educado. Meneou a cabeça em sinal de desculpa – Não me saiu da cabeça como você conseguiu sobreviver nas condições que estava. Então vim obter respostas.

–-Não devia. Andar sozinha pela floresta é o mesmo que suicídio. Por pouco...

–-Por este exato motivo se sinta lisonjeado por eu me arriscar para te ver. – brincou interrompendo-o – Mas, obrigada por me salvar. – sorriu amigavelmente – Agora estamos quites.

Por instantes, Naruto parou em um estado similar à inercia. Ela havia se aventurado pela floresta para encontra-lo. Aquilo era curioso... Ela era curiosa. Diferente do que esperava, em comparação aos outros cidadãos. Provavelmente ao menos sairiam da cidade, e em caso afirmativo, não estariam tão bem quanto ela.

–-Sakura. Haruno Sakura. – ela quebrou o silêncio, porém ele permanecia inerte.

“Ei, ela esta falando com você!” a raposa o chamou, o batendo de leve com a pata em sua perna.

–-Como se chama, garoto solitário? – insistiu.

–-Naruto. Uzumaki Naruto. – por um segundo, a rosada estalou.

“Uzumaki...” O nome repercutia em sua mente quando seu pequeno relógio de bolso soou em dentro de seu casaco.

–-Algum problema? – Naruto perguntou enquanto ela apertava as engrenagens do objeto.

–-Tenho que ir. – estava um pouco afobada. – Estou atrasada. – “Droga.” Praguejou mentalmente.

–-Ei, chapeuzinho vermelho, ele vai te acompanhar para não se perder – apontou para a lebre que já tomava o lado dela.

–-Não se preocupe, eu deixei migalhas espalhadas pelo caminho. – sorriu de canto – e já estou em um mundo das maravilhas, até mesmo terei de seguir o coelho branco até a saída. No caso, lebre. – virou-se para o animalzinho e sorriu, o qual retribuiu animadamente.

Logo ela se virou e pôs-se a caminhar rapidamente acompanhando a lebre por um caminho melhor iluminado. Era estranhamente engraçado como à medida que voltava, o ar retornava ao seu aspecto amável.

O loiro a observava caminhar com um estranho sorriso no rosto. Uma sensação inédita aflorava em sua mente. Uma sensação boa. Por mais rápido que fosse, Naruto havia gostado de ter algum contato humano que não fosse macabro ou nocivo. Uma espécie de brisa cálida, entretanto diferente da qual estava acostumado rodeava seu corpo. Fazia a mínima ideia do que era, mas gostava.

–-Sakura... – não tão longe, ela girou a cabeça em cento e oitenta graus, esperando pela resposta – Você queria respostas sobre mim, certo? Volte amanhã e lhe direi o que quer saber.

–-Eu voltaria de qualquer maneira, mas sua permissão facilita as coisas. - novamente sorriu de canto. – E, bom, eu sei o que você é, Uzumaki Naruto. Acho que nossos interesses agora são mútuos – afirmava dando-lhe as costas, deixando-o a fitar espantado. O cachecol vermelho a balançar freneticamente.

“Eu gostei dela.” Kurama proferia com o que parecia um sorriso em seu rosto. Naruto apenas pendeu um olhar fracamente incrédulo para a raposa. “Tem algo no seu pé.” Avisou, girando o corpo e partindo sem dar quaisquer satisfações. Provavelmente iria caçar.

Ao receber o aviso, Naruto instintivamente olhou para baixo, procurando o que poderia estar preso. A brisa fraca batia contra seu rosto, brincando com os fios dourados e seu cachecol. A fita vermelha debatia-se contra sua canela, tentando acompanhar a corrente de ar. O loiro abaixou e apanhou a fita, posicionando-a ao rumo de seus olhos. O pequeno e simples acessório escarlate permanecia dançando ao ritmo do vento. Exalava um gostoso cheiro de cerejeira. Aquilo o entorpeceu de leve. Arquejou. Seria mesmo real? Parte de si duvidava. Entretanto, sabia que aquela sensação não era falsa. Em dezenove anos, seria uma das poucas vezes que realmente conversaria com alguém além dos animais que o cercavam. Não que não gostasse, afinal, fora a lhaneza deles que o impediram de se tornar um sádico cruel.

Perguntava-se se ela viria como prometido. Ele esperava que sim. Sempre quis saber como eram as coisas. E se ela soubesse realmente quem ele era... Bom, ele também estava interessado em saber como, afinal, era uma informação altamente restrita. Meneou a cabeça e guardou a delicada fita em seu bolso, todavia, permaneceu parado apreciando. Aquela era uma das poucas vezes que a doce melodia que ressoava ao redor o extasiou. Uma melodia branda e suave.

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Notas finais do capítulo

Então, minha inspiração estava no auge no início mas foi minguando no final. Resultado: esses diálogos. Não me entendo, quando imagino fica melhor do que no papel...
Espero que tenham gostado.
Qualquer erro, por favor me avisem.
Ah, explicação do dia: quanto ao que Naruto está sentindo, para quem não captou não é amor nem nada disso. Ele não está gostaaando da Sakura - ainda - só que ele está contente porque nunca teve muito contato, calor humano e está começando a experimentar.
Hm... É só ^^
Boa noite people
Até o próximo capítulo (: