Far Away... So Close escrita por K2 Phoenix


Capítulo 5
Uma linda mulher


Notas iniciais do capítulo

Sim, é uma referência meio descarada ao filme rsrsrsrsr
Enjoy!



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“Querido diário,

Estou consternada. Chocada. Meu coração ainda bate tão forte no meu peito que posso senti-lo pulsar contra as minhas costelas. Mr. Hudson disse-me há pouco que gostava de mim. Mais que isso: que está apaixonado por mim. Eu não sei o que fazer, estou tonta, confusa e tão apaixonada por ele que acho que vou até passar mal”.

-Finn estava aqui, Rachel? – indagou Quinn, entrando afobada no quarto que elas e Santana dividiam. 

- Ah...sim. – Rachel respondeu hesitante.

- Oh, meu Deus, eu preciso falar com ele. Dizer-lhe que não poderemos ter mais nada pois estou gostando de outro.

Rachel empertigou-se um pouco na cadeira:

- Na verdade, ele não veio aqui lhe ver. – seu tom de voz saiu mais decidido, mais maduro, e até a própria Rachel se surpreendeu com ele.

- Claro, Rachel, quem ele haveria de vir ver? Santana? – Quinn desdenhou.

Rachel parou e encarou Quinn com os olhos enjetados.

Uma raiva súbita percorreu seu corpo. Quer dizer que ela, Rachel Berry, apenas por ser órfã e pobre não era uma opção possível? Ela era uma garota simples, isso era verdade. Mas ela também podia conquistar um homem como Finn Hudson, ela sabia disso agora.

-Mr. Hudson é um homem admirável e que merece toda a distinção possível. – desconversou, pois, de repente, ela percebera que a conversa que eles tiveram no pequeno parque não deveria ser revelada – ainda.

-  Querida Miss Berry, conheço-o há muito mais tempo que você. Tenho em mente todos os grandes predicados de Mr. Hudson, mas, se você quiser, atrás de palavras ambíguas, me enviar um recado para que eu desista do seu primo, está muito enganada.

Rachel sorriu levemente, irônica:

- Claro,  Miss Fabray. Até porque meu primo, o grande peixeiro Noah Puckerman, é realmente um ótimo partido.

Os lábios de Quinn se crisparam:

- Ele é maravilhoso, Rachel. Duvido que um dia você encontre alguém como ele. – dizendo isso, virou as costas para a colega e saiu.

St. Sophie era uma escola para garotas conhecida por formar algumas das herdeiras mais famosas e ricas de Nova York. Todo ano promovia um baile que apresentava as meninas mais cobiçadas do high-society ao mundo do glamour, ostentando em seus belos aposentos toda uma cultura de riqueza. 

Rachel, após ter tido o diálogo um pouco mais ríspido com Quinn, estava chateada, sentada a um canto. Garotas em frenesi comentavam umas com as outras sobre seus vestidos, seus enfeites, suas joias. Nenhuma prestava atenção às aulas, o único pensamento delas era o grande evento do ano.

- Anã, você vai ficar escrevendo no seu diário enquanto todas estaremos dançando? – Santana escarneceu, enrolando tiras de pano nas pontas do seu cabelo, de forma que elas ficassem enroladas depois.

Rachel sentiu seus olhos arderem:

-Não se preocupe comigo. – ela respondeu entredentes.

Estava exausta daquela semana infernal na escola. Quinn estava com raiva dela, Santana não parava de lhe importunar e todas as outras estavam tão entretidas com o baile... para completar, Mr. Hudson, desde que se levantara do banco no parque naquele dia, simplesmente havia sumido. Às vezes, ela chegava a imaginar que tudo aquilo não tinha passado de um sonho.

Mal sabia ela que, durante aqueles dias, Finn não parava de pensar na pequena morena. Folheando o jornal na mesa do café-da-manhã naquele dia, ele finalmente tomou uma decisão:

- Papai, estou pensando em ir ao Baile St. Sophie. 

Christopher Hudson arqueou uma sobrancelha e parou de tomar seu café:

- Suponho que esteja finalmente cortejando a garota Fabray.

Finn suspirou:

- Não, pai. Acompanharei outra garota. 

Seu pai o fitou intensamente, e Finn correspondeu ao olhar com ar desafiador.

- Não seja tolo, Finny... – seu pai debochou, pegando geleia de damasco para passar em uma torrada. 

Finn conhecia muito bem seu pai. Ele o chamava de  Finny, fazia algo natural e cotidiano, como passar geleia num pão e o trataria como uma criança tola e mimada.

- Você já sabe o que seu destino lhe reserva, não é? Uma aliança com Quinn Fabray e não se fala mais nisso. 

-Sinto muito, pai, mas na minha vida quem manda sou eu. – Finn levantou-se da mesa de supetão, jogando o jornal, e saiu pisando duro.

Estava cansado daquilo. Era uma prisão não ter escolhas, nem a mais íntima possível, sem que antes elas passassem pelo crivo do seu pai. Outros diriam que, por ser muito rico, ele tinha grandes responsabilidades, mas Finn gostaria de poder simplesmente viver sua vida, sem intromissões.

Naquele dia, ele decidiu que tudo iria mudar:

- Alô? Eu gostaria de falar com a senhorita Berry.

Mrs. Tandy, do outro lado da linha na escola para garotas mandou que fossem chamar a aluna. 

Rachel chegou surpresa à sala da diretora e encarou o telefone.

- Estão em uma chamada esperando por você, ande, garota! – a diretora falou daquele jeito arrogante e superior que fazia a morena estremecer.

 -Alô? – Rachel falou quase em um murmúrio.

-Miss Berry? – Finn indagou, ansioso. – É Finn Hudosn.

Rachel sentiu seu coração saltar. Ele não tinha esquecido dela!

- Han... que... surpresa. – ela gaguejou, sem saber onde pôr as mãos. Estava tão desconcertada que era como se ele estivesse ali, ao seu lado.

-Miss Berry... Rachel. – ela fechou os olhos e sentiu a voz dele acariciar sua alma falando o nome dela. – Gostaria de ir ao baile comigo? 

-O quê? Digo... ah, sim. Sim! – ela segurou o fio do telefone com fervor, causando uma careta de reprovação na diretora. 

- Ótimo. Eu enviarei meu motorista hoje à tarde para a sua escola. Encontre-o no portão. Ele a levará para escolher seu vestido. 

-Mas, não... não precisa. 

-Sim, precisa. Quero dançar com a dama mais linda de todo o baile. – ela não pôde ver, mas Finn sorria de orelha à orelha.

Rachel foi olhada de esguelha por todas as suas colegas enquanto ia em direção ao portão onde o motorista de Finn Hudson a esperava. 

Todas a conheciam como a órfã, e achavam plenamente natural que ela, por não ser rica, não fosse ao baile. Mas lá estava ela, estampando um grande sorriso, indo comprar seu vestido para o baile.

A única vez que ela tinha ido comprar roupas fora quando entrara para a St. Sophie, mas nada se comparava com aquilo. 

Vendedoras já avisadas de que ela poderia levar o que quisesse a rodearam com caixas e mais caixas com os mais belos vestidos que ela sequer tinha imaginado existirem. 

Seda, rendas, laços, corpetes, perfumes, uma profusão de coisas lindas desfilavam pelos olhos de Rachel. 

Qual não foi sua surpresa quando o motorista, após gentilmente colocar suas compras no carro, lhe informar de que eles iriam a uma joalheria, onde ela teria uma grande surpresa.

Quando desceu do carro, ela sentiu suas pernas ficarem bambas. 

Parado à frente da loja, o próprio Mr. Hudson, alto, lindo, envergando seu sorriso mais encantador segurando um buquê de flores:

- Se isto é um sonho, eu não quero acordar. – Rachel disse, ao estar frente a frente com ele. 

- Isto é só o começo, minha bela Miss Berry. – ele piscou para ela. 

Rachel estava tão emocionada! Nunca sentira nada antes. Finn Hudson estava dominando cada célula de seu corpo, cada inflexão de sua alma.

- Obrigada por tudo.

- Não me agradeça. Eu que devo me sentir grato por você ter surgido em minha vida. – ele disse roucamente, romanticamente. – Aceita? – ele estendeu o braço para ela.

- Aceito. – Rachel sorriu brilhantemente.

E eles entraram na joalheria.


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Notas finais do capítulo

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