Far Away... So Close escrita por K2 Phoenix


Capítulo 12
Verdades


Notas iniciais do capítulo

OIE! Sim, eu sei que tô em dívida com vcs, desculpa :/ queria mto postar com mais rapidez, e vcs sabem, eu trabalho, às vezes meus horários ficam mto puxados, e as atualizações não saem como eu gostaria, e, óbvio, vcs tb. Mas, enfim, este é um dos últimos capítulos da fic, espero que vcs curtam, ele vai ser crucial. Um bju!
P.S. Quem lê minhas outras fics, aguardem, eu juro que elas serão atualizadas nestes dias!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/349446/chapter/12

“Querido diário,

Hoje tive um sonho estranho e acordei assustada. Sonhei que eu e Quinn chorávamos copiosamente enquanto Noah levava a mim e a ela estrada afora, como se estivéssemos fugindo daqui. Estou com medo. Nuvens escuras turvam meu horizonte, do meu primo e da minha amiga”.

Quinn espremia o rosto até ficar vermelho, mas o lindo vestido que usaria para o baile de Mrs. Aldrish não fechava mais, apesar dos esforços de Rachel e de uma empregada da casa.

– Nossa, lady Fabray, como este vestido não pôde fechar? – a empregada olhava-a, intrigada e incrédula, ao mesmo tempo.

– Acho que a costureira o fez por um molde errado, não é possível. – Quinn afligiu-se, e a empregada murmurou qualquer coisa antes de sair do quarto.

–Quinn, você sabe que a costureira não errou em nada, não é? – Rachel indagou.

A jovem loira suspirou e uma lágrima silenciosa rolou pelo seu rosto:

– Minha barriga está crescendo, Rachel. Se eu e Puck não casarmos logo, acontecerá uma tragédia.

[...]

Puck e Finn estavam cavalgando pela propriedade dos Hudson, que ficava próxima à dos Fabray. Era necessário manter a farsa de que eram grandes amigos sob os olhos da família de Quinn, mas, ao final das contas, eles realmente acabaram se tornando próximos.

– O que foi, Puck? – Finn perguntou, quando este parou de repente.

– Esta noite mesmo eu quero ir embora daqui com a Quinn. – ele segredou ao rapaz mais alto. – Vamos aproveitar que todos estarão no baile e fugirmos. É o melhor a se fazer. Depois, o pai dela vai me dar a mão de Quinn, nem que não queira.

– Mas isto é muito abrupto, Puck! Nós arquitetamos um plano que está indo muito bem até agora.

– Eu não posso mais suportar esta farsa, Finn. E depois, eu tenho medo de que algo prejudique a minha prima.

–Como assim?

– Tenho medo de que acusem Rachel de ter, de alguma forma, “desvirtuado” o caminho de Quinn. Você sabe, estas pessoas da alta sociedade, aquelas garotas da escola dela... e se o tal de Mr.H sabe de algo e tira um juízo errado de Rachel?

–Isso não vai acontecer, Puck. – Finn garantiu.

– Como você tem tanta certeza? – Puck retrucou.

–Porque eu sou o Mr.H, Puck. H de Hudson.

Puck olhou Finn com uma expressão que gradualmente passou do susto para a compreensão total. Tudo fazia sentido, claro: Finn era apaixonado por Rachel, fazia tudo por ela, mesmo sem a garota saber.

Os rapazes continuaram trotando, calados, até Finn quebrar o silêncio:

– Você acha que Rachel entenderá quando souber?

– Não sei. – o outro rapaz refletiu. – Ela o ama com todas as forças, mas Rachel preza demais a lealdade, a sinceridade de sentimentos. Não sei como ela reagirá quando souber que você é o Mr. H.

Finn ficou pensativo, mas a hora de revelar à Rachel toda a verdade estava perto, o espreitava e exigia dele uma atitude.

A casa dos Fabray deveria estar mais alegre, pois todos os jovens preparavam-se para o baile de Mrs. Aldrish. No entanto, uma aura de preocupação pairava no ar entre eles, nada melhorada com a chegada de Jesse St. James com uma carruagem luxuosa.

–Sempre ostentando, não é, St. James? – Finn provocou-o, sarcástico.

– Que mal há em ter e poder ostentar? No mais, acredito que as belas damas desta casa deveriam ir na minha carruagem, por motivos óbvios.

As damas, Quinn e Rachel, ainda não tinham descido ao pátio, de forma que só os rapazes estavam lá, esperando-as:

– O cavalheiro é, como que se diria no lugar de onde venho, um grandessíssimo idiota.- Puck rosnou, cansado do exibicionismo e da petulância de Jesse.

O jovem aristocrata olhou com o mais puro desdém:

– Creio que o lugar de onde o senhor vem é muito mais obscuro do que divulgou a todos nós. Até porque – ele olhou para Finn- eu e o Mr. Hudson aqui fomos colegas de escola, e nunca o vi em Eton, ou ao menos soube de um conde alemão como nosso contemporâneo lá.

O rosto de Finn ficou branco; ele esquecera aquele detalhe. Jesse não poderia confirmar que estudara com Puck porque simplesmente isto não acontecera, e ele com certeza não mentiria para ajudá-los.

– Eu não me importo se o senhor lembra ou não de mim. Sua opinião a meu respeito não me interessa. – Puck revidou, altivo, virando as costas para St. James e entrando na casa para ver se as garotas já estavam prontas.

Jesse ficou possesso e vociferou contra Finn:

– Que grande farsa você está montado, Finn? Aliás, você e este pústula, que está claramente querendo pôr as mãos na fortuna dos Fabray, seduzindo Quinn?

–O único pústula que conheço em raios de quilômetros é você, St. James! – Finn exasperou-se. – Vá para o baile, divirta-se, exiba sua riqueza, mas nos deixe em paz!

Jesse aproximou-se ameaçadoramente de Finn:

– Vocês estão armando um golpe, não é? – ele sibilou. – Agora, não entendo... você é rico. Ele, com certeza, com estes modos de capataz, não passa de um pobre diabo, mas, você, Finn? O que você está fazendo?

Finn encarou a frieza e um certo tom de maldade brilhar no olhos azuis de Jesse, mas não demonstrou preocupação:

– Cuida da sua vida, seu imprestável petulante, e nos deixe em paz.

{...}

Mrs. Aldrish era a mulher mais rica e importante de todos os condados mais próximos. Bem relacionada com a família real, riquíssima e simpática, ela dava bailes pelos mais variados motivos e o desta vez era o fato de que seus amados sobrinhos tinham ido passar as férias lá.

Bastante opulenta, cheia de curvas e joias, ela recebia a todos os convidados sorridente à porta do grande salão que abrira especialmente para a ocasião. Uma orquestra tocava valsas e também o ragtime, um estilo musical que estava fazendo muito sucesso na época. Apesar de ser americano, os jovens europeus divertiam-se bastante com as suas batidas sincopas e melodiosas, perfeitas para eles dançarem.

Mas Quinn e Puck, que deveriam estar divertindo-se, estavam apreensivos, após discutirem sobre ele ter provocado a ira de Jesse:

– O que você queria que eu fizesse? Já estava estorvado de ouvir as baboseiras daquele idiota.

– Ele vai se vingar! – Quinn esbravejou. – Jesse é ferino e orgulhoso, não vai se aquietar até humilhá-lo de alguma forma.

– Isso não me importa! – Puck perdeu de vez a paciência. – Quinn, meu amor, cansei desta brincadeira. Você disse que seu pai viria passar as férias aqui, e até agora ele não apareceu, ao contrário da sua barriga, que só cresce. Temos que ir embora!

Quinn sentiu lágrimas fluírem para os seus olhos, mas eles estavam no meio do salão, e ela não podia ficar naquele estado na frente de todos. Finn esperava por Rachel, que caíra nas graças da amável Mrs.Aldrish e a segurava em uma conversa sem fim, quando viu o tempo fechar com o outro casal:

– O que houve? – ele perguntou pausadamente, transparecendo sofisticação em meio ao baile para que Quinn e Puck agissem da mesma forma.

– Ele quer ir embora! – Quinn disse, com os dentes cerrados, fazendo um esforço de autocontrole.

–Vamos para uma sala ao lado, você precisa se acalmar. – instruiu Finn.

Jesse, ao longe, observava os amigos dirigirem-se para uma sala ao lado do grande salão. Ainda mais convencido de que eles estavam escondendo algo sórdido, que merecia vir à público para ele revidar os insultos que recebera de Finn e Puck mais cedo, ele foi disfarçadamente até lá, a fim de escutá-los através da porta.

–Não podemos ir embora! – Quinn chorava, e Jesse achava, pelo tom de voz dela, que estava mais que nervosa.

– Finn, essa é a melhor coisa a fazer, você não acha? – Puck argumentava. – Eu tenho medo de que descubram que você está grávida e façam o pior.

Os olhos de Jesse se arregalaram, excitados. Ele sabia que eles estavam escondendo algo! Que escândalo!

– Eu queria que meus pais lhe dessem a minha mão... – a moça choramingou.

– Não teremos tempo para formalidades, Quinn! O que importa é que tudo se ajeitará, um dia. – Puck insistiu.

– Se vocês forem, por favor, deixem a Rachel na escola. – Finn pediu. – Não poderei segui-los, porque com certeza, o mundo cairá e alguém precisará estar aqui quando vocês fugirem. Mas, por favor, convençam a Rachel a terminar seus estudos. Eu sempre quis que ela se formasse, que ela expandisse todo o seu potencial, e...

– Espere, Finn. – Quinn o interrompeu. – Você fala como se fosse você quem paga a St.Sophie para a Rachel, como se fosse o homem misterioso que paga as despesas da escola. – ela fitou bem o rosto do amigo. – Oh, meu Deus, Finn. Não.

Jesse, do outro lado da porta não cabia em si de tamanha sorte em descobrir os segredos tão bem guardados dos outros.

– Eu... eu sou o Mr. H, Quinn. Mas, por favor, não digam nada a ela, no momento certo eu mesmo revelarei tudo.

–Momento certo? Existe momento certo para você revelar que mentiu para ela este tempo todo? – Quinn se rebelou.

Puck tomou a mão da sua amada entre as suas e disse:

– Nós vamos ser felizes, e eu não vou deixar que nada de mal aconteça a você e ao bebê. Mas, por favor, vamos embora. Estou com um pressentimento muito ruim.

–Quinn, prometa que não dirá à Rachel que eu sou Mr. H, por favor. – Finn reiterou seu pedido.

–Tudo bem. – ela aquiesceu, mesmo à contragosto.

Saíram da sala, voltaram ao baile. Jesse dispersara-se entre os convidados, ainda mais animado com os trunfos na manga que havia conseguido, quando Rachel passou perto dele:

– Olá, minha bela.

Ela inspirou profundamente:

– Mr. St. James, por favor, deixe-me passar.

Ele deu um risinho venenoso:

– Acredite, eu posso ser o homem perfeito para você. Desde que a vi no baile do St. Sophie, senti-me sinceramente interessado em você, milady.

–O senhor sabe bem que eu tenho uma relação com Mr. Hudson, por que insiste em me cortejar?

A orquestra tocava mais uma música animada de ragtime e os convidados dançavam alegremente pelo salão, dificultando a possibilidade de Rachel encontrar Finn rapidamente e fugir de Jesse.

– Eu sempre tenho tudo o que quero. – ele disse, confiante. – E você será minha.

Rachel teve vontade de dar-lhe um tapa, e custou-lhe muito segurar a mão para não fazer isso, mas Jesse continuou:

– Você pensa que o Finn é isso tudo? Esta magnificência toda? Este homem digno que você imagina?

–O que você quer dizer com isso? – Rachel estremeceu um pouco.

– Ele é o homem que a sustenta, milady. Você, por acaso, não é um órfã com sorte de arranjar um benfeitor que tirou-a do orfanato e a pôs naquela escola de meninas ricas? Um certo “Mr.H”? Como ele é criativo. – Jesse arrematou, sendo encarado por uma Rachel Berry totalmente sem ação, lívida, diante dele.

Rachel saiu em disparada, esbarrando nas pessoas, interrompendo a dança dos casais, gerando tumulto no meio do baile. Finn, que a procurava desde que saíra da sala junto com Quinn e Puck, viu-a em seu desespero cortar o salão e foi atrás.

“Como ele pôde?”, era tudo o que passava pela mente dela. Rachel chorava e corria, sem ver nada à sua frente, até perder o fôlego e cair no meio do jardim.

–RACHEL! – Finn gritou, vindo desabaladamente em sua direção. – O que aconteceu?

–Seu crápula! – ela gritou, levantando-se e mantendo distância dele. – Mentiroso! Como você pôde me enganar desta forma? Como?!

Finn precisou de uma calma sobre-humana para raciocinar; não entendia o arroubo da moça:

– O que eu fiz? – ele indagou, suplicante.

– Você é o Mr. H! Este tempo todo, você me manipulou, mentiu para mim, me iludiu, me enganou! Você é um cínico!

Lágrimas começaram a marejar os olhos dele, que, nervoso, ainda tentava chegar perto dela:

– Quem te disse isso? Rachel, quem...

– Jesse. Jesse acabou de me dizer.

A expressão de Finn contraiu-se no mais puro ódio.

– Você nem nega, não é? – Rachel disse, a voz alquebrada. – Você me enganou, Finn. Você brincou com os meus sentimentos.

–Rachel, eu posso explicar, tudo tem uma explicação plausível, deixe-me dizer...

Ela levantou a mão pedindo-lhe que parasse e o olhou com uma profunda dor :

– Adeus.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews???