POV Clover

Senti meu pé doer como se tivesse um martelo batendo nele ao meu lado Cato respirava ofegante seu lábio sangrava e definitivamente eu não sabia onde estava. finalmente sua respiração normalizasse  e ele olha pra mim

- você está bem? – essa era a pergunta mais idiota a se fazer naquele momento, era óbvio  que eu não estava bem, aquele era o pior dia da sua vida e eu sabia que se estava viva ali naquele momento era por causa dele. Ao pensar nisso senti as primeiras lagrimas caíram do meus olhos logo aumentaram  transformando-se em soluços de um choro compulsivo. Sentiu cato se aproximar e a abraçar, e uma sensação nova passou por minha mente, eu senti que enquanto estivesse ali, com ele, estaria segura.

FLASH ON

- Eu já acabei vou levar meu prato – como assim acabou a kat come mais do que eu e o Gale juntos? Ela mal tinha tocado no prato eu não ia deixar essa passar.

- Não kat você não terminou o tanto que você come e o prato esta quase cheio. – eu tinha a mania de observar todo mundo e minha irmã era minha personagem preferida.

- Não Clover eu já acabei ! –  ela tinha sido tão firme que pareceu irritada comigo. A mas agora tudo fazia sentido, Peeta havia entrado para beber agua e kat simplesmente resolveu sair assim sem almoçar. Kat realmente não sabia ser discreta, mas ninguém além de mim nessa família nota nada.

 Bem eu também não teria notado se não fosse o flagra que dei nos dois hoje de manha antes de eles sarem para “caminhar”. Tá sei caminhar?. Dei um leve sorriso sozinha enquanto pensava nisso. Mas algo me incomodar nesses dois, eles são tão diferentes, minha irmã é uma garota determinada e talentosa e principalmente protetora quando se aproximava de alguém kat sempre protegia com unhas e dentes faria o que fosse necessário pra que ficassem bem e é por essa entrega dela que eu temo, não sei se Peeta é assim pelo que vi durante os meses que convivi com ele é um tanto bem quisto entre as garotas se é que me entendem e isso é o que me incomoda a minha irmã corre o risco de ser mais uma na lista do senhor Mellark o conquistador. Tenho medo de kat se machucar, pelo tempo que a mamãe passou fora kat é quase uma mãe pra mim sempre cuidou tão bem como se fosse um bebê. É assim que ela me chama bebê, pequena, coisinha sempre se referindo a minha leve desvantagem física, na verdade eu admito sou bem baixinha pra os padrões da família.

Já estava terminando de ajudar kat na cozinha quando ela interrompeu o silencio entre  nos duas.

- Eu vou correr um pouco sozinha agora a tarde Clover. Tudo bem pra você? – a kat correndo? Há! Minha irmã acha que me engana! Não insulte minha inteligência kat eu posso só ter 13 anos mas te conheço só que  não vou atrapalhar seus planos com Peeta serei uma caçula boazinha e quem sabe não ganho tempo pra ficar sozinha e conhecer  esse paraíso em que estou.

- claro kat vou ficar com Gale um pouco-  eu já tinha tudo em minha mente, as três katniss saiu e para minha surpresa Peeta também só que não estava sozinho, estava com Cato. Serio agora eu não estava entendendo mais nada pra onde Peeta estava indo se Cato o acompanhava?  Desisti de pensar nisso e me arrumei pra sair nada como um bom fone de ouvido e um reprodutor de musica que não fosse meu celular já que não quero ninguém me ligando  e um tênis pra uma bela corrida, e agua é claro, eu sempre fui a atleta da casa isso me aproximava do meu pai que também praticava esportes e sempre nos incentivou a isso . Eu não queria avisar a ninguém que iria sai . então eu fui sozinha .

Eu corri como a muito tempo não corria, sempre amei fazer isso, ainda mais na praia, correr  me levava a pensar e no momento é o que eu mais precisava, tanta coisa na minha cabeça, a mudança pra casa da minha mãe, a resistência da kat o ódio incondicional dela pela mãe, as brigas diárias o Gale que é um idiota convicto, nesse momento acelerei ainda mais o passo, e a musica que ouvia no fone com batidas violentas me fazia fechar os olhos. Eu corri, corri, corri e não cansava, ate que tive a sensação ruim que eu estava sendo observada parei e me virei, a Effie tinha razão essa praia é realmente deserta não tem um pé de pessoa aqui, já é tarde deve ser quase seis horas, droga eu tenho que voltar pra casa. Apoiei as mãos nos joelhos pra descansar um pouco.

- olha só parece que a moça resolveu fazer um tour pela praia.- uma voz falou se aproximando, eu não conhecia aquela voz e senti alguém  pegar forte no meu braço, por ser pequena  eu consegui me livrar e me afastar.- ei olha só você é esperta- a voz vinha de um homem ele era alo tinha cabelo castanho, foi só o que vi dele antes de perceber sua aproximação e ter o impulso de sair correndo como uma louca desesperada. Infelizmente eu estava cansada, sabia que não iria muito longe naquele ritmo, já o homem corria muito rápido o que me desesperou ainda mais e foi nesse desespero que eu pisei em falso senti meu tornozelo tocar o chão e fui ao chão. Ouvi sua risada.

-não tenha medo lindinha eu sou um excelente guia, só acho que ninguém te avisou que não deveria andar sozinha a noite em praias tão vazias- seu tom era assustador eu  comecei a gritar. Inútil. Ninguém me ouviria ali senti sua respiração próxima ao meu rosto eu gritava e gritava tirando o ar do mais profundo lugar  do meu corpo. Mas reconheci que era meu fim.

- Larga ela!-  era uma voz conhecida, em um piscar de olhos o homem estava no chão se levantando, uma briga teve inicio e no meio dela reconheci meu salvador. Cato. A briga continuou e o homem apanhava , Cato era forte, anos de treino eu presumo, mas ele também se machucou tinha levado um soco no rosto mas por fim o homem correu pela praia e se perdeu em meio as arvores fechadas ali próximo. Cato se jogou ao meu lado deitado, ofegante.

FLASH OFF

- ei, ei calma, vai ficar tudo bem, ele foi embora eu tô aqui. – cato afagava meu cabelo quando enfim controlei meu choro afastei-o um pouco e olhe os seus olhos, verdes como o mar a nossa frente.

- obrigado! – eu mal conseguia falar

-ei não tem de que eu estava passando e ouvi você gritando. - ele me puxou pra mais perto de novo- aquele louco estava te atacando por que?

- não sei eu estava correndo e parei um pouco por aqui quando ele me atacou do nada. Acho que aqui é  perigoso. -

- você tem razão é melhor voltarmos pra casa vem. – ele me ajudou a levantar- estamos bem longe talvez meia hora de caminhada e pra melhorar o clima tá fechando pra chover.- ele estava irritado.

-AI!- o meu grito foi involuntário ao tentar pisar no chão, meu pé estava machucado e não era pouco.

- ei o que foi? você tá machucada? – ele me ajudou a sentar de novo e eu estiquei o pé. Definitivamente estava maior do  o normal.

- sim. Quando eu cai. Devo ter torcido feio né!?-

- calma! – ele tinha um desespero na voz- droga e agora? Me da seu celular pra eu tentar ligar pra kat.-

- eu não trouxe celular.- nesse momento a chuva começou e eu joguei a cabeça pra traz não era possível que isso esteja acontecendo!

- tá então vamos por ordem, estamos longe de casa, e você tá machucada. O melhor a fazer é arrumar um lugar pra se amparar ate a chuva passar o resto agente vê depois. Acho que tem umas construções fixas por aqui eu vi uma logo ali adiante. Eu vou olhar tá certo?-

- NÃO! Não me deixa sozinha aqui.- eu não irai ficar ali com aquele louco por perto

-é você tem razão- eu achei que ele ia ficar, mais em vez disso ele me pegou no colo e me levou ate a coberta que tinha visto era uma espécie de cabana sem parede tinha uns banco e nada mais. Sentamos e esperamos a chuva passar por quase meia hora jogando papo fora. Eu estava com frio e Cato me abraçou tentando me esquenta, mas sinceramente ele estava mais gelado do que eu.

- chega essa chuva não vai parar é melhor no ajeitarmos por aqui mesmo-

- o que? Tá louco? O pessoal de casa vai surtar!- logo lembrei de que Peeta deveria esta com ele - espera! Peeta estava com você então ele deve esta te procurando.-

- não ele me disse que iria com o pai pescar e me deu a ideia de conhecer o lugar por isso sai com ele...- droga nem pra isso minha mania de observar serve. resolvemos dormir por ali mesmo. Cato se encostou na coluna e eu deitei apoiada em sua perna.

- olha não sei você mais eu não confio que agente durma e fique vulnerável. Vai que aquele louco volta e me pega desprevenido dessa vez?-

- você tem razão e melhor revezarmos, eu passarei a primeira parte da noite dormindo e você fica de guarda depois trocamos pode ser?-

- pode eu te acordo, agora dorme antes que a fome aperte por que não tem nada que possamos comer aqui. A felicidade e sua água garota atleta! Que hora você escolheu pra correr em? – ele tinha um sorriso cativante no rosto e eu não consegui conter o meu apesar de tudo, encontra-lo não foi tão ruim ele estava cuidando de mim e ao lado dele ali eu tive de novo a sensação de que nada me aconteceria.

-bobo! –

- eu? Olha quem fala se não é você que esta rindo ?-

-rindo enquanto posso, a kat vai me matar amanha.- ele gargalhou

- geralmente as pessoas tem medo da mãe não dá irmã. Além disso a kat me conhece sabe que eu tô cuidando de você “pequena”- ele deu ênfase ao pequena

- não ,não é isso é que a kat é como uma mãe pra mim sabe- virei com as costas no banco agora e olhando pra ele e pra o teto. – desde que a minha mãe foi embora ela assumiu esse posto, sempre cuidou de mim sempre me tratou como um bebe acho que ela ate esqueceu que eu cresci sabe!?- ele virou os olhos .

- e como sei!- eu dei um olhar questionador e ele ficou nervoso- que ela é como sua mãe e tals...-

- ok eu vou dormir tá. Cato barra meu salvador. Obrigada mais uma vez por esta cuidando de mim  –

- tudo bem eu fiz isso por mim também – eu não entendi mais o sono me venceu e eu adormeci antes de perguntar o porque amanha será um longo dia...