Onde Estão Aqueles Dois? escrita por AnaMM


Capítulo 1
Capítulo único.


Notas iniciais do capítulo

O Dinho nem conheceu a Valentina e seguiu na trama normalmente.



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Para comemorar o aniversário de mais um mês morando com
Lorenzo e sua filha, Marcela preparou um almoço especial, para o qual também convidou Tatá, Ju, Paulina, Rômulo e Dinho.

–Adriano, tira essa mão boba da minha filha AGORA!

Dinho, relutante, tirou sua mão da coxa de Lia e segurou a mão da namorada, que sorriu.

O pai da garota fazia vista grossa para o comportamento do
casal e a cada 5 minutos gritava para que Dinho se comportasse. Sua menininha não podia ser abusada daquela maneira por um moleque indecente como ele. Marcela e Lia riam, Dinho se frustrava, Ju e Gil se desconsertavam e Tatá não entendia nada. Outra interrupção freqüente eram as freqüentes implicâncias entre Dinho e Gil e Tatá e Marcela. Fora as curtas discussões, o almoço progredia normalmente.

–Alguém viu aqueles dois?

Lorenzo preocupou-se ao perceber que não via nem Lia, nem Dinho na sala.

–Ah, Lorenzo, relaxa, a Lia deve estar mostrando o quarto novo pro namorado, deixa eles!

–Sei não, viu? Aquele Dinho não presta.

–Ô Gil, vai começar com os ciúmes da Lia de novo?

–Que isso, Ju, eu só estou preocupado.

–Aham, sei... acho bom!

Ouviram-se pancadas e Tatá se assustou. Lorenzo decidiu intervir.

–Ih, tio Lorenzo, do jeito que eu conheço esses dois, devem estar brigando de novo. Melhor ficar longe pela própria segurança.

Marcela, por sua vez, decidiu escutar por trás da porta para garantir que os adolescentes estavam bem. Entre pancadas, não escutou a gritaria típica de discussões, mas gemidos. “Brigando, sei...”. Voltou à sala com um sorriso irônico no rosto.

–Podem ficar tranqüilos, eles não estão se matando.

Tatá, desconfiada como uma típica pré-adolescente de 12 anos, resolveu ela mesma escutar o que acontecia.

–Tatá, volta aqui, eles estão bem! Não precisa escutar por trás da porta, não... Tatá!

Marcela, apesar de liberal, se preocupava com o que a enteada escutaria. Talvez ainda não tivesse idade para entender... Ou pelo menos pouparia o ataque cardíaco que Lorenzo sofreria se a menina usasse sua usual sinceridade e contasse o que ouvira.

Tatá ouviu atentamente para entender o que Dinho parecia dizer.

–Pelo poder em mim investido como seu namorado, eu declaro este quarto batizado!

Os dois riram. Tatá voltou para a sala com uma expressão confusa no rosto.

–Ih, não entendi foi nada.

–O que você ouviu, Tatá? – Lorenzo estava aflito.

–O Dinho tava falando uma coisa estranha: “pelo poder em mim

investido como seu namorado, eu declaro este quarto batizado!” – responde Tatá, imitando seu "cunhado", divertida.

Lorenzo corou.

–C-como assim batizando?

–Esses adolescentes têm cada uma! – ria Marcela

Lorenzo rapidamente se levantou do sofá e correu em direção ao corredor, onde bateu na porta do quarto da filha com força.

–LIA!!! Abra essa porta AGORA!!!

Lia e Dinho estavam deitados no chão de um quarto quase vazio, exceto pelos móveis antes cobertos por lençóis, que haviam caído durante o “batismo” e que agora enrolavam o casal nu. Ambos se assustaram.

–Há quanto tempo a gente está aqui?

–Não faço ideia, amor... - Dinho passou a mão por sua cabeça enquanto tentava lembrar a que horas haviam entrado no quarto

–Tudo bem, depois a gente descobre. Vem, antes que-

–LIAAA!!!!

–Antes que o meu pai quebre essa porta.

De fora, Lorenzo se irritava mais e mais conforme ouvia Lia pedindo por seu sutiã e Dinho pela sua camiseta.

–Olha que eu abro essa porta na marra!!!

–Lorenzo, você não vai quebrar nenhuma porta da minha casa!

–Mas Marcela, esses dois-

–Esses dois não estão fazendo nada que já não tenham feito.

Lorenzo ficou ainda mais descontrolado com essa lembrança e teve de ser contido por Rômulo, enquanto Paulina tentava acalmá-lo.

–Lorenzo, você não confia na sua filha? Já já a Lia está de volta.

Lia e Dinho enfim abriram a porta, ainda meio desarrumados. Lia ajeitava os cachos do garoto para não ter que encarar a expressão furiosa de seu pai. O namorado beijou-lhe o rosto, segurou sua mão e voltaram para a sala, com sorrisos culpados no rosto.

–Que escândalo, pai, eu só estava mostrando o meu quarto novo pro Dinho!

–Não me venha com essa, mocinha! Onde já se viu levar mais de uma hora pra mostrar o quarto pra alguém?

–Mais de uma hora? Tem certeza? –Lia sorriu e olhou para o namorado, que sorriu de volta, com um brilho de triunfo no olhar.

Gil prontamente respondeu:

–A última vez que eu vi algum de vocês foi quando a gente estava comendo a salada e você saiu da mesa, Lia. O Dinho já não estava aqui.

Ao perceber o que havia falado, Gil torceu para que Ju não percebesse que apenas notara este fato porque o incomodava Lia ter se levantado provavelmente para encontrar o namorado em algum lugar escondido da sua casa. Era muita afronta daquele Adriano. Seu pensamento foi interrompido pela comemoração de Lia e Dinho, que chocavam suas mãos no ar e pulavam de felicidade.

–GANHAMOS!!!

–Liga pra Fatinha, liga pra Fatinha!!

–Alô? Fatinha? Mais de uma hora!!! Supera essa!!! ... Revanche? Ah, Fatinha, aceita que vocês perderam! Nós somos muito bons!

Ju de repente se lembrou que na última janta em sua casa, Fatinha e seu irmão também haviam sumido.

–Ô Lia, que aposta foi essa entre vocês e a Fatinha?

–Er... tem certeza que você quer saber, Ju? Então... a gente tava competindo pra ver quem sumia por mais tempo durante um encontro familiar, sem ser interrompido durante-

–Chega, Lia, eu já entendi. Vocês são malucos, mesmo...

Juliana se afastou, corada. Definitivamente ela e Dinho jamais teriam dado certo como casal. Se aproximou do namorado, na varanda, enquanto ouvia vagamente a melhor amiga levando sermão do pai, controlado por Marcela.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado, foi só uma sequência que eu criei agora há pouco e resolvi compartilhar... Dúvidas, críticas, elogios, sugestões... já sabem, comentários ;)