Narrador: Alice Cullen

A loja se chamava "Minha Doce Vida Vampírica". Quando li aqueles letreiros pouco luminosos, mesmo sem entrar no local já havia me apaixonado. Olhei a pequena vitrine e os objetos quela se encontrava, pelo que já tinha percebido o local era muito sugestiva para góticos e afins.

Entrei. E logo uma bonita vendedora de cabelos encaracolados e volumosos de aparentemente personalidade expansiva, se aproximou:

– Em que posso te ajudar ? Esta frase era muito clichê, mas por incrível que pareça eu nunca tinha uma resposta adequada.

– Estou conhecendo a loja apenas. Obrigada. - Disse e continuei olhando alguns sapatos na estante.

– Tudo bem. - A bonita vendedora me disse - Estou no balcão, caso precise de algo... - ela mal terminou sua frase e se virou.

Os sapatos eram lindos... Aquela loja era linda. Tinha "tudo" que eu precisava, ou pelo menos procurava, apesar do pequeno espaço.

Mexi em tudo, olhei roupa por roupa. Queria comprar tudo, mas ao mesmo tempo não sabia o que comprar.

Andei sem rumo e parei ao lado do balcão. A vendedora me olhou, mas não disse nada!

Já estava agoniada, ninguém falava nada. o silêncio tomava conta do ambiente.

– Qual é seu nome ? - Perguntei sem importância.

– Jéssica. - ela falou. - Jéssica Stanley. E o seu ? - Ela me olhou com um sorriso.

– Alice Cullen. - Respondi retribuindo o sorriso.

Ela me olhou e perguntou:

– Então Alice, procurando algo em especial ?

Eu a fitei e realmente não sabia o que queria.

Jéssica me olhou, como estivesse me pressionando.

– Um amigo. - disse um pouco rápido demais - Um amigo de verdade. Um amigo que me escute, que não me deixe. Um amigo para sempre. - Minha resposta provavelmente foi profunda pois vi uma lágrima escorrendo no rosto rosado da vendedora.

Se eu fosse humana acho que também me emocionaria, mas como não só continuei:

– Acho que nisso você não pode me ajudar... - Ela me olhou profundamente, e passou as mãos entre os olhos, abaixou a cabeça tristonha e disse:

– Gostaria muito de poder te ajudar Alice, mas realmente aqui na loja... - ela deu uma breve pausa e continuou - Vai ser difícil encontrar o que procura...

Ela abaixou a cabeça como quem pedia perdão.