“- Esta vida... Que sempre desejei, é vazia.”

“Vazia como minhas memórias, como meus sentimentos.”

“Sinto que me falta algo tão simples na qual qualquer ser humano perceberia.”

“- Porem, eu não sei o que seria tal coisa... Só sei do vazio que sinto, do sentimento de perda, da falta de algo.”

“- Algo muito importante...”.

- Já é tão tarde. _ Suspirei ao adentrar uma pequena porta na qual me guiava em uma enorme escada. – Droga, eles são tão enrolados, não posso ficar resolvendo seus problemas, também tenho os meus... _ sussurrava para mim mesma enquanto subia aquela imensa escada, para mim parecia interminável.

Ao chegar no andar desejado dei uma boa olhada para a caixa de correio, na qual estava completamente destruída. Por quê? É claro: Certo Hyuuga decidiu destruí-la por diversão própria, ou somente para me irritar. “-Francamente, como ele consegue ser tão infantil...” Caminhei até a porta destrancando-a. Antes dava uma boa olhada na porta da frente, onde o mesmo morava. “-Tanto faz, me vingarei depois.”

Ao entrar dei um longo suspiro, jogava minha bolça encima do sofá e caminhava em direção ao meu quarto, depois de um longo dia de trabalho finalmente tomaria um banho, talvez fosse à parte do dia em que mais me agrada. Antes de entrar na minha pequena suíte, avistei em meu telefone 4 mensagens de voz registradas, não me surpreendia, caminhei até o telefone que se encontrava encima da cômoda e reproduzi as mensagens, corri até a suíte para meu tão esperado banho enquanto ouvia os recados.

“- Alo Tenten? Sou eu, seu pai...”.

Dei um breve sorriso ao ouvi-lo, papai ligava todos os dias dês de que passei a morar sozinha, sabia que ele se sentia solitário depois da morte de minha mãe, porem não podia ficar em sua casa para sempre, não queria incomodá-lo, e também desejava seguir minha vida, ele sabia disso e me apoiava. Papai me ligava todos os dias, achava um ato carinhoso de sua parte.

“– Como foi seu dia amor? Se saiu bem na editora? Há antes que eu me esqueça, estou acompanhando seu trabalho, está maravilhoso minha filha, continue sempre se dedicando ao máximo. Sinto saudades. Te amo...”

Surpreendi-me por um momento, não sabia que papai estava acompanhado meus mangás, quando lhe contei à profissão que avia escolhido, ele ficou surpreso por um momento, porem se irritou em seguida, ele sabia que desenhista era uma profissão arriscada, porem quando viu que estava decidida, ele resolveu me apoiar. – Há pai...

“- Mochi Mochi... AMIGA!”

Simplesmente quase escorreguei dentro do banheiro após ouvir o grito. – há Sakura! _ imaginava se eu tivesse atendido esta ligação, provavelmente estaria surda.

“– o que ouve com você garota? Faz 3 meses que não há vejo! Poxa estou com saudades... Tem trabalhado de mais não é? Francamente garota, tem 25 anos e nunca deixou de ser esta garotinha responsável de sempre, tente curtir sua juventude! Vamos, quero encontrar com você sábado junto com as garotas na cafeteria da esquina. Espero por você! Até mais... Há, vê se atende o telefone na próxima, poxa.”

Sorri um pouco desanimada. “- Desculpe Sakura... Sábado terei uma reunião.” _ suspirava profundamente, sabia que a garota não gostaria nada disso.

“– Mitsashi-san? Pelo amor do que é mais divino. Como vai a produção do próximo volume? Já está tudo pronto? Lembre-se que a entrega será segunda-feira querida!”

Meu editor, como sempre nunca confiando em meu potencial. Trabalhávamos a 4 anos juntos, porem nunca confiou em mim. Culpa dos desenhistas desta atualidade, sempre atrasando seus trabalhos. “– Quantas vezes devo lhe dizer Mitsuo-san, não sou como eles...” _ tentava imaginar sua resposta depois que lhe contar do termino daquele volume á 2 dias atrás.

“– Alo, é da casa da senhorita Mitsashi Tenten?”

Aquela voz feminina... Não há conhecia. Neste momento já estava no termino de meu banho, enquanto me secava prestava atenção nas palavras daquela desconhecida moça.

“- Meu nome é Hikari, sou enfermeira do hospital municipal da cidade de Tóquio, desculpe por esta ligação mais creio que precisamos de você.”

- Precisa de mim? _ neste momento já estava preocupada, o que uma enfermeira iria querer comigo.

“- A senhorita conhece Neji Hyuuga. Certo? Infelizmente ele foi internado esta tarde em um estado muito grave, procuramos em seus pertences e não encontramos nem uma informação sobre seus familiares, apenas encontramos o seu número anotado em uma agenda, então pensamos que você poderia ser uma amiga ou algo assim...”.

Neste momento estava paralisada, fiquei encarando aquele telefone o tempo todo. Não sabia que sentimento me veio nesta hora, apenas fiquei confusa.

“– A senhorita poderia comparecer no hospital?”

Sentia um vazio nesta hora, não sabia ao certo o porquê destes sentimentos. Neji Hyuuga, o garoto que conheci dês de menininha, crescemos juntos, tecnicamente. Podia dizer que ele era algo meu... sim. “– meu maior inimigo.” _ um pouco antes de tomar minha decisão, pensava algumas vezes que não devia interferir em sua vida, porem esta não era uma situação em que deveria pensar muito. Mesmo assim meu coração apertava... Até que ouvi as ultimas palavras daquela enfermeira denominada Hikari. Neste momento surpreendi com meu próprio ato, lagrimas escorriam por minha face me fazendo estremecer, tive medo.

“– Creio que... Ele não irá sobreviver.”

~X~