S(h)(e) Be(l)(i)(e)ve escrita por Mel, Ruth Cano


Capítulo 4
4. i'll Be


Notas iniciais do capítulo

Desculpem por nao ter postado ontem, Problemas pessoais!

(*) http://www.youtube.com/watch?v=CMiVeK5zGz8 - Coloquem o Link quando aparecer esse sinal.



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Era noite do baile e eu estava muito animada. Sentia que alguma coisa iria acontecer essa noite, não consegui disser oque.

Coloquei um vestido rodado azul – a cor que eu mais gostava. Ele ia ate metade da minha coxa e ressaltava o meu corpo, fazendo com que eu parecesse mais esbelta e levemente mais alta. Fiz uma escova e leves cachos na ponta os deixando soltos. E como maquiagem passei uma leve sombra azul cintilante nas pálpebras, um lápis preto e um gloss pêssego para completar.

Enquanto me arrumava fiquei tentada a ir a varanda e ver se conseguia ver Louis no quarto dele se arrumando, mas por algum motivo não o fiz – queria aguardar para vê-lo com seu smoking apenas quando ele tocasse a campainha para que eu descesse. Me segurava toda vez que ouvi-a alguma barulho ao lado, estava determinada a esperar então me segurei.

Logo estava totalmente pronta, mesmo faltando 10 minutos para o horário combinado com Louis – eu começara a me arrumar muito cedo, não me atrasar -, e agora eu tinha que ficar esperando o tempo passar, coisa que parecia uma eternidade queria ver Louis logo.

Desci as escadas e fui para a sala onde encontro minha mãe e meu pai sentados vendo TV. Minha mãe se virou quando percebeu minha presença.

- Como você esta linda filha - Ela exclama feliz.

- Obrigada mãe. – ouço a campainha tocando e corro para abrir a porta e vejo Louis olhando para o chão, seu olhar levanta ao escutar a porta se abrindo e ele abre um enorme sorriso. Não digo nada, apenas devolvi o olhar o analisando também, ele usava um lindo terno e com alguma coisa nas mãos. Finalmente seu rosto levanta, encontra meu olhar e da um sorriso.

- Ah oi – seu sorriso se alarga mais ainda, como se fosse possível. Seus olhos percorrem novamente meu corpo de cima a baixo e vejo um brilho passando em seu olhar – Uau, você esta... Maravilhosa! 

- Você também esta ótimo – retribuo seu sorriso.

- Então... Vamos? – ele estende o braço para que eu o pegue.

- Claro! – me viro antes de segurar seu braço – Tchau mãe, tchau pai já estou indo.

- Não volte tarde – Pai diz.

- E juízo os dois – Minha mãe acrescenta. Fecho a porta antes que eles digam alguma coisa constrangedora.

Louis abra a porta do carro para que eu entre, agradeço com um sorriso. Fomos conversando o caminho todo de volta sobre assuntos diversos, rindo sempre.
Quando chegamos à escola sai maravilhada pela decoração, tudo estava lindo e brilhante com pequenas lapadas coloridas. Quando estávamos quase entrando Louis para abruptamente e se vira de frente para mim:

- Ah quase me esqueci – ele tira alguma coisa do bolso – É pra você – era daquelas flores de colocar no pulso, ele pega delicadamente meu braço e colocou no lugar. Aonde seus dedos tocavam deixavam um leve formigamento em minha pele. A flor era linda, de um branco suave

- Obrigada, e linda – a flor combinava com o meu vestido que incrivelmente combinavam com a luz em seus olhos. Seu rosto corou levemente quando o agradeci com um beijo no rosto

- Vamos entrar – ele pega meu braço de novamente e me guia para o ginásio onde aconteceria o baile.

La dentro mais luzes iluminavam o local, o clima estava festivo e o as pessoas dançavam animados no centro.

Avistei Chester, Brandon e Josh encostados em uma parede um pouco distantes da entrado. Mostrei para Louis onde eles estavam e sem que ele dissesse nada fomos ao encontro deles.

- Olá meninos! – digo alegre para eles – Como vocês estão elegantes – comentei e apontei para a roupa deles. Os três estavam muito parecidos com Louis, com smokings e cabelos arrumadinhos, mas não tinham o charme e a aparência de Louis.

- Você também esta muito bonita – comentou Brandon. Percebi que Louis se contraiu ao meu lado, mas logo voltou a relaxar.

- Onde estão seus pares? – perguntei olhando em volta para ver se encontrava alguém conhecido que pudesse estar com eles, mas não achei ninguém.

- Na realidade Angel, o único que teve sorte de ter um par foi o Louis mesmo, como sempre – disse Josh dando um soquinho no ombro do Louis e sorrindo para mim.

Fiquei um pouco envergonhada e me arrependi de ter tocado no assunto, todo baile praticamente eles iam sozinhos.

- Vamos dançar? – perguntei. Estava desagradável ficar aqui com eles me olhando direto. E também queria aproveitar o máximo a noite, afinal eu estava me formando, estava com pessoas que eu gostava e tinha um pressentimento que coisas boas iam acontecer comigo.

- Vamos... Vocês vêm junto caras? – perguntou Louis e virou a cara para eles e tive a sensação que ele estava mandando um olhar incisivo para eles.

- Ah não, vamos ficar aqui mesmo – disse Josh – Vão se divertir pombinhos! – Os três começaram a gargalhar eu dei um risinho e sai puxando Louis comigo para o meio da pista de dança.

Dançamos ate não aguentar mais – literalmente -, tivemos que parar para tomar agua e descansar. Eu estava muito contente finalmente depois dessa horrível semana ele tinha voltado a ser o antigo Louis, com suas brincadeiras e comentários nada discretos. A noite estava sendo perfeita. Voltamos para nossa mesa com os meninos exaustos e suados, meus pés já não aguentavam mais a sandália de salto e minha cabeça zunia com a musica alta.

Meia hora depois observei que a musica ia se acalmando e casais iam em direção a pista de dança. Fiquei imaginando se um dia eu seria um dessas meninas com alguém para dançar coladinha, sussurrando no meu ouvido como eu estava bonita. Geralmente eu e Louis ficávamos caçoando desses casais melosos, no fundo eu queria ser esse tipo de casal, mas sempre encobria esse sentimento com alguma comentário.

- Angel... você está me ouvindo? – percebi que Louis estava falando comigo agora. Olhei diretamente em seus olhos e ele parecia receoso, não sabia por que já que não estava ouvindo o que dizia.

- O que foi que você disse? – perguntei afastando pensamentos que vinham a minha mente incessante.

- Eu... – ele disse e passou a mão no cabelo nervosamente – Perguntei se você aceitaria dançar comigo – agora ele estava com a mão estendida em minha direção. Olhei espantada por momento, ele nunca gostou desse tipo de dança e julgava sempre quem o fazia.

- Claro – eu disse e peguei sua mão, quando recuperei do choque. Nessa ultima semana eu havia pensado muito nesse baile já que Louis não estava falando muito comigo. Eu havia imaginado esse momento em que ele me chamaria para dançar e se declararia... Mas eram só ilusões, pois o Louis que eu conhecia nunca pensaria em mim desse jeito.

(*) Colocar musica (Link notas iniciais)

Guiada pelas suas mãos e me levou ate o meio do salão e me virou de frente para ele me fazendo encarar seus olhos, que tinham novamente um brilho desconhecido. Ele passou a mão livre para a minha cintura, e isso causou um arrepio pela meu corpo inteiro. Seu toque era suave – quase não se conseguia notar -, mas onde sua mão encostava-se a minha pele deixava quente, soltou cuidadosamente minha mão e posicionou a mesma também em minha cintura, deixando minhas mãos caídas ao lado de meu corpo. Meio vacilante coloquei minhas mãos ao redor de seu pescoço, tentando imitar todos a minha volta.
Começamos a nos movimentar de acordo com o ritmo, logo já estava deixando a musica me levar e tudo que existia no momento era eu e Louis a minha frente que me olhava com um lindo sorriso, ate que ele dançava bem fiquei tentada a pergunta como aprendera, mas não queria estragar o momento Estava absorta em meus pensamentos da perfeição do momento, quando percebi eu estávamos muito perto, minha respiração falhou ao vê-lo se aproximar mais do meu ouvido

- Não sabia que você dançava... – ele perguntou baixinho, meu coração disparou.

- Eu não danço na verdade, alias você que esta me conduzindo – Dei uma pausa – Estou surpresa que saiba, pensei que você só sabia fazer piadinhas e palhaçadas – dei uma risada, e ele apenas sorriu para mim.

- Tem muitas coisas sobre mim que você não sabe Angel – disse Louis e me puxou para mais perto de seu corpo. Agora o contato era quase completo, nossas pernas se mexiam no mesmo tempo sem que precisássemos separa-las e a única parte que permaneciam distantes eram nossos rostos.

O silencio se instalou novamente, eu nunca deixava seu olhos e nem tinha vontade de fazê-lo, ele parecia absorto em pensamento e eu não queria atrapalha-lo por isso só aproveitei a oportunidade e esta em sua companhia.

Quando a musica acabou relutante me afastei dele, mas fui impedida pelos seus braços ainda em minha cintura:

- Angel... -  Ele me encarava como se precisasse falar algo muito importante mais não conseguisse – Eu... Eu preciso falar com você.

- Pode falar Louis – Digo ainda meio afetada pela proximidade.

- A sós pode ser?

- Pode Louis... – ele desceu sua mão ate a minha me puxando para fora – Louis para onde você vai me levar? A gente não pode conversar outra hora? É o baile da formatura e eu quero aproveitar...

- É muito importante Angel, por favor, você concordou em conversar comigo. Depois nos voltamos para dentro, se você quiser é claro – ele estava falando de um jeito estranho, era uma voz urgente, mas também calma por ele o estar fazendo.

Comecei a reconhecer o caminho que estávamos seguindo. Acho que ele estava me levando para o parquinho que havia nos fundos da escola, já que o segundo prédio era do primário.

Eu estava certa e lá estávamos nós, no meio da noite, sozinhos no parquinho. A única coisa que iluminava minha visa era a luz das estrelas e da lua que brilhavam intensamente.

Ele pegou e me arrastou ate o balanço onde me sentei com ele ao lado:

- E então, o que está havendo? Você estava estranho essa semana e agora esta estranho de novo, foi algo que eu fiz?  – digo calma

- Desculpa se eu venho agido estranho ultimamente – ele disse me olhando, ainda parecia receoso – Mas eu estava assim por ter tirado a semana pra pensar.

- O que de tão importante você tinha para pensar que não podia falar comigo direito?

- Você não entende ne Angel? – Ele me olha profundamente.

- O que eu deveria entender?

- Você não consegue ver? – ele não respondeu minha pergunta, mas eu nem tinha mais a capacidade de tentar fazer ele me responder, porque ele havia se levantado e estava agora na minha frente, pegou uma mecha do meu cabelo e brincou com ela – Se eu falasse com você enquanto eu pensava poderia tomar conclusões precipitadas, mas essa semana foi bem produtiva e agora eu sei o que tinha acontecido comigo...

- E o que era? – perguntei interrompendo-o.

- Eu tinha me apaixonado – todos os músculos do meu corpo se prenderam com a tensão.

Queria perguntar por quem, mas nada sai da minha boca, não conseguia pronunciar as palavras que vinham a minha mente. Vendo que ele não falaria nada antes de eu me pronunciar, procurei a minha voz e me levantei também ficando assim bem próximo dele:

- E por quem? – ele me soltou e se afastou um pouco de mim, mas seus olhos ainda encaravam os meus profundamente.

- Sabe Angel, eu pensei que estivesse bem na cara – ele disse e deu um sorriso que fez minhas pernas fraquejarem – Me comportei assim essa semana para eu saber se estava apaixonado por Você!

- Louis eu...

- Espere, deixe-me terminar - ele se aproximou de novo de mim, pegou minha mão esquerda e a envolveu com as suas duas mãos – Vou pular toda aquela parte que sempre falam nesses momentos e vou logo ao ponto... Sabe Angel você realmente mexeu comigo, e acho que foi muito mais que isso. Tenho que confessar que quando você se mudou para cá eu estava na pior época da minha vida, eu tocava piano para não me sentir tão mal, e pensei que não teria jeito para a minha vida, mas aquele dia na sacada quando eu te vi pensei que poderia ter alguma chance de voltar a ser quem eu era...

- E você conseguiu a voltar ao que era? – eu tinha a mania de interromper os outros, mas no momento não importava.

- Mais do que isso – ele deu um sorriso profundo – Você trouxe o velho Louis de volta e fez um desconhecido aparecer, esse Louis que eu não conhecia tinha varias coisas boas, ele era sentimental, amável e preocupado, queria ajudar a todos, mas tinha uma parte nele também que não era tão boa, ele tinha medo de demonstrar seus sentimentos, ele era fechado, mas eu tentei guardar todos os aspectos ruins desse novo Louis e só deixar as boas para que eu pudesse fazer o que estou fazendo hoje. Pensei que eu pudesse estar confundido meus sentimentos como já fiz varias vezes, e por isso deixei de falar com você para ver o que acontecia... – ele engoliu em seco.

- E o que aconteceu? – ele ia falar, mas eu não conseguia ficar quieta, queria que ele falasse logo.

- Eu passei o dia inteiro pensando em você, todos os dias, eu olhava ao redor e s felizes que passamos juntos me pegava sorrindo lembrando de sorriso, ou brigando comigo, e eu gostava de todas essas coisas, e a cada dia a minha vontade de ficar com você aumentava. Então eu soube...

- Soube que estava apaixonado? – ele apenas assentiu – Era só isso que você tinha para me dizer? – não era exatamente isso que eu queria falar, mas foi o que saiu.

- Na verdade tinha mais uma coisa... – ele tirou uma de suas mãos da sua e colocou no bolso tirando uma caixinha lá de dentro – Queria saber se você Angelina Lightwood quer ser minha namorada e me fazer o homem mais feliz do mundo, com você ao meu lado – ele olhava em meus olhos e parecia que ele poderia enxergar dentro de mim.

Eu não disse nada, não porque eu não quisesse, mas porque não conseguia.

- Mas... Mas eu não... 

- A claro, como eu sou estupido... você não sente o mesmo que eu. Me desculpe, mas eu precisava te falar, não precisa se sentir culpada por não sentir o mesmo que eu... Eu entendo – ele olhou para baixo.

- Não Louis não é isso... eu não sabia que você sentia o mesmo que eu – ele olhou esperançoso para mim.

- Então você está dizendo que aceita namorar comigo? – eu assenti e ele se aproximando sorridente e nossos lábios se encontraram, foi um beijo lento, apaixonante e perfeito – Eu nunca vou te deixar – ele disse quando nos separamos e colamos nossas testas– Nunca vou deixar de te amar.

- Promete?

- Com todo o meu coração. - Sorri abertamente com suas palavras. - Você ainda vai querer voltar para o baile? – ele perguntou.

- Acho que não, já tive muitos fatos marcantes para um dia só. Preciso de tempo para absorver tudo – ele concordou e fomos para casa. Mesmo no carro ficamos de mãos dadas, e eu ficava admirando a aliança que ele havia colocado no meu dedo.

Cheguei em casa e fui para meu quarto, havíamos combinado de nos encontrarmos lá em cima. Abro a porta animada e me deparo com ele deitado na minha cama.

- Oh! Pensei que fossemos nos ver pela sacada – ele se sentou. 

- Você quer que eu saia? – neguei com a cabeça, eu apenas estava assustada de vê-lo ali.

- Não você pode ficar – fui para o banheiro e me troquei – você quer fazer alguma coisa específica?

- Não apenas quero ficar com você! – ele disse e eu sorri. Como ele era fofo. Fui para a cama e me deitei com ele e ficamos abraçados, as vezes nos beijávamos, mas nada mais que isso. Até que eu adormeci.
 

(...)
 

Acordei de manhã com um sol entrando pela janela. Apalpei o lado da cama onde lembrava que Louis estivera noite anterior, mas só encontrei o vazio. Me levantei assustada, não havia o visto sair, reparo então no meu criado-mudo um pequeno papel dobrado ao meio, peguei e minhas mãos tremiam levemente. Lá estava escrito um bilhete com uma linda caligrafia.

“Você sabe que está apaixonado quando vê o mundo nos olhos dela, e os olhos dela em todos os cantos do mundo.
Eu com certeza estou apaixonado. Te amo muito. xx Louis”


Olhei para o meu quarto e vi minhas paredes azuis e lembrei de seus olhos. Olhei para meus bichinhos de pelúcia e lembrei de como ele era fofo. Olhei para minha mão e lembrei dele enquanto falava e me olhava e tive uma certeza.

Eu também estava apaixonada.


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Notas finais do capítulo

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Bijs
Mel e Ruth



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