Lembranças De Um Natal escrita por miguel


Capítulo 1
Capítulo 1 - One-Shot


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic, quer dizer one-shot. Espero que gostem, até lá em baixo.



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24 de Dezembro. Faltando exatamente 24 horas para o natal, Jaime já abrira os olhos, naquela manhã, pensando em como eram os natais com seu amigos. Era divertido passar o dia todo na rua com os amigos, principalmente Paulo, Daniel, Alícia e Valéria: seus melhores amigos. Durante aquelas horas, era como se a nada nunca existisse. Ou quando passava junto aos Medsen na mansão. Na verdade, desde o fim do 3º ano, passar o natal na mansão era a tradição de todos amigos e familiares da qual mais gostava.

Maria Joaquina estava deitada ao seu lado na cama, a respiração tranquila. Ele se lembrava de quando ela ainda era sua namorada e eles conversavam sobre como seria quando se casassem. Ele iria para o time do Corinthians e ela tentaria uma vaga em uma coluna de uma revista de moda. Esses sonhos se realizaram, mas quando Tiago nasceu, Maria Joaquina mesmo assim correu atrás dos sonhos. Maria Joaquina Medsen era mesmo uma mulher incrível.

_ Quando a sua mania compulsiva de me olhar enquanto durmo vai acabar? – perguntou Maria Joaquina, sonolenta, se espreguiçando.

_ Ah... deixe-me pensar... Nunca. – respondeu Jaime simplesmente, dando um selinho na esposa. – Feliz Natal.

_ Ainda não é natal Jaime. – retrucou Maria Joaquina, rindo.

_ Eu sei. Mas já estamos prontos para ir para casa dos seus pais não estamos?

_ É, estamos. – ironizou Maria Joaquina. – De pijamas, com os cabelos desarrumados e sem conhecimento do estado de nossos filhos. Realmente, estamos muito prontos.

_ Por isso me casei com a senhorita. Você pensa nos menores detalhes. – brincou Jaime se levantando, seguido pela senhora Palillo que saiu em direção ao corredor.

_ Tiago, Fred, Sabrinna. – chamou batendo fortemente em cada uma das portas. – Caindo das camas, agora. Quero vocês na mesa do café em trinta segundos. – pediu, e assim que ouviu os muxoxos dos filhos em resposta, desceu para preparar o café.

Os pequenos Palillo's desceram as escadas praticamente empurrados por seu pai, que ouvia sua esposa conversando com uma voz bastante conhecida. Alícia Zapata estava em sua sala de estar.

_ Vamos para a sua casa assim que terminarmos. – avisou Alícia. – Ah, oi Jaime, crianças, bom dia. – cumprimentou, recebendo um aceno do amigo e muxoxos dos sobrinhos postiços. – Hmmm, turminha animada. Nos vemos na lá. Tchauzinho. – e desapareceu, pela porta da mansão.

_ Ela tem razão. – disse apontando para os filhos. – Bem, pessoal nós vamos para a casa de seus avós para o natal, então, por favor, comam logo e vamos. – anunciou Maria Joaquina, sendo completamente ignorada. Tiago remexia os ovos no prato, Fred mexia a colher na sua caneca com a mão apoiada na cabeça e Sabrinna mastigava sua torrada com grande pesar.

_ Deixa comigo. – interpôs Jaime, sacando a três alque-toques de Tiago. Colocou no ouvido de cada. – BOM DIA PALILLO'S! – exclamou ele.

_ Bom dia. – responderam os três juntos, levando um grande susto.

_ Que bom ver que estão acordados. Ouviram sua mãe, comam se arrumem ou nada de casa do vovô Medsen. – disse Jaime. Os três se apressaram em comer e correram para cima.

_ Mesmo com essa agitação, somos sempre os últimos a chegar. – comentou Maria Joaquina, vendo os filhos tão animados. – Ao contrário da Valéria, não sou uma pessoa hábil a dar ordens. – concluiu, fazendo o marido rir.

_ Mas é ótima com piadinhas. Fala sério meu amor, você era sub capitã das maior revista de moda de São Paulo!

_ Talvez tenha razão... – disseconvencida.

Levaram exatas uma hora e meia, mas finalmente a família Palillo estava pronta para ir até a mansão e em apenas cinco minutos.

A mansão era o lugar mais acolhedor do mundo. Era grande, mas, não importava a quantidade de pessoas, sempre havia espaço para mais um. Ao chegarem ali, deram de cara com os velhos senhor e senhora Medsen. Clara e Miguel correram para cumprimentar o casal Palillo e em seguida já estavam paparicando seus netinhos. Alícia e Daniel vieram cumprimentá-los e deixaram Rebeca e Hugo com os primos, puxando os amigos para um canto em que estavam Paulo, Kokimoto, Jorge, Marcelina, Valéria, Bibi, Helena, Renê, Jonas e Naomi, sua noiva. .

_ Olá pessoal! – saudaram o casal Palillo. – Onde está Carlos? – perguntou Jaime.

_ Lá em cima, dormindo um pouquinho.. – respondeu Bibi, referindo-se ao seu filho.

_ Com esse barulho?! – exasperou-se Maria Joaquina. – Então puxou ao Kokimoto.

_ Eu não tenho sono pesado. – defendeu-se ele.

_ Ah tem sim! – disse Jaime.

_ Claro que não Jaime. – interrompeu Jorge. – Lembra daquela vez que queríamos fazer uma surpresa para o Kokimoto no aniversário dele? Lembra que ele desceu na hora e que nem precisamos estourar aquelas bombas de bosta no quarto dele? – disse o Cavalieri, com sarcasmo, fazendo todos na roda gargalharem enquanto as orelhas de Kokimoto esquentavam.

Mais tarde, Mario e Margarida chegaram. A Marie correu para ajudar Joana, pois hoje eles próprios teriam que fazer a comida. Enquanto o segundo Ayala correu para falar com Sabrinna. Valéria notou e cutucou Bibi que simplesmente deu de ombros e chamou o marido novamente para a conversa.

_ Quem vai vir me ajudar? – chamou Joana. Os homens correram para a sala, enquanto suas esposas reviravam os olhos e iam para a cozinha ajudar Joana.

Jaime ficou observando as crianças brincarem em volta da árvore de natal. a pequena Molly e a pequena Lucy, filha dos Mishima, junto a Caroline, uma das filhas dos Cavalieri tentavam adivinhar quais seriam seus presentes, enquanto Rebeca e Fred jogavam no PSP do garoto. Tiago, Dominique e Vitor (filhos dos Rabinovich) discutiam futebol. bem próximos deles, Victorie e Ted, filhos dos Rivera conversavam e riam a todo momento.

Por um momento ele se lembrou de quando ele, Alícia, Daniel, Valéria e Paulo ficavam perto da lareira da torre da Grifinória conversando até tarde sobre o que fosse. Jogos, brinquedos, escola ou aquela vez em que contara aos amigos sobre o seu primeiro beijo com Fabiana, uma garota que estudara com eles uma vez.. No terceiro ano quando ganhara sua bola de futebol altografada por Neymas, no baile de inverno, embora essa não tenha sido uma grande noite. O primeiro ano na escola. O dia em que conheceram a professora Helena.

Jaime também pensou em como seria se seus pais ainda estivessem vivos. Se todos os que haviam ido estivessem vivos. Os amigos estariam fazendo piadas sobre todo mundo, sua mãe e Clara estariam paparicando seus netos. Jurandi estaria fazendo bagunça na oficina e reclamando sobre o quanto era desastrada... e todos dariam risada.ficasse vermelho. Por um momento, pode vê-las acontecendo nas bolas que enfeitavam as árvores.

De repente lembrou-se do seu quinto ano, quando descobrira que havia se apaixonado. E ao saber Maria Joaquina o correspondido, sabiam que a única coisa que precisavam era uns dos outros.

“Agora tudo vai mudar não vai? – ele perguntou, olhando fixamente para professora Helena.

Vai. – ele respondera e ela na maior naturalidade simplesmente ergueu a cabeça e disse:

Mas isso não é um castigo Jaime. A Maria Joaquina é uma garota boa. E gosta muito de você. Você vai ver, tudo vai mudar daqui para frente. – a professora disse, passando a mão em seus cabelos.

Como assim.. Jaime indagava, mas foi interrompido por uma criatura que acabara de adentrar a sala dos professores. – Maria..

A garota calou o menino com um beijo. Quer dizer, não foi um beijo, e sim um selinho demorado, carregado de paixão. Em quanto a professora comemorava, assim como os amigos, que estavam cada um em uma janelinha da sala de aula.

_ Papai! – exclamou Sabrinna, fazendo-o acordar. – Está quase na hora.

_ Ah sim, vamos achar sua mãe e dar feliz natal para ela.

_ Mas ainda não é natal, ainda faltam alguns minutos.

_ Não gosto de deixar sua mãe esperando... – disse ele, deixando a pequena confusa.

Quando finalmente conseguiu entrar na cozinha, alcançou Maria Joaquina e a beijou antes de desejar feliz natal. Em seguida, eles se juntaram aos amigos e familiares para o abraço em grupo de feliz natal. Helena estava certa, depois daquele quinto ano, tudo mudou. Mas de certa forma havia mudado para melhor.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Estou a espera de reviews. É importante para mim saber como estou me saindo. Abraços e até a próxima.