Título: Brincando com o fogo

Ship: Forwood, Klaroline.

Personagens: Caroline, Klaus, Tyler.

Palavras: 556

Pedido: Luly Swift Salvatore

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“Quem não quer se queimar ou provocar um incêndio, tampouco deveria brincar com o fogo.” – Elisa Machado.

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Tyler foi embora.

Sim, esse fora o combinado, Caroline tinha que admitir. Entretanto, ela realmente não imaginou que ele seguiria o acordo tão firmemente, sem nem mesmo telefonemas, e-mails ou mensagens de texto.

Lógico, ela também tinha que admitir que mensagens de textos pareceriam ridículas. Todavia, ainda assim seria melhor do que nada.

Era errado Caroline querer que Tyler voltasse? Porque ela queria. Muito. Mesmo que ele colocasse sua vida em risco. Ou melhor, principalmente por isso. No final das contas, não era exatamente isso que o amor verdadeiro fazia com as pessoas? Fazia-as agir passionalmente, sem hesitar um instante sequer?

Porém, não fora isto que Tyler fez. Não. Ele escolhera a razão.

Caroline sabia que não podia culpá-lo por isso, uma vez que ela provavelmente tomaria a mesma decisão se estivesse no lugar dele. No entanto, a grande parte egocêntrica enterrada dentro dela não podia deixar de incriminá-lo.

Klaus provavelmente não teria fugido dessa forma. Novamente, essa era a parte obscura dela falando.

Era difícil saber o que era mais repulsivo, o fato de ela chegar a pensar algo assim, ou o fato de ela realmente acreditar nesse pensamento.

Klaus Mikaelson era um ser desprezível, responsável por mais da metade dos problemas da vida de Caroline. Inclusive, o que involvia Tyler.

Contudo, a loira parecia incapaz de deixar de pensar em todas as sementes que o vampiro original plantara na mente dela. Todas as sugestões e promessas que ele fizera, todo esse mundo que ele jurou dar a ela.

Neste universo alternativo criado por Klaus, ela seria a rainha de tudo e todos. Caroline não iria precisar se importar com nenhuma norma, porque ela ditaria as regras.

Não era como se Caroline nunca tivesse imaginado largar os dramas de seus amigos e as batalhas de vida ou morte que Mystic Falls parecia enfrentar diariamente para desfrutar seus próprios sonhos. Ela já ponderara muito, e chegou a uma conclusão.

Se Caroline realmente se entregasse aos seus caprichos, ela tinha medo de perder seus valores para sempre, de perder a garota que Tyler tanto amou.

Todavia, isso realmente importava? Ela realmente deveria se preservar para alguém que talvez nunca mais fosse voltar a ver?

Arrancando-a bruscamente de seu devaneio, o celular de Caroline começou a vibrar loucamente, e, por algum motivo, o nome que apareceu no visor definitivamente não surpreendeu Caroline.

–Klaus – ela disse, no tom levemente irritado que usava quando se dirigia a ele. A essa altura do campeonato, já era um charminho.

–Caroline – o sotaque inconfundível respondeu do outro lado da linha. – Soube que você está planejando um baile.

A loira ergueu as sobrancelhas, não acreditando nas palavras que acabara de ouvir.

–Eu estou – ela respondeu cautelosamente. – E é exatamente por isso que eu não deveria perder meu tempo falando com você.

Apesar de não estar olhando-o, Caroline teve certeza de que sua resposta fez Klaus sorrir um de seus tão famosos sorrisos tortos e maliciosos.

–Sendo o cavalheiro que sou, só estou ligando para oferecer ajuda – ele disse, seu tom de voz deixando claro que havia muito mais por trás de suas palavras. – Então, você quer minha ajuda ou não?

Caroline sorriu. O que ela estava fazendo? Ela não deveria –

–Eu realmente poderia usar uma ajuda extra.