Lágrimas Da Guerra escrita por Ibelleun


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Well, finalmente apareci! LOL
Mas não se iludam, por hora, apareci somente para postar uma fic de aniversário ao meu querido senpai Nícolas Batista :3
Parabéns Nikito, que tenha muitos anos de vida pela frente e o car*lh* a 4 -qq
Espero que a one esteja à sua altura, pois nunca escrevi algo sobre o Erudon çAç
Boa leitura o/~
Ah e observação: Recomendo ler a one ao som de "theme_dota", um BGM do GC. =w=



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– Tudo isso é feito somente pela honra de Canaban! Vamos em frente pela justiça! – Brandou o arcano, empunhando fortemente seu gladio enquanto o erguia para o céu, anunciando aos soldados atrás de si para que avançassem sobre o exército inimigo.

Um grito uniforme ecoou pelo campo, e o jovem permaneceu em seu posto, intacto, conforme os soldados de Canaban corriam em passos velozes, lutando por sua província; seu lar, sua nação.

Por um momento, fitou o chão, com o olhar vazio. Por que estava fazendo aquilo mesmo? Dentro de sua mente, estava tudo, sem exceção, mergulhado em escuridão. Inclusive seu corpo, dominado pela causadora de todos os pensamentos de caminhos incertos e desonrosos. Tocou a própria testa, fechando seus olhos ao sentir uma breve agulhada na cabeça.

"Vamos Ronan... As essências do poder... Pegue-as para mim. É para o bem de Canaban!"

– ...! - O mais puro carmesim tomou seus olhos, trocando o azul celeste, por uma cor sedenta de sangue. – ... Isso é... Pela... Pela glória de Canaban!!!

Ele deu um passo, erguendo a cabeça. De certa forma, sabia que aquilo não vinha de si; sua voz gritava em sua mente, agonizando por cometer tal ato imprudente e desonroso. Estava colocando dois reinos sob guerra. Aquilo era inaceitável a seu ser, não iria perdoar a si mesmo.

Em sua consciência, uma mulher de longos cabelos arroxeados, tocou-lhe o rosto, murmurando algo que fez suas pernas avançarem rapidamente sobre o exército de Serdin. Gritou novamente, porém, aquilo parecia apenas sua voz esvaindo-se ao vento.

Investiu seu gládio com força sobre o pescoço desprotegido da armadura de um Serdino, que esguichou sangue inocente sobre seu rosto e roupas, e assim o corpo caiu sobre o chão sem vida. Outra agulhada em sua consciência sob o comando da rainha das trevas. Seu "eu" via tudo e agonizava pro não ter controle sobre seu próprio corpo. Repetira o ato com o Gládio diversas vezes, até que ele, e parte de seu exército Canabanense partissem para derrotar os poucos Serdineses que ainda permaneciam vivos e lutavam bravamente.

Um novo grito escapou da garganta de Ronan e os soldados restantes avançaram sobre o campo, pouco se importando em pisar sobre o sangue e corpos inocentes. O arcano sorriu; mais alguns passos e o plano de quem o possuía estaria completo, assim como Serdin estaria destruída. Nada poderia detê-lo.

Ficou a espada sobre um soldado adversário que agonizava por sua vida ao chão, sem dó nem piedade. O sorriso insano alargou-se, quando o azulado queria derramar lágrimas de descontentamento e desonra.

Seus passos novamente avançaram rapidamente em direção aos portões da província adversária, e então, aparentemente um inimigo à sua altura dera as caras, empunhando outro gládio. Ronan murmurou algo sem nexo ao fitá-lo e notar cabelos brancos como neve debaixo de um capuz negro. Parecia familiar aos seus olhos, mas o mal em si não o permitiu distinguí-lo de aliado ou adversário.

"Ele se colocou em seu caminho. Mate-o!"

Apertou firme a empunhadura de sua arma e avançou sobre o outro. Uma perfeita dança entre os corpos e armas fora iniciada, como se a luta fosse combinada. O adversário sabia seus golpes, tanto que os defendia e deixava sua guarda praticamente impossível de se encontrar alguma abertura. Aquilo irritou a rainha das trevas, de certo modo. Murmurou novamente outra sentença inaudível, e desta vez, o corpo do arcano saltou para trás do inimigo e ergueu seu gládio para o céu novamente.

Um lindo espetáculo de espadas azuis celestiais tomou ao seu redor, inclusive o solo que o adversário pisava. – Tormenta de lâminas! - Com apenas o abaixar da arma, as lâminas desceram inteiramente sobre o outro como fagulhas de gelo, fazendo-o urrar à princípio. O azulado invocou mais algumas lâminas maiores, que desta vez foi desviada pelo inimigo atordoado pela dor.

– Esse é o seu fim, praticante da iniquidade! - Ronan disse, preparando seu gládio para um ultimo ataque, centrado no estômago do outro. Aquilo certamente o mataria.

O jovem, inebriado pelo ataque anterior apenas centrou seus olhos carmesim no azulado. Sorriu ternamente, parecendo aceitar seu fim... Apesar de se sentir a pior escória por não poder pará-lo. Permaneceu imóvel, repousando a mão esquerda sobre o ombro apenas esperando pelo golpe certeiro que levaria à seu óbito.

O gládio do arcano fora fincado na barriga do jovem encapuzado e em seguida, retirado a sangue-frio. Sem tanta vida para manter-se em pé, o corpo do outro caiu sobre o campo de batalha, ofegando por sua vida que esvaia de si.

Ronan sorriu novamente e por sua vez, agachou ao lado do inimigo para retirar seu capuz. Que pelo menos houvesse um pouco de honra na batalha, em no mínimo, visualizar o rosto do adversário que lutara tão bem.

O rosto alvo do rapaz ao chão se ergueu para olhar o do azulado assim que seu capuz fora retirado, causando espanto no vencedor. Aquele momento, fora o único que julgou estar livre das ações de Cazeaje. A voz feminina e maléfica ecoou numa gargalhada em seu consciente, e em seguida deixou o corpo do jovem arcano.

"Você não me é mais útil, Canabanense... Mas eu já consegui o que queria."

– V-Você lutou mui-to b-bem... M-Mestre... - O jovem no chão murmurou.

Ronan podia muito bem reconhecer aquele rosto, aqueles olhos, aquela voz. Era claro que era seu servo, aquele que sempre fora fiel à si, aquele que sempre o guiou em decisões complicadas. E também fora aquele que havia o aconselhado de não colocar entre dois reinos em guerra, do qual, não dera ouvidos por causa de Cazeaje. Harpe.

Desta vez, a voz do jovem ecoou pelo campo de batalha lotado de corpos sem vida e no qual chamou a atenção dos poucos guerreiros que sobraram como um grito, no findar de sua voz rouca. Finalmente aquelas lágrimas de descontentamento deslizaram por sua face suja de sangue inocente, demonstrando assim toda a culpa que em si havia.

O jovem serviçal sorriu ternamente, apertando uma das mãos que Ronan mantinha no chão. Seus lábios se entreabriram na esperança de dizer algo à seu mestre, mas a vida que de si esvaia, não permitiu tal ato, deixando suas palavras subdesententidas.

A voz falha do azulado tentava de alguma forma, fazer seu servo voltar à vida, porém, sem sucesso. Claro que não voltaria. Assim como toda a lágrima que deslizou por sua bochecha, amenizando a grande marca de sangue presente em seu rosto, assim como cada vida que fora retirada brutalmente no campo de batalha. Aquela cena estaria cravada em sua mente até o final de sua mísera vida.

Debruçou sobre o cadáver, deixando suas lágrimas quentes deslizarem sobre a roupa rasgada do toráx de seu servo. O céu nublado derramou gotas de chuva, como se pretendesse limpar toda a marca de sangue dali... Assim como a essência carmesim seria limpa, Ronan desejou que sua iniquidade fosse limpa junto. Ou que sua vida esvaísse de si; não suportaria tal fardo.

E ali permaneceu deitado, esperando talvez um milagre para que seus pecados fossem perdoados, mas em vão. Nada daquilo poderia ser retrocedido.

Nem mesmo sua honra partida.

E então, a chuva forte selou a agonia de mestre e servo, que no simples ato de humilhação, por um segundo, demonstrou-se uma despedida honrada.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha ficado bom çwç
E eu quero reviews u_u
Bjos~♥



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