O Homem que Eu Amo escrita por Angel_Nessa


Capítulo 14
O HOMEM QUE EU AMO - PARTE XIII




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No dia seguinte eu acordei envolta nos braços de Naruto; a luz do sol que batia em meu rosto estava longe de incomodar.


 


Naruto estava abraçado as minhas costas e nós dois permanecíamos numa posição lateral. Era curioso, ele havia passado a dormir de maneira mais comportada quando eu estava ao seu lado, já não mais dormia de maneira desajeitada e espaçosa na cama; cheguei a me perguntar se ele o fazia por consciência própria ou um simples cuidado que tinha comigo.


 


Eu podia sentir a respiração dele em minha nuca, meu coração estava em paz.


 


Uma das mãos de Naruto estava sobre meu ventre e num movimento quase involuntário eu coloquei minha mão direita sobre a mão dele.


 


- Nosso filho, Naruto – sussurrei.


 


Aquele era um momento feliz. Eu estava ao lado da pessoa que eu amava e o fruto desse amor estava crescendo dentro de mim, tudo podia ser assim perfeito; no entanto, nossa felicidade estava ameaçada por uma tempestade anunciada que tão violenta que seria acabaria por destruir nossas almas.


 


Passei toda aquela noite pensando na criança que estava sendo gerada dentro de mim, e eu pensei também no papel que ela teria na minha relação com o Naruto em meio aquela situação.


 


Naruto havia tomado uma decisão a qual ele acreditava ser a melhor; nem meus lamentos e súplicas eram capazes de convencê-lo do contrário, pensei se um filho faria o que eu não havia sido capaz de fazer.


 


Conhecendo a vida solitária de Naruto sem conhecer o que era o aconchego de um lar e nem como era ter pessoas a seu lado que compartilhavam o mesmo sangue, eu não tive dúvidas que se eu lhe contasse estava grávida, ele ficaria muito feliz e ao mesmo tempo sentiria um peso maior ainda em suas costas. Por isso, naquela noite envolta em seus braços eu decidi algo por nós, eu decidi que não contar a Naruto que estava grávida, pelo menos até que a resposta pela qual eu tanto esperava viesse.


 


Eu sofria por Naruto ter decidido que o melhor seria ele morrer para proteger a quem ama, porém eu sabia que ele era o que mais sofria por essa decisão. Não é fácil seguir um caminho tão penoso quanto esse que ele havia escolhido, ainda mais quando as pessoas a sua volta e seu próprio espírito lhe pede que dê as costas a esse caminho tortuoso e retroceda em sua decisão.


 


Naruto mantinha firme sua decisão, e carregava a dor das pessoas a sua volta em suas costas; eu não queria que o nosso filho fosse mais um peso para ele carregar; eu queria ajudá-lo a não mais ter que levar esse peso, e não colocar mais carga em seus ombros que apesar de fortes pareciam-me tão fracos para levar esse tipo de peso.


 


Eu me mexi entre os braços de Naruto, e jogando meu corpo para frente tentei sair daquela posição que me era tão incomodamente confortável, nem sempre era bom estar ao lado de Naruto, porque eu ficava com uma equivocada impressão de que tudo estava bem entre nós, e que nossos momentos jamais desapareceriam. E ter essa ilusão fazia meu coração doer ainda mais quando a realidade voltava a minha mente e como uma tempestade devasta meus sonhos tão carinhosamente cultivados.


 


Levantei-me e Naruto se mexeu inquieto na cama ante minha ausência.


 


Apesar dos primeiros raios de sol já acalentarem a cidade, um vento frio soprava. Me movimentei em direção a cozinha, havia decidido preparar o café da manhã antes de sair para o hospital.


 


Ultimamente o hospital vinha sendo minha ocupação, Tsunade-sama não mais me recrutara para nenhuma missão em muito tempo, e isso já estava se tornando um fato curioso. Enquanto preparava a comida pus-me a pensar no assunto, e lembrei que Naruto me dissera que havia pedido a Tsunade-sama para que não participássemos mais de missões juntos, entretanto não mencionara nada sobre eu participar de missões longe dele.


 


Em todos esses anos que eu e o Naruto havíamos integrado a mesma equipe foram poucas as missões que eu participei sem ele, aliás, se eu fosse contar, Naruto participou de mais missões sem mim do que eu sem ele.


 


Todavia esse fato é irrelevante, o que realmente estava me intrigando no momento era a razão deu ter sido afastada das missões.


 


O calor produzido pelo fogo fazia com que as essências contidas nos alimentos evaporassem, e aquele cheiro exalado pela cocção dos alimentos começou a me dar enjôo novamente.


 


Larguei a panela no fogo e corri para o banheiro. Assim como na noite anterior senti um líquido azedo subir por minha garganta, mas nada saiu por minha boca. Eu me sentia horrível por aqueles sintomas, e de repente senti-me aliviada de Tsunade-sama não ter mais me recrutado para nenhuma missão nos últimos dias.


 


Sentei-me no chão frio do banheiro e encostei-me na parede, fiquei pensando nas missões que viriam. Tsunade-sama em breve me convocaria para uma missão, e era certo que eu não lhe diria sobre minha gravidez já que estaria receosa dela reportar tal fato diretamente ao Naruto. Eu teria que participar, mesmo não estando em condições apropriadas para uma missão; isso seria perigoso porque se eu tivesse um enjôo ou mesmo uma forte contração em meio ao campo de batalha isso poderia custar a minha vida e agora também a vida de meu bebê por quem eu tinha que zelar.


 


Tombei minha cabeça para o lado, e deixei um desabafo sair por minha garganta.


 


- Eu não agüento mais esse pesadelo, quando tudo vai terminar?


 


Toda essa angústia, medo e desespero era mais do que uma pessoa podia suportar, eu sentia que a qualquer momento eu sucumbiria a minha dor; eu tentava ser forte, mas a cada dia o sol parecia não brilhar mais em meu espírito, e as trevas começavam a se apossar de meu coração.


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Notas finais do capítulo

nota da autora:Sakura começa a se preocupar com seu futuro e tb com seu presente. Desculpem os caps pequenos, estou tentando aumentá-los.



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