Em Seus Braços Não Tenho Medo escrita por Giih Santiago


Capítulo 69
Capítulo 69


Notas iniciais do capítulo

PEOPLE! Desculpem a demora, sério mesmo, estive muito deprê esses dias. Após descobrir que o casamento no final de Violetta 2 é de Germán e Esmeralda, não tive vontade de mais nada. De verdade, chorei dias por isso, pensei em excluir minhas fics, mas certas pessoas me convenceram a não o fazer. Ainda estou muito mal por esse casamento, muito mal por não acabar em Germangie... Aiai, é a vida.
Enfim, quero agradecer muitíssimo à Clarinatica Pancha pela nona recomendação, sua lindaaaa!
Vou dedicar o capítulo a ela e a Anny :)



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Capítulo 69 - Imprevisto

Pov Angie

Eu não queria acordar quando Violetta me chamou. Morria de sono, mas como aquele sol na minha cara e os berros de minha sobrinha estavam me incomodando profundamente, resolvi ceder.

Levantei-me da cama e fui direto para o banheiro, com uma cara de sono incomparável com qualquer outra. Fiz minha higiêne matinal e logo voltei para o quarto. Violetta não estava mais lá, e como o sono ainda habitava em mim, decidi deitar-me na cama novamente.

- Não, não, mocinha! - fui interrompida antes mesmo que eu pudesse me enfiar debaixo das cobertas novamente.

Resmunguei e Violetta riu. Ela cruzou os braços esperando-me. Porém eu estava cansada demais pra isso, custava o que ela me deixar dormir mais um pouco?

- Senhorita Angeles, hoje é seu casamento e você tá dando uma de manhosa e não quer sair da cama. Como assim? Não quer ficar bonita para o casamento?

- Germán já me acha bonita como eu sou. - retruquei com o rosto afundado no travesseiro. Escutei um riso por parte de minha sobrinha.

- Vamos, Angie. - ela se aproximou e tirou as cobertas de cima de mim. - Olha lá, como o dia está lindo. Perfeito especialmente para o seu casamento. - apontou pra janela.

Cedi de vez. Levantei e troquei de roupa. Um shorts jeans que não era curto e uma regata verde. Não combinava, mas eu estava pouco me importando para isso.

Fui para sala e lá já havia uma mulher sentada no sofá, esperando. Ela devia ter por volta de 45 anos. Tinha cabelos curtos e castanhos. Lisos, porém ressecados. Parecia ser uma pessoa simples. Me olhou dos pés à cabeça de modo estranho.

- Você é a manicure? - indaguei enquanto pegava uma maçã na mesa da cozinha.

Minha cozinha era do estilo americano, então dava pra ver a sala de lá. Mordi a maçã e liguei a TV esperando a resposta dela.

- Sou sim, e você é Angeles? A bela moça que vai se casar hoje? - a mulher era simpática.

- Sim... - sorri tímida.

- Hmmm conheço esse sorriso. Esse sorriso é de mulher apaixonada, minha jovem. - a mulher e eu rimos. - Meus parabéns, se casar é a melhor coisa que tem!

- Como sabe, er...? - ia dizer o nome dela porém eu não sabia.

- Cida. Meu nome é Cida.

- Ah, obrigada. Então, como sabe que se casar é tão bom assim, Cida? - me sentei a sua frente.

- Por experiência própria, minha jovem. Conheci meu Bob com 18 anos e estamos juntos até hoje. Mas falando de você, o homem que te terá é um homem de sorte por ter uma moça tão jovem e bonita como você é.

- Obrigada... - eu e minha facilidade de ficar vermelha.

- Bom, Angeles, vamos começar a fazer as unhas? - Cida tirou algums esmaltes, lixas, alicates e todas as ferramentas necessárias para fazer as unhas.

- Sim, e pode me chamar apenas de Angie, ok?

- Claro!

Ela começou e logo Violetta desceu para se juntar a nós. Conversávamos enquanto a mulher tirava a cutícula, passava base, pintava e tudo mais. Com muito cuidado e delicadeza.

O resultado final foi surpreendente. Eu simplesmente adorei. Era uma cor clara, um tipo de bege, que caiu completamente bem em mim. Aliás, combinava com o meu vestido de noiva.

Logo a manicure se foi e começou o resto da sessão de beleza. Era massagem, depiladora, limpeza de pele... Como eu estava me sentindo? Sinceramente, eu me sentia uma Jade. Era estranho ter milhares de mulheres em minha volta fazendo milhares de coisas para me deixar "perfeita", como elas mesma julgavam.

Violetta ria da cara de tédio que algumas vezes eu forçava em fazer. Aquilo era um saco. Não suportava mais, e ainda era onze da manhã.

Bom, tirando tudo isso, a felicidade do meu coração só aumentava. Pensar que em algumas horas eu estaria no altar com ele, dizendo o "sim" que mudaria nossas vidas, me deixava nervosa, ansiosa, empolgada, alegre e entre outros sentimentos misturados.

A cada hora que passava era mais perto da hora da cerimônia. Meu coração palpitava rápido e forte. Senti frio na barriga só em imaginar. Ansiosa na verdade era pouco. Eu estava bem mais que isso. Só não sei como descrever, é um sentimento novo.

- Agora relaxa... - a massageadora disse com uma voz suave enquanto apertava os meus ombros.

E não era apenas isso que estava acontecendo ao mesmo tempo. Também havia uma mulher depilando a minha perna (e eu estava me segurando para não gritar, cera quente é doloroso); e outra mulher passando uma pasta que eu desconhecia pelo meu rosto. Meus olhos estavam cobertos por rodelas de pepinos. Era engraçado, parecia uma cena de filme. Havia também, uma moça fazendo as minhas sombrancelhas. Aquilo machucava um pouco, mas eu estava sendo obrigada.

Violetta estava presente o tempo inteiro. Ficava sentada no sofá lendo uma revista ou conversando comigo. E assim o tempo foi passando.

[...]

Sessão de tortura - parte 1 finalizada. Finalmente aquilo acabou, por enquanto. Agora era apenas a pausa para o almoço. Violetta tinha pedido a comida de um restaurante próximo e eles rapidamente entregaram.

Almoçamos apenas eu e Violetta. Estávamos em silêncio. Eu estava curiosa para saber como estava meu rosto, sem olheiras, sem espinhas, sem nada. Apenas com uma lisa pele, porém Violetta não me deixaria me olhar no espelho até a hora do casamento.

- E aí, como está se sentindo? - Violetta perguntou enquanto enfiava a batata frita na boca.

- Nem eu sei dizer. Não há palavras que possam explicar como eu estou me sentindo, e olha que o casamento ainda nem começou. - sorri.

- Angie... Ai, Angie, que sonho ver vocês dois juntos!

- Grande sonho! - ri. - Mas sabe, eu estou muito feliz. Nunca me senti assim em toda a minha vida! Ah, e também estou nervosa...

- Estar nervosa é normal, Angie. - Violetta riu. - Um friozinho na barriga?

- Exatamente!

Continuamos a comer em silêncio. Violetta me lançava olhares engraçados e acabávamos rindo do nada.

Depois do almoço fui obrigada a ir para o banho. Engraçado, normalmente a tia manda na sobrinha, mas era a sobrinha que estava mandando na tia hoje.

Saí do chuveiro e escolhi uma roupa velha. Agora iria começar a arrumação final. Cabelo, maquiagem, roupa... minha nossa! Estava pensando no que eu faria no meu cabelo. Acho que deixaria preso de lado. Não sei.

Desci e a cabelereira já estava lá. Me assustei ao ver que minha sala de estar havia sido transformada num salão. Havia uma mesa com diversos produtos de cabelo, diversas escovas e pentes, diversos aparelhos como chapinha, secador, e tudo mais... Violetta riu da minha cara surpresa.

A moça se apresentou e eu me sentei em uma cadeira para que ela começasse a arrumação do meu longo e loiro cabelo. Descrevi como eu gostaria e assim ela foi fazendo.

Eu estava distraída enquanto a moça fazia meu cabelo. Meus pensamentos estavam em outro mundo. Eu relembrava todos os momentos em que passei com Germán e sorria ao ver até onde chegamos. Me lembrei de quando o acompanhei em um evento, e por causa de um dos meus desastres constantes, Germán conseguiu uma grande oportunidade. E quando fomos comer maçãs carameladas então... aquele dia foi perfeito. Lembrei de quando Germán tentou me beijar no carro e ri sozinha.

- Do que ela está rindo? - ouvi a cabelereira perguntar à Violetta.

- Ah, nem liga, ela deve estar no mundinho dela, provavelmente pensando no meu pai. - Violetta riu.

Continuei os recordos. Teve aquela vez em que ele me pegou cantando pela mansão, foi uma situação interessante. Me lembro também do dia em que nos conhecemos, desde lá que venho a sentir coisas inexplicáveis por ele. E aquelas vezes em que nos beijamos nos lugares mais inapropriados... Bons e eternos tempos. Ri novamente ao lembrar de todas as nossas mais bobas discussões. Sorri mais que abobadamente quando passou pela minha mente o dia em que perdi meu anel na pia e Germán me deu outro. Ai... cada momento, cada situação, cada lágrima, cada nervosismo, cada ansiedade, cada sorriso dado por ele ou com ele vai valer a pena. Finalmente nosso amor será eterno.

Meus devaneios foram interrompidos com o toque de notificação do meu celular. Era uma SMS. A abri.

"De: Germán

Oi, minha linda! Como que você está? Já tô morrendo de saudades! H-i-p-e-r ansioso para hoje! Te amo muitão ♥

29 de março às 14:46"

Sorri automaticamente e antes que eu pudesse clicar no botão de responder, Violetta arrancou o celular da minha mão e protestou:

- Angie! Não é pra você falar com o papai hoje! Só depois do casamento!

- Como sabia que a mensagem era do Germán?!

- Seu sorriso diz tudo. - ela disse rindo.

- Ahhh... - fiz biquinho. - Deixa eu falar com ele, vai, por favor! - eu dizia como uma criança implorando um doce.

- Não!! Vou ligar pra ele pra mandá-lo parar de te mandar mensagens. - Vilu já discava o número dele em seu aparelho e clicou em chamar.

Ela esperou uns minutos até que ele atendesse e eu fiquei atenta e quieta o máximo possível, para tentar escutar a conversa. Enquanto isso a cabelereira ainda fazia meu super penteado.

- Alô, pai?! - Violetta falou quando Germán atendeu. Meus olhos brilharam. - Sim, é a Violetta. Por que eu liguei? Não, pai, não aconteceu nada demais não. - Violetta conversava, infelizmente eu só conseguia escutar a voz dela, não a de Germán. - Eu só quero pedir com gentileza que você pare de mandar SMS pra Angie! - após dito, Germán deve ter dito alguma graça pois minha sobrinha riu. - agora é sério, pai, você não pode ter contato com ela até a hora do casamento. - fez uma pausa - Sim, ela tá aqui na minha frente. Não, não vou deixar você falar com ela!

- Oi, amoooor! - gritei com a intenção que ele ouvisse do outro lado da linha. Violetta me lançou um olhar repreendedor e eu soltei um riso.

Germán deve ter gritado, pois escutei a voz dele sair do aparelho na seguinte fala: "Oi, minha princesa!!!"

- Xiu, pai! - Violetta gritou no telefone. - Temos que ir, não mande mais mensagens pra ela. Tchau.

Ela desligou e eu fiz beicinho.

Pov Germán

Estava me arrumando. Entrei no banho e depois eu fui colocar a camisa social. A cada botão que eu abotoava, mais meu sorriso aumentava. Eu ia me me casar com Angie. EU IA ME CASAR COM A ANGIE! Felicidade maior? Não há.

Passei o perfume que ela julga ser o melhor que eu tenho e me sentei na cama, esperando o tempo passar. De repente, lembro que tenho que pedir pra Olga passar o meu terno, que eu comprei ontem.

Me dirigi ao armário para pegar o terno. Ao abri-lo, avistei uma das roupas de Angie lá. Sorri involuntariamente. Era engraçado como Angie já tinha tomado posse do meu guarda-roupa, que em algumas horas se tornará o NOSSO guarda-roupa. Enfim, peguei a blusa dela que ali estava e aspirei seu cheiro. Que saudade daquele cheiro! Havia 12 horas que não o sentia. Decidi mandar uma mensagem no celular dela.

Em instantes, Violetta ligou brigando comigo, mas nem me importei. No final das contas acabei ouvindo um pouco da voz de Angie gritando "Oi, amor!!!" para mim. Ri com isso, ela parecia bem animada. Eu não via a hora de vê-la.

As horas foram passando, cinco e meia da tarde eu já estava pronto. Ansioso, nervoso, feliz. Muitas emoções. Fui até a igreja para ver se estava tudo certo. Passei no local da festa para checar, e já estavam preparando tudo.

Lembrei que tinha que ligar para Ramalho para pedir um favor a ele: que ele checasse as passagens da nossa lua de mel. Iríamos hoje mesmo, mandei Olga ir preparar uma mala para Angeles.

18:10. Estava na hora de eu ir para a igreja. O casamento era às sete, mas eu tinha que estar antes. Antes de sair, passei o perfume novamente e penteei o cabelo de novo. Sorri bobo ao pensar em tudo isso que está acontecendo. Minha vida não tem como ficar melhor!

Pov Angie

Pronta. Eu estava pronta. Cabelo arrumado, maquiada, e vestida. Os sapatos de salto alto caíram super bem em mim. O vestido era perfeito. Era simples, não gosto de coisas extravagantes, porém era maravilhoso. Ele era longo, de alcinhas finas e com um toque de brilho. Meus brincos eram prateados e brilhantes. Senti uma sensação completamente estranha com isso tudo.

Ainda não tinha me olhado no espelho. Quando finalmente o fiz, tenho que admitir que me surpreendi. Aquele vestido ficou lindo em meu corpo, aquele penteado estava definitivamente incrível e a maquiagem realçava os meus olhos. Minhas bochechas estavam rosadas por conta do blush e meus lábios destacados com um batom vermelho. Os traços do meu rosto pareciam perfeitos. Eu não tinha espinhas, olheiras ou qualquer outra feição que é feio de estar na cara. Não gosto de me gabar, mas tenho que admitir que eu estava linda.

- Vamos? - Violetta apareceu na sala e me pegou me encarando no espelho. - Minha nossa, Angie!!! Você está mais que perfeita!

Me virei para ela.

- Vilu! Obrigada, mas você também hein! Sobrinha linda que eu tenho!

Ambas riram. Vilu vestia um vestido meio rosa, meio bege, com flores em volta de sua cintura. O seu vestido batia um pouco acima de seu joelho.

- Vamos, tia, a limusine já está nos esperando lá fora. - Violetta pegou sua bolsa e se dirigiu à porta.

- Limusine? - fiquei boquiaberta. Violetta assentiu. Eu ia andar de limusine! Meu Deus!

Entramos naquele automóvel luxuoso e o motorista que Germán teria contratado estava nos levando até a igreja. Meu coração batia cada vez mais rápido, minhas mãos suavam de nervosismo. De repente, o carro para.

- O que foi isso? - perguntei preocupada. Faltava pouco para às sete da noite, eu precisava chegar logo.

O motorista saiu do carro para verificar o problema. Em instantes, voltou dizendo:

- O pneu furou!


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Notas finais do capítulo

Por favor, não me matem! Hahaahhaha
Espero que tenham gostado, se tiver bastante reviews, posto segunda, se não eu posto só no final de semana que vem u.u
Entonces, bye ♥
#RipGermangie



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