Em Seus Braços Não Tenho Medo escrita por Giih Santiago


Capítulo 64
Capítulo 64


Notas iniciais do capítulo

GENTEEEE, OLHA QUEM APARECEUUUUU::: >eu
Agora sério, gente, mil perdões pela demora. Juro que não queria demorar tanto, mas aconteceram tantas coisas (fiquei sem criatividade, de castigo e etc) que não tive tempo pra postar. Realmente estou muito mal por ter demorado, vocês deixaram 11 reviews no capítulo anterior e eu vacilo desse jeito... De verdade, me desculpem!
Agradeço à Giih Francesca por favoritar ♥
O capítulo está bem grande, espero que gostem!



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Capítulo 64 - Parabéns, Vilu!

Pov Angie

Alguns dias passaram e o dia tão esperado para Violetta chegou. Sim. Minha sobrinha estava completando os 18 anos de vida.

A festa começaria às 16h. Eu tinha acabado de acordar. Germán não estava mais ao meu lado. Eram onze da manhã, já era bem tarde... me espreguicei e levantei.

Fiz a rotina matinal, peguei uma caixinha aonde eu guardava o presente de Violetta e desci. A casa inteira estava sendo decorada. Um palco estava sendo montado no jardim e caixas de som sendo instaladas por todo canto.

Espirrei. Germán, que estava de costas, se virou e ao meu ver, disse:

- Bom dia, meu amor! Saúde. - se referiu ao espirro. Devia ter sido por causa do pó que pairava no ar.

Sorri, dei-lhe um rápido selinho e corri para a cozinha procurando minha sobrinha. Ela não estava lá, era apenas Olga toda atrapalhada preparando os docinhos da festa.

- Bom dia, Olguinha! - falei indo em direção ao armário para pegar o leite.

- Bom dia, senhorita Angeles.

- Olga, quantas vezes terei que pedir pra você me chamar apenas de Angie? - ri. - Hmmmm, brigadeiro de chocolate branco! - disse enquanto ela preparava o brigadeiro.

- Quer experimentar um? - ela pegou um brigadeiro e deu em minhas mãos. Comi. Estava incrivelmente delicioso! Olga tem muito talento na cozinha.

- Nossa, mas isso está uma delícia! Não vejo a hora da festa!

- Ah, então pode levar outro. - ela deu mais um na minha mão. - Se está procurando a Violetta, ela está no jardim.

- Ah, obrigada.

Me retirei da cozinha e caminhei em direção ao jardim. Obviamente, passei pela sala, e Germán estava mexendo no celular.

Parei ao seu lado e disse:

- Abre a boca.

Ele sorriu curioso e a abriu. Coloquei o brigadeiro dentro e ele mastigou. Fez uma cara de quem queria dizer: "Minha nossa, esse negócio é muito bom!"

Apenas fiquei nas pontas do pé e depositei um beijo em sua bochecha. Segui meu caminho até o jardim. Violetta não viu quando eu entrei, ela estava de costas, indicando para os instaladores aonde é que ela queria que fosse o palco.

Resolvi fazer uma brincadeira. Fui correndo em passos leves, evitando ao máximo fazer barulho, e pulei em cima dela.

- Feliz aniversárioooo! - eu gritei enquanto pulava em suas costas. Pude ver o susto que ela levou.

Soltou um berro e se virou rindo.

- Angie! Que susto! Sua criançona. - ela riu e eu a abracei com toda a minha força.

- Parabéns! Felicidades pra você, minha princesa, te desejo tudo de bom e de melhor nesse novo ano da sua vida. 18 aninhos, hein? Tá ficando velha. - dizia isso a esmagando em meu abraço. Ela riu com o meu último comentário. - Espero que você sempre seja essa menina alegre e carismática que eu tenho orgulho de chamar de "minha sobrinha". Que todos os seus sonhos se realizem e que esse aniversário seja o melhor de todos! Te amo demais, Vilu. - e finalmente a soltei do abraço.

Segurei suas mãos e olhei em seus olhos. Ela sorria como nunca e chorava também, de felicidade. Violetta me abraçou de novo e disse:

- Com certeza será o melhor aniversário de todos, pois você e os meus amigos estarão presentes. Pela primeira vez em toda a minha vida não me sinto tão sozinha! Obrigada por tudo, Angie. Eu também te amo muito. Sabe... às vezes me pergunto o que seria de mim sem você. A melhor tia do mundo inteiro!!!!

- Awn, Vilu! - sorri. - Te adoro. Ah, e olhe só o meu presentinho... - fui tirando a caixinha do bolso.

- O que é? - Vilu pareceu curiosa.

- Vira de costas. - falei e ela virou no mesmo instante.

Tirei o colar da caixa e fui logo prendendo-o em seu pescoço.

- Esse colar... esse colar era da sua mãe. Ela o usava todos os dias, não saía de casa sem este colar. Olhe para o pingente. - eu disse enquanto terminava de prendê-lo em volta de seu pescoço e ela rapidamente olhou para o pingente.

- É um coração. - respondeu sorrindo.

- Sim, e ele abre. - no mesmo instante, Vilu pegou o pingente e fez força para abri-lo. Sem muito esforço, conseguiu. - Aí dentro há espaço para colocar uma foto. A foto que você quiser. Sua mãe guardava uma foto minha e dela juntas, estávamos em cima de uma árvore... - suspirei me recordando do dia em que a foto foi tirada. - Enfim, guardei este colar quando ela morreu e estava esperando a hora certa de dá-lo à você.

Violetta se virou pra mim com um sorriso maior que antes. Mordeu seus lábios inferiores e me abraçou mais uma vez.

- Obrigada! - sussurrou em meu ouvido. - Além de ser a melhor tia, ainda dá o melhor presente. - me soltou e pegou o colar. - Estou muito feliz de ter algo que foi da mamãe...

Violetta levantou o olhar e sorriu sinceramente quando viu algo que estaria atrás de mim. Me virei curiosa e vi Germán encostado na porta de vidro do jardim, nos observando.

Sorri pra ele e o mesmo se aproximou.

- Pai, olha o que a Angie me deu! - Violetta mostrou o colar em seu pescoço.

- O colar de Maria! - Germán disse surpreso. Olhou pra mim e sorriu. - Fala sério hein, Vilu, sua tia é demais.

Violetta riu e nos abraçou.

- Eu não poderia estar mais feliz! - ela disse. - Pai, vou roubar sua princesa um pouco pois eu preciso dela pra me ajudar em umas coisas. - Violetta foi me puxando até seu quarto.

- Voltem logo! - Germán gritou.

Chegamos no quarto e Violetta fechou a porta. Olhei ao redor e vi uns cinco vestidos espalhados na sua cama.

- Pra que tantos vestidos?

- Por isso mesmo te chamei. Não sei qual eu uso, e como você tem bom gosto, vai me ajudar.

- Ahhh, claro. - sentei-me na berada da cama e comecei a olhar os vestidos. - Hmmm, não sei. Tenho que ver você neles. Topa fazer um desfile de modas?

Os olhos dela brilharam. Rapidamente recolheu todos os vestidos e caminhou até o banheiro.

- Espere aí! - ela gritou de lá.

Dois minutos se passaram e Vilu voltou com o vestido azul marinho. Sorri pra ela.

- Hmmm, dá uma voltinha. - falei e ela o fez. Ele era tomara que caia e muito lindo. - Gostei, mas vamos ver o resto. - concluí e Violetta entrou no banheiro novamente.

Logo saiu de lá com um rosa, depois com um verde claro e em seguida com um vermelho. Adorei cada um dos modelos. Eram lindos e combinavam com Vilu.

- Uau, que sobrinha gata que eu tenho! - disse rindo enquanto ela dava uma volta com o vestido vermelho.

- Gostou desse?

- Sim, muito. Mas deixe-me ver o último que restou.

Então Violetta entrou no banheiro e em menos de três minutos voltou vestindo o último vestido. O vestido. Perfeito! Meigo e delicado como ela, e da cor violeta.

Meus olhos brilharam e ela percebeu.

- E...? - queria uma resposta.

- É esse! Esse mesmo, Vilu! O vestido perfeito!

- Sabia que você ia adorar esse. - Violetta riu e se olhou no espelho. - É, também gostei bastante dele. Já está decidido. - sorriu pra mim. - Mais uma vez, obrigada, tia!

- Fez a escolha certa. - me referi ao vestido. - E de nada. - terminei de dizer e espirrei novamente.

- Saúde! Agora desce lá antes que o papai venha te buscar.

Ri com ela e assenti. Saí do quarto e desci as escadas. Germán estava sentado no sofá e falava no telefone com alguém. Me sentei ao seu lado e esperei ele desligar a ligação. Espirrei novamente. Mas o que estava dando em mim? Seria alergia? Decidi ignorar meus espirros e logo Germán desligou.

- Você está ficando gripada. - ele disse e acariciou meu rosto.

- Não, são só espirros chatos, sou alérgica a pó. - neguei.

- Angie, caso você não tenha percebido, sua voz está rouca e seu nariz entupido. - ele afirmou. Sério? Minha voz estava rouca? Realmente não tinha percebido.

- Ah, já já passa. E aí, com quem falava no telefone?

- Com o homem que contratamos para vir fazer o resto da decoração da festa. - Germán suspirou. - ele cancelou, teve um problema familiar.

- E agora??

- Agora quem terá que encher as bexigas e tudo mais, seremos nós.

[...]

Lá estávamos eu e Germán, enchendo bexigas e decorando a casa. Francesca havia passado em casa e buscado a Violetta. Vilu se arrumaria na casa de Fran e obviamente, viriam na hora da festa.

Eu estava enchendo uma bexiga com um pouco de esforço. Eu estava cansada de encher, estava meio sem ar. Sem querer, a bexiga escapou de minhas mãos e começou a voar rapidamente de um lado ao outro, e esvaziando todo o ar. Até que ela bateu no rosto de Germán. Eu comecei a rir sem parar.

- Ai! - ele riu também e mostrou a língua pra mim, de brincadeira. Mostrei de volta e caímos na risada de novo.

Fazia muito tempo que eu e Germán não brigávamos e estávamos vivendo em completa paz. Isso era muito bom! Porém estranho, pois sabe como eu e Germán somos cabeça quente com tudo, né...

Após encher muitas bexigas, começamos a pendurá-las pela casa.

- Aonde ponho esta? - perguntei a ele.

- Hmmm... No teto. - ele disse pensativo. - Ou melhor, ali. - apontou para um canto alto da parede.

- Ah é, senhor Germán? E como você acha que eu vou alcançar lá? - respondi em tom de piada.

- Com uma escada, uai.

- Então me arruma uma escada.

- Er... Não temos escada. - coçou a cabeça pensativo.

Espirrei novamente. Eu estava espirrando a cada cinco minutos e isso estava ficando extremamente chato. Germán já devia estar cansado de me dizer "saúde".

- Deixe-me ver se alcanço. - ele tentou mas não conseguiu. - Bom, Angie, só tem um jeito de conseguirmos colar aquela bexiga ali.

... E lá estava eu, sentada nos ombros de Germán, tentando colar a bendita bexiga na parede. Sim, eu estava em cima dele. Após ele insistir tanto, aceitei, mas com a condição que ele me segurasse com toda a força para eu não cair.

Devia ser uma cena engraçada de se ver. Eu estava sentada no ombro de Germán como um filho normalmente senta no pai.

Finalmente colei a bexiga e ele me desceu.

- Ufa, estava com medo de cair.

- Eu não ia deixar você cair. - ele me respondeu.

- Ah, vai saber...

E no momento, a maldita bexiga descola da parede. Que raiva, tanto esforço para fixá-la ali e ela solta!

- Ah, dane-se, vai ficar no chão. - Germán disse impaciente e eu ri.

Depois que terminamos de arrumar tudo, ele foi tomar um banho. Enquanto isso, fui ajudar a Olga a preparar a mesa do bolo.

Olga terminava de passar do glassê no bolo de chocolate com morango e eu estava espalhando os diversos docinhos na mesa central.

Assim que terminei, fui ajudar a Olga com o glassê e acabei me sujando com ele. Sem querer, passei a mão suja de glassê no meu próprio rosto e nem percebi. Apenas notei quando Germán entrou na cozinha, já de banho tomado, e passou o dedo na minha bochecha e em seguida colocou-o na boca.

- Hmmm, esse glassê tá uma delícia. - sorriu pra mim e eu ri com vergonha. - Você é uma figura. - falou e me beijou, prensando-me contra o balcão. - Vai lá se arrumar pra festa que já já começa. - após dito, eu assenti. Corri para o banho.

Pov Off

Assim que Angeles terminou de se arrumar, ela desceu e a festa já tinha começado. Pouca gente havia chegado por enquanto, mas era gente o suficiente para fazer barulho alto. Mas afinal, são jovens e todo jovem faz barulho.

Angeles procurou por Germán e o encontrou conversando com Pablo. Seu coração gelou no momento. Por mais que Pablo já estivesse casado, ele ainda era ciumento. E Germán então, mais ciumento ainda. "Isso não vai dar certo" Angie pensou.

A loira se aproximou dois dos homens que estranhamente conversavam como dois bons e velhos amigos. Angie achou aquilo muito esquisito, mas resolveu deixar quieto. Afinal, estava melhor assim.

- Oi, amor, está linda. - Germán a elogiou e a abraçou de lado.

- Obrigada... Oi, Pablo!

- Oi, Angie. Como está?

- Bem, e você?

Angie apoiou a cabeça no ombro de Germán enquanto conversava com Pablo. Germán acariciava o cabelo dourado da mulher enquanto ouvia atentamente o diálogo entre ela e o melhor amigo.

- Mal... Jackie e eu discutimos feio antes de vir pra cá. - Pablo estava triste com isso, era perceptível em seu olhar.

- Minha nossa, mas por quê? - Angie desencostou a cabeça de seu noivo, preocupada.

- Porque ela acha que não estou lhe dando tanta atenção como antes. Mas juro que não era minha intenção, voltamos de lua de mel e tenho que fazer todas as coisas do Studio, que no caso são muitas e... - ele respirou, estava falando rápido demais. - e ando muito ocupado, estressado... por isso, mas não sabia que estava a deixando de lado, de verdade.

- Ah, Pablo, você já tentou explicar isso a ela? - Angie questionou.

- Sim, mas ela não me deixou.

- Tenta agora, vai ver ela esteja mais calma. - Angie apontou para Jackie, que estava do outro lado da sala, conversando com uma das convidadas. - Vai lá.

- Tem razão, vou lá. - ele rapidamente correu até sua esposa.

Angie riu com a atitude do amigo e se virou pra Germán. Apoiou seu queixo no peito dele e mergulhou o olhar no marrom de seus olhos.

Eles ficaram um bom tempo assim. Angie adorava esses momentos que passavam juntos, mesmo que fosse em completo silêncio. Germán acariciou o cabelo de Angie e a mesma sorriu.

A campainha tocou. Mais convidados chegando. Ambos foram atender juntos. Logo a sala e o jardim estavam completamente preenchidos pelos amigos de Violetta.


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Notas finais do capítulo

Eu ando escrevendo uns capítulos grandes demais, oshe o.O 2414 palavras! Uau, e olha que eu escreveria mais, só não o fiz por preguiça hahaha
O que acharam do cap? o próximo é a continuação da festa :D
continuem comentando muito, prometo não demorar para postar o próximo :)
Beijos ♥



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