Capitulo 39 – Violetta voltou!

Acordei agarradinha nele. Me levantei com cuidado e fui tomar banho.

Banho demorado, uns 40 minutos mais ou menos. Germán ia me matar por causa da conta de eletricidade (rs).

Demorei, pois fiquei pensando na noite que tive. Foi maravilhoso. Quando finalmente saio do banho, vejo que Germán ainda dormia profundamente.

Sorri e o cobri, pois estava muito frio nesta manhã.

Fui ao quarto de Violetta e peguei uma calça dela emprestada, pois ficar de shorts hoje era a mesma coisa que pedir pra morrer congelada.

A calça dela ficou meio curta em mim, mas dava pro gasto. Voltei a colocar outro moletom de Germán, pois era confortável e eu só tinha blusas de verão.

Desci. A casa estava num silêncio amedrontador, então aproveitei para ir preparar minhas aulas, já que não consegui fazer isso durante o final de semana.

Nada de bom vinha na minha cabeça. Não conseguia me concentrar. Eu não tinha a mínima ideia do que passar para os meus alunos.

Quando de repente alguém tapa meus olhos com as mãos. Levei um sustinho, mas nada de mais.

- Advinha quem é? - ele tentou disfarçar a voz.

- Não sei, Germán, não sei. - falei ironicamente e ri.

Ele destapou meus olhos e me deu um selinho.

- Bom dia, meu amor. O que está fazendo?

Germán se sentou ao meu lado e me abraçou.

- Bom dia... Preparando as aulas, mas não tenho ideia do que fazer.

- Eu te ajudo.

- Você só vai me distrair aqui. - brinquei.

- Eu posso te ajudar sim! Você poderia... compor o refrão de uma música e dividir os alunos em duplas para continuarem a música...

- Não, Germ... Espera! É uma boa ideia! Aí ficariam várias músicas diferentes com o mesmo refrão! E a gente poderia fazer uma votação e ver qual das versões vence! Amei! Obrigada, meu amor! - eu disse, dei um abraço apertado em Germán e depois um beijo curto.

- Viu como posso sim te ajudar?

- Claro! Me ajuda a compor?

- Posso te ajudar mais tarde, pois agora tenho uma reunião com engenheiros franceses.

- Uuuhh! - disse rindo. - Mas bem, deixa pra lá, eu não quero te atrapalhar com meus problemas, deixe que eu cuido da música.

- Tem certeza?

Assenti com a cabeça e dei-lhe um sorrisinho.

- Para, Angie.

- Parar com o quê? - perguntei sem entender nada.

- De sorrir assim, desse jeito fico louco. - ele disse rindo e eu ri com ele. Ficamos quietos por mais uns minutos e ele diz mais sério: - Angie... O que achou da nossa noite...?

- Foi perfeito. Não me arrependi nem um pouco, pois você é o homem que eu amo.

Ele sorriu e me beijou. Logo Germán teve que ir para a sua reunião e eu me sentei no piano.

Sobre o que compor? A primeira coisa que penso quando vou compor uma música é o sentimento que ela vai retratar. Amor? Felicidade? Emoção? Dor? Tristeza? Amizade?

Não sei.

Resolvi improvisar. Mas qualquer coisa que eu tocava não saía bom. Ou era uma música lenta e deprimente ou era uma música sem ritmo.

Tive a ideia de buscar inspiração. Fui para o jardim da mansão e fiquei admirando as flores. Mas minha música seria sobre a natureza se eu continuasse assim. Saí do jardim e decidi dar uma volta na praça que tem no fim da rua.

Os pássaros não deixavam de cantar, mesmo com esse frio insuportável. As árvores balançavam com o vento e... mas será possível? Tudo envolve a natureza!

Voltei pra casa, comi um pedaço da torta de limão que eu tinha preparando ontem e fui assistir TV. Vai que refrescasse minha mente e eu acabasse tendo alguma ideia...

Acabei adormecendo. E sonhei com a melodia perfeita! Ela era agitada e alegre, como meus alunos!

Quando acordei corri para o piano e toquei a melodia que ficou ótima no mesmo. Parecia aquelas músicas de festa, mas mesmo assim eu adorei. A letra veio em mente na mesma hora. Anotei tudo e quando escrevi a última letra, Germán sai so escritório com os franceses, conversando.

- Essa é sua mulher? - o francês com um sotaque engraçado diz quando me viu tocando o piano.

Parei de tocar no mesmo instante.

- Sim. - Germán respondeu e caminhou até mim.

Mas agora, parando pra pensar um minutinho... "Sua mulher"? Pelo o que eu saiba eu sou apenas a namorada de Germán! Fiquei quieta, pois gostei dessa consideração.

- Ela toca muito bem. - o outro francês, que falava melhor nossa língua, disse.

- Obrigada...

- Ela é professora de canto, né, meu amor? - Germán disse colocando os braços sobre meus ombros.

Assenti sorridente. Eles logo foram embora e assim que Germán fechou a porta eu disse:

- Ei, somos casados e eu ainda não to sabendo, é isso? - provoquei uma risada de Germán.

- Gosto de te chamar de Minha Mulher, mesmo não sendo casado com você.

Dei um beijo nele.

- Conseguiu compor?

- Sim, que ouvir?

- Claro!

Comecei a cantar:

- Las luces, los flashes, la musica sera la clave... Un instante, un momento, nuestra voz va tocar el cielo!! Va, a, a, a empezar la fiesta... A, a, alcancemos las estrellas!!!

- Uau! Ficou perfeita! Ainda mais na sua voz.

Corei um pouco com esse lindo comentário.

- Germán, daqui à pouco a Violetta chega da viagem!

- Que horas ela chega?

- 17h.

- Que horas são?

- 16:20.

- Então vamos almoçar logo! - ele me puxou para cozinha. É, ainda não tínhamos almoçado!

Fritei dois bifes e peguei o arroz que já estava pronto. Engolimos a comida, pois estávamos atrasados.

Entramos no carro e fomos rapidamente. Chegamos junto com o ônibus!

Violetta saiu de mão dada com León, mas ela conversava com Francesca. León apenas as observava.

- Pai! Tia! - Vilu gritou quando nos viu. Largou tudo e veio corredo nos abraçar.

- Viluuu! Como foi lá?

- Foi perfeito, Angie! Tirando a parte que...

- Que você se perdeu na floresta? - Germán disse.

- C-como vocês sabem?!

- Querida, a cidade inteira está sabendo! - Germán respondeu e deu um beijo na testa dela. - Foi divertido? O que fizeram?

- Sim, muito. Quando chegarmos em casa eu conto.

Violetta disse e nós assentimos. Ela sorriu e voltou para pegar sua mala. Ficou conversando um pouco com seus amigos e Pablo se aproximou de nós.

- Oi, amiga! - ele disse e me abraçou.

- Olá!!! Pablo, que irresponsabilidade foi essa de deixar as alunas sozinhas na floresta? Tinha que ter um monitor acompanhando ou...

- Está falando isso só porque sua sobrinha estava incluída nisso. - ele me interrompeu.

Germán estava apenas observando.

- Nada a ver! São todas minhas alunas! Tenho direito de me preocupar.

- Sei... - ele disse rindo. - Como ficaram sem a Violetta em casa? - Pablo foi meio intrometidinho, não?

- Bem... - soltei uma risada e meu rosto corou.

Germán riu também e me deu um selinho, na frente do Pablo mesmo. Acho que Pablo entendeu!

- Vamos? - Violetta disse se aproximando.

- Vamos. - respondi.

-> Chegando na mansão...

Violetta entrou e contou tudo o que aconteceu na viagem. Germán ficou meio enciumado com o passeio romântico que Violetta e León tiveram pela manhã de hoje. Violetta estava estranhando muito o Diego deixá-los em paz, e isso a fazia temer.

Contou como se sentiu e tudo mais. Logo ela vem com uma pergunta que me faz ficar sem saber o que responder:

- E vocês? O que fizeram por aqui?

- Er... nós? Nada de mais...

- Tá bom, sei. Me diz, Angie, o que é esse vermelho no seu pescoço?

Tapei o vermelho com o casaco.

- Q-q-que vermelho?

- Esse que você está tapando com o casaco. - ela começou a rir.

- Ah, isso? É só uma picada de mosquito... - tentei enrolar.

- Um mosquito bem grande, né, de um metro e oitenta de altura, chamado Germán.

Fiquei sem saber o que dizer. Pensava em uma resposta e Vilu começou a rir sem parar. Germán também, me deixando mais envergonhada de como sempre fico.

- Vamos... sair pra jantar? - tentei fugir do assunto.

- Claro, eu só preciso tomar um banho. - Violetta disse subindo as escadas. - Já venho, é rapidinho.

Pov Off

Depois que Violetta saiu do banho, eles foram para o restaurante de comida japonesa.

Comeram e foram para casa rápido, pois já estava tarde. Ao chegar, Violetta subiu para o seu quarto e foi dormir, pois amanhã seria um longo dia. O primeiro dia de aula no Studio 21 deste ano.