Capítulo 32 - Uma surpresa de Natal

Tomei banho e coloquei um vestido roxo, simples, que batia um pouco acimaa do joelho. Era de alcinha e vinha com um cintinho prateado para amarrar na cintura. Sequei o cabelo com o secador da Vilu e o deixei solto, passei uma leve maquiagem, coloquei uma sapatilha e desci.

A mesa já estava toda arrumada e a árvore de Natal estava acesa. No centro da mesa, algumas velas. Estava tudo muito lindo.

De repente alguém beija minha bochecha carinhosamente. Me virei para ver quem era, e percebi que era ele, Germán.

- Você está linda!

- E você também! - respondi e roubei-lhe um selinho.

Logo Violetta começa a descer as escadas. Ela estava muito bonita, com um vestido bege.

- Sobrinha linda! - fui em direção à ela.

- Tia mais linda ainda! - ela me abraçou.

- Impossível, você é mais linda! - eu disse.

- Não, é você! - ela retrucou e fomos interrompidas pela risada de Germán.

- Venham, meninas. - ele disse encerrando o assunto por nós e segurou minha mão começando a me puxar para mesa.

Nos sentamos para comer, pois estávamos famintos. Germán estava trazendo o pote de arroz para mesa quando de repente a campainha toca e ele se assusta, quase derrubando tudo no chão.

Eu estranhei, pois nós não tínhamos convidado ninguém. Germán largou o pote de arroz na mesa e foi atender a porta.

Eu e Violetta ficamos na mesa, nos servindo. Mas eu estava atenta, porque se fosse a Jade ou a Esmeralda eu apareceria lá num passe de mágica. Ouvi a porta abrir e vozes familiares.

- Pablo? - eu levantei e fui até lá quando reconheci a voz. Vilu veio atrás de mim.

Cheguei na sala de estar e encontrei Germán conversando com Pablo e Jackie.

- Oi! - eu exclamei, mas estranhando a presença deles.

- Angie! - Jackie gritou assim que me viu e veio correndo me abraçar. Viramos muito amigas mesmo. - Só viemos para desejar feliz Natal à vocês.

Então ela me soltou e segurou a mão de Pablo. Germán fechou a porta e se aproximou de mim, colocando as mãos em meus ombros.

- Feliz Natal! - Vilu, que até então estava calada, disse e os abraçou.

Depois Pablo me abraçou bem forte, deixando Germán com um pouco de ciúmes. Jackie não tinha ciúme algum, ou sabia esconder muito bem.

- Feliz Natal, amigona. - ele me disse quando me soltou e me deu um presentinho.

Vi Germán ficar com mais ciúmes ainda.

Abri. Era uma pulseira bem bonita. Coloquei no braço e agradeci.

Logo eu caminhei rapidamente até a árvore de Natal e peguei duas lembrancinhas que comprei para eles e os entreguei.

Jackie abriu mais rapidamente e parece que gostou do colar que eu comprei para ela. Pablo fez uma cara de surpreso e feliz quando viu o que eu lhe dei: o novo CD de uma banda que ele tanto gosta.

- Obrigada!

- Obrigado!

- Imagina... - eu respondi. - Por que não ficam aqui conosco?

A esta altura Germán estava vermelho, mas eu nem liguei muito, ele tinha que confiar em mim. Pelo menos estava tentando se controlar.

- Não dá, meus pais estão nos esperando no carro. - Jackie disse.

- Que pena...

- Pois é, bom, nos vemos qualquer dia.

Nos despedimos e eles foram embora. Violetta disse que ia ao banheiro e foi, deixando eu e Germán sozinhos.

Ficamos nos encarando um pouco, com o semblante normal mesmo, até que eu ri quebrando o silêncio.

- De que está rindo? - ele disse.

- De você, com ciúmes! - eu disse rindo mais ainda.

- Eu?

- Claro! Amor, não precisa ter ciúme do PABLO! Ele é meu amigo.

Me aproximei de Germán e deixei nossos rostos bem próximos, podendo sentir sua respiração e até os batimentos cadíacos.

- Como não ter ciúme? Só EU posso te abraçar daquele jeito. - ele disse acariciando meu rosto.

Sorri e selei nossos lábios, e depois de um beijo curto, mordi seu lábio inferior de leve.

- Está roubando minha ideia, senhorita! - e desta vez ele mordeu os meus.

Violetta voltou e então fomos jantar.

(...)

Pov Germán

Não tinha porque estar com ciúmes. Sorte que Angie n~~ao ligou.

Jantamos, conversamos e nos divertimos. Quando faltavam cinco minutos para meia noite, fomos para o sofá da sala.

Deu meia noite e nós três demos feliz Natal e nos abraçamos juntos, como uma família.

Logo eu subi no quartinho de Maria para pegar o presente da Angie. O presente de Violetta estava no jardim, pois se ficasse exposto, ela perceberia o que era, mesmo embrulhado.

Voltei e disse:

- Vilu, o nosso presente para você...

E fomos a levando para o jardim, pois carregar o presente até a sala seria difícil.

Chegamos, e assim que ela viu, mesmo embrulhado, ela soube o que era e seus olhos se enxeram de brilho.

- Ohhhh meu Deus! - ela correu e começou a arrancar todo o papel que cobria seu presente. - AAAA não acredito! - ela berrou e correu para nos abraçar. - Obrigada muito mesmo! Vocês são demais! Eu tenho um piano só meu!!!!

Sim, era um piano.

Logo ela avistou a caixinha que tinha em cima do mesmo e a abriu. Soltou outro berro quando viu a pulserinha. Colocou no braço e a leu am voz alta:

- "Cantar es lo que soy"! - sorriu e nos deu outro abraço.

Nós três levamos o piano para sala. E continuamos a entrega de presentes. Fiquei surpreso quando Angie me deu uma caixinha azul marinha e me deu um selinho, sorrindo.

Ela fez cara de mistério e eu comecei a abrir para ver o que era. Era um relógio muito bonito de uma marca super boa! Eu adorei o presente! Me virei para ela e disse colocando as mãos em seu rosto:

- Oh meu amor, não precisava! Mas eu adorei! - e dei-lhe um selinho.

- Precisava sim. - ela sorriu e me abraçou.

Nos soltamos rapidamente e eu comecei a tirar a caixinha do bolso. (N/A: AINDA não é um pedido de casamento viu kkk)

- E aqui está o meu presente para você.

- O que é???? - ela gritou feito uma criança.

Eu ri. A virei e tirei o colar do embrulho, e então prendi em seu pescoço. Assim que terminei ela pegou e leu em voz alta:

- "A & G". Ah, meu amor, que fofo! Eu amei!!! - disse isso e o abracei o mais forte que pude.

Amei mesmo, deixei até uma lágrima escorrer. Era tão bom, este amor recíproco. "Angeles & Germán" me sentia tão bem com isso.

- BEIJA, BEIJA, BEIJA! - Vilu gritou.

Germán, então, me puxou e me beijou. Um beijo perfeito, que eu não queria que acabasse mais, porém o ar se fez necessário.

- Eu te amo! - sussurei.

- Eu te amo mais!