O Príncipe e A Plebéia escrita por ravenclawgirl


Capítulo 2
Capítulo 2




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Acordei, era umas 08h23min da manhã. Um pouco cedo para um dia de sábado. Escovei meus dentes e desci as escadas até a cozinha, onde a minha mãe preparava o café da manhã. Eu já estava acostumada a, sempre que eu entrava na cozinha, encontrava minha mãe com o meu pai, num maior xaveco. Mas mesmo assim, ela estava cantarolando.

- Bom dia mãe. - Disse abraçando-a


- Bom dia meu amor.


- O que tem para o café? - Perguntei sentando-me


- O de sempre. - Ela me serviu o suco de maracujá, e se sentou ao meu lado. Ficamos em silêncio durante algumas horas, até eu terminar de tomar o suco, comer a torrada, e me levantar.

- Alex. - Minha mãe me chamou


- Fala.


- O Frederick vai vir aqui. - Aquela notícia me espantou de alguma forma, o que o Sr. Waldorf iria vir fazer aqui. Minha mãe continuou.

- Ele vem para conversar comigo sobre o filme, você vai se comportar, não vai?


- Ah mãe, por favor, né? – Olha só, eu amo a minha mãe, amo mesmo. Mas eu odeio quando ela me trata com uma criança. Poxa, eu já tenho 18 anos.

- Desculpa filha, mas é que... Você sabe né. Você às vezes é meio... Fora dos limites com as palavras. - Minha mãe disse, coçando a cabeça.


- Fora dos limites? - Disse cruzando os braços. - Desde quando falar o que pensa é ser fora dos limites?


- Falar o que VOCÊ pensa? Sim, é ser fora dos limites. - Disse ela me fitando séria. Eu ri sarcasticamente e perguntei:

- Que horas ele vai vir?


- Daqui a pouco


- Caramba mãe! - Disse correndo em direção à escada. - Por que não me disse logo? - Ouvi minha mãe rindo lá em baixo

Entrei no meu quarto, abri meu armário para procurar uma roupa apresentável (praticamente jogando tudo para o alto). Achei um vestido lilás e rapidamente o joguei na cama. Entrei correndo no banheiro, demorei alguns minutos - tenho esse costume de demorar do banho - Quando saí do banheiro, ouvi a porta bater. Estava me arrumando, quando eu ouvi uma voz na sala.

- Elaine, quanto tempo. - Disse Frederick


- Olá Frederick. - Minha mãe disse abraçando-o. Vi quando estava descendo as escadas, ele logo me avistou.

- Alex! - Disse com entusiasmo. Eu sorri, e o abracei.


- Como está Srº Waldorf?


- Ah, por favor, não me chame de senhor. Assim eu me sinto velho. - Bom, mas ele já é um senhor mais ou menos de idade, mas o engraçado é que não parecia. Da última vez que ele veio à minha casa, ele estava meio barrigudo, com o cabelo grisalho. Mas parecia que ele tinha rejuvenescido. Seus cabelos agora estavam pretos e ele estava menos barrigudo, parece que o divórcio o fez bem.

- Você está ótimo Frederick. - Disse minha mãe.


- Ah, que nada. Você é está maravilhosa, como se o tempo não tivesse passado pra você. - Isso vez minha mãe corar de vergonha. Também né, ela não recebe um elogio de um homem há sete anos. Eu precisei segurar o riso, só consegui quando minha mãe me cutucou discretamente. Ele olhou pra mim e também me elogiou.

- Você também não fica pra trás Alex. Deve ter um monte de garotos do seu colégio correndo atrás de você.


- Que nada. Eu é que estou espantando eles. - Brinquei, ele riu.


- Você tem o senso de humor do seu pai, está ficando parecida com ele a cada dia que passa. - Eu sorri, mas aquilo me entristeceu um pouco. Tudo bem que já fazia um tempinho, mas pra mim parecia que ainda era recente. Mesmo assim, eu fiquei feliz com a comparação que o Frederick fez. Pelo menos eu tinha alguma coisa dele pra guardar. Minha aparência.

Minha mãe o convidou para sentar no sofá. Eu fui até a cozinha para pegar uma água. Servi ao Frederick, Minha recusou a água e mandou-me ir para o quarto, eu protestei.

- Não.


- Alex, por favor. - Minha mãe implorou.


- Não mãe, essa conversa também me interessa. - Isso deixou Frederick um pouco intrigado. Acho que ele já tinha sacado que eu ia com a minha mãe pra Londres.

- Ela vai conosco? - Perguntou ele, e antes que minha mãe respondesse eu disse:


- Sim, eu vou.


- Alex, ele falou comigo. - Minha mãe me repreendeu.


- Sim Frederick, ela quer ir comigo para Londres. Mas se tiver algum problema...


- Claro que não tem nenhum problema. – Ele a interrompeu sorrindo. - Mas, Alex, Londres é um país totalmente diferente daqui. Lá não faz tanto calor, e as pessoas são meio... Digamos que muito "Rock 'n' Roll". Entende?


- Sim senhor. - Eu ri, e continuei. - Mas a minha mãe disse que vocês não vão só filmar em Londres, mas também em outros lugares.


- Isso é verdade. - Disse ele. - Nova York e Texas são nossas opções.


- Texas? - Disse minha mãe um pouco apreensiva


- Nova York! - Pensei com um sorriso.


- Alex. - Minha mãe chamou minha atenção


- O que foi mãe?! - Ela me fitou séria, eu ri.


- Bom, continuando com o assunto, o nome do filme é Surreal World e fala sobre jovens rebeldes que tem o sonho que se darem bem na vida sem a ajuda dos pais. Mas eles irão enfrentar um monte de problemas.


- Hum, parece ser legal. – Disse


- Interessante, bem o seu estilo de filme né Frederick? - Minha mãe sorriu e Frederick também.

- E você já tem o elenco? - Minha mãe perguntou.


- Então...

Ah, lá vem.

 - Essa era a urgência que eu queria falar com você. Ainda não temos os atores que irão fazer os quarto personagens principais, e, eu preciso... - Ele hesitou quando eu olhei para ele desconfiada.

- Quero dizer, nós precisamos de você.


- Está bem Frederick.


- Você tem que ir pra Londres semana que vem.


- O quê?! - Dissemos em coro


- Desculpem, mas precisamos que você, no caso vocês, vão para Londres semana que vem para a reunião.


- Quando que é a reunião? - minha mãe estava nervosa.


- Quarta - feira.


- O quê? - Eu gritei


- Por isso que eu fiquei apreensivo quando você disse que iria com sua mãe. Você ainda não terminou os estudos.


- Filha, acho melhor você ficar por enquanto. Suas provas finais ainda não começaram. - Disse minha mãe. Eu fiquei triste, eu queria muito ir, mas eu ia ter que esperar a semana de prova passar para poder ir.

- E o que eu vou fazer? Eu vou ficar aqui sozinha? Tem que ter um jeito! – Retruquei


- Alex, não tem outro jeito.


- Mãe... - Eu estava aborrecida, Percebendo isso, Frederick tentou me animar.


- Calma Alex, termine suas provas. Depois voltamos para te buscar.


- Mas eu não quero ficar aqui sozinha!


- Fique na casa da sua avó. - Sugeriu minha mãe.

 Eu não queria ir pra casa da minha avó, nada contra ela, na verdade, eu até gosto dela um pouco. Mas eu queria ir com a minha mãe. Eu queria poder sair daquela cidade pacata, conhecer o mundo, e Londres era o lugar.

Eu fingi concordar com a minha mãe assentindo com a cabeça. Mas minha mente estava preparando alguma coisa, algum plano. Frederick percebeu que eu estava pensativa.

- Tudo bem? – Perguntou


- Sim. - Respondi

Frederick se despediu de mim e da minha mãe. Ela insistiu que ele ficasse mais um pouco, mas ele insistiu em sair. Ele estava mesmo empolgado com a produção desse filme. Ela o acompanhou até a porta e os dois ficaram conversando, rindo. Eu subi para o meu quarto. Estava chateada, nervosa, com medo, afinal, as provas finais estavam chegando. Eu precisava estudar, mas fui interrompida quando minha mãe bateu na porta.

- Oi mãe. - Disse abrindo a porta, e ela entrou.


- Tem certeza que você não ficou chateada?


- Se continuar falando nesse assunto, eu vou. - Ameacei. Ela me abraçou


- Eu e o Frederick estávamos conversando, e eu estava pensando...


- Mãe, você vai! - Eu a interrompi.


- Filha...


- Não mãe! - Disse. - Eu vou ficar bem. Vou fazer as provas finais e quando acabar vou ligar pra você vir me buscar. Está bem? - Ela sorriu e me abraçou. Agora eu estava mais tranquila. “ Deixe que minha mãe vá sozinha mesmo. Depois eu vou, assim eu posso ficar mais tempo com os meus amigos “. Pensei.

Ela me beijou na testa e saiu. E eu, voltei a estudar é claro. Afinal, as provas estavam chegando.


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