O Príncipe e A Plebéia escrita por ravenclawgirl


Capítulo 11
Capítulo 11




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La Barza, Porto Rico - P.O.V. Alex


Sábado, dia de pegar o boletim. Eu estava apreensiva, não só por mim, mas pela Lola. Ela estava me deixando maluca, toda hora mexendo naquele cabelo dela.


- Lola, para. - Disse segurando sua mão.


- Ah, amiga. Foi mal, mas eu não consigo. Estou muito nervosa.


- Calma. - Disse abraçando-a a caminho do colégio, desta vez, fomos a pé. Chegando lá, estava todo mundo do colégio, incluindo a Natalie e o Nick. Argh, eu queria sumir.

Nos encontramos na fila e pegamos o nosso boletim, e, a surpresa: Lola passou de ano, eu também e Natalie. já Nick e Dudu não tiveram tanta sorte. Claro, eles mal faltavam do que iam. Lola estava tão feliz que ignorou a presença do Dudu e da Natalie e ficou dando pulinhos no pátio.


- Eu passei, eu passei, eu passei! - Disse aos gritos. Eu também estava feliz também, afinal, eu em breve iria pra faculdade. Estava sentindo o gosto da liberdade. Estava tão distraída que nem ouvi o Nick falar comigo.


- Até terça. - Disse ele indo embora, praticamente sendo carregado pela Natalie. Eu apenas acenei com a minha mão, me despedindo. Lola pulou nas minhas costas e ficou gritando.


- Liberdaaaaaaaaadeeeeee!


- Ah, garota. Tá parecendo o Mel Gibson no "Coração Valente" - Ela riu e fomos pra casa.


Chegando a sua casa, ouvi meu celular tocando.


- Filha. - Era minha mãe.


- Oi mãe.


- E aí, como está? - Ela queria saber das minhas notas. Tentei fazer suspense ficando em silêncio no telefone. Mas eu não aguentei o riso.


- Passei.


- Ah, que bom. Não ia querer voltar à toa. - Brincou.


- Ah é né?! - Disse batendo o pé. 


- Calma filha!


- Então, quando você vai vir?


- Amanhã. Já estou arrumando as mala e vou partir pela manhã. - Ah, que bom. Amanhã ela vai está aqui comigo.


- Então tá.


- Era só isso. Beijo. - Disse se despedindo.


- Beijo. - Disse desligando. Lola veio da cozinha com uma garrafa de água e dois copos.


- Quem era?


- Minha mãe. Ela vai voltar. - Disse sorrindo.


- Sério?


- É, ela vai voltar pra formatura.


- E ... - Disse se sentando. - Depois você vai embora.


- Sim. - Disse séria. Lola me fitou séria, eu cheguei mais perto e me sentei ao lado dela. Ela me abraçou.


- Já sinto saudade. - Ela disse.


- Eu também já sinto a sua. - Senti meus olhos marejados. Rapidamente passei a mão sob embaixo dos meus olhos. Eu nunca gostei de chorar na frente de alguém, nem mesmo na frente da minha mãe. Lola encostou sua cabeça no meu ombro, e, eu percebi que ela também estava chorando. Mas ela, ao contrário de mim, nunca se importou de se expor. Ela enxugou as lágrimas e me serviu água. Ela olhou pra mim e sorriu, eu sorri de volta.


- Não se esqueça de me convidar pro seu casamento com o Nate. - Ela não perdeu tempo de brincar. Eu dei um tapinha de leve nela, que gargalhou.


 Eu não queria mais saber sobre história de Nate. Eu já estava decidida que, eu não ia mais me iludir com homem nenhum. Principalmente com famoso. Eu respirei fundo, estava nervosa, afinal, Eu iria embora na quarta. Pedi mais um pouco de água, bebi sem pausa.


- Está tudo bem amiga? - Perguntou.


- Está sim.


- Tá bom, vamos sair? - Disse se levantando e guardado a garrafa e colocando os copos na pia.


- Sair? Pra onde? - Disse seguindo-a


- Ah, sei lá. - Disse pegando sua carteira rosa e colocando-a no bolso.- Vamos comer alguma coisa. - Disse parada, como se estivesse me esperando.


- Ah, tá bom. – Eu disse me levantando.


Lola me levou a uma lanchonete para comer um hambúrguer. Para mim não era surpresa ver praticamente a "turma do barulho" toda reunida. Mas, Lola queria ir embora, já que o Dudu estava lá, e estava com a nojenta da Natalie. Eu e ela acabamos pedindo quarto hambúrgueres pra viagem e fomos embora. Quando estávamos saindo da lanchonete ouvimos uma voz familiar me chamando.


- Alex! - Era o Nick. Arrgh. Eu continuei andando, e ele continuou me chamando. Lola me segurou, encorajando a falar com ele. Eu me virei.


- Oi Nick.


- Oi. - Disse dando um meio sorriso.


- Alex, estou te esperando na esquina tá? - Disse Lola dando de ombros.


- O que você quer falar comigo? - Disse séria, ele abaixou a cabeça.


- Eu queria te pedir desculpa. - Disse entre dentes.


- O quê?


- Eu quero te pedir desculpa. – Ele disse agora me olhando nos olhos.


- Desculpa? Pelo o quê?


- Pelo beijo. - Disse, encarando o chão de novo.


- Ah, o beijo. - Disse rolando os olhos. - Tudo bem.


- Sério?


- Sério. Tá tudo bem. - Disse sorrindo


- Ah, que bom. - Ele sorriu. Agora eu não achava o sorriso dele tão magnífico assim. Eu estava com a cabeça na viagem, e, principalmente, no Nate.


- Soube que vai ficar pra formatura. - Disse sorrindo.


- Sim. eu vou. - Disse. Ele sorriu novamente. Eu o abracei e me despedi, quando meu celular tocou. Eu olhei pra ver que estava me ligando, Eu não conhecia o número. Fiquei com medo de atender, mas eu respirei fundo e atendi.


- Alô? - Disse fazendo uma careta. Lola veio correndo ao meu encontro.


- Alô. - Eu estava reconhecendo aquela voz grossa e suave. Eu sorri


- Oi Nate. - Disse sorrindo. Lola fez uma careta.


- Caramba, como sabia que era eu?


- Reconheci sua voz suave. - Disse rolando os olhos. Lola sorriu maliciosamente.


- Acha a minha voz suave? 


- Acho. - Respondi timidamente. Lola sorriu novamente daquele jeitinho. Ele gargalhou do outro lado da linha. Ah meu Deus! Nós fomos caminhando até a casa dela, e conversando com ele.


- E, a que devo a honra da sua ligação?


- Queria saber se você está bem?


- Sim. - Sorri. - E você?


- Também. Namorando? - Por que ele fez essa pergunta? Ele estava interessado em mim?


- Ah, Não. - Respondi timidamente. - Por quê?


- Nada não. Se você quiser saber, eu também não estou namorado. - Eu ri. Lola também sorriu.


- Que bom. - Disse sarcasticamente. Ele gargalhou pelo telefone.


- Olha só, eu tenho que te dizer que sua mãe cozinha muito bem.


- Sério?


- Verdade. Ela fez o almoço na casa do Frederick, Eu comi dois pratos - Eu sorri.

E aí, quando você vai vir pra cá? - Eu estava hipnotizada com a voz dele. Tão bonita, como uma música tocada no piano.


- Quarta - Feira. - Disse num suspiro.


- Ainda? Mas eu pensei que você viesse amanhã.


- É. Mas, houve uma mudança de planos. - Pisquei pra Lola


- Ah, então tá bom. Vou te esperar.


- Vai me esperar? - Fiz uma careta.


- Vou, quero te apresentar uns amigos meus.

Eu sorri.

- Tem como trazer sua amiga também? - Minha boca ficou no formato de O e meus olhos se arregalaram. Eu sorri pra Lola.


- Hum, vou ver se vai ser possível. - Sorri.


- O quê? - Lola perguntou, eu fiz um sinal de silêncio.


- Então tá. Agora eu tenho que desligar. Vou sair com um amigo meu.


- É por acaso o Brendan? - Perguntei com um sorriso. Lola estava ansiosa, já que ela não podia ouvir nossa conversa porque eu me afastei dela.


- Você sabe de tudo né?


- Eu sei quase tudo sobre você. - Disse. Nossa, eu fui bem descarada, fui totalmente longe de mim mesma.


- Leu minha biografia. - Eu ri e ele também.


- Talvez. - Disse. - Agora vai lá. Seu amigo está te esperando.


- Tá bom. Beijo. - Disse se despedindo


- Beijo. - Desliguei. Lola me puxou para o sofá, e nos atiramos.


- Ai, amiga. Ele gostou de você.


- Ah. - Disse apenas isso. Eu estava quase convencida de que o Nate estava afim de mim.


- O que vocês estavam falando que você olhou pra mim?


- Ele queria que uma amiga fosse comigo. - Disse encarando o chão. - Acho que ele queria apresentá-la para um amigo. Ela não disse nada, apenas levantou a mão e sorriu.


- O quê?


- Me leva! - Gritou.


- Mas, e sua mãe e seu pai?


- Ah, eu falo com eles. Por favor, Alex, me leva. - Implorou.


- Ah amiga, Eu não sei. Tenho que ligar pra minha mãe.


- Tá bom. Então liga. - Disse pegando no meu celular. Eu queria mesmo que minha melhor amiga fosse comigo, mas o problema não é a minha mãe e nem o pai dela. Mas sim a mãe dela. Eu disquei o número o liguei. Tocou, tocou, tocou, até que minha mãe atendeu.


- Oi filha - Disse.


- Mãe, eu queria te pedir outro favor.


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