Anomalia Mutante escrita por Neko


Capítulo 1
Atacados


Notas iniciais do capítulo

Essa é a minha primeira Fanfic, por isso tenham paciência, não sou o J.R.R. Tolkien. Aceito qualquer tipo de comentário, desde que você comente!



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Um véu obscuro e mofino dominava o céu de Bran e se intercalava em vários tons de roxo escuro perfurado por cintilantes pontos luminosos que bruxuleavam exuberadamente. Do tapete negro serpenteavam descargas elétricas que iluminavam uma paisagem insalubre sob a vasta tenebrosidade. Seria mais uma noite comum de verão, a não ser pelo fato das estranhas anomalias que vinham ocorrendo em toda a Transilvânia.

Tinham aqueles que falavam no começo do apocalipse, outros que culpavam os demônios de Bran, os famosos vampiros. Sim, vampiros! Seres transformados em morcegos que atacavam a população local.

Fato era que não existia mais esplendor naquela cidade que já fora tão concebida por uma boa fama e riquezas. O turismo, a principal atividade econômica da região, estava entibiado (nenhum turista queria visitar a cidade macabra e ser levado por monstros). Aos poucos toda a Transilvânia sentia o peso da decadência, da pobreza e emurchecia-se cada vez mais. Eram tempos difíceis...

Um jovem de cabelos lisos e olhos verdes andava em passos rápidos naquela noite. A rua estava deserta, podia-se ouvir o sonido do vento gélido rodopiar pelo lugar. Apesar do tempo frio pequenas gotículas de água escorriam por sua testa, agora úmida, enquanto tentava andar cada vez mais rápido. Nem parecia estar apalermado com a situação em que se encontrava, tentava subjugar seus sentimentos de medo.

– Josh, cadê você? – Sussurrou o garoto, olhando para os lados. De trás de uma árvore surgiu um rosto atônito, de olhos e cabelos castanhos e uma pele caucasiana tão branca quanto neve.

– E então, trouxe o que eu pedi? – Perguntou Josh, olhando ansioso para o garoto. O dono dos olhos verdes simplesmente o encarou, não respondendo sua pergunta. – Para de drama, Ethan!Você sabe que eu não podia ir até sua casa...

– Não podia? Não queria! – Gritou Ethan, esboçando uma repentina mudança de expressão que assustou o outro. – Tive que sair de casa escondido! E se um vampiro me pegasse, hein? Sabe os perigos que eu co... Hum, hum!

Repentinamente Josh tampou sua boca e o puxou para detrás da árvore. Ele tentou se debater, mas logo vira o que estava ocorrendo. Algo se movia no final da esquina, aproximadamente a uns duzentos metros e cada vez chegava mais perto. Josh mantinha seu pulso firme contra a mandíbula do garoto apesar do mesmo ter notado o que estava acontecendo. Agora os dois podiam ouvir o deslizar daquilo que se aproximava. Eles podiam ouvir o gemido sibilante da criatura, ela estava cada vez mais perto...

– Shh, fique quieto! – Balbuciou Josh, apertando ainda mais a mão contra a boca de Ethan que começara a grunhir de medo. Ele sentia a aproximação insigne do monstro.

As mãos de Joshua deslizaram sorrateiramente para um dos bolsos de sua calça. O ser agora estava a uns cinco metros dali, eles iam morrer. A sucinta vida do jovem passou por sua cabeça, ele fechou os olhos abruptamente, mas logo os abriu quando sentiu algo espetar-lhe. Era uma adaga.

– Fuja! – Gritou, empurrando o menino e virando-se com a faca apontada para o ser que se revelara.

– Bu! – Balbuciou o ser.

– Lind! – Exclamou Ethan, aliviado. Era Lindsay, uma colega de classe dos dois. Tinha cabelos loiros, quase cor de prata, que lhe caíam soltos e lisos até a altura do cotovelo. Seus olhos grandes eram de um verde incandescente e se intercambiavam entre outras cores de acordo com sua emoção. – Que susto você nos deu!

– Desculpa, não suportei a vontade de pregar uma peça. – Disse a pueril menina, rindo-se. – Então, por que me chamaram aqui?

– Aconteceu um imprevisto. – Afirmou Joshua abaixando a perigosa arma. – Carly sumiu!

– O quê?! – Exclamaram os dois, em uníssono. Carly era a melhor lutadora adolescente da cidade, sabia manejar quase todo tipo de ballestas sendo considerada a melhor miradora de Bran. – Provavelmente a raptaram em bandos.

Ethan e Lindsay não disseram nada somente olharam para o chão, entorpecidos com a notícia. Provavelmente estaria morta ou transformada.

– Precisamos fazer alguma coisa! – Exclamou a afoita menina. Lind sempre foi amiga de Carly, provavelmente a mais próxima dela, ela tinha toda a razão de querer salvá-la.

– Não podemos agir sem um plano e foi por isso que eu convoquei vocês aqui. – Receitou o sensato garoto.

Ethan continuava calado, mas não triste pelo que ocorrera e sim pensando em algo. Ele tinha um controle sentimental muito grande, principalmente quando tinha de ser altruísta.

– Eu entrarei no Recinto! – Tomou posição, cortando o silêncio que pairava.

– Não mesmo!Eles vão te matar! – Lindsay berrou.

– É o único jeito, Lind...

– Se você for eu vou também!

– Nós iremos! – Josh completou.

– E-eu acho que agora não tem jeito de desistir mais! – Gaguejou Ethan, apontando para o lado oposto.

Os outros dois viraram-se e perceberam do que ele estava falando. Uma grande criatura, com cerca de dois metros de altura, vinha galopando na direção deles. Tinha a cabeça e o busto de um humano, era um homem branco e atlético, tinha orbes vazias ao invés de olhos e uma careca reluzente. A parte debaixo era de um cavalo cor de caramelo, possuía as quatro patas e cascos em cada uma, que rangiam periodicamente de acordo com seu galopar. O trio se pôs a correr, mas eles sabiam que aquilo os alcançaria.

– Sou muito jovem para morrer! – Berrou a guria, com o centauro bufando em seus calcanhares.

– Nós não vamos morrer! – Gritou Josh, sacando a adaga. Ele virou para a esquerda e o monstro deixou os dois para segui-lo. Com um rugido, realizou um grande salto parando a frente do guri.

– Não posso deixá-lo fugir!Meu mestre quer mais!Mais! – Estrondou o demônio. Sua voz era forte como uma pedra e fez os pelos do corpo de Josh eriçarem de medo. Apesar da situação, ele mantinha o objeto pontiagudo apontado diretamente para o coração do ser insano. Ele não parecia desfalecer-se de medo, pelo contrário, seu olhar era de alguém destemido e corajoso.

O transformado investiu contra o garoto, pronto para esmagá-lo com seus cascos. Ele ascendeu as patas dianteiras e atacou o menino, que pulou por debaixo do corpo da fera e rolou para fora,saindo na parte esquerda do esdrúxulo quadrúpede. Ele não pensou em nada e cravou a faca no corpo maciço do Centauro que emitiu um ruído extremamente alto. Joshua não parara e enfiara mais uma vez o objeto pontiagudo, ganhando do monstro outro grito de dor, contudo ele contorceu-se, impondo o peso de sua massa contra o menino, que foi lançado a três metros de distância.

Joshua sentiu uma dor inebriante em seu bestunto e percebeu que algo úmido transpassou por sua face e respingou o solo, brilhando enrubescido. Era sangue.

– Você me pagará mundano idiota! – Bradou o monstruoso cavalo humano, se pondo sobre as patas traseiras machucadas e sangrentas, erguendo as dianteiras. Era o fim.

– Não! – Uma flecha irrompeu do nada e acertou o transformado no coração. Sua parte de trás não aguentou e ele acabou caindo para trás, morto. Alguém correu na direção do pequeno guerreiro, mas sua visão estava cada vez mais turva. Só sentiu alguém firmando sua cabeça. – Aguente cara! Aguente!

– Carly? – Gaguejou o menino. Tudo estava ficando preto e as palavras foram morrendo...


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Muitos erros de Português né? Na minha opinião o capítulo ficou meio fraco, mas é só o começo, prometo caprichar mais.



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