Nate estava em sua tenda como todas as noites. Mas não estava dormindo.

Havia consultado um oráculo numa vila próxima.

Haviam dito que alguém próximo á ele morrerá daqui a três semanas, em Canaban.

Não conseguia pegar no sono.

Quem seria essa pessoa?

Enquanto Nate estava perdido em pensamentos, Jana, Elscud e Zira estavam interrogando Kin.

—Parece que você sabe sobre a Lady Renka. —Dizia Jana, séria— Conte-nos o que sabe, Kin.

—Como já devem saber, quando a Grand Chase Original destruiu Cazeaje, a essência dela foi para o submundo com desejo de vingança. Mas, só a essência foi para lá. Muitas das características de Lady Cazeaje continuam conosco, partes do maior mal que Ernas já sentiu.

—O que isso tem a ver com Lady Renka?

Pergunta Elscud, impaciente.

—Lady Renka é uma das características que a Rainha das Trevas (deixei esse apelido) que ficou, a Insanidade de Cazeaje.

—Como você sabe disso tudo, Kin? —Zira sustentava um olhar desconfiado á garota interrogada, por algum motivo, sabia que não podia confiar nela.

—Minha família foi morta por uma das características que Cazeaje deixou, elas se auto-proclamam “Divisiones”. Lady Renka é umas das Divisiones mais fortes que existem. Eu a espionei por muito tempo, então eu sei seu verdadeiro nome.

—Que é?...

—Insanie. A terceira favorita de Cazeaje. A primeira se chama Ambitionis e a segunda se chama Cogitatione. Elas são as três mais velhas, também.

— Zira, chame o Raymond. Diga que é para que elefique de olho nela novamente.

Uns minutos depois...

—DE NOVO?! EU LÁ TENHO TENHO CARA DE BABÁ? HEIN, ZIRA ZEPHYRUM?

—Pare de gritar, Raymond. E não fui eu quem ordenou que ficasse de olho nela, foi o Elscud, se quiser reclamar, reclame com ele.

Em um lugar não muito longe dali...

—Hey, olhe! —Um vulto espreitava nas sombras, chamando um segundo vulto.

—Um asmodiano? —O segundo vulto pergunta.

—Sim, sim! Não acha que ele é perfeito para nossa Mestra?

—Acho. Ela disse que queria um noivo com poderes negros.

—Vamos capturá-lo á noite, quando ele estiver dormindo.

Um tempo depois...

Nate estava sentado na grama, olhando para o céu, perdido em pensamentos (Nate filósofo), de repente ele sente uma presença ao seu lado. Era Hahna.

—Yo, Nate. Posso sentar ao seu lado?

—...

—Vou considerar isso como um sim.

A arcana se senta ao lado do ninja. Fitava sua expressão fria e seus rubros olhos distantes. Seu rosto belo e de feições finas; seu jeito quieto; o oposto de seu irmão, Elscud e seus cabelos rebeldes e brancos como a neve, pareciam tão macios!Sempro quisera tocá-los para ver se são realmente macios. Nunca tivera oportunidade de olhar para ele com tanta atenção como agora.

Nunca tivera coragem de falar com ele diretamente, não sabia sobre o que conversar, não sabia quais eram os interesses do misterioso garoto.

Nate pensava sobre a profecia, quem seria essa pessoa importante para ele que iria morrer? Não conseguia pensar em ninguém, tão importante assim para ele se importar com a morte dessa pessoa.

Seus pensamentos foram intenrompidos quando sentiu o olhar de Hahna em si. Ela o observava minuciosamente, como se quisesse guardar cada detalhe da aparência do garoto.

Sem agüentar muito o peso do olhar da garota, Nate vira seu rosto para a arcana, que cora violentamente e desvia o olhar. O garoto se permite dar um pequeno sorriso de canto.

“—Isso foi fofo. Ela até que é fofinha.”

Sem perceber, o ninja começa a rir.

A arcana olha para ele com uma carinha de criança emburrada (tipo, aquelas que eles ficam com as bochechas grandes e fofas).

—O que é tão engraçado, Nate?

—Você parece uma criança às vezes... Hahahahahahahahaha!

—Não tem graça.

—Não, é que você é fofa. Nem parece aquela temida arcana que ás vezes eu fico com medo...

Opa! Nate se deixou levar e acabou falando umas coisinhas que não deveria ter falado. Esperando que Hahna ficasse com raiva dele ou ameaçasse socá-lo, ela vez algo inesperadamente inesperado(massoque, Asuka?) ! Ela abraçou ele e disse:

—Não sabe como eu esperei para ouvir você me elogiando... —Pequenas lágrimas de alegria escapavam dos olhos da garota.

Nate ficou extremamente paralisado, não sabia o que fazer, nunca tinha ficado tão próximo á outra pessoa antes. Os cabelos roxos da garota eram sedosos, ela emanava um calor agradável. Sentia uma grande vontade de abraçá-la e beijá-la, mas não sabia qual seria a reação da garota. Não queria que ela tivesse medo dele.

Com Zira...

A andarilha caminhava calmamente pelo bosque que havia perto do acampamento.

Algo estava espreitando nas sombras. Esse algo sai das sombras de maneira veloz e derruba a andarilha no chão, era Lúcian.

—Yo, Zira-chan!

—Lúcian. Eu te dou dois segundos para sair de cima de mim.

Lúcian sai, mas assim que a garota se senta ele a abraça por trás e diz:

—Zira-chan, uma garota não pode ficar andando sozinha numa floresta (era pra ser um bosque, mas tudo bem), alguém pode fazer alguma coisa com você. —Ele completa dando uma mordida no lóbulo da orelha de Zira, que fica mais corada do que um pimentão. —E esse alguém pode ser mais tarado do que eu (eu acho difícil).