Pronto, eu disse. Não há nada mais que eu pudesse fazer. Agora ela sabe. “Eu tenho que ir... só me deixe sozinha. Por favor.” Hanna tentou tirar suas mãos das minhas, mas eu ainda continuava firme. Eu não a deixaria ir. Não agora. “Não me deixe assim. Diga alguma coisa. Qualquer coisa.” Eu confessei meus sentimentos mais profundos e ela queria simplesmente ir embora sem dizer ao menos uma palavra. Eu não podia aceitar isso. “O que eu deveria dizer? Eu... eu...” Essa deveria ser a parte em que ela fala ‘eu também te amo’. O pensamento do impossível passou pela minha mente. Era uma tolice da minha parte esperar uma resposta dela. Em primeiro lugar, foi tolice abrir minha boca. Eu soltei suas mãos.

Não havia nada que eu pudesse fazer. “Desculpa” Disse, me afastando. Parabéns, Billie Joe, você conseguiu foder com tudo. Parabéns.  “Eu sinto muito.” Olhei para cima e vi lágrimas nos seus olhos. Por que ela estava triste? Fui eu quem fiz essa merda toda. “Você não fez nada errado. Eu fui o único que foi estúpido o suficiente para... para dizer o que eu disse." Eu podia ouvir sua respiração profunda. Ela estava tentando se acalmar, mas não conseguia. "Não faça isso. Não faça isso contigo, Billie. Não vale a pena se sentir culpado por algo assim." Hanna estava sendo simpática? Comigo? Eu me aproximei de novo. Talvez muito perto, mas não me importo. “Eu não quero sua simpatia. Isso não é algo que vou superar de um dia para o outro. Acredite em mim, eu tentei.” Ela ainda estava ali, bem perto de mim. "Eu... Josh. Nós..." Eu sabia o que estava tentando dizer. “É, eu percebi. Você o ama.” Parecia que ela estava se desculpando. Isso só me fez sentir mais patético. Eu estava enlouquecendo. Senti uma raiva incontrolável crescer dentro de mim. “Ele está a deixando, e mesmo assim, você o ama.” Falei com um tom grosseiro. Eu podia ver que Hanna percebeu a mudança na minha voz. “Josh vai embora para ir pra faculdade. A faculdade lá era o que ele sempre quis. Se estávamos juntos ou não, seu objetivo sempre foi esse. E, aliás, eu não quero que ele desista de seus sonhos por causa de mim. Eu não valho a pena por esse sacrifício.”  

Eu a puxei pelo braço, e coloquei as mãos em seu rosto. "Se ele a trocou pela faculdade... talvez ele não é quem que se valha a pena lutar.”  Eu me perdi em seus olhos. Tudo em Hanna me faz apaixonar mais ainda. Nós estávamos tão perto que eu podia sentir a sua respiração. Ficar longe não era mais uma opção. Minha mente não tinha controle sobre o que eu estava fazendo. Pela primeira vez na minha vida eu estava completamente rendido para os meus sentimentos.  “Não escolhi me sentir assim. Por todo esse tempo, eu fiquei longe. Agora eu simplesmente não consigo mais.” Eu ainda estava olhando em seus olhos. Passei a mão pelo seu rosto para seu pescoço.  “Mas você tem.” “Eu não posso. Você...” As palavras não tinham sentido.  Nada que eu dissesse podia expressar o que passava pela minha mente agora. Inclinei-me e a beijei. Não foi como o beijo no Rod’s. Era tão diferente dessa vez. Não foi agressivo ou algo do tipo. Foi paixão pura. Minha mente ficou em branco. Eu não conseguia pensar em nada, exceto por ela. - seu cabelo, seus olhos, suas mãos, seus lábios. Dessa vez, Hanna não se afastou. Era como se tivesse se rendido. Eu queria que aquele momento nunca acabasse.

Eu senti suas mãos no meu peito. Ela se afastou e virou a cabeça para esquerda. “Apenas... não faça isso pior.” Então eu a olhei diretamente nos seus olhos e assim, ela retribuiu. Eu ainda podia ver lágrimas. E quando uma desceu sob seu rosto, ela foi embora.  E eu a deixei. Se deixá-la sozinha é melhor pra ela, acho que é isso que eu devo fazer.