Verdade Ou Consequência? escrita por Mariaa


Capítulo 3
Highway to Hell.


Notas iniciais do capítulo

Finalmente eu estou de volta com o esperado capitulo Marlene/Sirius.
Espero que gostem e ouçam as músicas do capítulo, que eu acho que super combinam.
Beeijos.
Maria.

Musicas: Like a Prayer: https://www.youtube.com/watch?v=79fzeNUqQbQ
Highway to hell: https://www.youtube.com/watch?v=qKggnBh2Mdw



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Lene

– Eu nunca mais vou para o céu depois disso. – Lene choramingou assim que se viu no espelho.

– Pelo menos você não foi obrigada a usar essas roupas de beata. – Emmeline reclamou, enquanto lutava com os botões de sua camisa, desistindo no meio do caminho e preferindo dar um nó na cintura. Se vovó Micknnon visse como seu último presente de aniversario estava sendo usado teria um enfarte. Outro.

– Hey, olha como fala de minhas roupas. – ela reclamou indignada.

– Ou o que? Vai rezar para minha alma perdida? – a garota se irritou quando Lene se atrapalhou toda com as fitas de sua blusa/corpete - Será que dá para andar logo com isso? Eu tenho uma festa de aniversário para ir.

– A minha. – Tonks, que fumava um cigarro despreocupadamente respondeu.

– Eu preciso passar em casa para me livrar disso. Antes de sonhar em aparecer em qualquer lugar público. Especialmente na sua festa, Tonks.

Reunindo toda sua coragem, Lene acabou de vestir a “roupa” de Emme que Dorcas tinha obrigado-a a colocar e se arriscou a sair do banheiro.

Por onde passava, homens assoviavam e ofereciam notas dos mais variados valores para que ela dançasse para eles.

- Eu nunca me senti tão humilhada em toda a minha vida. – comentou magoada, assim que encontrou James e Lily se agarrando num canto escuro qualquer.

– Não se esqueça do episódio do ano passado. Você disse a mesma coisa. – a amiga comentou, entediada.

– Mas daquela vez eu não estava traindo a minha irmã.

– Mas estava, como é mesmo? Ah, envergonhando toda a sua família e profanando a casa de Deus.

– LILY! –James exclamou e ela sentiu os olhos cheios de lágrimas. Por mais que suas amigas vivessem caçoando dela, para Marlene religião era algo sério.

– Eu sei, eu sei... Me desculpe Lene. Vamos procurar Doe e Sirius e acabar logo com isso, sim?


– Vejo que deixou o crucifixo. – Dorcas apontou para a correntinha que estava em seu pescoço desde sempre – Eu gosto. Dá um toque meio Madonna em Like a Virgin. Tudo a ver.

– DORCAS!

– Estou só brincando Marlene, nossa. – ela sorriu despreocupadamente, enquanto estendia um copo com algum liquido vermelho para a morena – Beba isso, vai te fazer relaxar.

A garota virou o conteúdo de uma vez só, percebendo tarde demais que aquilo continha álcool.

– Mas o que é isso? – perguntou, enquanto ainda sentia o liquido queimando sua garganta.

– “Sex on the Beach”. – Tonks riu – Achamos que seria legal. Para te inspirar, sabe?

– Droga!

– Esse negocio é bom mesmo hein? Ela já está até falando palavrão! – Emme comentou, debochadamente.

– Ah, deixem ela em paz. – Dorcas interrompeu. – Lene? Acho melhor você se apressar.

– Por quê? – ela perguntou, enquanto tentava tomar mais alguns drinks daquele antes de encontrar Sirius.

– Uhn, Six vai te dar carona até a festa e já deve ter uns bons quinze minutos que ele foi buscar o carro. – ela sorriu maliciosamente – É melhor correr se não quiser ficar a pé.

– E sem cabelo. – Lily acrescentou.

Marlene ainda podia ouvir as risadas de suas amigas quando tomou o último drink da mesa e saiu apressada para a portaria da boate, porém tudo o que ela podia pensar naquele momento era: Eu vou para o inferno, eu vou para o inferno...

– Hey Lene? – Sirius sorriu docemente quando ela entrou no carro – Achei que tinha desistido da carona. A propósito, belas roupas.

Ela arriscou uma olhada e um sorriso fraco em direção ao garoto, só para perceber que ele tinha a camisa toda desabotoada, provavelmente por alguma vadia.

– Você não se importa com isso, não é? – ele sorriu despreocupadamente quando notou para onde a garota olhava – Tive um acidente no caminho.
Ah Deus, eu vou mesmo para o inferno!



Durante quinze minutos, a garota permaneceu calada, tentando pensar em como seduziria Sirius.

A verdade é que, tirando o dia em que se vestiu de Cherrie Currie por causa de um desafio, ela não sabia ser sexy. Pelo contrário, Marlene era completamente sem sal.

Não era como Lily, com sua sensualidade divertida, ou Emmeline, a vadia da cidade, ou até mesmo como Camille, que mesmo embaixo de todas aquelas roupas ainda conseguia arrancar olhares desejosos de Sirius Black.

Pelo amor de Deus! Ela era só uma garotinha virgem e assustada! Virgem, sacaram?

– Lene? – Sirius a chamou.

– Uhn?

– Porque você está usando as roupas da Emme?

– Verdade ou conseqüência. – ela resmungou.

– Eu não acredito que vocês ainda fazem isso. Então é por isso que Dorcas me beijou e Lily finalmente ficou com James? – ele perguntou interessado.

– Sim.

– E presumo que sua prenda seja usar essas roupas na festa da minha prima, certo?

Ela congelou no banco do passageiro, sem saber o que responder.

– Lene?

Eu vou para o inferno, eu vou para o inferno...

– Lene, você tá legal?

Desesperada, ela olhou para a janela do carro, pensando seriamente em se jogar. Foi quando percebeu que estavam a dois quarteirões da casa de Tonks.

– MAS QUE DROGA, PÁRA A PORRA DO CARRO AGORA SIRIUS!!!



– Tudo bem ai? – ela desceu preocupada, enquanto Sirius avaliava o estrago.

Seus gritos tinham assustado tanto o garoto, que ao invés de pisar no freio, acabou acelerando e batendo com tudo em uma árvore.

– Já era.

– Me desculpe, eu...

– Olha Lene, tudo bem. Afinal de contas, o que você viu? Um cachorro, gato...

– Nada.

– Nada? MAS ENTÃO PORQUE DIAB... Por que você fez aquilo?

– Eu precisava conversar com você. – ela respondeu, no que esperava ser uma voz sedutora.

– E para isso tinha que quase matar nós dois? – ele perguntou irritado.

– Eu já pedi desculpa. Ta legal? – ela também estava sem paciência – A verdade é que o meu desafio...

– O que tem ele, Marlene?

– O meu desafio... AH, o meu desafio é você Sirius!

– Eu?

– Não, a burra da sua m... É, você!

– Não entendi. – ele murmurou confuso.

– Eu tenho que te seduzir, entendeu agora? – ela respondeu, sentindo vontade de se jogar no asfalto para que alguém a matasse e ela fosse para a merda do inferno de uma vez.

Mas as coisas só pioraram quando, de repente, ele começou a rir.

– Você... me seduzir? Você... você não seduz nenhuma mosca Marlene! Nãão.... cadê as câmeras aqui? Jaames diabo... pode sair de onde tiver se escondendo.

Ele chorava de rir, enquanto Marlene se irritava cada vez mais. Quer dizer, ela sabia que não era tãão especial quanto as amigas ou a irmã, mas não era tão ruim assim a ponto de fazer um cara rir só pela idéia dela tentando seduzi-lo. Ou era?

Quer dizer, depois do episódio do ano passado ela até recebia algumas piadinhas indecentes de vez em quando... Claro que a maioria vinha de Pettigrew, mas mesmo assim, eram piadinhas.

Marlene não sabia se foi por seu orgulho ferido, vontade de preservar os cabelos ou aquela maldita bebida que Dorcas havia lhe dado, mas quando percebeu estava prensando Black em cima do carro e sussurrando em seu ouvido, enquanto lhe dava leves mordidinhas:

– Vamos ver quem é que não sabe seduzir nenhuma mosca aqui, baby.



– Lene... – ele gemia, enquanto ela descia leves beijos por seu peitoral nu. – Lene, nós não podemos, eu... Eu namoro sua irmã porra!

– Isso não te impediu de beijar Dorcas, ou as quinhentas antes dela com quem você chifrou minha irmã. – A verdade é que ela não se importava. Tudo o que queria era provar a Sirius que ela poderia seduzi-lo, ou melhor, enlouquecê-lo. Só ali, só por hoje. Amanhã voltaria a ser a Marlene de sempre.

– Mas é que é diferente.

– Por quê?

– Porque... eu gosto de você. Por isso.

– Como? – ela perguntou, finalmente parando de beijá-lo.

– Eu gosto de você. Desde que te vi dançando no meio do sermão, ano passado.

– Se gosta de mim, porque começou a namorar Camille? – ela perguntou, desconfiada.

– Você é boa demais para mim, e ela foi o mais próximo de você que eu poderia ter.

– Eu não sou boa. Olha para mim, traindo minha irmã por causa de uma brincadeira estúpida.

– Você é. – Sirius segurou delicadamente seu queixo, obrigando-a a olhar para ele - É gentil, inteligente, se importa com os outros, não deixa ninguém influenciar sua maneira de agir.

– E o que é isso, então? – apontou para as roupas que usava.

– Você está sendo jovem. É bom fazer loucuras de vez em quando.

– Era para ser divertido. – ela comentou, melancolicamente.

– E é. Quer dizer, quando você pensou que poderia invadir um sermão do seu pai e dançar Cherry Bomb?

– Ninguém nunca vai me deixar esquecer isso, não é mesmo? – ela se permitiu rir um pouquinho.

– Não se depender de mim. – ele a olhou intensamente e a puxou para um beijo.



Marlene sabia que depois desse dia sua salvação estava condenada, mas pelo menos não morreria sem provar um pedaço do céu, porque era assim que ela se sentia beijando Sirius Black.

Talvez céu fosse uma palavra equivocada, ela pensou ao sentir as mãos de Sirius procurando o caminho de seus seios embaixo da camisa de Emme.

– MAS QUE DROGA É ESSA? - como se tivessem levado um choque, os dois se separaram para encontrar Camille Micknnon os encarando com um olhar assassino.

– Eu posso ex...

– EXPLICAR UMA OVA! QUER DIZER QUE ALÉM DE LEVAR CHIFRES DE METADE DE HOGSMEADE VOCÊ ME TRAI COM A MINHA PRÓPRIA IRMÃ? – ela batia em Sirius descontrolada – E VOCÊ, SENHORITA PERFEIÇÃO... QUER DIZER QUE EM CASA SE FAZ DE SANTA E É SÓ A GENTE VIRAR AS COSTAS E RESOLVE VIRAR VADIA?

– Cam, me desculpe, eu...

– CALE A BOCA. – Camille lhe deu um tapa na cara – Quer saber de uma coisa? EU DORMI COM REG, SIRIUS! NOVIDADE DO ANO, A NAMORADINHA QUE NÃO QUIS TE DAR A VIRGINDADE NÃO É MAIS VIRGEM, E FOI SEU IRMÃO, SEU PRÓPRIO IRMÃO QUE FEZ O FAVOR DE...

– Já acabou com a ceninha? – Regulus apareceu naquele momento, calmamente indo até Camille e a retirando de cima do irmão.

– Reg, o que você está fazendo aqui? – Sirius perguntou assustado.

– Bem, depois que a Emme mandou uma foto de vocês se agarrando para Hogsmeade inteira, eu resolvi achar essa doida antes que ela fizesse alguma coisa.

– É verdade que... – Sirius apontou para os dois.

– Sim.

– interessante.

– INTERESSANTE UMA OV...

– Ah, cala a boca Cam. Você bem sabia que o meu irmão sempre gostou de Lene, e estava com você só porque... bem, eu sei lá porque ele estava com você. Assim como você nunca gostou dele e só estava tentando me fazer ciúmes. Agora vamos para casa.

Lene assistia a tudo que se passava em sua frente sem acreditar no que estava acontecendo, e só ficou mais surpresa ainda quando sua irmã concordou com Regulus e pegou sua bolsa, entrelaçando seus braços.

– Mamãe vai te matar quando ficar sabendo. E ela vai.

– Conta pra ela e eu conto que você não é mais virgem. – já que ela estava mesmo perdida, não ia se ferrar sozinha. Pobre vovó Micknnon!

– Sua... vadia. – Cam gritou, antes de se virar e começar a andar pelo caminho contrário do que tinha vindo.

– Obrigada pelo elogio. – ela gritou de volta.

– Confesso que me surpreendi com você hoje. – Sirius comentou, assim que seus irmãos dobraram a esquina. Juntos.

– Por eu ter conseguido te seduzir? – ela perguntou, divertidamente.

– Não, pode não parecer, mas eu nunca duvidei.

– Mas você riu.

– De nervoso.

– Então meu desafio está cumprido. Vou a pé até a casa de Tonks.– ela apanhou suas coisas – Tchau Sirius.

– Tchau Lene.



– Hey, Lene? – ela tinha andando pouco mais de um quarteirão, quando ele apareceu. De guincho. - Quer uma carona?

– Claro. – ela riu e entrou no banco de passageiro.

– Sabe, - ele colocou as mãos em volta de seus ombros, assim que ela se acomodou a seu lado – eu gosto de andar assim, tenho as mãos livres.

– Isso é porque você não está dirigindo Sirius. – ela respondeu distraidamente enquanto procurava seu celular – Achei. Mas que droga!

– O que foi?

– Olha.

– Gostei da foto, posso salvar e colocar como protetor de tela? – ele riu safadamente.

– É sério.

– Eu sei. E ai, vai se vingar?

– E se eu for?

– Tenho algumas idéias.



– Acho que ela não reagiu muito bem. – Lene comentou distraidamente, enquanto entrava novamente no carro de Sirius.

– Concordo.

– Ah, que nojo! Mastigue antes de falar, Sirius.

– Desculpa! Mas já que eu não vou ficar para a festa, pelo menos um pedacinho do bolo eu tinha que roubar.

– Tudo bem. Sabe que Tonks vai te matar quando descobrir que você cortou o bolo antes da hora, não é?

– Ela não vai saber se você não contar.

Alguns segundos depois:

– Onde nós estamos indo?

– Sei lá. Paguei o cara para dirigir por ai a noite toda. Como eu disse, eu gosto de...

–... ter as mãos livres, eu sei. – ela riu divertida.

– Onde paramos? – ele perguntou, sedutoramente.

– Aqui. – ela respondeu, antes de puxá-lo para mais um beijo.


Ela até poderia ir para o inferno, mas faria questão de levar Sirius junto.


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Notas finais do capítulo

#LEIAM
Então galera, eu agradeço a todas que estão comentando, deixando reviews... maaas agora eu só vou postar quando tiver pelo menos uns 15, 20 comentários, ok?



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