Saga Novo Sol - Desejo Intenso escrita por Lucas Vitor


Capítulo 9
Capítulo 9 - Toda Ação tem uma Reação.


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mais saiu! (= Mais um capitulo fresquinho! Como eu já havia dito, tudo que fazemos tem um consequência. Estamos preparados para lidar com ela?



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Eu estava voltando pra casa, com raiva, com muita raiva. Eu queria destruir tudo e todos, cada dor que eu havia sentindo naquelas ultimas horas eu estava transformando em ódio, puro ódio! Eu me senti estranha, eu estava estranha, eu não era a mesma de antes , eu não queria ser.

Por quanto tempo eu sofri? O quanto eu sofri? Eu entendo se quem me fez sofrer não tivesse nenhuma relação comigo, mas minha família e meus amigos me fazerem sentir algo tão doloroso. Eu não podia aceitar isso!

Assim que cheguei em casa fui em direção a cozinha onde vinha algumas vozes. Edward apareceu e eu fui em sua direção.

– Eu estou cansada! – Rosnei.

– Calma Renesmee, você precisa se acalmar. – Edward segurou-me pelo braço.

– Me solta agora! – Puxei minha mão me desprendendo dele. Passei por Edward entrando na cozinha, fitei Seth que estava sentado em uma cadeira! – Você deve estar achando que eu sou o que?

– Nessie, deixa eu te explicar! – Implorou ele. Mas dei de ombros e parti em sua direção, fui rápida, o segurei pela camisa e o lancei janela a fora. A vidraça se partiu em milhares de pedaços. Seth voo uns 5 metros despencando do 2º andar. Senti uma pegada no braça, era Edward.

– O que você fez? – Ele gritou.

– Eu vou fazer cada um de vocês sentirem aquilo que eu senti, guarde isto! – Sibilei, mas Edward havia entendido. O empurrei e sai andando. Fui até o meu quarto, peguei minha bolsa, coloquei algumas roupas dentro e sai pela janela. Já estava no chão quando pisquei. Olhei para o lado e Edward estava amparando Seth que estava gemendo de dor, pudia ouvir os osso da costela dele instalarem. Mas me concentrei no que eu estava fazendo, sai andando floresta a dentro.

Eu não estava costumada a ser a garota má, mas tudo o que estava sentindo naquele momento era algo muito ruim. E eu precisava me por tudo para fora, ainda que fosse da pior maneira. No momento em que lancei Seth pra fora da cozinha, por uns instante desejei não ter feito aquilo, mas eu já havia feito. E de certa maneira eu havia me sentido bem, como alguém que tivesse acabado de desabafar com o melhor amigo. Mas ele era o meu melhor amigo, mas também ainda estava cheia de ódio e precisava esvaziar tudo o que tinha dentro de mim.

Depois de correr quilômetros floresta a dentro, parei abeira de um precipício. Um lugar comum para minha família, mas eu já estava na reserva. O sol estava quase se pondo e em alguns minutos o dia se passaria a ser noite, mas eu não me importava. Sentei em uma pedra enquanto observava o sol partir. Contudo acabei me cansando um pouco e acabei deitando na pedra, pegando no sono. Ainda longe, podia ouvir o som de uma cachoeira não muito distante, os pássaros que ali passavam e alguns outros animais. Também conseguia ouvir barulhos de carros e motos que atravessavam a estrada a poucos quilômetros. Eu estava emersa em uma outra dimensão, talvez fosse um sonho. Porque eu também podia ver e ouvir minha mãe que me segurava no colo me fazendo acariciando, eu estava sorrindo. Edward estava ao nosso lado segurando um copo cheio de sangue e no chão um corpo desconhecido. Talvez fosse um pesadelo!

Abri os olhos assustada. Levantei rapidamente, e fitei o sol nascendo. Na imensidão do mar a minha frente algumas dúzias de barcos e lanchas se cruzavam como em um passeio. Corri de volta a minha casa. Eu não estava preocupada por ter passado uma noite fora, mas não gostava de deixar meus pais sem noticia, ainda que não estivesse falando com eles. Ao me aproximar da casa, percebi que estava abandonada. Com a vidraçaria quebrada, e poeira por todo o lado, não havia nenhum sinal dos meus pais por perto. Os móveis estavam irreconhecíveis, me deu um nó na garganta. Olhei por toda a casa e nada. Ouvi um barulho, uma batida de coração, corri até o lado de fora. Um senhor do cabelos brancos se aproximava da casa.

– Algum problema minha jovem? – O Senhor caminhava em minha direção.

– O que aconteceu aqui? – Perguntei enquanto reparava sua postura e sua roupa.

– Nada! – Ele ergueu uma das sobrancelhas. – Esta casa já esta inabitada há uns 30 anos. – 30 o que? Fiquei perplexa com o tempo, esse senhor só poderia estar confuso, havia um dia que eu deixei minha casa...

– Isso deve ser um equivoco por sua parte já que deixei essa casa ontem a tarde! – Franzi a testa.

– Isso nunca será um equivoco de minha parta já que cuido dessa casa desde que os Cullens partiram! Cuido para que ninguém invada, é uma boa casa apesar de tudo! – Eu não estava realmente acreditando no que ele estava dizendo, mas parecia tudo tão verídico. Voltei a olhara para minha casa, e todas as provas estavam bem ali. Nenhuma casa ficaria daquela maneira de um dia pro outro.

– Você sabe por que eles partiram?

– Bom, lembro me que naquela época eu era um jovem rapaz e não sabia nada sobre os Cullens e os outros vampiros, mas houve uma batalha e os Cullens acabaram indo embora e nunca mais voltaram! - O que ele sabe sobre os vampiros? Como assim?

– Como o senhor sabe dos vampiros? – Franzi a testa novamente.

– Quem não sabe? Tivemos que aprender a conviver com eles durante todo esse tempo, foram tempos difíceis. – Ele se aproximou, com um semblante sério. – Como s chama minha Jovem?

– Renesmee, Renesmee Cullen! – E sorri.

– Então é uma Cullen, mas como vejo não sabe de nada o que tem acontecido nos últimos 30 anos!

– Não mesmo... É uma longa historia! – O fitei, e por um instante me lembrei de tudo que havia acontecido na ultima noite que estive com meus pais. E foi me dando uma falta de ar, e meu coração foi apertando. E tudo começou a girar, senti o senhor me segurando, porém tudo continuou a rodar e tudo se apagou.

Assim que abri os olhos novamente, percebi que já não estava mais perto de casa. Levantei e vi que estava a beira do precipício que havia pego no sono, ainda estava escuro. O meu coração estava acelerado. Voltei correndo até minha casa. As luzes estavam todas acessas, eu podia ouvir as vozes de Edward e da Minha mãe que estavam na sala. Me apressei e entrei atravessando a porta.

– Tudo foi um sonho! – Suspirei.

– O que foi um sonho querida? – Perguntou minha mace se aproximando de mim.

– É melhor deixar para lá! – Fitei Edward. – Como está Seth?

– Ele já esta melhor, acho que deveria ir vê-lo. – Ele respondeu.

– Amanha eu vou até a reserva.

– Nessie, estávamos pensando em você! – Minha mace segurou minha mão.

– Não precisam ficar escondendo nada de mim, não sou mais uma garotinha! – Devolvi.

– Nós erramos, tem que nos perdoar!

– Eu ainda estou muito chateada com o que aconteceu, não será tão fácil processar isso tudo! Agora vou ao meu quarto, preciso de um bom descanso. – Dei as costas a eles e sai. O sonho que tive durante meu cochilo na floresta me fez refletir que tudo o que fazemos tem consequências, por isso voltei pra casa, mesmo ainda chateada com a minha família, não podia deixa-los. Mas ainda sim havia um buraco no meu peito e eu simplesmente não sabia o que fazer com isso!


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? O que acharam das atitudes de Nessie? Ela tem o direito de estar chateada, com raiva? E ela precisa perdoar sua família por eles terem mentido a ela?



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