Lágrimas Na Escuridão escrita por Raquel Wright


Capítulo 1
Capítulo 1




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Deitei-me na cama com uma sensação demasiada horripilante de que estou caindo cada vez mais fundo em um abismo, com sua escuridão, a tristeza e o único som audível para mim é o meu grito de desespero. Presumo que nunca serei feliz e não sobreviverei no meio desde mundo cruel habitado por pessoas desalmadas e frívolas que não se preocupam e também não amam ninguém além de si mesmos.

A vida para algumas tristes almas, é baseada em tristeza e desespero, alguns sentem dores intermináveis em sua alma e outros sentem dores físicas. A diferença entre elas é simples e ao mesmo tempo complexa, a dor física pode melhorar com o uso de remédios adequados, mas as dores na alma são intermináveis e nenhum remédio tem o poder de curá-la, nenhuma fórmula e em alguns casos, nenhuma oração.

Eu faço parte do grupo de pessoas que sentem dores terríveis na alma e tenho a mais absoluta certeza que nenhum remédio poderá curá-la. Tenho um corte tão profundo que nunca irá cicatrizar, independentemente das circunstâncias.

Peguei meu travesseiro e comecei a chorar convulsivamente, sorte que eu estava sozinha em casa, pois, do contrário estaria tendo uma briga neste exato momento com qualquer pessoa presente no apartamento.

Como eu sinto falta dos meus pais- pensei comigo mesma- que morreram em um trágico acidente de carro. Eu estava em casa naquele dia e meus pais saíram a fim de irem à uma festa de uma amiga da família e quando voltaram, meu pai bateu o carro em uma estrada e capotou.

Na época, eu tinha dez anos, e como não tinha nenhum parente mais próximo a fim de me adotar, fui mandada para para um orfanato. Como eu sofri naquele lugar horrível, todas as garotas daquele lugar juntavam-se para debochar de mim e a que mais implicava comigo era uma garota de dezesseis anos chamada Liza. Oh, como eu a odiava, sei que não faz bem sentir ódio por alguém, mas eu sentia um verdadeiro ódio por ela.

Fiquei dois anos naquele inferno antes de um simpático casal me adotar. Anna- uma mulher que trabalhava no orfanato, muito simpática por sinal- disse que eu tive muita sorte de me adotarem, porque eles costumam adotar bebês de poucos meses de vida.

Passei a morar com Tom e Helen- meus pais adotivos- e com o passar do tempo, comecei a considerá-los meus pais, pois eu  respeitava e os amava muito e eles correspondiam a esse sentimento.

É óbvio que senti uma falta imensa dos meus pais biológicos e soube que nunca ninguém iria substituí-los, mas eu passei a amar muito meus pais adotivos.

Levantei-me da cama rapidamente e fui me arrumar para ir à faculdade. Chorei mais um bocado e pensei em como teria sido minha vida se meus pais biológicos não tivessem morrido.

Peguei a chave do meu carro, minha mochila e entrei no elevador.





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Notas finais do capítulo

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