Sinnoh Dreams - Pearl Saga escrita por Jachn


Capítulo 5
Capítulo 5. Estarei Sempre Ao Seu Lado.




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Já era meio dia. Dawn e Lucas agora almoçavam na lanchonete do Centro Pokémon. Os dois comiam silenciosamente, e Dawn ainda não tirara o seu "sonho" da cabeça.

Depois de comer, a garota se levantou, subiu para seu quarto, pegou sua bolsa, e foi embora do Centro Pokémon, sem ao menos aviar Lucas. A menina sentia um pouco de medo, afinal, ela poderia colocar a vida de Lucas em risco! Andava pelas ruas de Jubilife, sua cabeça era pega por pensamentos ruins, e de fatos horríveis que poderiam afetar Lucas. Lembrando que em seu "sonho", Lucas foi substituído por um boneco! Imagina o que aquela organização, que pode ou não existir, poderia fazer com o amigo que tanta ama?

— O que eu farei? Não quero deixar o Lucas... Mas também não sei viver sem ele... Ou será que sei? — perguntou Dawn para si mesma, enquanto andava lentamente enquanto olhava para o chão. — Lucas... Você me trouxe felicidade... E não desejo de trazer sofrimento... — disse ainda sem olhar por onde andava.

Por não olhar para frente, Dawn acabou por esbarrar em um homem, fazendo-lhe cair no chão. Depois do tombo, olhou para cima pra ver quem era, e pôde perceber que era um moço alto, mas magro. Usava roupas esquisitas, acompanhadas de um chapéu. Ele tinha cabelos negros, e encantadores olhos.

Ao perceber que tinha derrubado uma garota, o homem levantou Dawn, limpou as vestes da menina, e logo conferiu se Dawn teria se machucado com o tombo.

— Tire a mão de mim! — exclamou Dawn dando um tapa na mão de Riley.

— Algum problema, moça? — indagou recuando, mas mantendo um sorriso.

— Não cara, nenhum! A única coisa é que acabei de ser derrubada por um homem esquisto, e logo depois ele começou à me limpar como se eu o conhecesse. Mas é normal isso né? Acontece com qualquer um! — disse Dawn sarcasticamente.

— Oh, desculpe, desculpe. Meu nome é Riley. — apresentou-se tirando seu chapéu. — Tudo bem com você?

— Mais ou menos... Na verdade, não. — disse ainda muito desconfiada.

O que Dawn fez? Acabou de dizer que não está bem, justo para um homem que recém conheceu! Aquilo era loucura! Sem sombras de dúvidas! Ele deu uma risada, pôs a mão na cabeça de Dawn, e sorriu.

— Quer falar de seu problema comigo? — perguntou Riley com a mão na cabeça de Dawn, e logo caminhando, levando a garota consigo.

— Não... Sei... — disse Dawn com dúvidas.

— Tudo bem, eu sou confiável. — falou, ainda levando a garota consigo.

Dawn apenas acompanhava o homem... Por mais estranho que seja... Ele parecia confiável, e muito! Tentaria se abrir para o cara, mas jamais baixaria sua guarda, e dificilmente, confiaria nesse sujeito.

— Ok. Se não quer me falar, então tchau. — disse Riley, tirando a mão da cabeça de Dawn, e logo indo embora.

— Espere! — disse Dawn parando o homem. — Tudo bem... Acho que você é a única pessoa em que eu posso me abrir, mas não pense que confio em você! — disse Dawn segurando a camisa do homem.

— Tudo bem. — disse ele, seguido por uma risada.

Os dois foram até uma praça que ficava em Jubilife, sentaram-se em um banco da praça, compraram um sorvete, e logo começariam uma conversa.

— E então, garota, qual é o seu problema? Aliás, qual o seu nome? — indagou, tomando o seu sorvete.

— Meu nome é Dawn McHall... E meu problema é.. Bem...

— Tudo bem, pode contar. E por mais que seja difícil, confie em mim.

— Não. — respondeu diretamente.

Riley não soube como reagir com aquela resposta. Apenas ficou quieto, afinal, ele sabia que era difícil a menina acreditar em um estranho. Mas mesmo assim, tinha certeza de que a garota falaria de seus problemas.

— Tudo bem então... Apenas me diga. — respondeu ele educadamente.

— Eu estou com medo...

— De quê?

— Sabe... Eu nunca fui feliz, nunca! — disse começando à contar como era a sua vida antes de conhecer Lucas.

Riley ouviu atentamente à cada palavra de Dawn. Em certas partes da história, o homem parava pra pensar no tal assunto citado, mas logo voltava a prestar a atenção na garota, que contava sobre a sua vida.

— Certo, mas ainda não entendi qual o problema. — disse, depois que ouviu a garota falar de como era sua vida antes de conhecer Lucas.

— Então...  Depois que eu e Lucas saímos nessa aventura, coisas estranhas vêm acontecendo! — falou Dawn.

— Tipo o quê? — indagou Riley.

— Primeiro um garoto rouba nossas mochilas, depois devolve do jeito que estavam, sem constar que ele desapareceu com o vento! E ontem... Bem... O ocorrido de ontem sim é a minha grande preocupação. — disse Dawn, cada vez com o tom mais triste.

— Você pode me dizer o que aconteceu ontem?

— De repente comecei à ouvir sons vindo do Centro Pokémon. Foi então que percebi que todos ali presentes eram bonecos... — pausou Dawn, mas logo voltou à contar.

Dawn contou tudo sobre seu misterioso sonho, não deixou escapar nenhum detalhe. Riley se irritava cada vez mais com a história, parecia que ele conhecia cada personagem do conto de Dawn. Assim que a garota acabou, Riley ficou com mais medo que Dawn.

— Então, você tem medo de que eles possam machucar aquele que você ama? — perguntou Riley, em um tom triste.

— Isso mesmo!

— Quer protege-lo, certo?

— Sim!

— E acha que se ele souber disso, acabará te deixando para não se machucar?

— Talvez... Acontece que não sei viver sem ele...

— Mas se ele te ama mesmo, enfrentará esses problemas ao seu lado. E ao contrário do que você pensa, tu saberá muito bem viver sem esse garoto. Não viveu esse tempo todo sem ele? Se você foi forte o suficiente para aguentar sua vida de solidão e infelicidade, vai saber viver sem um amigo, por mais difícil que seja.

— Você não entende! O Lucas só me traz felicidades! Enquanto eu... Apenas trago problemas para ele... E eu não sei viver sem ele! Tenho medo de ser infeliz novamente! Tu não sentiu, a dor que eu senti, e ainda sinto... O Lucas é a minha força!

Riley já estava cansado de tanta baboseira que ouviu agora a pouco, ele se segurava para não explodir com a menina.

— Entende por que eu não sei viver sem o meu amigo Lucas?

— Não! Sinceramente não! Mas sei o que quer dizer... Você é uma grande guerreira com um passado triste... Que ainda é muito fraca, acha que sua armadura é aquele rapaz. Mas com o tempo você vai amadurecer, e perceber que a sua armadura, é você. E finalmente, despertará a poderosa guerreira que vive dentro de você!

Dawn surpreendeu-se com as falas de Riley, seria mesmo verdade? Será que ela sabe viver sem esse amigo que tanto ama? Será que ela é uma forte guerreira? Mais dúvidas foram plantadas na cabeça da jovem Dawn. Mas de uma coisa Riley tinha certeza, essa garota não vai perder para seus medos, derrotará um por um.

Ficaram um bom tempo em silêncio, até que Dawn avistou duas pessoas que não gostaria de ver, e são eles Black e Moon, executivos da Team Dark. Ao ver eles, chegou à conclusão de que o ocorrido não era um sonho! Abraçou Riley rapidamente.

— O que aconteceu? — indagou Riley, surpreso.

— São eles! — apontou para os executivos, enquanto se derramava em lágrimas.

Ao ver tais executivos. Riley levantou-se do banco, e foi falar diretamente com os vilões, que por algum motivo, estavam passeando naquela praça.

— Black, Moon, vocês chegaram ao limite! — exclamou Riley furioso, enquanto se aproximava dos dois executivos.

— É o nosso amigo Riley. A quanto tempo não é mesmo amigão? — debochou Moon com um sorriso.

— Cale a sua boca, idiota! — gritou Riley. — Como tiverem coragem de atacar uma garota? — indagou furioso, enquanto apertava os punhos.

— Que garota? — perguntou Black, mas logo percebendo Dawn lá no banco. — Ah, a nossa escolhida? — brincou.

Riley já tinha se irritado, estava prestes à explodir, mas conseguiu se segurar.

— Vocês não prestam! — xingou.

— Olha quem falando, o nosso parceiro, que nos traiu! — exclamou Moon, lembrando-se do passado.

— Aquilo está no passado... Você sabe! — gritou Riley, agora um pouco mais calmo.

— Mas nunca esqueceremos. — disse Black, mantendo sua postura de melhor executiva da Team Dark.

— Ok. Mas aproveitando que a garota está lá, vamos pegá-la Black? — perguntou Moon com um sorriso no rosto.

— Claro. — respondeu a executiva.

— Só se me vencerem! — berrou Riley, parando os dois.

— Com todo o prazer, vá, Steelix! — disse Moon.

— Vamos lá, Empoleon! — disse Riley, sacando a Pokébola.

Os dois Pokémons se posicionavam ali no campo do parque. As pessoas ao redor pararam o que estavam fazendo, e passaram à prestar atenção na incrível batalha que estava prestes á ocorrer.

— Empoleon, use o Hydro Cannon! — mandou Riley.

— Steelix, quebre o Hydro Cannon com o Iron Tail! — berrou Moon.

Empoleon disparou uma forte esfera d'água, que cada vez mais, pegava impulso, mas o ataque foi parado com a força da calda de Steelix ao acertar o golpe lançado pelo pinguim.

— Droga! — reclamou Riley.

— Thunder Fang!

Steelix avançou rapidamente com suas presas sendo rodeadas por uma massa de eletricidade, e apertou Empoleon fortemente, e logo depois, o lançou longe.

— Essa não... Riley... — disse Dawn, tremendo lá no banco.

— Empoleon, levante-se e use o Ice Beam!

Empoleon levantou-se rapidamente, e disparou um raio de gelo da sua boca. Riley tinha esperança de que o golpe causasse um grande dano á Steelix, mas infelizmente, não surtiu quase nenhum efeito.

— Droga! Esses Pokémons estão muito fortes!

— Steelix, mande esse Empoleon para longe com o Iron Tail!

Steelix avançou, jogou Empoleon longe, e fez o pinguim bater em Riley, fazendo os dois voarem rapidamente para longe.

— Riley! — berrou Dawn se levantando do banco e começando correr até Riley.

Dawn saltou do banco rapidamente mas foi interrompida por Black, que a jogou no chão. A executiva ria alto, pegou Dawn pela gola, e a ameaçou.

— Ou você vem com nós, ou seu amiguinho sofrerá por você! — ameaçou Black, segurando Dawn pela gola.

Black soltou Dawn, e ficou de pé na frente da garota, que agora estava caída no chão. Logo em seguida, Moon foi para o lado de Black, e os dois ficaram fitando Dawn, que agora se derramava em lágrimas. Riley foi nocauteado, e ela agora, não tem outra opção a não ser se unir à Team Dark para trazer a paz ao mundo.

— Vamos, executiva Dawn. — falou Moon.

— Eu não quero... — disse ainda caída no chão, e se derramando em lágrimas.

Black estava prestes a pegar Dawn pela mão, quando acabou por receber um choque elétrico, fazendo-lhe lançar longe. Levantou-se rapidamente, e pôde ver que se tratava de Lucas e Elekid.

— Lucas... — falou Dawn observando o garoto enquanto estava atirada no chão.

— Fiquem longe dela! — berrou Lucas furioso.

— Lucas, fique longe de mim! Eles te machucarão! Acho melhor a gente se separar... — berrou, mas ainda assim mantendo um tom triste.

Depois das palavras de Dawn, Lucas foi recebido por um Iron Tail vindo de Steelix. O garoto foi arremessado para longe, fazendo Dawn chorar mais ainda, e provocar risadas dos executivos.

— Eu não me importo... — disse Lucas levantando-se. — Eu nunca vou me separar daqueles que amo! Nunca! Lutarei até o fim para defender todos! E se vocês encostarem mais um dedo na Dawn, juro que pagarão por isso! Porque eu... — disse agora ficando de pé, mas escondendo seu rosto com sua boina. — Amo a Dawn muito mais do que qualquer um pode se imaginar! — berrou tirando sua boina.

Todos que assistiam aquilo, se emocionaram. Era uma prova de amizade, ou até mesmo de amor, que ninguém imaginaria. Mesmo que Dawn traga apenas perigos para Lucas, o garoto não a deixaria. Afinal, já prometeu que ele nunca a iria abandonar. Ao ouvir o tal discurso de Lucas, Dawn se derramou em lágrimas, e apenas observava o menino, que transmitia sua raiva.

— Lucas... — disse antes de desmaiar.

.............................


O sol da manhã batia no rosto de Dawn, a garota abria seus olhos lentamente, e pouquinho por pouquinho, podia notar a sala em que estava. Após acordar, a garota notou que estava em um local bastante esquisito, só tinha uma cama, e uma mesa ao lado.

— Onde eu estou? — perguntou pra si mesma, se levantando.

Dawn observou a sala, e notou um bilhete e uma Pokébola na mesa ao lado da cama que estava deitada. A menina pegou o bilhete, e leu.

"Cara Dawn, se estiver lendo isso, desejo que fique com essa Pokébola. Nela fica o meu Empoleon que eu usei na batalha contra a Team Dark. Percebi que você não têm Pokémons fortes para se defender, então, apenas aceite.


– Riley"


Dawn ficou surpresa um pouco com o bilhete, mas tudo bem, pensou. Pegou a Pokébola, e guardou em sua mochila. Logo em seguida se levantou, e foi embora daquela sala.

— Certo, agora é só tentar saber onde estou. — disse Dawn, observando o corredor que ligava a sala onde ela estava.

A garota andou lentamente por aquele enorme corredor, naquela passagem tinha inúmeras portas, cada uma com um número. A sala era formada por janelas; portas; quadros e um tapete enorme com a cor azul.

Dawn caminhava pelo corredor olhando para todos os lados. E depois de tanto andar, finalmente pôde encontrar uma escada que dava para o andar abaixo. Ao descer, notou que estava em um museu. Ficou confusa, e andando para todos os lados, perguntado para todos onde estava, mas os visitantes apenas a ignoravam.

— Alguém me diz onde estou... — disse triste.

— Você está no museu de Oreburgh! — disse um homem que acabara de sair do laboratório do museu.

— Quem é você? — indagou Dawn virando-se para ver de quem se tratava.

— Sou Roark. Rocke Roark. — apresentou-se.

— Como vim parar aqui? E onde está o meu amigo Lucas? — indagou Dawn desesperadamente.

— Ele está no laboratório. Venha comigo e eu explicarei tudo o que aconteceu com vocês. — disse puxando Dawn até uma porta onde dava acesso para o laboratório.

    Roark levou Dawn até o laboratório, onde estava Lucas, que por sinal, se encantava com tudo que tinha no laboratório. Quando o garoto viu sua amiga entrando com Roark, correu para abraça-la. Os dois ficaram um bom tempo se abraçando, até que perceberam o que estavam fazendo. Depois disso, Roark levou-os até uma sala onde localizava-se uma enorme janela, dois sofás cor vermelha, e uma mesa.

— Sentem-se. — disse Roark mostrando o sofá para os jovens sentarem.

Lucas e Dawn sentaram-se no sofá, e logo depois, Roark sentou no outro.

— E então, o que aconteceu com nós? — perguntou Lucas.

— Bom, primeiramente, devo dizer que todo mundo está falando da batalha que teve na praça de Jubilife. — disse seriamente.

— Todos? — indagou Dawn.

— A maioria... Mas ok. Depois que vocês dois, e mais o outro rapaz desmaiaram, a ambulância veio, porém, os hospitais de Jubilife estavam lotados, e a cidade mais próxima era Oreburgh. Mas, ao virem pra cá, descobriram que aqui também está lotado. Então meu médico se ofereceu para cuidar dos outros pacientes. — explicou.

— E onde estão os outros? — perguntou Lucas.

— Foram embora faz três dias.

— Três dias? A quanto tempo estamos aqui? — indagou Dawn.

— Quatro dias... Pelo jeito se machucaram mesmo.

Dawn levantou-se do sofá, e ficou em choque! Afinal, nunca imaginou que ficaria tanto tempo desmaiada, mas pelo menos agora, algumas dúvidas foram embora.

— Com licença, mas sabe se nessa cidade tem um ginásio? — perguntou Dawn, agora voltando ao normal.

— Eu sou o líder, mas amanhã eu não estarei presente, então minha afilhada ficará lá, ok? — perguntou Roark, se levantando do sofá.

— Tudo bem... — respondeu Dawn.

Lucas levantou-se, e foi para o lado de Dawn, os dois jovens ficaram observando Roark, que estava cada vez mais incomodado. Mas depois de alguns minutos em silêncio, finalmente alguém tocou em um assunto.

— Agora vocês já podem ir para um Centro Pokémon. Amanhã já podem ir ao ginásio. — explicou Roark abrindo a porta.

— Obrigado. — agradeceu Lucas se retirando. — Espero te ver algum dia. — respondeu indo embora.

— Não há de quer. Eu ajudaria qualquer um. — disse corado.

Lucas e Dawn se retiraram do museu, e agora finalmente, estariam indo para o Centro Pokémon. Além de que conseguiram um enorme atalho para a cidade de Oreburgh. Entretanto, os medos de Dawn só aumentavam. Pelo menos tinha Empoleon para lhe proteger, mas isso não era o suficiente. Desejava não sair de perto de Lucas, para nada acontecer com seu amado amigo. Mas agora Dawn tem que esquecer seus problemas e sorrir, afinal, amanhã finalmente terá sua primeira batalha de ginásio. A garota mal pode esperar! E para descobrir o que vai acontecer, fique ligado!

Continua


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