Desejo Sombrio escrita por Cami Costa


Capítulo 6
Capítulo 5: A origem


Notas iniciais do capítulo

Tá aí pessoal mais um capitulo!!!



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Part. 01: Edward

As pessoas começaram a correr desesperadas, os raios eram tão violentos que não parecia natural, corri para fora da praça para ajudar algumas pessoas por ali. Olhei para longe da praça onde vi a Bella, ela estava com os olhos vermelhos, as mãos erguidas de uma forma que ela parecia atrair os raios, como ela conseguiu escapar? Como está conseguindo usar os poderes?

Tive que fazer alguma coisa alguém poderia vê-la ao qualquer momento, os raios aumentaram logo toda a praça estava completamente alagada, o palco havia sido destruído, as mesas com a comida haviam sido levadas pela água. A água já estava bem um pouco abaixo do meu peito, era completamente difícil chegar até ela, mergulhei entre as águas e consegui chegar perto dela.

Ao redor dela não havia água, senti um arrepio passar por todo o meu corpo enquanto saí da água.

–Bella pare! -Gritei mais ela pareceu não ouvir.

Ela parecia estar em algum tipo de transe hipnótico, corri o mais rápido que pude, ao redor dos seus olhos estavam marcas pretas, o sinal de sua mão esquerda brilhava. Aquela não parecia ser a mesma garota que eu conheci tentando se jogar de um penhasco.

–Bella! -Gritei novamente dessa vez eu estava mais perto dela.

Um raio caiu entre nós, eu caí no chão olhando para ela quase na minha frente, eu tinha que ser forte, tinha que pará-la antes que algo ruim acontecesse. Me levantei quase sem folego e pulei para perto dela, eu a abracei.

Os olhos delas voltaram para a cor castanha, não havia mais manchas escuras, o seu sinal havia parado de brilhar, os raios pararam, a chuva parou.

–Calma eu estou aqui, estou com você. Vai ficar tudo bem. -Sussurrei em seu ouvido.

Senti a sua respiração ofegante, ouvi o seu coração bater era como se nós estivéssemos conectados.

–Me leva embora daqui. -Ela falou enquanto chorava.

A segurei, ela estava respirando muito lentamente, seu coração quase não batia mais, olhei para ela. Ela havia desmaiado em meus braços. Fiquei tão desesperado que não sabia para onde leva-la, pensei em deixa-la novamente no porão mais os empregados estavam na porta.

Ela estava quase acordando, eu precisava levar ela para o meu quarto mais não tinha como passar pela sala, pois os meus pais deveriam estar lá.

–Para onde vai me levar? -Ela sussurrou fracamente em meus braços.

–Preciso te levar ao meu quarto sem que os meus pais percebam. -Respondi.

Ela colocou suas mãos na minha cabeça.

–Preciso que se concentre agora. Feche os olhos e pense em seu quarto detalhadamente, por favor. -Ela falou.

Não entendi o que ela queria, mais mesmo assim o fiz. Fechei os meus olhos e imaginei o meu quarto, senti um vento em meu rosto e quando abri os meus olhos estávamos no meu quarto.

Se não fosse tão real eu podia jurar que tinha sido um sonho, como chegamos ao meu quarto sem darmos um passo se quer. Era como se tivéssemos nos teletransportados. Olhei para ela, ela não estava bem como se tivesse enfraquecendo a cada minuto.

Coloquei-a na minha cama e a cobri com meus cobertores, ela estava dormindo, parecia um anjo.

Part. 02: Bella

Acordei com uma enorme dor de cabeça, fui me lembrando aos poucos do que aconteceu ontem, a cama estava com o cheiro dele. Comecei a vê-lo com outros olhos, afinal ontem ele havia me ajudado.

–Oi! -Ele sorriu.

–Oi.

–Trouxe um chá, vai te ajudar. -Ele me entregou à pequena xicara azul.

–Você viu o que aconteceu comigo ontem, não foi? -Perguntei.

Ele balançou a cabeça positivamente.

–Não faz sentido. -Exaltei.

–O que não faz sentido? -Ele sentou ao meu lado.

–Você sabia do que aconteceu com as minhas tias e não me cotou nada.

–Eu só estava tentando te proteger.

–Me proteger de quê? -Aumentei o tom da minha voz.

–De você. -Ele sussurrou -Você viu o que aconteceu ontem, você estava completamente descontrolada se eu não parasse você teria matado todos nós.

–Seria melhor morrer do que estar sentindo o que eu estou sentindo agora. -Bufei.

–Não fala isso, você não sabe o quanto eu fiquei preocupado com você. -Agora ele amentou o tom da voz.

–Ótimo, eu ganhei a sua preocupação e perdi as minhas tias. -Ironizei.

Abaixei a cabeça e fiquei em silêncio, ele andou até a mesinha de seu quarto, onde pegou alguma coisa e voltou a mim. Abriu a minha mão e colocou o colar das minhas tias.

–Como consegui isso? -Perguntei.

–Estava com as suas tias. O que ele representa?

–É um amuleto, segundo as minhas tias ele protege quem está com ele.

–Você vai me contar, o que você é? -Ele voltou a se sentar ao meu lado.

–Achei que já estivesse claro. -Sorri.

–Eu quero ouvir a história toda da sua boca. -Ele sorriu.

–Eu preciso que você prometa que não vai contar a ninguém, porque eu vou quebrar um pacto de 170 anos.

Peguei a mão esquerda dele e a coloquei em cima da minha, como um juramento.

–Eu prometo. -Ele olhou fixamente nos meus olhos.

–Há vários anos surgiu um amor proibido entre dois humanos de classes sociais diferentes, o homem se chamava Allan, era um duque que estava em segundo lugar à linha de sucessão ao trono e prometido a princesa Iara, a moça Marjore era filha de alguns alquimistas, que faziam poções e de certa forma alguns feitiços. Allan e Marjore se apaixonaram mais suas famílias e toda a sociedade nunca aceitaram esse relacionamento, Allan chegou a se casar obrigado pela princesa Iara para salvar a vida de Marjore. Durante o casamento Allan continuava a se encontrar escondido com Marjore, até que desse amor surgiu uma criança chamada Kira. A princesa Iara descobriu a traição e mandou matar os dois, como não conseguiu encontrar a criança ela pediu a alguns alquimistas para jogarem uma maldição na criança, e Kira cresceu uma bruxa muito poderosa.

–Então você está me dizendo que você é uma descendente dessa tal Kira? -Ele me perguntou entusiasmado.

–Sim, todas as bruxas que existem no planeta são descendentes da Kira. Alguns anos depois ocorreu uma guerra entre bruxas, algumas queriam viver normalmente com os humanos já outras queria dominar a Terra. Nós bruxas fomos classificadas em Meritis as que queriam dominar o planeta e as Liares, como eu gosto de dizer as bruxas do bem. Como do número de Liares era muito superior as Meritis, as Liares venceram a guerra e prenderam todas Meritis em uma caverna com um feitiço que só uma Liare pode remover. Assim as Liares conviveram com os humanos sem saberem da verdade, é claro que muitas lendas surgiram mais nada havia sido comprovado, pelo menos até essa semana.

–Nossa é incrível. Mais e você? Qual é a sua história?

–Bom eu fui criada pelas minhas tias Cloe e Meredith, a única coisa que eu sei sobre o meu pai é que ele e minha mãe se conheceram em Salém, ele abandonou a minha mãe enquanto ela ainda estava gravida, e dois dias depois do meu nascimento a minha mãe desapareceu. Isso é tudo o que eu sei, minhas tias nunca me contaram a história toda.

–Então você não sabe nada sobre o seu passado?

–Infelizmente eu nunca vou saber.

–Como funciona os poderes em vocês? Vocês são imortais? Como sabem fazer feitiços? -Ele fez várias perguntas sequenciadas.

–Nossa vida segue um ciclo, as doze anos despertamos poderes simples e conseguimos ler alguns feitiços do livro mágico, que cada família tem. Aos dezoito nossos poderes se tornam completos e aos trinta nos tornamos imortais.

–O livro mágico da sua família é aquele que você estava com ele?

–Sim, só uma pessoa da família consegue lê-lo. Como eu não cheguei aos dezoito ainda eu só consigo fazer alguns feitiços simples, eu ainda não consigo ver os mais específicos.

–Quem matou o Sr. Clearwater?

–Eu não sei, não fomos nós. Eu juro.

–E você não tem nenhum suspeito?

–As minhas tias desconfiaram das Meritis mais isso não é possível já que todas estão presas. Eu sou um pouco diferente das outras bruxas, eu sou uma previsora consigo ver fatos que já aconteceram ou eu ainda vão acontecer.

–Então você pode descobrir quem o matou. -Ele exaltou.

–Não é tão simples assim, eu não controlo essas visões elas simplesmente aparecem.

–Você já tentou?

–Eu não tenho poderes suficientes para fazer grandes feitiços ou para projetar as minhas visões, você viu o que aconteceu ontem quanto maior for o feitiço mais eu vou enfraquecendo.

–O que nós vamos fazer?

–Eu não posso fazer nada por enquanto. Tenho que esperar os meus dezoito anos para poder tentar alguma coisa.

–Quando você vai fazer aniversário?

–Daqui a um mês, no dia 01. -Sussurrei.

–Acho que você pode esperar aqui durante esse tempo. Mais precisamos de um disfarce para você não posso te esconder durante um mês.

–Eu queria te pedir desculpas por tudo de ruim que eu te disse, pelo o que eu fiz ontem.

–Tudo bem, eu entendo o que você estava sentindo mais preciso que se controle.

Nós sorrimos, conversar com o Edward me fez bem, era como se ele tivesse o dom de me acalmar de cuidar de mim.

–Quero que fique com esse amuleto, vai proteger mais a você do que a mim. Nunca tire ele do bolso, eu vou ficar mais tranquila se eu souber que você está com ele. -Entreguei a ele o amuleto que ele pôs no bolso.

Em seguida nós fomos interrompidos, alguém bateu na porta.

–Edward, você está aí? -Gritou a voz de uma mulher.

Edward e eu ficamos assustados.


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Notas finais do capítulo

E aí curtirão? Continuem acompanho essa história...
Bjs...



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