Em uma bela manhã de sábado típica em Rosewood, George Montgomery acordava de um sonho empolgante e na casa de sua prima Aria. O garoto morava lá a pouco tempo, e tinha acabado de voltar de Londres onde tinha feito uma visita para seus pais rapidamente. Ele está na cidade desde que uma brilhante proposta de trabalho para sua mãe surgiu e não o levou junto. Antes vivia em Nova York em um mundo onde só existe a alta sociedade exclusiva de Manhattan ou algum outro bairro chique e luxuoso. De qualquer forma George aceitou muito bem a ideia de uma Mini-City ou pelo menos ele acha isso.

– Bom dia! - Falou sorrindo animado descendo as escadas ainda de pijama.

– Bom dia! - Mike e Aria falaram em coro enquanto colocavam os preparativos na mesa para o café da manhã.

George pegou um suco de laranja e colocou em um copo, Mike pegou umas maças e Aria tirou o leite da geladeira, sentou-se na mesa acompanhado dos primos e comeu uma torrada com a quantidade perfeita de manteiga, ele não pode deixar de notar que a prima estava mandando um olhar estranho e indecifrável para ele, que ao mesmo tempo era engraçado e preocupante. Soltou um riso abafado que chamou a atenção de Mike. O mais novo esta mastigando forte um pedaço maça que parecia maior que a boca. Dessa vez foi Aria que riu.

– Então, gente eu vou sair hoje. Tenho uma coisas para fazer se a Ella perguntar. - Falou George se levantando da mesa e arrumando sua bagunça.

Logo o garoto se vestiu e escovou os dentes, deu uma bagunçada nos cabelos enrolados como fazia sempre e sorriu para o espelho apontando o indicador para a imagem e o dedão para o teto enquanto piscava para si mesmo. George pode parecer um garoto tímido e meio perdido, mas isso antes de ter a oportunidade de conversar com ele. Não demora muito a começar a se soltar e se enturmar, só não toma a iniciativa. Depois se descobre que ele é um cara divertido, super alegre e animado! Mas ele acaba se prendendo nas pessoas e é muito protetor com seus amigos e isso pode ser muito bom as vezes, ou não. Todos acabam gostando dele, simples e simpático, querido por todos, é alguém totalmente honesto e fiel as pessoas. Se esforça para se dar bem com todos e é bem arrojado. Talvez seu único e maior defeito seja o Orgulho. Isso, George é muito orgulhoso e isso as vezes isso atrapalha e o mete em brigas. Mas por sempre fazer todos rirem com coisas divertidas e se encantarem com seu jeito doce, acabam esquecendo disso.

Estacionou o carro na frente de uma loja de fotografia. Tudo estava ótimo até ver uma cena que mudou tudo. Saindo da loja com uma caixa -a mesma que Carol entregou a Nathy- estava Natalie, ela olhava preocupada para todas as direções e segurava o embrulho com firmeza incrível. George decidiu esperar ela ir embora, mas algo impediu. Logo quando ela ia atravessar a rua, que por sinal estava vazia a não ser por um carro ao outro lado da rua, um vulto vestido inteiramente de preto e com um capuz a derrubou no chão e pegou o pacote, saindo correndo passando bem em frente a George. Sem saber o que fazer o garoto saiu do carro e persegui-o o vulto, não antes de olhar para Nathy de relance, Jade, Gaby e Lucy haviam descido do outro carro e corriam em direção a loira.

Correndo que nem um louco George se aproximava da pessoa que parecia cada vez mais cansada. Mas ele não pensava em pegar o pacote para devolver, na verdade apenas queria a caixa por causa de Aria. A morena havia contado para o primo sobre o estranho acontecimento na casa de Natalie, a prima até mostrou uma foto em que uma caixa exatamente igual a essa estava nas mão de Carol e ele sabia que o que quer que estivesse ali dentro, devia ser algo de A. Ou então o vulto -que ele sabia que era A ou algum servo de A- não estaria atrás disso.

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Enquanto isso outro garoto, Nicholas Griffith, olhava o lindo dia pela janela de sua casa. Ele morava na mesma rua que Hanna mas isso não é algo que ele goste muito na verdade. Seus pensamento eram dos mais variados e focados apenas em dois: Chocolate e Suco de Uva. Para onde fosse ou com quem estivesse, isso nunca poderia faltar em suas coisas, era sua única regra, que no momento havia sido quebrada. Ele levantou-se depressa e pegou um casaco no armário, olhou-se no espelho rapidamente e desceu correndo as escadas. Passou que nem um jato pela porta e deparou-se com Hanna ao outro lado da rua. Ele se lembrou de quando ele chegou na cidade, Hanna gordinha sempre tinha chocolates e isso sempre o deixou feliz, claro que durou muito pouco pois Alison desapareceu no mesmo dia e logo Han nunca foi a mesma.

Nick então continuou andando até chegar em um pequeno mercado, pegou muitos chocolates que durariam um mês para qualquer pessoa comum, mas com ele acabava em menos de uma semana. E seu precioso suco de uva, daqueles em caixinhas, já que não tinha as garrafas grande para levar para casa. Se dirigiu ao caixa feliz da vida, olhou de relance pela loja. Um vulto preto o observava. O homem/mulher logo desapareceu. Nick sacudiu a cabeça espantando os pensamentos e terminou a compra. Ao sair do lugar um vento fresco fez voar seus cabelos cor de fogo. Fogo... na rua em frente tinha uma pequena casinha em chamas. Pessoas saiam desesperadas e um tumulto se formou ao redor. Nicholas ficou paralisado, apavorado e sem saber o que fazer. Acordou do transe ao ouvir sirenes do que pensou ser os bombeiros e se pôs a correr. Correu o mais rápido que pode sem se importar aonde estava indo, querendo ficar apenas cada vez mais longe do fogo. Suas pernas já não aguentavam mais -apesar de seu pulmão resistir a respiração ofegante- quando finalmente cansa e para em um banco para descansar. Olha em volta, nem sinal de fogo. Solta um suspiro aliviado e abre um de seus chocolates enquanto toma seu suco de uva. Nick morria de medo das chamas de um incêndio, morria de medo de qualquer tipo de fogo.

Seu celular vibrou com uma nova mensagem. Cheio de anseio pegou o aparelho: “Gostou da surpresa que armei para você? Cuidado, da próxima vez será a sua casa. E não vai ser o chocolate ou suco de uva que vão te salvar. Beijinhos em Chamas -A” Aborrecido Nick fechou os olhos e imaginou-se na sua antiga casa, com seus pais, com sua vida, com sua irmã e o melhor, sem -A perturbando sua vida. As vezes ele se perguntava porque fugiu? Seria vantagem voltar depois de tudo o que passou? Talvez não, aqui agora em Rosewood a mais ou menos 2 anos ele se sente feliz, livre além de que nunca abandonaria suas novas amizades e principalmente novos amores.

Logo levantou-se e foi ai que se tocou que estava longe demais. Passou um bom tempo e a tarde já estava no fim. Com dificuldade andou até um ponto de táxi mais adiante. Que na verdade foi apenas sorte estar ali, não existem muitos táxis em Rosewood. Ele estava muito cansado e pensativo. Entrou no carro e falou o destino. Ocupado demais mentalmente não viu que o motorista vestia um estranho moletom preto que cobria seu rosto e apenas assentiu sem soltar uma palavra. Nick se despertou e se tocou de que realmente não havia táxis em Rosewood e que esse não era o caminho de sua casa. Tentou em vão abrir a porta do carro um erro fatal. A pessoa de preto notou e acelerou o carro. A essa altura a lua já brilhava alto no céu. Pegou seu celular e ligou para Emily, que era como sua irmã de tão unidos, mas Nick não tem certeza se ela atendeu. Na rua da frente viu algo que apenas piorou a situação. Um incêndio, um incêndio muito maior do já tinha visto em toda a sua vida. Um prédio inteiro em chamas. E o carro estava indo diretamente para dentro dele. Desmaiou atordoado antes mesmo de saber o que ia acontecer com ele.