Ladrões Da Noite escrita por Hypnos Black


Capítulo 1
Aparências e Consequências




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Aparências e Consequências

O dia apenas começara e ele já prometia ser cheio de afazeres para uma certa pessoa que tinha acabado de levantar.

Cansada, mas feliz com alguns eventos muito lucrativos da semana anterior, a pessoa misteriosa se dirigiu à cozinha, colocou a mesa do café, ligou a cafeteira e se largou na mesa da cozinha apanhando o jornal do dia.

Assim que começa a ler a manchete de um dos cadernos, sua expressão completamente calma se altera.

À medida que lia a reportagem, seus olhos estreitavam-se cada vez mais e seu rosto passava a ter uma expressão fria e séria. Após a leitura sua decisão já estava formada.

Alguns assuntos teriam que ser resolvidos. E hoje mesmo.

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Hospital Municipal Infantil do Câncer 7:20 AM

O hospital estava cheio de pacientes. Em um dos leitos, uma garotinha de 5 anos aguardava que o médico começasse a lhe fazer uma sutura. A criança sempre teve pavor de hospitais, mas a calma e a atenção que o médico lhe dava a deixavam segura.

- Só mais um pouco. Já está acabando. Pronto disse o médico lançando um sorriso à garotinha Está terminado.

- Ela realmente se sente mais calma com você, doutor. Ela o adora disse a mãe da garotinha

- Imagina! Ela é um doce de paciente.

- Obrigada, doutor Mu.

- Disponha!

O rapaz começa a se afastar para ver mais um paciente. Aquele caso já era um pouco mais complicado, mas nada que ele não pudesse resolver. Apesar da pouca idade, Mu já era um dos residentes mais influentes e respeitados do hospital.

Sua caminhada é interrompida pelo toque de seu bipe. O rapaz pega o aparelho e ao ler a mensagem da meia volta imediatamente. Seu paciente teria que esperar. Agora ele tinha um sério assunto para resolver.

Xxx

Sidney Fashion Week, 8:00 AM

Estava quase tudo pronto para o começo do desfile. Estilistas de diversos países aguardavam com ansiedade aquele desfile que seria comandado por um estilista muito jovem, mas que já era considerado um gênio por todo o mercado.

- Senhor Afrodite, começamos em 5 minutos.

O rapaz assente quando seu celular começa a tocar.

- Algum problema senhor? seu assistente pergunta.

- Preciso sair Informa Afrodite, sério, ao desligar Segura as pontas aí?

O assistente concorda e, em menos de 10 minutos, Afrodite já está na rua.

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Tribunal Federal de Sidney

Finalmente o tão esperado julgamento iria começar. Uma poderosa indústria farmacêutica estava sendo acusada de ter um componente cancerígeno em um de seus remédios.

- A promotoria está pronta? pergunta o juiz.

- Sim, senhor o promotor responde.

O que mais intrigava jornalistas e outros destacados profissionais de direito era a idade do promotor.

O doutor Dohko era o melhor e mais respeitado promotor da região. Um rapaz que amava a justiça e defendia os necessitados com garra e uma força impressionante, muitas vezes esmagando seus adversários.

- A defesa está pronta?

- Não senhor! Solicitamos um adiamento até amanhã.

O caos tomou conta do tribunal. Dohko estava prestes a protestar quando é interrompido pela vibração de seu bipe. Ele olha discretamente a mensagem e aceita o adiamento. Surgia um novo assunto para resolver.

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Escola Pública de Sidney

As aulas de Educação física eram aguardadas com ansiedade pela maioria dos adolescentes daquela simples escola. O professor Aiolia era o mais querido docente de todos. Além de ser jovem, ele sempre sugeria novos jogos e levava a sério as opiniões de seus alunos, fazendo com que todos o respeitassem.

Por esse motivo a garotada ficou triste com a falta do professor, pois ele alegara assuntos pessoais.

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Bolsa de Valores da Austrália

A bolsa de valores era sempre tumultuada, mas aquela manhã estava simplesmente insuportável. Os mais antigos profissionais já se acostumaram a competir com um jovem rapaz que estava pegando fama em toda área de trabalho.

Ousado e agressivo, o rapaz fora apelidado de Máscara da Morte, mas nessa manhã ele estava bem calmo e retraído. Seus colegas fizeram cara de espanto ao vê-lo se retirar subitamente da sala. A bolsa de valores teria que esperar. Sua outra obrigação lhe chamava.

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Agência Publicitária Dreams Always

A campanha estava em pleno vapor. Milo era o mais talentoso publicitário da região. Seu trabalho já decolava internacionalmente, todos o admiravam.

- Senhor Milo, o telefone está chamando disse sua secretária.

- Obrigado.

Ao ver quem estava do outro lado da linha o semblante do rapaz se modificou. Pediu a secretária para adiar seus compromissos do dia. Um imprevisto surgira.

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Laboratório de Pesquisas da Universidade da Austrália

Finalmente, a importante pesquisa estava em sua reta final. O geneticista Shaka e sua equipe coordenavam os testes finais com células troncos. Se os estudos dessem certo, muitos pacientes com doenças neurológicas teriam seu sofrimento diminuído e muitos deles teriam a doença vencida.

No meio da manipulação da célula o bipe do rapaz soou, tirando sua concentração.

- Já vai tão cedo, doutor Shaka? questiona sua assistente ao vê-lo tirar o jaleco.

- Trabalho! É só o trabalho! Tchau. o rapaz se despede ao tomar o caminho da rua.

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Sede da Microsoft da Austrália

Hoje seria um dia importante para os técnicos de informática da poderosa empresa. Um dos mais jovens técnicos acabara de desenvolver um curioso chip que seria implantado em todos os computadores distribuídos pela Microsoft.

O prestígio de Aiolos não era pra menos. O rapaz chefiou o projeto que ajudaria deficientes físicos, auditivos e visuais a mexer com o computador.

A sua volta, a equipe comemorava o sucesso, mas Aiolos estava distante e sério, segurando seu bipe. Ninguém reparou quando o rapaz começou a se distanciar lentamente, em direção a rua.

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Ministério da Economia

A sede do ministério estava relativamente calma essa manhã.

Sentado em sua mesa, conferindo alguns relatórios de gastos, Saga era o mais responsável da equipe do ministro. Suas idéias eram objetivas e simples de serem colocadas em prática. Em pouco tempo, o rapaz conseguia impor seus talentos, ofuscando funcionários antigos.

- Torres, adie a reunião da tarde para amanhã pediu Saga

- Sim, senhor! concordou o estagiário enquanto Saga se levantava e saia do prédio.

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Sede Regional da ONU

O domínio territorial da Rússia era um assunto que deixava muitos diplomatas de cabelos em pé. Todos, menos Aldebaran, que com jeito calmo e bastante jogo de cintura conseguia fazer com que todas as partes fossem ouvidas, sem maiores dores de cabeça e grandes confusões a ponto de resolver de uma vez por todas aquele problema.

Mas, aquele assunto teria que esperar; surgira outro, muito mais problemático.

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Shura e Kamus trabalhavam juntos na construção da nova sede da prefeitura. Kamus era o melhor e mais respeitado engenheiro elétrico da área; Shura ocupava a mesma posição, mas na área da arquitetura. O trabalho de ambos era muito admirado por suas equipes, mas nessa manhã, graças a uma eventualidade, seria posto a escanteio.

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A sala de reuniões de uma grande multinacional estava quase vazia depois da reunião. Exceto pela presença do vice-presidente. Kanon estava esparramado em uma das cadeiras, sério e pensativo; em seu bolso ele acabara de guardar seu bipe, após ler sua mensagem. Aquela noite seria complicada.

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Shion era o único de folga naquela manhã. O rapaz era o melhor da área de relações internacionais. Nos raros dias de folga que possuía, o rapaz só pensava em descansar dos longos dias exaustivos.

A tranquilidade do apartamento fora interrompido pelo telefone tocando. Ao ver quem era Shion, abre um meio sorriso.

Xxx

Sidney, Austrália, 14:30 PM

Fazia um imenso calor quando Mandy chegou ao distrito policial para o trabalho. A moça tinha longos cabelos acaju caindo pelos ombros e os olhos castanho-esverdeados se destacavam com sua pele pálida.

Assim que pisou em sua sala, uma outra oficial, parceira de trabalho, foi em sua direção, lhe entregando alguns documentos, pedidos pela garota no dia anterior.

- Excelente comemorou ela feliz, passando os olhos pelas informações Dessa vez eles estão ferrados!

- Vamos pegá-los e, de quebra, a pessoa que está por trás deles comemorou Katy, uma outra oficial de olhos azuis e cabelos negros que também trabalhava no caso.

- O que estamos esperando? perguntou Cássia fingindo impaciência Vamos acabar com isso logo.

- Vamos com calma, meninas, a noite é nossa Mandy acalmou os ânimos.

Enquanto todas comemoravam o que parecia ser a resolução do caso, Susie, outra agente, levanta-se de sua mesa e sai andando para a rua, a jovem estava muito agitada enquanto esperava atenderem sua chamada.

- Shion? Tenho algumas informações que possam lhe interessar.

Anoitecia quando Kate e Mandy deixaram o distrito policial, muito contentes com a possível conclusão do caso em que trabalhavam havia meses; Estavam quase dobrando o quarteirão da delegacia quando Susie as alcança, ofegante:

- Meninas, preciso falar com vocês. Estão com pressa? perguntou a jovem com um sorriso amável no rosto

- Não, Susie, pode falar disse Kate, alegre.

- Vamos passear um pouco propôs a garota, ainda sorrindo.

Surpresas, mas sem desconfiar de nada, as duas concordam e Susie as conduz para uma pracinha não muito longe dali, o lugar era meio isolado, cheio de árvores altas e imponentes que dificultavam a visão das pessoas que não andavam pela praça; um imenso e largo lago completava a paisagem. A praça estava deserta, exceto pela presença das três moças.

- O que houve Susie? perguntou Mandy, já incomodada pelo isolamento do lugar.

- Estou avisando isso como amiga começou Susie em tom de súplica.

- Fala logo, cacete! interrompeu Kate, irritada.

- Preciso que vocês parem de investigar aquele caso. Estou falando sério, parem, vocês não sabem no que estão se metendo.

Mandy encara a outra como se tivesse escutado mal o que ouvira.

- Não vamos encerrar porra nenhuma rosnou Mandy Estamos a um passo de prender os envolvidos.

- Então não me deixam outra escolha disse Susie, erguendo o braço com uma expressão triste.

A ação fora muito rápida. Antes das duas garotas perceberem a cilada preparada por Susie, dois rapazes saltam das árvores inesperadamente, agarrando as duas por trás com firmeza.

- E ai Mandy, beleza? cumprimentou, sarcasticamente, o que a segurava.

- Kanon! exclamou surpresa.

- Saga! gritou Kate e virando-se para Susie berrou revoltada VOCE TRAIU A GENTE, SUA CRETINA! COMO PÔDE?

- Kanon chamou Saga em tom de alerta, o irmão concordou com a cabeça, e os dois tiraram pequenos lenços do bolso, colocando-os sobre o nariz e a boca das jovens. As garotas entraram em desespero mas, por mais que lutassem, não conseguiam se libertar. A luta não dura muito e as duas oficiais desabam inconscientes no colo dos rapazes.

Susie se aproxima dos quatro, cautelosa.

- Então é isso? To caindo fora comunicou a garota.

- Mas é muito ingênua essa aí, não? perguntou uma voz fria e irônica de um rapaz se aproximando do grupo.

- Shion? perguntou Susie intrigada, o rapaz confirmou com a cabeça sem tirar os olhos da garota.

- O que quer dizer com isso? perguntou Susie, intrigada com os olhos violeta do rapaz.

Shion nem se dá ao trabalho de responder. Rápido como um raio, ele saca a arma e atira; Um orifício negro abre-se no meio da testa da garota que cai sem nenhum ruído, com uma expressão de surpresa estampada no rosto.

- Andem logo, vocês dois mandou Shion, ríspido, se retirando da praça. Os gêmeos sustentam Kate e Mandy no colo com mais firmeza e saem atrás de Shion.

Xxx

Eram duas da manhã quando Nina, Any e Tina deixaram o distrito após acabar o plantão do dia. Cansadas, mas felizes com os resultados alcançados naquele dia, as três finalmente chegam em casa para um merecido descanso. Após guardarem o carro na garagem, Any e Nina sobem logo as escadas que levavam a sala, entrando dentro da casa; Tina, no entanto, fica ali mais um pouco, sozinha, arrumando algumas coisas com a chave do carro ainda na mão.

Depois de tudo arrumado, a garota estava prestes a apagar a luz da garagem, completamente distraída, quando, de repente, um vulto a agarra por trás e a puxa de volta, fechando a porta do cômodo e encostando uma faca em sua garganta; a ação fora tão rápida que Tina nem teve tempo de gritar um pedido de ajuda, limitando-se a apenas obedecer às ordens dirigidas a ela.

- Fica quieta! Vai ser pior se você gritar ordenou o vulto com uma voz baixa e calma.

- Shaka! exclamou Tina num sussurro Você não vai sair dessa! ameaçou irritada.

O loiro nem liga para a ameaça, apenas informa com a voz ainda baixa.

- Quem pode ajudá-la agora? pergunta cínico Máscara da Morte e Mu já estão dentro da casa, é o seu fim e de suas amigas.

- Vocês podem nos matar mas viram outras rosnou Tina, com ódio.

- Estaremos prontos para elas disse Shaka e foi à última coisa que Tina ouviu antes de desabar no chão.

Fazia um intenso frio nessa madrugada. As ruas estavam desertas exceto pela presença de dois rapazes que caminhavam indiferentes ao frio que fazia e a hora tardia. Os dois eram muito parecidos. Ambos possuíam olhos castanhos e cabelos castanho-claros.

O mais novo deles estava sentado em um banco com um celular nas mãos. O mais velho caminhava pelos quarteirões a espera de algum sinal.

Dez minutos depois o rapaz se levanta fazendo sinal para o outro se aproximar. Silenciosamente, os dois escalam o muro de uma casa entrando pela janela.

Adele chegou em casa morta de sono, a amiga que morava com ela ainda não tinha chegado do trabalho, mas não se preocupou com isso.

A garota toma um rápido banho e vai para o quarto, sem nem se preocupar em acender a luz. Cansada, Adele veste uma roupa qualquer e se prepara para deitar.

De repente, sem aviso algum, alguém a agarra por trás, joga-a na cama e sobe em cima dela em seguida. Neste instante, Marie chega em casa.

- Adele, você ta aí? perguntou Marie alegre

Para evitar que Adele gritasse, alertando a outra, o estranho pressiona a mão em sua boca.

- Fique quieta - ordena num sussurro.

"Que estranho..." pensou Marie "Ela deve estar dormindo, é isso" conclui.

Antes de subir para o quarto, Marie vai para a cozinha tomar água. Depois de se certificar que estava tudo trancado, a garota sobe para o quarto sem fazer barulho, pois ela pensava que Adele já dormia e não queria acordá-la.

Ao abrir a porta, Marie se depara com uma cena inesperada.

- Marie, cuidado, atrás de você avisou Adele com um grito.

- Quê? perguntou a garota, surpresa.

Foi muito rápido. Antes de Marie pensar em sequer fazer alguma coisa alguém já a jogava na cama e subia em cima dela, sem a menor cerimônia.

- Aiolos! exclamou Adele.

- Aiolia? questionou Marie.

- Os irmãos Andras exclamaram as duas ao mesmo tempo.

- O que querem aqui? perguntou Adele, com ódio.

Os rapazes não dão a mínima atenção ao tom da oficial. Aiolia brincava com uma pequena faca. Aiolos permanecia calado como se dissesse que a cena o entediava.

- Só vamos disser isso uma vez começou Aiolos em tom irônico - É bom ficarem ligadas se quiserem ver sua amiga de novo com vida.

- O que vocês fizeram com ela? perguntou Marie lutando para se libertar.

- Nada, ainda respondeu Aiolia com um sorriso malvado Pelo menos eu acho que ainda não. Talvez o Kanon já tenha cuidado dela.

- Acabaram as indagações? Aos negócios então falou Aiolos animado.

Adele e Marie não estavam nem um pouco interessadas em facilitar a tarefa dos dois irmãos. As duas se debatiam sem parar, atitude que já estava começando a irritar os dois.

- Queremos saber apenas uma coisa continuou o Andras mais novo, finalmente se irritando Onde vocês esconderam aqueles documentos?

- NÓS NUNCA DIREMOS ISSO A VOCÊS desafiou Marie pronunciando cada sílaba separadamente.

Aiolos tomou as rédeas da situação. Pegando a adaga do bolso o rapaz começa a cortar de leve o rosto de Adele. Marie fica desesperada.

- Ainda acha que estamos brincando? perguntou friamente Onde estão essas porras de documentos?

Marie suspirou. A vida de sua amiga estava em suas mãos.

Ginny tinha acabado de chegar em casa. Estava muito satisfeita e feliz com a possível resolução do caso que estava trabalhando.

Se Mandy estivesse certa, elas estariam colocando não só os ladrões como também o chefe deles atrás das grades e, assim, com esse pensamento encorajador, a garota abre a porta de casa procurando Cássia, a amiga que dividia a casa com ela.

-Cássia, cadê você? questionou a garota.

Nenhuma resposta. A casa estava silenciosa.

"Onde ela foi parar?" pensou, atordoada.

Caminhando pela sala, a garota ascende à luz dando de cara com Cássia deitada no sofá.

Pega de surpresa, Ginny dá um pulo para trás assustada.

- Acorda Cássia, aqui não é lugar de dormir bronqueou a garota, sacudindo a amiga.

- Acorda, caramba! gritou Ginny.

Nenhuma resposta. Preocupada, Ginny passa a mão pelo rosto da amiga, notando que Cássia estava muito gelada.

"Meu Deus, ela está..." pensou Ginny, correndo apressada para o telefone, a fim de fazer uma ligação; A pressa e o nervosismo eram tantos que a garota nem nota a aproximação lenta de dois vultos em sua direção, isso só lhe ocorre tardiamente, quando um dos vultos segurou com firmeza suas mãos:

- A brincadeira termina aqui, oficial informou um rapaz com voz fria e entediada.

- Cássia! O que fizeram com ela? gritou Ginny, revoltada.

- Não esquenta, o Shura vai cuidar dela prometeu o rapaz, sarcasticamente.

Milo caminhava tranqüilamente pelas ruas desertas. Agindo com naturalidade o rapaz para em frente a um estacionamento 24 horas.

Milo entra no estacionamento com cuidado. O vigia dormia então, foi fácil, muito fácil encontrar o carro que procurava. Chegando perto do alvo e agindo com a maior calma Milo se abaixa enfiando-se embaixo do veiculo.

Com o auxílio de uma afiada adaga, o rapaz faz um pequeno furo embaixo do motor; O óleo flui lentamente para o chão. Milo sorri de leve.

Em pouco tempo os freios do carro se tornariam inúteis.

Milo já se retirava do estacionamento quando escuta duas vozes de garotas se aproximando.

O rapaz abre um sorriso maligno.

Estava quase amanhecendo quando Satti e Luna deixaram o barzinho onde passaram a noite inteira comemorando o fechamento do caso em que trabalhavam. O trabalho fora muito longo e cansativo, mas felizmente tudo estava acabado.

- Somos demais, Luna comentou Satti alegre Resolvemos finalmente aquele caso.

- É verdade Luna concordou Mas agora é hora de irmos para o trabalho, senão o comandante vai nos matar...

Satti concordou com a cabeça e acrescentou ainda brincando:

- É melhor tomarmos um café antes. propôs a garota brincando Pega mal aparecermos bêbadas em pleno distrito.

Rindo e brincando, as duas moças param o carro na estrada e entram em uma cafeteria 24 horas. A cafeteria se localizava em um local isolado, bem de frente para uma grande ribanceira, e as garotas estavam tão relaxadas e despreocupadas para notarem os olhares lançados pelo rapaz que as atendia.

- Vão querer o que, senhoritas? perguntou o rapaz de cabelos castanhos.

- Dois cafés, por favor. pediu Luna a ele.

Sorrindo malignamente, o rapaz se afasta fazendo um sinal para outro rapaz muito alto.

O pedido chegou, as xícaras ficaram vazias em um instante; em poucos minutos Satti e Luna começam a sentir uma ligeira tontura e sono. Não demorou muito e logo elas desabavam inconscientes. Os dois rapazes se aproximaram rápido.

- Depressa, Aldebaran o efeito não vai demorar muito informou Dohko, segurando Luna no colo.

Rapidamente, os rapazes colocam as garotas desmaiadas no carro em que as duas viajavam. Depois de ajeitar uma das garotas, Aldebaran puxa o freio de mão do carro; esse começa a se locomover lentamente. Sem dificuldade, Aldebaran e Dohko empurram o veículo em direção a ribanceira. O trabalho estava concluído.

O dia acabara de nascer. Pessoas andavam apressadas para chegarem ao trabalho; crianças corriam alucinadas, atrasadas para a aula. As ruas estavam entulhadas de gente que corriam de um lado para outro, ocupadas com seus próprios afazeres.

No meio desse caos, um rapaz elegante, que mais parecia um modelo, estava sentado, descontraído no banco da praça lendo um livro, parecendo alheio à confusão ao seu redor.

Antes de ir para o trabalho, Lana parou em um café local a fim de comprar um capuccino. Com a bebida na mão, a garota refaz seu caminho quando um rapaz distraído tromba com ela derrubando toda a bebida nas roupas e no rosto de Lana que berra:

- Merda!

Logo que notou a besteira que tinha feito, o rapaz fica todo sem graça, se desculpando.

- Foi mal, moça, te sujei inteira e derrubei todo seu café desculpou-se ele sem jeito.

- Não foi nada ela desconversou Isso acontece.

- Acontece nada. Espera aí, vou te comprar outro o rapaz corre rápido em direção a cafeteria.

- Espera, não precisa chamou Lana ansiosa, mas não adiantou, minutos depois ele já estava de volta com um novo capuccino na mão.

- Pronto, mais uma vez, desculpa ai pediu ele de novo, começando a se afastar.

"É cada um que a gente encontra" pensou ela recomeçando a andar e bebendo o café...

Não haviam decorrido cinco segundos e Lana, soltando um grito agudo, cambaleou e caiu pesadamente no chão, lívida como cal.

As pessoas em volta correram até ela a fim de socorrê-la. Longe dali, Afrodite sorria com triunfo.

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