Mentirinha escrita por zoluve


Capítulo 1
Único.


Notas iniciais do capítulo

Nem gostei, acho que poderia ter sido melhor ):



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Faz uma semana que Zoro e Robin começaram a namorar. Quem prestasse atenção, acharia que era um namoro estranho demais, sem abraços, beijos, juras de amor. Mas aos olhos de Monkey D. Luffy, eles eram um casal apaixonado. 

O capitão do Bando do Chapéu de Palha andava estranho ultimamente. Ele ficava com o estômago embrulhado toda vez que via os dois nakamas juntos, e não conseguia parar de pensar em Zoro, um segundo sequer. Se sentia triste, algo bem incomum para o moreno.

Ele próprio não entendia o que estava acontecendo.

Luffy se arrastava na proa do Sunny, com uma cara emburrada, resmungando coisas inaudíveis. Não compreendia o porquê de tudo isso estar acontecendo, e menos ainda porque tudo estava ligado a Zoro. Embora estivesse um belo dia, ele não estava com vontade de pescar com Usopp e Chopper, tanto que havia recusado o convite deles.

- Oe, Luffy! Hoje o dia está tão lindo, sem previsão de chuva! Pode desfazer essa careta aí, vai se divertir! - disse uma Nami animada, indo em direção ao capitão. Quando viu que ele não teve reação alguma, preocupou-se. - Aconteceu alguma coisa? O estoque de carne acabou? 

- Não, não acabou. Hum, mas é uma boa ideia comer carne! Arigatou, Nami! - respondeu enquanto se retirava para a cozinha. Comer iria melhorar seu humor, óbvio.

Escancarou a porta da cozinha, com um sorriso enorme no rosto. 

- Sanji, comida! - gritou, agora mais parecido com o habitual.

- Calma, Luffy. Estou preparando, só mais alguns minutos. Sente-se - o cozinheiro apontou para uma cadeira.

- Mas eu quero agora - curvou os lábios para o lado, fazendo um bico.

- Tudo bem. Na geladeira tem sobras de ontem. - suspirou.

No mesmo segundo, o moreno correu para a geladeira, procurando o que o nakama dissera. Quando encontrou, comeu tudo de uma só vez, inclusive o osso. 

- Ah, me sinto melhor! Chame quando terminar o que está fazendo, Sanji! 

- Hai, capitão.

Saiu da cozinha com seu habitual sorriso, que logo foi desfeito quando viu Zoro sentando ao lado de Robin, que lia um livro. A sensação de algo fincando o coração, o bolo na garganta, tudo veio a tona de novo. Por que ele se sentia assim? O que estava acontecendo? 

- Vejo que esse é o seu problema. - a navegadora parou ao lado de Luffy, também observando o casal. - Entendo, então você está apaixonado? 

- O que é estar apaixonado, Nami? - perguntou confuso.

- Hum... - ela pensou um pouco - Amor, Luffy, é uma coisa complicada. Não tem como definir exatamente. Mas tem a ver com querer estar, proteger a pessoa que ama. Sentir que tem que fazê-la sua. Por aí.

- Ah... Então é um sentimento misterioso. - a ruiva bufou.

- Isso, acho que podemos chamar assim. Mas... Por que você não vai lá falar com ele? 

- Eu... Eu acho que não quero atrapalhar. 

- Tudo bem. Olhe, Robin vem vindo aí. - dito isso, saiu sem falar mais nada, deixando um Luffy muito confuso e nervoso para trás.

O moreno fez menção de sair, porém sentiu uma mão segurar o seu pulso firmemente. Olhou para trás, e viu Robin encarando-o com uma expressão indecifrável. Lá longe, Zoro dormia, como sempre.

- Luffy. 

- Errr... Que?

- Estava nos observando? 

- N-não, Robin, e-eu só estava... Hum... Comentando com a Nami sobre como v-vocês ficam bem juntos, é. 

- Sei. - falou com um sorriso sarcástico. - Você gosta dele, não é mesmo? - perguntou calmamente.

- Hum... Gosto. Assim como gosto de você, da Nami, do Sanji, Usopp, Brook e-

- Não, gosta dele de um jeito... especial, entende? 

- Errr... - corou levemente, será que podia dizer isso para ela? Ele não era de mentir. -  Sim, eu gosto.

A arqueóloga apenas deu uma risadinha e se afastou, dizendo algo tão baixinho que não foi compreendido por Luffy. Este, com uma súbita injeção de coragem pelas palavras de Nami, foi de encaminhando para onde Zoro estava dormindo. Sentou-se ao seu lado, e começou a cutucar seu ombro. 

- Hum. 

- Zoooro, acorda! 

- O que foi Luffy? - perguntou enquanto esfregava seus olhos. 

- Você realmente gosta da Robin? 

- Haa?! C-como assim? - não podia ser... O capitão tinha descoberto o seu segredo? 

- Você... Gosta dela? - ele olhava para o chão, enquanto batia as pontas dos indicadores. Estava um pouco corado.

- P-por que? 

- Porque eu quero saber... Tem umas coisas estranhas acontecendo comigo. 

- Que tipo de coisas? - agora ele parecia estar mais interessando ainda. Sentou-se direito e encarou seu capitão.

- Eu... Comecei a sentir umas borboletas estranhas no meu estômago sempre que vejo você. Meu coração, por algum motivo, bate mais rápido. Não gosto de te ver com Robin. Nami falou que eu estou apaixonado, mas eu nem sei o que é isso... Eu estou apaixonado, Zoro? - perguntou, olhando nos olhos do nakama. 

Zoro, pego de surpresa, ficou estático. Não podia acreditar que aquilo finalmente estava acontecendo! Sem pensar, puxou o menor para seu colo e passou os braços pela sua cintura, abraçando-o.

- Nani...? - Luffy logo enlaçou o pescoço do maior.

Ficaram assim por um tempo, nenhum dos dois queria sair daquela posição. Pelo menos não tão cedo. 

- Mas... O que é isso, de repente? 

- Luffy... Você está apaixonado. E é correspondido. Não estou namorando a Robin. Isso tudo foi uma... Mentirinha, para eu descobrir se você gostava de mim como eu gosto de você. Digamos... Que foi um plano para você sentir ciúmes. - respondeu com a voz abafada, pois estava com o rosto na curva do pescoço do menor.

- Ciúmes? O que é isso? - Zoro riu.

- Nada... Melhor nem saber. Porque você nunca mais vai sentir isso de novo. 

- C-como ass-

Ele foi interrompido quando sentiu os lábios quentes do maior tomando os seus. Ambos foram fechando os olhos. Ficaram assim por um tempo, até que Zoro se afastou um pouco, e pediu permissão com a língua. Luffy, ainda um pouco confuso, cedeu mesmo assim. Começaram um beijo desengonçado, devido a inexperiência do menor, porém foi ensinando-o devagar. Quando Luffy finalmente pegou o jeito, aumentaram um pouco o ritmo. Se separaram, para respirar.

- Eu amo você, capitão.

- Eu... Te amo? - pareceu pensar por um tempo. - Sim, eu amo!

E ao longe, duas garotas observavam a cena, com um sorriso vitorioso nos rostos. 


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