Sangue acoplado escrita por Lorena L


Capítulo 21
Capítulo 21 - Pesadelos


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores! Como estão?
Espero que eu não estejam bravos comigo pela demora das postagens, mas como eu já disse, eu estou ocupadissima com a escola, e ainda não entrei de férias. Mas, estou com muitos capítulos prontos e logo serão postados, rs.
Espero que gostem e boa leitura! ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/346373/chapter/21

Sua respiração estava ofegante e seus passos mais largos. Lágrimas saiam de seus olhos e podia sentir de longe as pequenas gotas de sangue cair de seu suéter ao encontro do chão de concreto da rua extensa. Seus pés estavam ágeis e rápidos, corriam em direção oposta a minha sem parar. Ele olhava rapidamente para trás em algumas vezes nesse percurso de desespero e encontrava meus olhos que o perseguia constantemente. O tempo começava a esfriar e podia sentir gotículas minusculas de água cair do céu tocando em minha pele macia, meus instintos estavam fortes e apurados. Só pude ver novamente os olhos daquele pobre homem que esbanjava tristeza e medo quando delicadamente finquei meus dentes em sua jugular. Seu sangue entrava em minha garganta, era doce e suave, o mais gostoso que havia tomado. O cheiro forte e suculento me fazia apreciar ainda mais minha presa que lutava para resistir. Pude ouvir um último suspiro e o seu partir. 

Acordei suada e tremula, havia sido um grande pesadelo. Ainda bem - pensava comigo mesma -. Um pesadelo bem realista para dizer a verdade, por instantes fiquei com medo de pensar que talvez um dia eu possa fazer isso. Por instantes eu pude me lembrar - eu não durmo, como posso ter sonhado? - Não havia a mínima ideia, mais uma pergunta para meu professor Richard.

Já havia se passado meses desde a ultima aparição de Cate, minha vida tinha se tornado normal novamente - o mais normal possível, pelo menos - fiquei até intrigada com tanta normalidade.

Amelia finalmente havia se entendido com o John, eles formavam um belo casal, eram lindos juntos, mas ela ainda ficava com pena de ter que mentir para o próprio sobre tudo que estava acontecendo, sobre mim e entre outras coisas que ele nunca poderia saber. E estava tudo muito difícil de escondê-lo, pois ambos viviam juntos o tempo todo, tinha vezes que questionávamos o Richard para saber se poderíamos contá-lo a verdade e ele sempre negava falando que era para o próprio bem de John. Derek havia se distanciado um pouco, o que me entristeceu pois ele havia se tornado um grande amigo. Peter, Nicholas e Holly haviam se tornado grandes amigos e David por incrível que pareça havia se distanciado de todos, quase não nós falávamos e nem sabíamos o motivo por isso. Já Richard, houveram muitas mudanças entre nós e pra melhores vamos bem que dizer - meus pensamentos foram interrompidos por alguém que pulava a janela do meu quarto para dentro dele. 

- Richard? - falei um pouco surpresa, não esperava ele aquela hora.

O relógio marcava ainda cinco da manha, Richard se aproximou de mim me ignorando e eu fui me afastando aos poucos até encostar na parede do meu quarto que ficava ao lado da porta. Ele me pressionou e colou nossos corpos, colocou uma de suas mãos em meu rosto acariciando-a e a outra estava segurando uma de minhas mãos. Lentamente ele encostou seus lábios nos meus e logo nos beijamos com força e intensidade. Nos aproximamos da cama ainda nos beijando e deitamos no mesmo momento em que senti uma das partes do lençol caído no chão encostar no meu pé. Ele ficou em cima de mim, enquanto beijava meu pescoço carinhosamente, agarrei suas costas e finquei minhas unhas nelas, ele sentiu e lançou um sorriso de canto, logo estávamos deitados na cama sem qualquer roupa.

- Quer sair pra caçar hoje a noite? - ele perguntou vestindo suas calças que estavam no chão e me dando um leve selinho nos lábios. 

- Claro, porque não?! - eu disse sorrindo. 

Ele sorriu e já fechando o zíper da calça se aproximou de mim e me beijou intensamente e eu pude sentir seus músculos encostarem em mim novamente. Nos afastamos e eu fui colocar uma roupa, estava já vestida quando Richard chega por trás, mas estava tão entretida em meus pensamentos que nem liguei para o que ele estava fazendo.

- Richard, é possível vampiros sonharem? - eu perguntei virando-me para ele ficando séria e preocupada.

- Claro. Eu mesmo tenho sonhos. - ele disse sorrindo.

- E como são eles? - eu falei curiosa e sentamos na beirada da cama.

- Normais, tipo.. eu sonho em ser psicologo e você com que sonha? - ele disse com um sorriso no rosto.

- Não é isso que estou falando, Richard. - Ele agora me olhava confuso. - Tipo, sonhávamos quando estamos dormindo antes disso tudo acontecer, quero saber se podemos continuar tendo sonhos? 

- Quer dizer, sonhos e pesadelos de quando dormimos? - ele disse confuso e eu assenti. - Claro que não, nós não dormimos, só sonhamos quando dormimos não se lembra? - ele disse soltando uma risada leve no final.

- É possível sonharmos acordados? - eu perguntei ainda confusa.

- Olha eu não sei.. nunca aconteceu isso comigo. - ele disse preocupado agora, pois provavelmente havia percebido minha angústia. - Por quê? Você sonhou? - ele perguntou arqueando as sobrancelhas.

- Não, claro que não. - eu falei lhe confortando e ele suspirou. 

- Bom, tenho que ir. Combinei com o Derek uma coisa e não posso chegar atrasado. - ele disse dando de ombros.

- Espera, me explica uma coisa. - ele olhou para mim e aguardou minha pergunta. - O que aconteceu com o Derek? Ele não está mais falando comigo como antes. - eu perguntei e ele olhou para baixo.

- Não sei, acho melhor você perguntar isso para ele. - ele disse me dando um último beijo e saindo pela janela no qual ele havia entrado.

- Está bem. - eu disse para mim mesma, pois ele já estava longe.

Deitei em minha cama esperando o tempo passar, fiquei incomodada com o sonho que tivera, será que aquilo era possível? Eu era um vampiro e não dormimos, como posso sonhar acordada? Me conformei em não ter essa resposta, quando me perguntava pela décima vez e não encontrava nenhuma probabilidade que pudesse ser. Já eram sete da manha, meus pais já haviam acordado pois conseguia ouvir barulhos das portas dos armários da cozinha batendo. Não demorou muito e eu desci para assistir um pouco de televisão, meus pais já haviam saído para o trabalho e eu estava sozinha em casa em pleno domingo. Mais tarde Amelia e Holly iriam passar por ali para conversarmos e darmos uma volta com os meninos. Ouvi a campainha tocar várias e várias vezes enquanto encarava o bife congelado no freezer cheio de sangue, resolvi por fim atender.

Assim que abri a porta me deparei com o David encharcado de sangue desesperado pedindo por ajuda, em seus olhos escorriam lagrimas e um olhar triste havia em seu rosto, suas roupas estavam rasgadas e com uma quantidade imensa de sangue que poderia matar dez pássaros e não seria suficiente para encharcá-lo do modo que estava. Depois de fitá-lo e finalmente encontrar seus olhos ele falou com uma voz tremula:

- Ela disse que você poderia me ajudar. - ele disse entrando desesperado porta a dentro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eai, o que acharão? A partir desse capítulo irei revelar mais coisas sobre o dia da transformação de Cassie e muitas coisas irão acontecer! Espero reviews de todos.
Queria convidar vocês a lerem minha nova fic, se chama "Skygrooove" se alguém se interessar e quiser dar uma passada lá, ficarei muito feliz em ver cada uma de vocês nessa minha nova história! *-*
Beijos e espero ver vocês em Skygrooove e no próximo capítulo de Coupled Blood.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sangue acoplado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.