Never Let Me Go escrita por Strangers in Paradise


Capítulo 6
Capítulo 6. A Despedida Oficial


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores!Postei o capítulo hoje, pois me senti inspirada para fazê-lo.Tenho que avisar que o capítulo pode ter ficado meio sentimental por causa do..................Mas enfim, quero reviews.Aproveitem o capítulo!Beijos, bye!.-.



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POV. Autora ( Strangers In Paradise )

Gritos de raiva e ressentimento, soluços altos, e o som de objetos se quebrando era o que tudo o que se ouvia de dentro do quarto 57.

Logo após a ordem de Quíron, Jake levou Annabeth para dentro de seu quarto, com a companhia de sua colega e amiga, Thalia. Ele as trancou ali, para que a punk ou a loura não pudessem estraçalhar o culpado pela morte de sua amiga ruiva: Rachel Elizabeth Dare.

Dentro do quarto, as duas amigas tinham uma discussão intensa:

– Ela não pode estar morta! Não pode! - Thalia repetia gritando, mais para si mesma do que para Annabeth. Em seu rosto, grossas e compridas linhas pretas escorriam de seus olhos,, a mistura de sua maquiagem com as lágrimas salgadas. - Ela tinha muito á viver! Ela não pode ter simplesmente partido!

Já Annabeth, chorava sentada em sua cama, abraçando os joelhos prensados contra seu peito, olhando para a parede em sua frente, perdida em pensamentos.

" Foi minha culpa, e sempre será. Sempre. " – Annabeth pensou em meio ás grossas lágrimas que não paravam de cair de seus olhos cinzentos.

Thalia, caminhava pelo quarto e viu em cima de sua escrivaninha, uma fotografia das três. Ela caminhou em direção da mesma e a pegou em suas mãos mais do que trêmulas. A foto fora tirada no dia que elas fizeram uma excursão para a praia de Longs Island, há um ano atrás.

Thalia passou os dedos em cima dos rostos felizes da fotografia. Rachel usava um biquíni vermelha, que combinava com seu cabelo; Thalia usava um biquíni preto de caveiras que combinava com seus cabelos; e Annabeth usava um biquíni cinza, que combinava com seus olhos cinzentos.

Na foto, as três sorriam. Mas eram sorrisos verdadeiros, felizes. As três estavam de ombros colados, e Thalia estava no meio das duas. A paisagem da foto ficara extraordinária: o mar estava calmo com a cor verde-azulado. O céu estava sem nuvens, e o sol estava queimando.

Thalia, em meio as lágrimas, deu um pequeno sorriso. Mas o logo se desfez quando a voz de sua amiga falecida, surgiu em sua cabeça:

" Não se esqueçam de mim. " – Annabeth a contara, que estas foram suas últimas palavras. Thalia não estava presente quando Rachel disse a frase, mas sua imaginação conseguia fazê-la ouvir a voz da ruiva citando a frase antes de morrer.

Thalia colocou com cuidado na escrivaninha o retrato, e sentiu mais uma vez, a raiva a dominar.

" Me aguarde, Fletcher. " - ela pensou raivosa." Espero que consiga dormir com os olhos abertos, pois aqui vai o seu pesadelo. " – e assim, foi em direção á porta.

Bateu com a mão fechada, enquanto mais lágrimas caíam de seus olhos. Annabeth, fora despertada de seus pensamentos sobre a amiga, e se levantou em direção á Thalia.

– Abra essa porta, Mason! - a punk gritou. - Eu sei que você está ai! Me deixe sair!

Annabeth, se aproximou da amiga. E antes que a mesma destruísse a porta, ela a puxou dali. Thalia, tentava sair dos braços de sua amiga porém, não conseguiu. Annabeth era mais forte do que ela.

– Não! - Thalia gritou. - Ele merece sofrer! Ele a matou!

Annabeth, não deixava de concordar com Thalia. Mas sabia que o destino de Fletcher estava sendo julgado por Quíron, ou por Zeus, ou por Deus. Não sabia por quem, mas sabia que justiça seria feita.

– Ele vai ter o que merece! - Annabeth tentou dizer sem gritar no ouvido da punk.

– Não! Eu vou matá-lo com as minhas próprias mãos! Vou fazê-lo sofrer lentamente e dolorosamente! E depois, vou matá-lo sem dó sem piedade! Como ele fez com Rachel! - ela gritava, enquanto esperneava o ar.

Annabeth, por sua vez, tentava a todo custo não deixar que Thalia fugisse. Mas suas forças se foram, e Thalia saiu do abraço de urso.

Annabeth se virou para a amiga e gritou para ela:

– Rachel não iria querer isso! - Annabeth começou. - Não iria querer que fizéssemos justiça com nossas próprias mãos, porque sabia que nós iriamos matá-los pelo o que eles fizeram! - Thalia ia dizer algo mas fora cortada. - Lee Fletcher irá receber justiça, pois em suas mãos tem o sangue de Rachel! E sua sentença será escolhida por Quíron, Zeus ou até mesmo de Deus ou das Párcas! - ela gritou para a amiga punk. - Mas o mais importante é que Rachel receberá justiça também! A morte dela não será em vão assim que a sentença de Lee for escolhida, independente qual for! E nós estaremos lá para dizer isso á ele!

E para a surpresa de Thalia, Annabeth se aproximou dela e a abraçou. Não para detê-la de destroçar Lee, mas sim porque viu que em seus olhos, debaixo dessa camada de raiva, Thalia estava na verdade, sofrendo pela perda de sua amiga.

Thalia a abraçou forte também.

Não se importariam se as vissem assim, chorando no ombro da outra. Afinal, estavam assim por causa do falecimento inesperado de sua colega, amiga e quase irmã. Não estavam assim por respeito por Rachel, muito menos por obrigação. Estavam assim, pois a amavam e se importavam com ela.

Rachel fazia, e ainda fará, parte da pequena família de Annabeth e Thalia tinham criado na Deadly Fights Academy.

[...]

Na manhã seguinte, Thalia e Annabeth acordaram com profundas olheiras e com os olhos vermelhos de tanto chorar. Depois de uma ducha, aparentavam ter uma aparência um pouco melhor, mas mesmo assim, seus rostos ainda tinham a expressão de cansaço e tristeza. Ambas não tinham conseguido dormir muito bem na noite passada, mas quando conseguiram, já era tarde da madrugada.

No café da manhã, Quíron tinha dois anúncios para os alunos da Deadly Fights, mas Annabeth e Thalia sabiam que era dirigido para elas:

– A escolha já foi feita. O destino de Lee Fletcher fora decidida pelo diretor da academia: Zeus Grace. - ele deu uma pausa. - Lee Fletcher, será expulso. Enquanto Ethan Nakamura, será destinado á solitária por 2 semanas. - o silêncio no refeitório era mortal. Ninguém ousara dizer uma sequer palavra. Nem os mais fofoqueiros da academia, ousaram sussurrar.

" Justiça fora feita." pensou Annabeth amarga. "Mas mesmo assim, Lee nunca conseguirá pagar o preço pela morte de Rachel. "

Quíron retomou aos anúncios:

– Por segundo e o mais importante. O funeral de Rachel Elizabeth Dare, será realizado no cemitério no coração da floresta, logo após o café. Não são obrigados a ir. - e assim, ele nos dispensou.

Annabeth olhou pelo canto do olho e vira que todas as pessoas da mesa mais próxima, estavam a encarando. Alguns com compaixão, outros com pena. Annabeth olhara para Thalia ao seu lado, e viu que a mesma estava com o olhar fixo para aonde Rachel geralmente se sentava.

Sem aviso nenhum, a loura se levantou e saiu do refeitório, sentindo todos os olhos do refeitório em suas costas.

Annabeth, estava indo em direção á seu quarto, quando uma voz a chamou:

– Annabeth, espere! - ela se virou, e viu Nyssa correndo em sua direção.

– Posso ajudar? - Annabeth perguntou um pouco fria.

Nysse se aproximou mais e disse:

– Eu sinto muito por Rachel. Deve ter sido horrível vê-la morrer com seus próprios olhos. - Nyssa sabia que não daria em nada seu pêsames, mas mesmo assim, queria dizê-los.

– Sim. Você não faz ideia. - Annabeth disse um pouco menos fria.

– Ah, tem uma coisa no quarto de Rachel, que eu queria que você tivesse. - Nyssa falou, querendo chegar logo no assunto que ela queria falar para Annabeth. - Para mim, não tem nenhum interesse mantê-lo comigo, e por isso eu queria que você o tivesse, assim como Thalia.

Annabeth olhou um pouco desconfiada para Nyssa, que deu um sorriso para ela.

– Claro. - Annabeth respondeu. - Eu... Eu passo depois do funeral dela. - ela disse triste, e Nyssa conseguiu ver que Annabeth estava sofrendo de verdade pela morte de sua ex-companheira de quarto. ( N/A: Nyssa era a companheira de quarto de Rachel. )

Nyssa concordou com a cabeça e seguiu em direção ao mesmo caminho que vira.

Annabeth suspirou e seguiu para seu quarto.

Quando chegou no mesmo, Annabeth fechou a porta e não conseguiu conter as lágrimas que surgiram. O destino de Ethan e Lee nunca seria o suficiente pela morte de sua amiga ruiva.

[...]

Annabeth estava vestida com um vestido preto acima do joelho, o qual usara somente 2 vezes na vida: No seu aniversário de 16 anos no ano passado, e na festa de Natal da Deadly Fights Academy, também ano passado. Usava uma sapatilha preta um pouco apertada, mas que ainda servia.

Em seu rosto, uma maquiagem preta forte destacava seus olhos cinzas. Seus olhos não continham nenhum sentimento além de tristeza, frieza e cansaço.

Ela se olhou por inteira no espelho. Completamente de preto.

Ela estava de luto.

Thalia se aproximou dela, e a abraçou.

Thalia estava toda de preto também. Com seu vestido e seu All Star de cano. Sua maquiagem estava mais forte desta vez. E seus olhos, já estavam lacrimejados.

As duas estavam de luto.

[...]

A caminho do cemitério, o caixão de Rachel estava sendo levado por quatro pessoas. " Provavelmente amigos dela". Seu caixão era marrom, e tinha a bandeira da Deadly Figths Academy em cima, cobrindo quase toda sua tampa.

Annabeth olhou em volta. Parecia ter pelo menos umas 20 pessoas ali. Mas entre elas, Annabeth não conseguira ver se Ethan ou Lee estavam presentes.

Eles passaram pelo lugar onde Rachel morrera. Annabeth olhou para o lugar onde Rachel e ela estavam. Annabeth conseguia ver a si mesma segurando Rachel, segundos antes de morrer.

Annabeth olhou para a árvore em que jogara sua adaga, e a viu presa perto do galho. Teria que se lembrar de retirá-la de lá quando voltarem.

E assim, eles caminharam até chegar ao coração da floresta, aonde o cemitério estava aguardado pelo caixão de Rachel.

Thalia não desgrudara de Annabeth desda saída da academia. Ela estava assustava da quantidade de covas que tinha ali, no cemitério da Deadly Fights. " Provavelmente uns 50 ou 70 mortos, devem descansar aqui. " – Thalia pensou tristemente. " E para alguns, Rachel será só mais uma. "

Quando eles chegaram na cova que Rachel deveria descansar pela eternidade, Quíron começou o discurso:

– Estamos aqui reunidos por causa da morte de Rachel Elizabeth Dare. - ele suspirou e continuou:

– A morte vem para todos. As vezes, não da forma mais esperada ou desejada. Ninguém se conforma que a morte seja tão poderosa assim, de retirar nossos queridos, e os levá-los para longe. - ele olhou para o caixão de Rachel, e continuou:

– A morte, leva as pessoas que precisam partir, que não são mais precisas vivas, que já cumpriram seu dever. Por isso que ela é uma surpresa que ninguém gosta de descobrir. - Quíron estava tentando ser forte. Sempre fora difícil ver um aluno de sua academia morrer. - Rachel Elizabeth Dare fez seu dever aqui, mesmo que talvez nós nunca saberemos qual foi. A morte, leva as pessoas de diferentes maneiras, as vezes rudemente e outras acolhedoramente. Isso depende da pessoa que ela levará.

Thalia estava chorando, assim como Annabeth e quase todos os presentes.

Annabeth, segurou firme na mão de Thalia. E a mesma a apertou forte também.

– A morte levou Rachel como uma amiga. Pois ela a aceitou de bom agrado. Ela a levou acolhedoramente, assim como ela surgiu ao mundo. - ele suspirou. - Rachel, não se foi completamente. Uma parte dela, sempre estará em nossos corações. Vocês poderão vê-la em uma fotografia ou até mesmo em seus sonhos. Mas acreditem, ela nunca terá partido. Pelo menos, não como esperamos. - Quíron respirou fundo e continuou:

– Rachel, sempre foi ou sempre será uma conhecida, uma amiga ou uma quase irmã. Mas, independente de cada um, suas características sempre serão reconhecidas: sua alegria, o jeito que sempre ajudara um amigo, suas manias, e também incluindo seus defeitos e todas suas qualidades. - ele olhou intensamente para o caixão e disse:

– Sua morte não fora em vão, meus queridos. Tenham isso em sua memória.

Quíron saiu de perto do caixão e olhou para a multidão dizendo:

– Alguém gostaria de dizer alguma coisa? - e assim, Nyssa deu um passo a frente.

– Eu gostaria de citar o poema preferido dela, se me permitir. - Quíron permitiu e assim, Nyssa caminhou até o lado do caixão, e abriu a pequena folha em suas mãos.

Nyssa estava quase chorando, mas tentou manter a voz firme enquanto citava o poema. (N/A: Lá embaixo! )...

E assim, Nyssa saiu de perto do caixão ás lágrimas, sem conseguir se despedir direito.

Thalia foi a próxima a se despedir:

– Eu queria dizer muitas coisas. Mas a maioria eu queria te dizer assim que você voltasse do Campeonato. - ela fungou e continuou:

– Eu quero que você saiba, mesmo que esteja aí em cima ou aí em baixo, que a vida é assim, Rach. Ela coloca as pessoas nos momentos certos, e depois as retira quando não são mais necessitadas. Mas elas não vão em vão. Você não foi em vão. Você me ajudou quando eu precisei, como uma verdadeira irmã. - Thalia se virou para Annabeth, e ela entendera o recado: Ela também era parte da família. - Eu só sou grato pelos momentos que tivemos juntas. Eu quero que saiba que eu não mudaria nada neles. - Thalia fungou e limpou uma lágrima. Mas quando ela olhou para cima, uma sombra preta a chamou a atenção em uma árvore: Lee.

Thalia o encarou por um momento e depois continuou:

– Descanse em paz, Rachel. Eu nunca me esquecerei de você, prometo. - e assim, ela saiu de perto do caixão, e não voltou a encarar Lee na árvore. Não tinha forças para fazê-lo.

– Alguém mais? - Quíron pediu e assim, algumas pessoas foram até seu caixão para se despedir.

Annabeth, assistia tudo com a visão turva. Ela não se despediria ali, não com todos. Ela queria ter um momento especial com Rachel, nem que fosse só sentada ao lado de sua cova.

– Ninguém mais? - e assim, o silêncio se fixou no ar, tirando os soluços das pessoas. Quíron entendeu aquilo como um não. - Podem colocá-la.

E assim, o caixão de Rachel Elizabeth Dare, foi vagarosamente colocado dentro da cova profunda e escura, que passaria a eternidade ali.

Antes de fecharem a cova, Annabeth fora a primeira a se mover em direção á ela, e pegar um punhado de terra com as mãos. Annabeth olhou para o caixão, e com lágrimas, ela jogou a terra, tapando um pequeno pedaço do mesmo.

E assim, todos os que foram para o funeral, fizeram o mesmo.

Quíron foi o último á jogar terra, e assim, pediu para que colocassem o resto da mesma para tapar o buraco, e finalizou dizendo:

– Fiquei em paz, Rachel Elizabeth Dare. Que Deus á tenha.

E assim, o buraco fora fechado, e as pessoas começaram a sair. Inclusive Lee, que observara com lágrimas todo o funeral.

Todas se foram, menos uma.

POV. Annabeth Chase.

Todos foram embora. Me deixando sozinha com Rachel.

Me aproximei do caixão, e me ajoelhei do seu lado.

– Rach. Eu sinto muito! - e assim, me desabei em mais lágrimas. - Não cumpri minha promessa com você. Espero que me perdoe. - chorei e me debrucei sobre a grande cova que estava coberta com terra. Levantei minha cabeça, e vi que tinha aquelas pedras de marfim presas no começo da cova. Li o que havia sido escrito:

RACHEL ELIZABETH DARE

Artista e conselheira, amiga e companheira.

A pessoa que jamais partirá de nossas vidas.

12/09/1998 - 17/10/2013

Dei um sorrisinho ao ler o que estava escrito.

– Conselheira e companheira. - falei sozinha. - É Rach, você sempre fora assim. - ri sozinha em meio as lágrimas e me sentei ao lado de sua cova.

– Lembra daquela vez que perdemos a aula por causa de meu cabelo? - perguntei olhando para o céu nublado. - Ele estava com tantos nós que ficamos por quase 2 horas tentando desembaraça-los. - ri e funguei, passando a palma de minha mão para retirar as lágrimas escuras de meus olhos.

– Ah, lembra daquele dia na praia, em Longs Island, que perdemos seu chapéu bem na hora da foto? - perguntei para o nada. - Ou aquele dia na palestra que tinha uma barata morta do lado de sua classe? Você gritou feito louca quando a viu. - e assim, fui relembrando de todas as nossas aventuras, de nós três juntas.

De quando Rachel aconselhou Thalia a não quebrar a cara do garoto que tinha se declarado para ela no meio do almoço. De quando eu voltei da solitária, e como precisei de ajuda das duas para me recuperar. De quando Thalia quebrou a perna e nos pedia ajuda para tudo. De quando Rachel precisou de ajuda para cortar o cabelo. De quando pintamos as unhas de Thalia de rosa enquanto ela dormia. De quando fizemos uma pegadinha em Drew, que trocamos seu shampoo para remoedor de cabelo. Quando ríamos das nossas brincadeiras bobas. Das noites que fizemos um tipo de Festa do Pijama entre nós três. E entre todas as aventuras que fizemos nesses 3 anos juntas.

Sorri ao me lembrar de que com as duas, eu não precisava colocar minha máscara. Mas meu sorriso morreu ao perceber que nunca mais poderia ver Rachel se emburrar, sorrir, gargalhar, chorar e fazer todas as coisas que estávamos acostumadas á fazer.

De repente, fui retirada pelos meus pensamentos quando senti um pingo de chuva em meu braço, e assim, uma fina chuva começou a cair dos céu.

Me levantei e olhei para a cova de Rachel.

– Eu não cumpri minha antiga promessa Rachel. Mas eu prometo que nunca irei esquecê-la. - e assim, um raio cortou o céu e eu corri para fora da floresta.

[...]

Saí do meu banho e me lembrei de ir para o quarto de Nyssa, ver o que ela queria deixar para mim.

Saí do banheiro e vi Thalia dormindo em sua cama.

Coloquei um moletom preto e uma calça jeans azul marinho. Calcei meu All Star, e saí do quarto vagarosamente para não acordar Thalia.

[...]

Bati na porta do quarto 20, mas Nyssa não estava.

Quando me virei para ir embora, notei um bilhete no chão, perto da porta. O peguei, e pela caligrafia, percebi que era de Nyssa:

Para Annabeth Chase.

Se for você, pode entrar. Receio que não estarei no meu quarto depois do funeral.

Beijos, Nyssa.

E assim, eu entrei no quarto.

Era simples, assim como o meu e de Thalia, porém, tinha o jeito de Rachel.

Nas paredes brancas, folhas de caderno estavam presas. Nelas, dos mais diversos desenhos e pinturas estavam estampadas. Mas em algumas folhas, a caligrafia de Rachel estava. Poemas. De todos os diversos poetas que eu nunca ouvira falar:

" A Arte server para mostrar que aceitamos o mundo da forma que ele se apresenta. Que não nascemos por nascer, não vivemos por viver. " – Maret.

Outros como Baltazar Tôres, Paulo Cunha e Silva, Fernando Pessoa. e entre outros diversos.

Retirei minha atenção do que havia na parede e vi que em cima da cama, alguma coisa estava tapada com um lençol e um bilhete em cima:

Annabeth,

É isto ao que eu me referia. Acredito que Rachel, iria querer que ficasse.

Retirei o bilhete, e o coloquei junto com o outro dentro de meu bolso do moletom.

Com um suspiro, retirei o lençol. E meu coração apertou com o que eu vi. Meus olhos começaram a lacrimejar.

" Então foi isso que Rachel pintara aquele dia. " – pensei, lembrando que ontem, antes do campeonato, antes de tudo, ela dissera que tinha pintado para se acalmar, e fora isso o que ela fizera.

O que estava debaixo do lençol, era uma tela pintada. E nela, estava eu, Rachel e Thalia. Uma pintura do dia em que Rachel fez 17 anos.

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A vida

A vida é uma poesia

Uma mandala de cores

Encanto, sabedoria

Uma junção de amores

Uma colcha de retalhos

Um caminho sem atalho

Para quem deseja chegar

É um degustar de sabores

De sanidade e loucura

De enfermidade e cura

De doçura e de amargores

A vida é um feixe de emoção

No contexto da razão

Do ser, e do vir à ser

Na embarcação do viver


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Notas finais do capítulo

P.S: Sou muito ruim em números, por isso se a data estiver errada, me avisem por favor!Beijos, bye!.-.



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