Never Let Me Go escrita por Strangers in Paradise


Capítulo 25
Capítulo 25. Thalia


Notas iniciais do capítulo

Quem quer me matar? YEY, todos.....
Okay, gente, não tenho muito tempo, leiam agora o cap, depois me explico.



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POV. Annabeth Chase.

Bianca di Angelo morreu. Esse era o assunto que rodeava a academia.

Os alunos no refeitório cochichavam sobre isso. Como ela morreu? Será que sentiu dor? Tadinha dela... Isso sem contar todos os boatos que circulavam em cada boca de cada aluno. Muitos faziam apostas, pouquíssimos choraram ou demostravam algum sentimento que fosse diferente, além de tristeza, surpresa e indiferença. Quase todos nem conheciam a garota realmente, só a conheciam por sua reputação. Os únicos que de fato se lembravam estavam em luto, chorando abraçados em seus dormitórios. Podia-se ouvir o eco dos sussurros no refeitório: ela era bem quieta né?; Emo gótica, isso sim; Ela era uma pessoa legal, apesar que poderia fazer uma capinha em vez de usar aquele gorro verde...

Eu não conheci Bianca di Angelo. Mas sei que, se tivesse tido o prazer de conhecê-la, não teria me arrependido.

Não aguentando mais, pedi para que Thals me acompanhasse até o nosso quarto.

Thalia vestia seu pijama de inverno enquanto eu escovava meus dentes. O gosto de pasta de menta em minha boca trazia uma sensação agradável, fazendo meu hálito ter o cheiro do mesmo. Fiz o bochecho e guardei minha escova, sentindo o jantar embrulhar em meu estômago.

– Se eu morrer, tenha a certeza que ninguém saiba, só você e ninguém mais. - disse Thals enquanto ela se ajeitava com a coberta. - É horrível! Viu como aqueles viados falavam dessa tal de Bianca? Foi igual quando Rachel morreu. Fiquei puta quando ouvi o quê aqueles bastardos falaram sobre ela. E fiquei puta hoje também. Não conheci essa Bianca, mas sei lá, ela parecia ser legal. Diferente daquela Drew-bitch e aquela tal de Catrina.

– Calipso... - a corrigi e terminei de colocar a calça de meu pijama azul. - Por que acha que não consegui comer meu jantar direito? Octavian não parava de falar mal da garota nas minhas costas.

Thalía suspirou e eu me deitei na cama. Me cobri feito uma múmia no cobertor e fitei o teto pensativa. Não chovia mais, porém, o clima havia piorado. Estava frio e ventava muito. Conseguia ouvir o vento forte contra a janela de vidro dobrado do quarto.

Ainda não era nem 22:00 da noite, e eu não me sentia cansada. Apesar de ter trabalhado de manhã na biblioteca, eu sentia meus braços levemente pesados. Mas isso era o mínimo que eu poderia sentir. Amanhã eu teria que pegar a academia... Quem sabe eu poderia treinar enquanto limpava. Não iria ser a melhor coisa do mundo, ter que limpar a academia... Mas era melhor do que limpar os banheiros da escola.

Suspirei e Thals desligou a luz. Comecei á fitar o teto, e a vaga memória do meu antigo quarto domou a minha mente.

Paredes brancas, um espaço pequeno, e uma cama incrivelmente desconfortável, mas que acabei por gostar longo os anos. Dois armários e duas escrivaninhas, do lado de cada cama de solteiro, minha, e outra de Thalía.

A imagem da Deadly surgiu no lugar da outra. Um prédio grande, cinzendo, com cinco andares e uma belíssima arquitetura. Um piso para a academia, a piscina coberta e o ginásio. Os pisos dos dormitórios, as salas de aula, o anfiteatro ( onde eram feitas pequenos campeonatos de lutas ) e o piso para aulas especiais dos alunos mais graduados e técnicas mais avançadas do que aprendíamos.

No final desse trimestre de setembro, eu e Thalía iríamos passar para esse nível avançado. Seria esse ano que os contatos de Zeus iriam nos ver e avaliar se queriam-nos, ou se nos levaríamos para uma outra academia. Independente da escolha deles, eu e Thalía sabíamos que seríamos afastadas. Uma iria para um lugar e a outra também. E acho que nem Deus saberia quando nos veríamos de novo. A única coisa era que, desde que os contatos de Zeus tiveram interesse em nós duas, o mesmo afastava qualquer ideia de possível afastamento meu e dela de sua academia. Zeus, - acho que por parte paterna agindo - não queria que Thalía se afastasse dele. Não antes que ela era muito nova. Agora, Thalía tem a idade para entrar em uma elite se alguém a procurasse e a quisesse. Zeus não pode mais nos cuidar. Estamos nas mão de Poseidon.

" Como ele poderia ter conhecido minha mãe? " a pergunta me veio assim que lembrei do quadro que ela havia feito com a arquitetura da Force Academy.

Era estranho, apesar de tudo se conectar. Minha mãe era uma das arquitetas mais famosas do país e... Certamente, Poseidon queria que a sua academia tivesse o melhor design... Mas... Como se a academia foi feita há mais de quase 20 anos atrás? Eles se conheciam? Será que eram amigos? Será que... Namoraram?

" Pára, você não tem como saber... " alertei á mim mesma. " Mas e se eu perguntar para ele... "

" Ele acharia que você estaria se entrometendo no passado dele. E se eles namoraram? E daí? Como acha que ele ficaria ao contar? Como você reagiria? Não tem como saber, você poderia explodir, ele também, ou ambos chorarem e se abraçarem revelando que sentem falta dela. " mas mesmo assim eu sabia que seria arriscado.

Suspirei e fechei meus olhos.

– Annie... Tem alguma coisa que é certa na vida?

A pergunta me pegou de surpresa. Não sei se demorei muito para responder, ou se o tempo demorou á passar. Eu não sabia o quê responder, Thalía quase nunca perguntava sobre esse tipo de coisa... Ela era mais agressiva do quê pensadora. Isso era fato.

– Por que perguntou isso, Thals? -pergunto, agora olhando para o teto.

– Porque eu quero saber se a Rach não foi em vão nas nossas vidas. - sua voz continha um leve tom de sofrimento. Eu sabia que Thalia estava sofrendo com a partida de Rachel. E confesso que eu também. Me doía fisicamente e psicologicamente a falta que Rachel fazia. Mas eu não tinha o luxo de reclamar... Simplesmente não tinha com quem falar ou com quem desabafar. Seria muito doloroso, tanto para mim quanto para Thalía tocarmos nesse assunto.

Mas a imagem de Rachel surgiu em minha mente. Me lembrei de tudoo quê passamos... Lembrei da doçura dela, a pessoa louca, convincente, animada e companheira que ela era. Por que as pessoas que nós mais precisamos, precisam partir? O quê há de errado em elas ficarem? Rachel, era a última pessoa na terra que merecia morrer. E dóia, profundamete, saber que agora, ela não estaria esperando na Deadly por nós duas... Que ela não estaria pintando mais um quadro, ou que não estivesse ouvindo The Beatles no quarto.

– Rach não foi em vão, Thals. As pessoas que amamos nunca se vão. Apesar de não estarem conosco fisicamente, não significa que elas não estão aqui. Rach, como Quíron falou, nunca realmente partiu. Ela está em nossas memórias, nas nossas lágrimas e sorrisos. No nosso hábito, quando fazemos uma coisa... Ela sempre estará presente. Ela sempre estará quando nós nos lembrarmos dela. Todo o tempo.

– Eu sinto tanta falta dela, Annie. - confessou Thalia bem baixo e rouca, e eu desconfiei que ela estava chorando. - Essa saudade me pega do nada. Eu tento ser forte, mas ela me derruba de tal maneira que eu não consigo levantar... Eu preciso dela aqui, eu estou sofrendo tanto sem ela...

Eu não consegui falar nada em apoio. Eu fiquei surpresa com a confissão de Thalia. Digamos que ela nunca foi do tipo que se abrisse emocionalmente...

A verdade era que eu também sentia falta de Rachel. E muita. Com o quê eu poderia consolar ela quanto nem eu mesma consigo me consolar?

– Me desculpe Thals... Eu não consegui protegê-la como eu prometi.

Thalia não falou mais nada durante a noite inteira. Depois que era quase duas horas da manhã que consegui dormir. Mesmo com sono, antes eu não consegui fechar meus olhos e adormecer pois minha mente não permitiu. As lembranças tomaram conta dela. E assim, tomaram conta de mim, me fazendo chorar baixinho enquanto eu ouvia o assobiar do vento em minha janela, até que eu me obrigasse á dormir, para tentar aliviar a dor em meu peito, e cessar as lágrimas que caíam como cascatas de meus olhos.


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Notas finais do capítulo

Gente, desculpa pelo final tosco. Eu me mudei lembram? E então, agora estou me adaptando. E estou sofrendo muito. Com a saudade das pessoas de lá do Sul - morava na região metropolitana de Porto Alegre - e da minha vida de lá. E agora estou sofrendo muito com a escola nova pq aqui é bem mais puxado. Estou morrendo de cansaço e sempre tenho que estudar - aqui a coisa é difícil mesmo, é pra fuder - e eu estou sentindo muito essa mudança. Nunca tenho tempo para mim mesma. E quando tenho, - o que é raro - consigo escrever e pensar na fic.
Gente, eu realmente sinto muito pela demora. De verdade. Não é como as outras vezes. Eu fiquei sem postar nada por séculos. E nem pra avisar vocês. Eu realmente sinto muito. Prometo não demorar á escrever os próximos caps, nem que eu tenha que escrever feito zumbi pela madrugada.
Gente, mil desculpas. Se quiserem me xingar, mandem uma MP, ou pra simplesmente falar comigo.
Bem.... beijos meus ruffles.