Never Let Me Go escrita por Strangers in Paradise


Capítulo 2
Capítulo 2. A Notícia


Notas iniciais do capítulo

Oi! Este capítulo é meu presente de páscoa para vocês!Todos os personagens sortidos são da saga de Percy Jackson/Heróis do Olimpo, ok? Se vocês não se lembram de alguns, pesquisem.Feliz Páscoa!Deixem reviews!Beijos, bye!.-.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/346355/chapter/2

POV. Annabeth Chase.

Acordei com o som do despertador. Suspirei e levantei meu braço para tocar o pequeno relógio que estava em cima do criado mudo. Quando o desliguei, me levantei da cama com um bocejo. Nem precisei olhar para trás para saber que Thalia não tinha levantado de sua cama e que agora estaria se enrolando mais ainda no edredom, como fazia todas as manhãs. Antes de entrar no banheiro, peguei a minha toalha que estava presa na porta de meu pequeno guarda-roupa.

Entrei no pequeno banheiro, e liguei a luz. Dei mais um bocejo enquanto ia em direção á pia. Larguei a toalha em cima da mesma, enquanto olhava meu reflexo no espelho.

Meus cabelos cacheados louros estavam parecendo um ninho de ratos. Meu rosto estava amassado por causa do travesseiro. Meu pijama, que era uma regata branca com uma leggui preta velha e desgastada, estavam um pouco amarrotados.

Olhei pelo reflexo minha pequena cicatriz no pescoço. Ela não passava de 4 centímetros, mas o que a destacava na curva de meu pescoço era que ela tinha uma cor esbranquiçada.

Levantei minha mão e toquei a cicatriz. Eu a ganhei no meu primeiro dia aqui na Deadly Fights Academy. Enquanto passava meus dedos pela cicatriz, senti que a mesma ainda era profunda, mesmo depois de todos esses anos. Em algumas noites eu sonhava com meu primeiro dia, quase como que se ele me lembrasse o motivo que eu estava aqui.

O assassinato de meus pais.

Eu tinha somente 7 anos quando vi meus pais serem assassinados por um grupo de pessoas vestidas de preto na sala de casa.

Até hoje, não sei o motivo e nem consigo imaginar o porquê de um deles, me pegar no colo e assim, me levar até um orfanato. Tudo o que eu me lembro daquele homem. era que ele tinha olhos escuros.

Depois que me deixaram lá, passei as duas piores semanas de minha vida. Eu ainda estava de luto, e não tinha aceitado que meus pais tinham morrido, muito menos aceitava o fato de que a partir daqueles dias, eu estaria por minha conta. Eu estava perdida, presa em um mundo onde tudo o que eu acreditava, era praticamente um conto de fadas.

Mas aí, Quíron apareceu. Ele era e ainda é, o sub-diretor da Deadly Fights A. Ele viu algo em mim que não vira nas outras crianças do orfanato. Ele tinha me "adotado" e assim, me levou para a academia, onde estou desde aquele dia.

Nos meus primeiros dias na academia, foram muito piores do que eu poderia ter imaginado. Fui provocada pelos valentões e fiquei com muitos hematomas. Quase pensei que morreria na primeira semana. Ali, percebi que só os fortes sobreviviam. Não importa quem você fosse, ou qual era o seu passado. Na Deadly, você era só mais um na multidão.

Com o tempo, eu fora conhecida pela minha habilidade de lutas, tanto com armas ou lutas com corpo a corpo. Aprendi que nossos sentimentos seriam o fim de nós. Eu era respeitada e temida, uma mistura que eu nunca gostava, mas era o que me fazia viva.

Fui retirada dos meus pensamentos quando senti um raio de sol encostar em minha bochecha. Olhei para a pequena janela que tinha do lado do espelho, e vi que o sol estava arressem nascendo.

" A cada dia que sobrevivo, é um dia a mais para celebrar. "– esse era o meu dilema. Eu o tinha criado no dia em que saí ilesa de minha primeira luta em um campeonato de judo da Deadly. Eu era a única garota competindo, então, fora um dia que pensei que talvez saísse com alguns ossos quebrados.

Apesar de tudo, eu nunca estive sozinha. Thalia era e ainda é a minha melhor amiga. Nós dividimos o quarto, alguns meses depois que entrei na Deadly. Nos tornamos amigas, depois de testes de confiança, de brigas, xingamentos, e consolos. Eu tinha contado com ela quando muitas vezes, pensei que estava sozinha. Eu me abria para ela, contando sobre o assassinato de meus pais. E ela me contava que perderá a mãe em um acidente de carro, enquanto ela voltava para casa. Mas nunca se aprofundou ao contar para mim sobre seu passado. Apesar disso, nós duas confiamos nossas vidas numa na outra.

Balancei minha cabeça. Já tinha me perdido demais em meus pensamentos. Fiz minha higiene matinal e depois me despi para ir tomar uma rápida ducha. Quando abri o chuveiro, a água estava fria. Do jeito que eu gosto de tomar um banho pela manhã, pois desperta meus músculos, e é relaxante.

Saí do banho e me vesti com a toalha.

Quando saí do banheiro, notei que tudo estava quieto demais. Como estava escuro, eu não conseguia ver direito.

" Ah não, Thalia. Por favor, hoje não. " pensei.

Ajeitei a toalha pra que ela ficasse mais justa contra o meu corpo. Peguei uma blusa que estava do meu lado e esperei que Thalia atacasse.

– Ahhhhhhhh! - ouvi o grito de Thalia e senti que seus braços se fecharam em minha garganta.

Antes que Thalia fizesse qualquer tipo de ataque, eu dei uma cotovelada em seu estômago, fazendo com que Thalia soltasse seus braços ao redor de meu pescoço. Me virei e joguei a camisa em seu rosto. Thalia perdeu o equilíbrio e eu aproveitei para dar uma rasteirinha. Foi difícil por causa que eu estava usando uma toalha, mas foi o suficiente para que ela caísse no chão com a camisa em seu rosto. Me sentei rapidamente em seu lado e a prensei contra o chão com meus braços.

Thalia percebeu que não teria chances de escapar ou de revidar, então desistiu de lutar.

– Tá bom! Me solta, Chase! - ela disse meio abafado por causa da camisa em seu rosto e eu a soltei, ainda bem que minha toalha não tinha caído.

– Sabe, se você tivesse sido mais rápida, e fizesse uma rasteirinha no início, talvez você tivesse uma pequena porcentagem na luta. - eu ri e ela me acompanhou. Thalia retirou a camisa de seu rosto e disse:

– Sério, eu não acredito que você sabe lutar até vestida com uma toalha. Isso é inaceitável! - ela brincou.

– Como se eu fosse aceitável - ri. - Agora entra logo no banheiro se não eu te dou um pé na bunda pra te ajudar a entrar lá. - eu brinquei e ela gargalhou enquanto entrava no banheiro com sua toalha.

Me despi da toalha e coloquei uma roupa casual: minha típica regata preta, minhas calça velha e surrada e meu All Star cinza.

Arrumei meu cabelo em um rabo de cavalo alto, e fui ajeitar minha cama.

O quarto que eu e Thalia dividíamos era pequeno, mas confortável. Tinha duas camas de solteiro, dois criados mudos, dois roupeiros pequenos, uma escrivaninha e uma janela que dava vista para o campo.

A Deadly Fights Academy ficava a 70 km, da cidade de New York. E a última vez que a academia tinha ido para a civilização, foi quando nós tivemos uma palestra sobre lutas e defesas.

Thalia saiu do banheiro com sua típica roupa: uma blusa rasgada do Green Day, com sua calça camuflada e suas botas de combate. Thalia sempre usara maquiagem pesada no rosto, enquanto eu nunca usava maquiagem.

– Vamos? - ela perguntou.

Eu olhei no relógio em cima do criado mudo: 6:21.

– Claro. - eu disse e assim, saímos do quarto para ir ao refeitório tomar nosso café da manhã.

[...]

Quando chegamos no refeitório, todos os que me viram, viraram a cabeça rapidamente, dando atenção para seu prato de café da manhã. As vezes eu me sentia incomodada com esse respeito/medo que eles tinham por mim. Mas tinha algumas coisas que não podiam mudar. Eu era conhecida pelo meu temperamento de frieza, o qual eu o tinha não ser com Rachel e Thalia. As duas únicas amigas que tive em toda a minha vida.

Entrei na fila para pegar meu café da manhã. Peguei um prato que tinha ovos mexidos, e duas tirinhas de Bacon. (N/A: Sinceramente, eu não conseguiria comer isso para o café da manhã, mas como eles estão nos EUA, esse prato é praticamente a abertura do café da manhã.) Peguei um copo de suco de laranja e fui sentar na mesa em que geralmente nos sentávamos: uma mesa que ficava no fundo do refeitório, mas não era tão longe mas não tão perto demais das outras mesas.

Eu me sentei e Thalia se sentou também. Hoje ela estava comendo um cupcake de baunilha e um copo com suco de uva. Não demorou muito até que Rachel se sentasse conosco.

Rachel entrou na Deadly Fights Academy fazia 3 anos. Ela morava com o pai, que depois da morte da mãe virou um bêbado e drogado, e assim, morreu de overdose. Rachel me disse que a mãe dela morrera por causa de uma bala perdida enquanto voltava para a casa. A mãe era garçonete, enquanto o pai era contador.

Ela estava com uma bandana vermelha que combinava com seu cabelo vermelho fogo. Usava uma camisa manchada de tinta, que ela provavelmente fez, e usava um short jeans.

– Oi Rach. - eu e Thalia a cumprimentamos.

– Oi gente. - ela disse e se sentou na mesa. Ela comia seu típico cereal e tomava seu suco de laranja.

Comemos em silêncio, como fazíamos todas as manhãs.

[...]

– O que vocês iram fazer hoje? - Rachel perguntou assim que terminou seu cereal. - Não sei se vocês se lembram, mas hoje é sábado e não temos tarefas para fazer.

Concordei com a cabeça. De segunda a sexta, todos da Deadly Fights tínham tarefas para cumprir. Geralmente eram de limpeza, como limpar a piscina da academia, o pátio, retirar o pó dos livros da biblioteca, arrumar o refeitório e entre outros. Quíron decretou que tínhamos que ter um parceiro para a atividade, a qual ele escolhia aleatoriamente cada vez.

Mas como era sábado e não tinha nenhum campeonato ou palestra, tínhamos o dia de "folga".

Eu abrir a minha boca para falar, mas fui interrompida pela voz de Quíron que ecoou no refeitório:

– Com sua atenção. por favor! – todos prestaram atenção no sub diretor da Deadly Fights Academy, deixando um silêncio suspenso no ar. – Muito bem.

Quíron estava sentado em sua cadeira de rodas, com seu típico terno marrom. Mesmo de longe, consegui perceber que algo o estava incomodando, sabia disso porque ele praticamente fora um segundo pai para mim.

– Hoje, vamos ter um campeonato diferente do que os anteriores. Neste campeonato, vocês iram ter que ser espertos, cuidadosos, ágeis e habilidosos. Essa tarefa não será para os fracos. As tarefas do campeonato iram testar vocês. Não posso dizer que não há perigo, pois estaria mentindo. Por isso, somente os jovens entre 17 e 19 anos poderão participar... - alguns começaram a reclamar em voz alta, como se não aceitassem que a somente entre 17 a 19 ano poderiam participar; enquanto outros cochichavam baixo enquanto outros alto.

Vi que pela a expressão do rosto de Quíron, ele colocaria ordem na casa.

– Silêncio! - ele gritou. Sua voz sempre continha um tom sério, mas dessa vez, parecia mais fria do que o normal. O refeitório inteiro deve ter notado que a coisa podeira ficar séria se não ficassem calados.

– Porém, no campeonato, somente os adolescentes entre 17 e 19 anos que eu sortearei, poderão competir. E aqueles que ficarem contra a decisão do destino, podem se considerar de castigo na cozinha.

– A porra ficou séria. - ouvi Thalia resmungando do meu lado.

Não pude deixar de concordar. O "castigo da cozinha" era simplesmente limpar a cozinha da academia. Mas garanto a qualquer um, você não volta depois de entrar lá. A cozinha era coordenada por um grupo de pessoas que detestavam o seu emprego. A comida até que era boa, mas sempre duvidávamos que eles poderiam colocar veneno no suco ou colocar cogumelos venenosos no meio da salada.

– Antes de liberar vocês, vou deixar o destino escolher os participantes.

Somente agora tinha percebido que do lado de sua cadeira de rodas, havia um pote com alguns papéis. Quíron pegou o pote, e o revirou. Senti um frio na barriga quando ele levantou a mão e mostrou que entre seus dedos, um pequeno papel que continha o nome da pessoa que iria participar do campeonato.

– Ethan Nakamura. - seu nome ecoou pelo refeitório, enquanto Ethan, se levantava de sua mesa para ir ao lado de Quíron.

Quíron pegou outro papel e leu em voz alta:

– Rachel Elizabeth Dare.

Olhei para Rach e ela estava branca. - Rachel? - perguntei. Ela piscou e me olhou com medo em seus olhos. - Tudo vai ficar bem, Rachel. Nós estamos aqui. - ela assentiu com a cabeça ruiva e se levantou. Quando percebi que ela tremia, senti um aperto no coração.

– Lee Fletcher

Quíron pegou mais dois papeis e leu:

–Katie Gardner e Jake Mason. - e assim, os dois foram com Lee para o lado de Quíron.

Senti um frio na barriga, todos que foram citados tinham mais de 17 ou tinham 17 anos.

– E o último nome....

Quíron revirou o pote e eu senti uma sensação muito ruim " Ai vem problema. " – pensei. Sempre que tinha essa sensação ruim na minha barriga, era que alguma coisa ruim iria acontecer.

Quíron retirou o papel e o leu em voz alta:

– Annabeth Chase. - quando ouvi meu nome, tinha parado de respirar.

Me levantei da mesa e fui caminhando até aonde Quíron estava com os outros 5 que eu tinha que competir.

Enquanto passava por algumas mesas, não pude deixar de ouvir alguns cochichos como: " Agora que ninguém sai vivo. " " Aposto 10 dólares que ela consegue quebrar a cara do Jake." " Aposto que Ethan acaba com ela dessa vez." e " Hii, agora sim que o Fletcher vai pegar a Chase." e entre muitas outras coisas.

Quando passei por Quíron, não deixei de lançar um olhar discreto mais significativo para Rachel. Ela o percebeu e acenou discretamente a cabeça, como se acreditasse que não estaria mais sozinha ali.

– Estes serão os competidores do campeonato. Lembre-se de duas coisas: Não podem trocar sua posição e que o campeonato começa ás 15:00pm. Boa sorte a todos.

Quíron nos dispensou e eu, Rachel e Thalia, saímos do refeitório. Quando estávamos longe de todos, eu abracei Rachel o mais forte o possível, assim com Thalia. Esse seria o primeiro campeonato de Rachel aqui na Deadly Fights Academy, e digamos que em uma competição entre Eu, Ethan e Lee juntos, nada de bom acaba saindo disso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Deixem reviews!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Never Let Me Go" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.