Never Let Me Go escrita por Strangers in Paradise


Capítulo 10
Capítulo 10. Brincadeiras


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Primeiro, não me matem por ter demorado para postar! Sério, por favor! Acabe de sobreviver á duas semanas intensas de provas e depois minha internet ficou louca, ou seja, só funcionava quando queria e isso significa nunca. Me deixem viver por mais um tempo!!
Aiii! Que saudade de escrever! Vocês não sabem o sofrimento que foi passar duas semanas sem poder ler ou escrever. Sério, foi um pesadelo terrível!
E PARA TUDO! Vocês viram a capa da Casa de Hades? Velho, é muito phodas! kkkkk' Estou louca para lê-lo! Com certeza será o livro Percabeth que estávamos esperando! ( Pelo menos os shipper de Percabeth u.u )
Ai, da quia pouco vou escrever um capítulo só nas notas iniciais. k'
Muito obrigada: pelo apoio de vocês/pelos reviews e por terem esperado e acompanhado por este capítulo enquanto eu estava off!
Mas enfim, aqui está o capítulo!
Espero que gostem e que comentem! Quero saber a opinião de vocês sobre o que precisa ser melhorado e etc.
Boa leitura!
Beijos, bye!
.-.
P.S: Se tiver bastante reviews, próximo capítulo eu posto com POV Percy ^^



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POV. Annabeth Chase

– Então, nos vemos depois? - perguntou Piper assim que o elevador parou em nosso andar. O tom de sua voz era de insegurança e de esperança ao mesmo tempo, como se temesse que depois de hoje nós nunca mais nos falássemos.

– Sim, é claro. - Thalia respondeu e Piper pareceu mais aliviada.

– Okay. Se precisarem de mim, o número de meu quarto é o 44; a penúltima porta antes do final do corredor. - Piper indicou com a mão esquerda em minha direção, mas na verdade, ela indicava o corredor que atrás de mim estava.

" Os dois corredores estão em um formato de _! (N/A: O pontinho é o elevador e o l e o _ são os corredores. Me perdoem , não consegui achar outra maneira a não ser assim para explicar á vocês!) os quais se encontram e se terminam no elevador. " pensei. " Nem sequer os tinha notado antes. "

– Okay, Piper. Nos vemos depois. - eu disse em um tom amigável.

Piper se despediu de nós, e seguiu para seu quarto, enquanto eu e Thalia seguíamos para o nosso. Quando chegamos, retirei o molho de duas chaves do bolso de meu moletom e enfiei uma delas na fechadura destrancando-a. Entramos no quarto e eu liguei a luz. Levei um pequeno susto ao não me deparar com as nossas antigas camas e nossa antiga janela com vista para o campo.

" Ainda não sei se vou me acostumar á isso. " pensei enquanto fechava a porta, tentando rapidamente esconder minha expressão de Thalia.

Me virei para ela, e a vi estava indo na direção de seu roupeiro, provavelmente para terminar de ajeitá-lo, pois no início da arrumação de nossas coisas, ela até tinha ajeitado bem suas roupas, porém, não demorou muito para que ela tivesse preguiça e jogasse tudo dentro do roupeiro e fechado o mesmo rapidamente para que nada despencasse, pelo menos, não naquele momento.

Fui em direção á nossa escrivaninha, a qual já estava ajeitada com nossas coisas, e peguei o papel que Sr. Poseidon nos dissera que teria mais informações sobre a Force Academy. Me sentei em minha cama, e comecei a leitura, um pouco ansiosa e receosa.

HORÁRIOS

SEGUNDA; 06:45 - CAFÉ DA MANHÃ

07:15: AULA DE DEFESA PESSOAL

10:00 AULA ' O CORPO HUMANO '

12:00 ALMOÇO.

13:00 ÁS 15:00 HORÁRIO LIVRE

14:00 ÁS 17:00 CONCURSO

TERÇA: 06:45 - CAFÉ DA MANHÃ

07:20 ÁS 10:00 AULA DE PRIMEIRO SOCORROS.

10:00 Á 12:00 HORÁRIO LIVRE

13:00 ÁS 15:50 AULA DE CULINÁRIA NA COZINHA.

16:10 CONCURSO

QUARTA 06:45 CAFÉ DA MANHÃ

07:20 ÁS 10:30 FLORESTA

11:00 12:00 HORÁRIO LIVRE.

14:00 ÁS 17:OO PALESTRA

QUINTA 06:45 CAFÉ DA MANHÃ

07:50 FILME OU ATIVIDADE

11:00 HORÁRIO LIVRE

12:00 ALMOÇO

13:00 BIBLIOTECA

15:00 ÁS 17:30 ARMAS

18:00 ÁS 21:00 AULA

SEXTA 06:45 CAFÉ DA MANHÃ

07:10 CONCURSO

10:00 Á 12:00 / 13:00 á 15:00 AULA ( UMA HORA DE HORÁRIO LIVRE. )

16:00 Á 19:00 FLORESTA.

A ACADEMIA

O PROPÓSITO

A Force Academy não tem nada a menos e nada a mais além do propósito de preparar os diversos jovens que nela estão, para um futuro promissor. Aqui, esses jovens aprenderam a reconhecer do que são capazes, e a ultrapassar seu limites.

Um futuro promissor de um aluno da Force Academy é aquele que ele mesmo escolhe, á partir do que ele é, e do que é capaz. Alguns alunos, escolhem seu futuro á partir das iniciativas que a academia o s dá, enquanto outros escolhem á partir de si mesmos.

DISCIPLINA

A academia tem o uso rígido para disciplina.

" Sem disciplina e ordem, o ser humano desabará. Com justiça e sabedoria, o ser humano reinará. "

A academia usa o método de solitária para os alunos que desobedecem ás regras ou que desrespeitam professores, Supervisores J, funcionários ou outros alunos. Mas, a solitária somente é usada á partir da escolha do diretor.

REGRAS

1°: Não pode haver pessoas de diferentes sexos em um mesmo quarto.

2°: Respeitar os horários. Qualquer tipo de atraso, o aluno será deixado fora da atividade, aula etc.

3°: Horário obrigatório para desligar as luzes é as 23:00pm.

4°: Qualquer aluno que for pego á partir do horário de se retirar será punido.

5°: Não é permitido comidas/bebidas nos quartos.

6°: Qualquer material impróprio encontrado será confiscado.

7°: É proibido o uso de celulares ou qualquer outro tipo de aparelho eletrônico.


Autorizado por: Poseidon Jackson, diretor.

& Dionísio Wine, subdiretor.

" Nossa. " pensei ao terminar de ler o papel. " Não estou acreditando que Zeus tenha transferido Thalia e á mim para esta academia. Simplesmente não estou acreditando que ele nos deu este presente, mais precisamente para mim, já que Thalia é sua filha; Esta academia irá nos proporcionar tanta coisa; desde conteúdos á disciplina e á lutas. " mordi meu lábio inferior." Será que os alunos daqui são bons? Com armas, tanto de corte como de fogo; com lutas e tudo mais? "

Tentei inutilmente não pensar nas coisas que Calipso falou lá no refeitório. Eu tinha conseguido colocar essas perguntas e pensamentos no canto mais afastado e isolado de minha mente, mas, agora eles tinham vindo á tona.

" O que será que vão pedir para nós fazermos ou provarmos? E se eles mandarem que ficássemos literalmente nuas como mandaram para Calipso ou sei eu quem mais? E se eles..."

Annabeth?

Levei um susto quando ouvi a voz de Thalia me retirou de minha linha de pensamentos. Ela estava sentada ao meu lado e me olhava receosa, como se já soubesse o que eu estava pensando.

– Sim? - perguntei.

– Está tudo bem? - ela me perguntou me olhando intensamente

– É claro que está, Thalia. - eu disse normalmente e ela me olhou confusa. - Afinal, por que não estaria?

– Não sei. - ela respondeu. - É porque você fez aquela cara de quando está pensando em algo sério, e começou a morder o lábio assim como você faz quando está preocupada com alguma coisa importante.

– Não é nada, eu só fiquei pensando no nosso horário. - menti a alcançando o papel - Leia.

Thalia o pegou enquanto eu me levantava da cama. Fui em direção ao banheiro e fechei a porta, trancando-a. Me aproximei da pia, e escorei minhas mãos em suas bordas, com a cabeça abaixada.

" Estou me deixando ir pelo medo. Isso não pode acontecer. " pensei enquanto fechava com força meus olhos. " Eu sou forte, e sou capaz de muitas coisas. Não vou me deixar ir ou me influenciar por causa de um teste ou das pessoas daqui. " Abri meus olhos, e levantei minha cabeça, me analisando no espelho. " Não mais. " respirei fundo e me olhei intensamente pelo reflexo do espelho. " Eu sou Annabeth Chase, e não vou me abaixar á esse nível."

Respirei fundo novamente e tentei colocar o assunto do teste no fundo de minha mente novamente. Me afastei da pia do banheiro indo para a porta. Quando saí, me deparei com uma Thalia enfurecida.

– Quem ele pensa que é pra fazer esse tipo de coisa? - ela gritou/disse enquanto caminhava pelo quarto com passos pesados. - Ele não percebeu que nós vamos morrer aqui? Viu só o quão puxado essa maldita academia é? - Thalia se virou para mim, balançando o folheto em sua mão. - E essa porcaria de horário? É cheio de coisas! Como é que vamos sobreviver á isso? Ele é mesmo um fdp por ter nos mandado pra cá!

– Thalia, já chega! - eu disse meio elevado enquanto minha colega de quarto e melhor amiga não parava quieta.

" Parece que não sou a única a ter uma crise por aqui. " pensei.

– Eu não sei se você percebeu, mas seu pai nos deu um presente. - eu disse e Thalia me olhou como se eu tivesse dito a maior besteira do século. - É obvio que seu ele nos transferiu pra cá porque a Deadly Fights não tinha, pela observação dele, como nos ajudar á evoluir. Thalia, nós duas eramos umas das melhores que aquela academia tinha, e foi por isso que ele decidiu nos transferir. Ele queria dar á você uma chance de poder se melhor naquilo que você era. Ele queria te ajudar, Tha. Ele não te mandou pra longe como você pensa que ele fez. Ele estava e ainda está preocupado sobre o seu futuro. - Thalia se acalmou um pouco, mas já era um começo. - Seja grata por ter um pai que se preocupa com você. - as palavras voaram de minha boca, e nem eu não acreditei no que disse.

Thalia me olhou espantada, como se eu a tivesse dado um tapa na cara. Ela definitivamente tinha se acalmado agora.

– Annie, eu... - ela começou mas eu a cortei.

– Tudo bem, Tha. - eu disse me aproximando dela, abraçando-a .Thalia devolveu o abraço apertado. - Não se preocupe, tudo vai dar certo no final. - e ficamos assim, nos abraçando forte, como sempre fizemos quando precisávamos uma da outra.

[...]

– Eu vou ir na biblioteca, quer vi junto? - perguntei para Thalia, que estava deitada em sua cama, mexendo no celular.

– Livros não a minha, Annie. - ela disse sem retirar sua atenção do celular. - E você sabe muito bem disso. - Thalia se referiu nas milhares de vezes em que eu a convidara para ler.

– Ok. - eu disse fingindo estar sentida e peguei o molho de chaves, retirando uma e deixando a outra. - Você sabe que é proibido o uso de celulares e aparelhos eletrônicos, certo?

– Eles não tem como saber que eu estou usando o celular. - Thalia disse. - Pelo menos não aqui no quarto.

– Você é impossível. - olhei para o relógio na escrivaninha, era 20:12 pm.- Acho que vou chegar antes do horário do teste.

– Você acha mesmo que vai ter esse teste? - Thalia finalmente retirou sua atenção do celular e me olhou intrigada. - Afinal, que horas vai ser essa merda?

A repreendi com meu olhar. Não gostava quando as pessoas falassem palavrão. Era feio na minha opinião.

– Acho que antes ou depois da meia-noite. - respondi indo para a porta. - Vou falar com Piper sobre isso.

– Eu gosto dela. - Thalia disse simplesmente. - Ela é legal.

– Eu também achei isso dela. - eu falei e abri a porta. - Tchau, Tha.

– Aham. - ela resmungou enquanto voltava a dar atenção para o seu celular.

Saí do quarto e fechei a porta.

Me virei para o corredor e comecei á caminhar. Ele estava vazio, assim como todas as vezes que eu passara por ele. Quando cheguei na frente do elevador, virei á direita (N/A: A sua direita também, ok? ) e segui até o final do corredor, assim como Piper tinha nos instruído.

Quando cheguei á porta do quarto, bati e torci para que Piper estivesse ali.

Depois de alguns instantes, a porta se abriu e não foi a Piper que me recebeu, foi Reyna.

Ela me avaliou de cima á baixo rapidamente, e eu aproveitei e a avaliei também. Ela estava com uma blusa roxa e uma calça legui preta. Percebi que seus pés estavam descalços e seus cabelos estavam presos em uma trança no lado esquerdo caindo sobre o ombro.

– Posso ajudá-la? - ela perguntou um pouco desconfiada.

– Eu queria saber se a Piper está, ela me disse que o número do quarto dela era este. - eu disse e ela me olhou séria.

– Ela não está aqui no momento, ela foi para a biblioteca. - ela disse e eu senti um forte cheiro de esmalte vindo de seu quarto.- Era só isso? - perguntou e eu percebi que ela estava ficando impaciente.

– Sim, obrigada. - eu respondi e percebi que ela ficou um pouco surpresa pelo meu Obrigada. Ela acenou com a cabeça e eu comecei a andar em direção ao elevador.

" Bem que Thalia sempre me dissera que eu era educada demais. " pensei.

Quando cheguei nele, apertei o botão, chamando o elevador para o meu andar. Não demorou muito para que ele chegasse e eu entrei na cabine vazia. As portas se fecharam e eu olhei no painel em qual andar era a biblioteca, e apertei o botão do segundo andar.

O elevador parou no 2° andar e eu saí do mesmo e me deparei com duas portas: uma no final do corredor e a outra na metade. Passei pela a do meio, e li na placa que estava presa no porta como Salão. E deduzi que a última porta fosse a da biblioteca.

Caminhei pelo corredor, observando nas paredes dos dois lados os quadros presos. Eram de diversos artistas, alguns que eu reconhecera de uma revista ou reportagem na TV, e outros que eram desconhecidos, porém, tinham feito um magnífico trabalho na tela de pintura.

" Se Rachel estivesse aqui, aposto que ela teria amado o lugar somente pelo fato de estar repleto de quadros. " Suspirei tristemente. ao perceber o assunto em que pensei. Ainda não tinha conseguido superar que ela se fora. " Sinto sua falta, Rach. Espero que saiba disso, nós duas sentimos. " E antes de perceber, eu já estava parada na porta da biblioteca.

Com um pouco de ânimo, empurrei a porta e quase tive um treco.

Eram estantes e mais estantes repletas de livros. Elas estavam colocadas em colunas, e entre algumas delas, aquelas escadas que iam do topo até o chão com rodinhas estavam posicionadas e pareciam me chamar para pegar o primeiro livro em que puser meus olhos.

Fechei a porta e olhei ao meu redor. Além das estantes, tinha mesas de estudo e também pufes e pequenas poltronas colocadas em diversos locais da grande sala. A iluminação vinha de algumas luzes colocadas no teto e também das médias janelas e dos abajures. A biblioteca era linda.

Olhei em volta para ver se não encontrava a mesa da bibliotecária, e a achei. Ela estava mais para o meio, como se quisesse observar a ala de livros e a ala de lazer. Em cima dela, folhas, carimbos, um telefone, vários portas-canetas e diversos livros estavam empilhados organizadamente pela mesa. Como decoração, um vaso com uma rosa branca estava posicionado próximo da beira.

Mas tinha um único problema: eu estava sozinha.

– Olá? - perguntei alto e como resposta, o som de alguns livros caindo ecoaram pela biblioteca. E de repente, uma senhora apareceu dentre uma estante.

– Olá, menina! - ela disse animadamente enquanto trazia alguns livros no colo. Era uma senhora de máximo 40 anos. Tinha cabelos ruivos porém, alguns fios brancas apareciam como finas mechas. Usava um vestido marrom de magas compridas, acompanhado com um xale beje e estava calçando uma sapatilha beje também.

A bibliotecária se aproximou e colocou os livros em cima de sua mesa enquanto eu me aproximava dela. A bibliotecária me deu um sorriso mostrando seus dentes brancos.

– Em que posso ajudá-la? - ela perguntou alegremente me olhando intensamente com seus olhos castanhos.

– Primeiramente eu estava procurando uma pessoa, mas acredito que ela não está aqui. - disse me referindo á biblioteca vazia.

– Ah, sim. - a bibliotecária olhou ao redor sentida e ajeitou seu xale. - Você é nova aqui, certo? Porque se não for, nunca a vi por aqui.

– Na verdade, é meu primeiro dia assim como a de minha amiga. - respondi. - Chegamos hoje de transferência de uma outra academia.

– Que maravilha! Acredito que tenham simpatizado com vocês certo? - ela disse.

– Somente uma, ela se chama Piper. É ela quem vim procurar. - respondo e os olhos da biblioteca se iluminaram ao ouvi o nome de Piper.

– Ah, sim. Piper de fato é uma criança maravilhosa. Uma das poucas que vinham para a biblioteca procurando refúgio nos livros, em vez dos outros que vinham somente quando era obrigados. - ela disse suspirando, era mais do que óbvio que esta biblioteca era somente utilizada quando os alunos desta academia tinham que vir para estudar e não para ter o prazer de ler.

A bibliotecária me observou e perguntou insegura:

– És fã de literatura?

– Sou, principalmente de ler livros sobre arquitetura. Mas também gosto de ler sobre diversos assuntos como desde política á livros de aventura ou romance. - respondi com sinceridade e os olhos da senhora se iluminaram mais ainda.

– Então venha minha querida! Tenho uma ala de arquitetura inteira para você encher os olhos! - a bibliotecária falou animadamente enquanto caminhava em direção á uma estante mais distante do que as outras.

Com passos rápidos, consegui alcançar a bibliotecária. Ela parou em frente de uma estante e passou os olhos procurando por um livro específico, pois toda vez que ela pegava um livro para ler a capa, ela resmungava um não ou este aqui também não.

– Me desculpe, querida, mas como se chama? - ela perguntou enquanto passava a mão sobre as fileiras de livros.

– Meu nome é Annabeth. - respondi.

– É um lindo nome. Annabeth. - ela disse, como se testasse a intensidade de meu nome. - Bem, é um prazer querida. Eu me chamo Ella e como você pode ver, sou a bibliotecária desta academia.

– É sempre assim aqui? Digo, tudo quieto e sem nenhuma alma viva além da sua? - brinquei e ela riu.

– Quase sempre. As vezes alguém aparece, mas não fica por muito tempo. - ela respondeu enquanto retirava mais um livro da estante. - Ah, é este danadinho aqui que eu estava procurando! - Ella exclamou feliz.

Ella desceu da escada e se aproximou de mim enquanto abria o livro.

– Este aqui, é um dos meus favoritos na sessão arquitetura. Nele, contém os projetos de alguns dos mais famosos prédios desdo século XIII ao nosso século. - a bibliotecária disse enquanto me mostrava o índice. - Este é um livro que pode ser considerado raro hoje em dia, pois contém um tipo de diário pessoal dos arquitetos. E também contém como eles.... - a bibliotecária fora cortada pelo som do telefone ecoar pela biblioteca. - Um momento, querida.

Ella se aproximou da mesa e atendeu o telefone. Consegui ouvir algumas palavras distorcidas da conversa como Sim, senhor. / Eu compreendo e Já estou chegando aí.

Ella se aproximou rapidamente e me disse:

– Eu sinto muito por pedir isto mas, será que poderia dar uma olhada na biblioteca enquanto eu estou fora? Não irá demorar muito e como você pode ver, não há ninguém aqui além de nós.

– Sem problemas. - eu disse e ela me deu um sorriso.

– Obrigada, Annabeth.- ela disse enquanto ajeitava seu vestido marrom. - Com licença que eu tenho que correr.

E assim, a bibliotecária fascinada por livros saiu da biblioteca às presas, sem olhar para trás.

O livro ainda estava em minhas mãos, e eu decidi colocá-lo em cima de uma das mesas de estudo ou em uma poltrona para poder me deliciar com a leitura.

Me aproximei de uma poltrona e liguei o abajur que estava á minha disposição ao meu lado. Me ajeitei na poltrona e passei o mão sobre a capa do livro.

Ela era lisa, sem nenhum título ou informação além da capa marrom desgastada. Abri na primeira folha, e a encontrei com o título:

Arquitetura Através dos Tempos

George Anntomies Murles

1931 / 1989

O autor para mim era desconhecido, porém, fiquei surpresa ao descobrir que ao ler sua introdução, que ele mesmo viajou pelo mundo á procura de informações, textos antigos e imagens para publicar em seu livro, deixando a família na Inglaterra, a qual morrera em um incêndio meses antes de sua chegada quando terminou de escrevê-lo. Fiquei intrigada ao ler que logo após a publicação de seu outro livro, Luz nos Tempos Escuros, George fora assassinado em sua casa.

" Não pense nisso. " me reprimi. " Continue lendo." E assim, virei a página, lendo o título do primeiro capítulo de um livro de vinte e um :

As Maravilhas da Grécia Antiga

[...]

Se passara quase meia hora e Ella ainda não tinha voltado e eu já tinha chegado na metade do livro.

Era sem dúvida, um dos melhores livros de arquitetura que eu já lera em minha vida. Era uma escrita tão simples e magnífica que me dera inveja por não conseguir escrever tão bem assim. As imagens eram tão bem detalhadas e tão bem desenhadas que colocavam os meus desenhos na categoria amador infantil. O livro era simplesmente impressionante.

Me levantei da poltrona, e segui em direção ás estantes de livros levando o livro comigo.

Quando cheguei á uma estante onde tinha uma pequena placa indicando que era a seção de livros de aventura, coloquei o livro de arquitetura em cima da escada móvel e fui pegar o primeiro livro que eu pusera meus olhos. O peguei e analisei a capa: Alice no País das Maravilhas.

" Será? " me perguntei, mas logo descartei a possibilidade de ler o livro um tanto infantil.

Peguei outro livro que me parecera interessante e li o título: O Hobbit.

" Acho que é este. " pensei enquanto abria o livro para ler o prólogo.

Mas de repente, fui agarrada pela cintura com força, sendo chocada contro um corpo, enquanto o livro caía de minhas mãos.

O medo me invadiu assim que senti as mãos do indivíduo apertar minha cintura e o mesmo cheirar meu pescoço enquanto me prensava delicadamente contra a estante

– Adorei o seu perfume. - sua voz era um pouco grossa porém suave enquanto cheirava meu pescoço.

" Não. " foi a única coisa que consegui pensar antes do medo me paralisar.

FLASHBACK ON.

– Não, não e não, Annabeth. - ele disse enquanto me agarrava pela cintura com força e me arrastava enquanto eu tentava me soltar desesperadamente de seus braços. - Dessa vez você não vai fugir de mim.

FLASHBACK OFF

Ele, seja quem fosse, começou á beijar meus pescoço enquanto sussurrava contra minha pele:

– Por que você não veio mais cedo pra cá? Poderíamos ter nos divertido muito, sabia? - ele sussurrou rouco. - Agora que estamos sozinhos, que tal, brincarmos? - ele disse malicioso enquanto mordiscava a curva de minha orelha e apertava mais ainda minha cintura. - Por que tão tensa, loirinha? Relaxe, ninguém vai nos ouvir.Eu garanto.

E assim, meu medo se virou em raiva e ódio.

" Você quer brincar? " pensei.

– Então vamos brincar. - complementei meu pensamento em voz alta e ataquei sem aviso.

Peguei suas mãos em torno de minha cintura e as apertei no ponto de dor que eu tinha aprendido, o fazendo gemer de dor. Depois, retirei suas mãos de minha cintura, fazendo com que seu corpo se afastasse do meu o desequilibrando, me dando tempo para que eu soltasse suas mãos e me virasse ficando frente á frente com ele.

" Percy. " pensei ao perceber que ele era o garoto do refeitório.

Em questão de um segundo eu o ataquei pegando seu braço direito em duas posições: uma mão no pulso e outra no ombro. Com a minha mão em seu pulso, o virei, trazendo-o para cima enquanto com a mão direita eu abaixava com força seu ombro, o fazendo ter que se abaixar se não eu torceria seu braço.

Me aproximei de sua cabeça e sussurrei rouca:

– Só um pequeno detalhe sobre o jogo: eu não sou uma puta para jogá-lo.

E assim, ouvi as portas da biblioteca se abriram, e ouvi Ella perguntar - Annabeth? Voltei!

Em um único movimento soltei o braço de Percy, e assim que ele se levantou, seus olhos encontraram os meus. E neles estavam estampadas uma mistura de confusão, raiva e um outro sentimento que não consegui identificar.

Os passos de Ella vindo em nossa direção fora o suficiente para me desconectar daqueles olhos verdes-mar e me abaixar para pegar rapidamente o livro que estava no chão, enquanto sentia os olhos de Percy em minhas costas.

– Annabeth? - perguntou Ella assim que nos viu. - Oh, não esperava encontrá-lo aqui, Percy. - a bibliotecária se assustou assim que viu que Percy estava ao meu lado.

– Eu só vim pegar um livro para me distrair, Sra. Ella. - Percy disse, fazendo com que a bibliotecária erguesse uma sobrancelha. - Se me der licença, acredito que nenhum livro tenha chamado minha atenção.

E assim, Percy saiu rapidamente da sessão em que nos encontrávamos e seguiu para a porta, a fechando-a com um pouco de força.

Ella se virou para mim com os olhos cheios de preocupação.

– Minha querida, o que aquele monstro te fez? - ela perguntou se aproximando enquanto me analisava o rosto.

– Nada, Ella. - eu disse enquanto guardava o livro O Hobbit na estante em que eu o pegara. - Ele não fez absolutamente nada.

A bibliotecária me olhou séria.

– Annabeth, eu acredito que você seja a moça que eu penso ser: uma moça forte que sabe quando precisa ser fria, carinhosa, amigável e respeitosa. Mas lembre-se minha querida, - Ella disse. - há coisas que simplesmente não conseguimos carregar o peso sozinhos.

– Eu entendo. - eu respondi enquanto ela me olhava intensamente.

– Lembre-se também que apesar do fato de que ele é o filho do diretor, não quer dizer que ele não seja punido por seus atos. - Ella disse, e eu me perguntei se ela tinha alguma suspeita sobre o que realmente acontecera minutos antes de sua chegada.

– Vou me lembrar. - garanti.

Ella suspirou e olhou no relógio em seu pulos.

– Já é tarde, Annabeth. E eu tenho que fechar a biblioteca. - Ella disse e eu concordei com a cabeça. - Mas, amanhã no seu horário livre, talvez você possa vir. É claro que se você não preferir fazer outra coisa... - a bibliotecária disse desconfortável, como se suspeitasse que eu recusasse a oferta.

– Pode deixar que eu virei. - eu disse sorrindo. - Boa noite Ella.

– Boa noite, Annabeth. - disse Ella. - Durma bem, minha querida.

Assim que saí da biblioteca, me esbarrei em uma pessoa: Piper.

– Aonde você estava? Eu estava te procurando! - ela exclamou ofegante.

– Eu estava na bibliot.... - mas fui cortada por ela.

– Okay, okay mas venha rápido! - ela começou á caminhar em direção ao elevador.

– Por quê? - perguntei.

–Porque o seu teste e o de Thalia começa em menos de 10 minutos.

" Isso não vai dar certo. " pensei.

[...]

Assim que chegamos na Sala, no 8° andar, senti um friozinho na barriga.

" Alguma coisa vai dar errado. " pensei.

– Aonde está Thalia? - perguntei á Piper que estava mais nervosa do que eu.

– Ela já está lá. - ela respondeu.

– O quê? Como assim? - perguntei enquanto paramos na frente da porta da Sala.

– Depois eu te conto. Agora não dá tempo. - ela respondeu e assim, abriu a porta.

Quando entramos, todos os olhares seguiram para mim. A sala parecia estar com a metade dos alunos da academia, pois alguns rostos eu não reconheci no jantar.

" É agora. " pensei enquanto dava o meu primeiro passo em direção ao grupo dos designers, que estavam sentados em cima de uma mesa no meio da sala.

A sala era, pelo menos o que parecia ser uma sala de reuniões. Tinha uma mesa grande, com no mínimo vinte cadeiras; um frigo-bar e uma tela branca que provavelmente era de um projetor.

– Veja só o que temos aqui. - disse Leo quando eu me aproximei do grupo. - Espero que deixe-a para mim, Jackson.

– Quieto, Valdez. - repreendeu Percy de mal humor enquanto me olhava intensamente.

– Então, qual será o teste da novata? - perguntou Calipso enquanto se aproximava de Percy. - Seja criativo, Percito.

Percy a ignorou completamente.

" Não sei qual foi o teste dela, mas acho que ela ainda não se deu conta de que o que aconteceu entre os dois, ( se é que aconteceu ) provavelmente fora somente de momento. " pensei.

– Então, Percy? - perguntou Jason depois de me analisar. - Qual será o teste dela?

Percy me olhou intensamente novamente. Como se pensasse se valeria á pena escolher entre duas opções.

– Eu já decidi qual será o teste dela. - Percy finalmente disse, me olhando sério. - Me beije.

– O quê? - Calipso, Drew e Reyna praticamente gritaram.

" Você tem que estar brincando comigo. "



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Notas finais do capítulo

Mas enfim, um problema de matemática para vocês: " Uma escritora tem 28 leitores. Por que ela não recebe 28 review por capítulo? " Quero saber a resposta gente!
.-.



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