Solo Quedate En Silencio escrita por VondyDyR


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

A fonte, o tamanho, a cor, tá meio irregular. É porque quando eu copio de um site para o outro as vezes fica assim.



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     E então, quando eu acordei, Diego estava sentado ao meu lado. Tomei um susto, claro. Você dorme, acorda, e tem um menino sentado na sua cama.

    -Que horas são hein? – Perguntei bocejando.

    -A hora do dia em que você está mais linda.

    -Hm, meloso. – Falei, arrumando o meu cabelo, e dando um sorrisinho.

    -Roberta, que dia é hoje?

    -23.

    -Quer fazer dois dias de namoro comigo dia 25?

    -É o que?

    -É isso.

    -Isso o que? – Tomás perguntou.

    -Então Tomás, foi assim que eu vim dormir aqui no quarto da Roberta, não pense coisas. – Tomás estava no meu quarto. E naquele momento eu percebi que todo o lance do namoro foi um sonho. E eu deveria está com o cabelo todo acabado, com a pior cara do mundo e o Diego e o Tomás no meu quarto, ótimo, e eu não iria fazer dois dias de namoro daqui a dois dias, não, e também, eu não ia aceitar mesmo.

    -Ai que sono... Falem baixo – Disse, enquanto ia para debaixo da coxa.

    -Shh, deixa ela dormir Tommy.

    -TOMMY? QUE GAY DIEGO! Depois disso nem quero mais dormir.

    -Roberta, sossega!
              -To brincando coisa linda.

    -Coisa linda... Olha Diego, aproveita. – Tomás falou, rindo, enquanto eu ia tomar meu banho. Entrei no banheiro e fiquei escutando pela porta. – E então Diego, fala a verdade, Roberta né?
              -Não... Eu tava bêbado e ela me ajudou, somente.

    -E você aceitou a ajuda dela? Tu já é tão acostumado em ficar bêbado, nem precisava.

    -Tomás, eu tava inconsciente, na verdade eu tenho até medo do que eu possa ter falado pra ela. – Então ele não se lembrava do beijo, de nada. Eu sou uma idiota, eu sou mesmo. E ainda fico tendo sonhos, pensando que tudo foi pelo menos “real”. “-Eu não tenho ninguém, eu vi o meu pai batendo na minha mãe hoje. Me ajuda, me beija...

-Eu não posso! Entenda, quando você acordar nem vai mais se lembrar disso, e eu vou ter me aproveitado de você assim desse jeito!

-Não vai, eu que quero te beijar desde a primeira vez que eu te vi.

-Não foi isso que você disse ao Tomás.

-Eu tava mentindo Roberta, mentindo. Eu preciso de você.”  Mas eu não entendo, quando ele estava consciente depois ele ficou bem carinhoso comigo... Devia ser por causa das coisas que estavam acontecendo na vida dele, e eu me aproveitando. “-Certo, boa noite, minha baixinha.” Eu sou uma idiota. “-Posso ficar aqui te olhando dormir a noite inteira?”  Senti meus olhos começarem a lagrimejar, quando me lembrei que eu também não falei nada com ele depois sobre o beijo, ele nem sabe que aconteceu, a única coisa que eu falei com ele não tem relação nenhuma com o beijo. “-Quando você estava bêbado você disse que queria me beijar desde o começo e que mentiu com aquilo que disse ao Tomás, é verdade?

-Era só uma dúvida.

-Sim, mas responde as duas por favor.”

    -Ah Diego, e você acha que a Roberta ia querer te ajudar, trazer pra o quarto dela, cuidar de você, sem nenhuma intenção?

    -Acho. Você não conhece a Roberta, ela é assim durona, mas ela é uma boa pessoa. – Boa pessoa? Boa pessoa? A descrição dele pra mim é boa pessoa? De verdade, eu sou uma idiota, já disse isso, mas eu sou. Enquanto eu descrevo ele no pensamento como lindo, perfeito, ele me descreve como boa pessoa, não pode ser verdade, sério.

    -Se você acha que a Roberta não tem intenção nenhuma com você, eu sei de outra que tem.

    -Quem?

    -A Jena.

    -Eu sei... E ela é bem bonita. - Jena é bonita, eu sou uma boa pessoa, olha que perfeito pra você, Roberta!
              -Ela chegou lá no quarto toda arrumada de meia noite mais ou menos te procurando.

    -Sim?

    -Aí eu disse que você não tinha vindo dormir no quarto e ela começou a gritar dizendo que tinha marcado de sair contigo.

    -Eita, é verdade! Eu me esqueci completamente. – Não, de verdade, isso eu não posso suportar, ele lá me beijando e provavelmente pensando que estava beijando ela. Liguei o chuveiro e coloquei uma música bem alta, não podia escutar o fim da conversa, não suportaria, só viria aquelas cenas de novo na minha mente, do bonequinho de plástico. E a medida que eu ia escutando a música, ia me identificando mais com ela “O jeito que você se move é como uma tempestade

E eu sou um castelo de cartas

Você é o tipo imprudente que poderá me mandar correndo

Mas eu meio que sei que não vou chegar longe. ” Porque entre eu e ele é exatamente assim, ele se move como uma tempestade, pois destroi tudo, meu coração, eu. E eu sou um castelo de cartas, frágil, que qualquer vento derruba, e o furacão acaba com o castelo de cartas. Ele é o tipo de imprudente, galinha, mentiroso, que poderia me mandar correndo, pois eu em estados normais jamais gostaria de estar ao seu lado. Mas eu meio que sei de alguma maneira, que se eu tentasse correr dele ou ir pra longe, a correnteza não me deixaria ir embora, e eu ia ficar cada vez mais presa a esse sentimento. E a medida que eu ia pensando na música, me lembrando das cenas, de tudo que a gente já passou, que embora em pouco tempo, já tiveram alguns beijos e momentos, eu não conseguia identificar se a água que escorria pelo meu nariz eram de lágrimas ou do chuveiro. Só sabia que eu preciso me afastar dele, o castelo de cartas precisa dar um jeito de ficar mais forte que o furacão.

Obs.: Gente, essa música que aparece no capítulo se chama "Sparks fly" da Taylor Swift.


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