– Do que você esta falando, Haruya?

Você já estava quase desmaiando ali, uma vontade enorme de deitar no colo de Haruya invadiu você, mas você não o faria, Haruya parecia irritado e isso com certeza o irritaria ainda mais.

– Por que você disse pro Shigeto que eu te amo?

Shigeto? Mas por que diabos você falaria algo assim para ele?, você se esforça para lembrar, mas isso só fez sua cabeça doer ainda mais, você ponhou a mão na testa, estava queimando de febre.

– Eu não sei do que você esta falando!

Ele te encarou um pouco mais, você tirou a mão da testa e olhou em seus olhos.

– Não se faça de santinho, Suzuno!

Você achou incrível como Haruya ainda não percebera que você não esta se sentindo bem.

– Ahh, Haruya! Eu quero dormir!

Você se deitou novamente, Haruya ainda estava ali, sentado em sua cama, olhando para você, isso era bastante constrangedor. Você estava se sentindo tão fraco que sabia que não iria adiantar tentar empurra-lo.

– Você é um maldito!

Ele foi se deitar. Você não conseguia mas dormir, você ficava deitado, olhando para Haruya que estava de costas pra você, não queria que ele ficasse com raiva de você, e aliais, sem motivo algum.

– - - - - - -

Você acordou horrível na manhã seguinte, dando graças a Deus por ser domingo. Apesar de sua dor de cabeça, sua febre super alta, seu incomodo na garganta e as várias tosses, ainda tivera um pesadelo, onde nele Haruya te trocava por Shigeto, foi algo muito tosco na sua opinião, mas por que você fora tão atingido com isso? Seria possível você estar mesmo sentindo algo por ele? Resposta: não, não é possível.

Haruya já havia se levantado e provavelmente estava no banheiro. Já que é domingo, você não se preocupa em olhar as horas, e nas suas condições, virar um pouco a cabeça para olhar o despertador era esforço demais. Você ficou deitado olhando para o teto, toda vez que espirrava, parecia que sua cabeça sofria uma explosão lá dentro.

Haruya saíra do banheiro, pelo jeito ele havia tomado banho pois estava com a toalha nos ombros.

– Hey, você vai ficar roncando o dia todo mesmo?

– Hã ?

Você se pergunta como Haruya podia acordar tão animado em um domingo.

– Você sabe que horas são Suzuno?

– Por que eu iria me preocupar em saber as horas, Haruya?

Ele parou um pouco para te encarar, toda vez que você o chamava de Haruya ele te olhava assim, mas claro, você esta doente e nem sabe direito o que esta dizendo, ou seja, você nem percebe que esta o chamando de Haruya.

– São três horas da tarde.

– O QUE ?!

Você se levantou tão rápido que sentiu sua cabeça saindo do pescoço e voando para a parede, mas obvio, isso não aconteceu.

– Por que não me acordou?

Você agora passara a mão na cabeça.

– Desculpe, mas eu não sei cuidar de um doente!

Você continuou olhando para Haruya que te encarava também.

– Eu estou doente e não consigo nem me mover direito, você terá que fazer tudo que eu pedir, é assim que se cuida de um doente!

Ele te olhou indignado, obvio que ele havia percebido que eu estava zoando da cara dele. Ele foi para a porta e já ia a abrindo, mas, você não podia deixar ele deixar você aqui sozinho.

– Ei, volte aqui! Não pode me deixar sozinho!

Ele voltou e ficou em pé em sua frente, você ficaram se encarando em silencio. Alguns segundos depois de muitas encarações, alguém bateu na porta, com certeza era Hiroto. Haruya foi ver.

Você escutou uma vez conhecida, mas não era a de Hiroto, nem a de Midorikawa, mas sim a de..

– Nagumo-san..

Shigeto. Você se esforçou para virar o pescoço e ficar olhando para a porta, Shigeto olhava timidamente para Haruya.

– Entra.

– NÃO!

Você gritou chamando a atenção dos dois, seu rosto corou ao ver Haruya te olhando surpreso, sem se importar com o olhar de Shigeto. Você realmente não queria Shigeto aqui em seu quarto, você não queria estar com ele em lugar nenhum.

– Cale a boca, Suzuno! Você esta doente não deveria ficar gritando.

Você olhou irritado para ele que estava empurrando Shigeto para dentro. Os dois se sentaram na cama de Haruya, você estava fervendo mais de raiva do que de febre agora, tudo te irritava, o fato dele estar na cama de Haruya, o fato deles falarem baixo, o fato de Haruya estar rindo, você não aguentava mais ver aquilo, se levantou, Haruya te olhou.

– Aonde você vai?

– O QUE TE IMPORTA?

Você saiu cambaleando e indo junto com a porta ao abri-la, você saiu do quarto batendo a porta com força, toda a força que você tinha no momento e por esse motivo a porta não quebrou. Você se sentou no chão ao lado da porta, você estava com vontade de chorar, mas não havia motivos para isso, você não é fraco para chorar por uma doença e muito menos para chorar por causa de Haruya.

Hiroto e Midorikawa passaram pelo corredor, e como sempre, de mãos dadas, eles pararam em sua frente e você continuou com a cabeça baixa.

– Suzuno, você esta bem? - Perguntou Midorikawa

– Nagumo disse que você estava doente!

Você não podia erguer a cabeça, estava com medo de alguma lagrima ter vazado.

– Ei Suzuno..

– EU ESTOU BEM!

Eles ficaram surpresos com seu grito.

– Vamos então. - Midorikawa já havia ficado em pé.

– Suzuno, não se esqueça que estou sempre disposto a te ajudar!

Hiroto e Midorikawa saíram, eles provavelmente perceberam que eu não queria companhia.

Passou muito tempo e Shigeto nem Haruya haviam saído de lá, você resolveu entrar no quarto, aliais, o quarto também é seu.

– Nagumo-san, eu amo você!

Você entrou no quarto e a primeira coisa que pode ouvir foi Shigeto dizendo isso. Os dois estavam com os rostos muito próximos, você queria ver a reação de Haruya mas não aguentou ficar sem fazer nada. Você caminhou até eles batendo os pés, sua dor, sua fraqueza, é como se você tivesse se curado ao ouvir aquelas palavras. Você agarrou Shigeto pela gola da camisa o erguendo e o deixando encostado na parede.

– Como ousa.. Chegar tão perto.. DO "MEU HARUYA"!!

Shigeto te olhava apavorado, Haruya estava surpreso e você apenas fervendo de raiva e ainda não dera conta do que falara