Era dia de limpeza na casa do Lituânia. America ficaria encarregado de limpar o depósito enquanto seu amigo cuidava da casa. América não achava fácil a limpeza deste lugar, pois sempre acabava lembrando de coisas boas e ruins, que o impediam de continuar.

Enquanto limpava o lugar, acabou encontrando uma caixinha. Inglaterra havia feito ela especialmente para América. Na caixinha haviam vários soldados, um diferente do outro, feitos com o maior carinho. Ao rever a caixinha, América ameaçou jogar fora, pois aquilo não havia mais uso. Porém, algo o impediu de fazê-lo. Aquela caixinha tinha um grande valor sentimental.

Continuou usa limpeza. Via muitos objetos que lhe traziam lembranças boas e ruins. Até que viu uma caixa, com um Mosquete¹ dentro. Pensou em pendurá-la na parede para enfeitar, mas uma coisa acabou lhe chamando atenção.

– Um arranhão? - Pensou América - isso é... daquele dia.

Aquele dia foi conhecido como "A Guerra Revolucionária". América, sentindo-se maduro suficiente para formar seu próprio país independente, formou um exército para conseguir a independência da Inglaterra.

– Ei... Inglaterra. Eu quero ser livre. - Proclamou América - eu não sou mais uma criança, nem seu "garotinho". Estou me separando de você.

Inglaterra ficou chocado diante de tais palavras. Correu em direção ao exército americano em meio àquela chuva e apontou uma arma na cabeça do América.

– Eu não vou permitir! - Exclamou

Inglaterra olhou diretamente nos olhos de América, ofegante diante da atitude do Jovem País.

– Você não se cansa de ser tão incompetente?!

O exército americano, vendo seu líder com uma arma apontada para a cabeça, não ficou parado e apontou suas armas em direção à Inglaterra, que estava sozinho. América nada fez, apenas ficou parado olhando diretamente nos olhos do país rival. Até que Inglaterra finalmente abaixou seu Mosquete.

– Não tem como eu atirar... idiota...

Inglaterra desistiu e jogou sua arma no chão.

– Maldição! Por quê?! Droga...! - Disse chorando

– Inglaterra...

Enquanto via o rosto choroso do país rival, América começou a lembrar do passado que tiveram juntos. De quando Inglaterra o acolheu quando era criança.

– Você cresceu tão rápido. - afirmou enquanto chorava no meio daquela noite chuvosa.

América havia conseguido sua independência. Por outro lado, Inglaterra não aceitou isso. Sentia-se culpado. Pensava que tinha falhado em cuidar dele.

Inglaterra trancou-se em seu depósito. Haviam muitas coisas que o fazia lembrar da América. A caixinha que havia lhe dado, as roupas que o havia comprado, o lençol que America não soltava por nada. Tudo era uma triste lembrança. Não conseguia parar de chorar.

(...)

Três dias se passaram, França estranhava o desaparecimento de Inglaterra. "Não vejo aquele idiota há dias" - pensava. Foi até sua casa.

– Inglaterra! Onde está você? ~ - Chamava por seu nome, mas não recebia resposta.

Após procurar por todos os cômodos, França foi até o depósito.

– Inglaterra, você está aí?

Chamava por Inglaterra, mas não recebia resposta. Decidiu olhar mais a dentro do depósito. Até que encontrou vidros quebrados, garrafas de rum vazias, fotos rasgadas e um corpo coberto de sangue.

– INGLATERRA!!

Ao ver aquela cena, França imediatamente correu em direção ao corpo coberto de sangue. Era Inglaterra. Imediatamente reuniu-o em seus braços.

– Am...éri...ca? - Inglaterra olhou nos olhos do amigo, e sussurrou usando suas últimas forças.

França imediatamente o levou até o hospital mais próximo. Inglaterra havia ficado em estado de coma por um mês. Na primeira semana, ele estava sofrendo de pesadelos. Os médicos deram-lhe ópio para que pudesse permanecer dormindo enquanto seu corpo se recuperava. 

Durante a primeira semana, em seus pesadelos, Inglaterra gritou apenas duas palavras: "América" e "Por quê?".