Pretérito Imperfeito escrita por ValValdez, Livia Dias


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Bem, somos em duas autoras, então eu (Vanessa) vou ficar com as notas iniciais, e a Livia com as notas finais.
Espero mesmo, mesmo, mesmo que vocês gostem da fic.
Beijos. :)



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Percy POV



Tudo começou tempos atrás, três anos se não me engano. Me meti em uma 'roubada', mesmo sem querer.




Três anos atrás...


– E aí, cara? - perguntou Luke saindo de sua casa. Porte atlético, cabelos loiros, olhos azuis e um ano mais velho do que eu. Crescemos praticamente juntos.






– Vou bem. - Disse dando de ombros. Mesmo que as coisas não estivessem tão boas assim, eu não diria isso. Uma coisa que aprendi com meu pai foi que, mesmo que você esteja na merda, ninguém precisa saber disso. Dizer que está legal é, no mínimo, consolador para si mesmo.





– Legal. Olha, tenho que te apresentar uns amigos. - disse começando a caminhada e eu o segui, curioso para saber porque ele havia me chamado aqui à essa hora.





– Que amigos? Não vai me dizer que quer tentar me fazer ficar amigo do time de basquete, ou vai? Sabe que não sou muito fã deles. - disse um pouco irritado. Não com Luke, mas com os populares. Eles humilham muita gente, principalmente os calouros e inteligentes. Coitados, não sabem como são chamados pelas costas.





Felizmente, esse é meu último ano na escola e se tudo der certo, estarei entrando na faculdade de engenharia no próximo ano.





– Não - disse rapidamente - São.. uns colegas meus que querem te conhecer - ele passou a andar, sem puxar mais nenhum assunto. Não entendi o nervosismo dele na hora, e principalmente não entendi o porque desses amigos quererem me conhecer. As pessoas normalmente me ignoravam, a não ser Bianca, minha prima, e Luke, porque nos conhecemos desde pequenos.





Chegamos a um beco. Vi três sombras ali e isso não me agradou. Não que eu estivesse com medo.





– Ele está aí? - Luke perguntou para um dos grandões; os três assentiram sem tirar os olhos de mim nenhum momento. E não era um olhar muito animador. Era como se dissessem "dê o fora enquanto pode". Sério, não é momento para brincadeiras, mas fico pensando como eles são em casa com a mãe. Provavelmente sem pose alguma e um sorrisinho amigável enquanto dizem "sim senhora" ou "não senhora"; ou até mesmo "adoramos quando a senhora faz nossa lancheira, mamãe" como bebezões de trinta anos que ainda moram com os pais.





Os pensamentos evaporaram quando avistei um homem alto e forte, aparentando ter quase uns quarenta anos surgindo das sombras.




– É esse o moleque que vai pagar sua dívida? - Franzi o cenho, algo remexendo dentro de meu estômago. Esperei pela resposta de Luke, sem saber o que estava acontecendo ou do que estavam falando. Eu nem desconfiava que eles fariam parte dos meus piores pesadelos.



– Sim, ele vai. - Respondeu friamente, tentando parecer corajoso, mas eu sabia que não era bem assim. Ele estava morrendo de medo, tanto quanto eu.




Eu? - perguntei completamente confuso. Estava sentindo o cheiro de confusão naquele beco - ou talvez fosse o horrível cheiro de bebida misturada à outra coisa (qual não consegui identificar) me confundindo. - E que dívida é essa? O que você andou aprontando, Luke? - Fiquei aborrecido. Já estava cansado de ser o mais novo e sempre lhe dar sermões do que era certo e errado. Ele costumava confundi-los constantemente.





– Seu amiguinho compra minha mercadoria e depois não quer pagar. Ele sabe o que acontece com quem não paga o que deve à mim... - soltou uma rouca gargalhada de arrepiar, depois nos olhou sério e finalizou - ...morte.





– Eu não vou pagar nada! - Falei sem pensar, mas na verdade eu não tinha dinheiro mesmo. Rico é meu pai, o que é muito diferente.





A surpresa me perpassou juntamente com o medo. Eu não tinha ideia, não tinha consciência de que Luke poderia se meter em algo tão perigoso assim. Ainda não tinha ideia do que podia ser essa 'mercadoria' mas só de pensar, me dava arrepios.





Minha prioridade era fugir. Sair dali rapidamente antes que a coisa começasse a ficar realmente feia - o que pode ser um tanto difícil sendo que metade das pessoas naquele beco era feia pra caramba!





Mesmo estando irritado com Luke, entendi que se não o levasse comigo seria sacanagem.





Tipo, ele pode ter aprontado, mas pelo jeito não me deixaria em um beco com três grandalhões se fosse o contrário. Pelo menos eu acho que não.





– Você vai pagar a dívida, não vai? - perguntou Luke, tremendo, apontando discretamente para um dos grandões 'guarda-costas' que coçava o queixo com uma 38.





Resolvi raciocinar. Tinha que engana-los para conseguir sair dali. Prioridade máxima, tentar ser esperto o suficiente.





– É, vou. - disse encarando Luke com aborrecimento, mas ao mesmo tempo, dando um sinal quase imperceptível de que tudo estava sob controle, ou quase.





– Ótimo. Ótimo. - disse o chefão juntando as palmas das mãos uma contra a outra. Recuei uns dois passos. Felizmente, nenhum deles notou.





– Quem é você afinal? - perguntei querendo ganhar tempo





– Sou conhecido como Cronos, garoto. - disse ele sem parecer dar muito interesse. Provavelmente, ele tinha escolhido esse nome porque dava uma sensação de "sou o todo poderoso. Siga minhas regras e viverá feliz. Se não seguir, irá fazer uma visita ao Inferno mais cedo do que planeja"





– Eu vou trazer o dinheiro. Mas está ali, na esquina, junto com um amigo meu. - menti descaradamente. É, não pareceu muito convincente, nunca fui muito bom em inventar desculpas, mas isso poderia distraí-lo.





Dou alguns passos para trás e Luke me segue. Então, Cronos mudou sua feição de "Poderoso Chefão" para "Você vai ter uma morte dolorosa".





Fiz minha maior cara de inocente, andando ao lado de Luke até conseguir sair do beco. A única coisa em que conseguia pensar no momento era que deveria [i]correr pra valer[/i].





O medo me atingia mais forte do que a garoa da madrugada enquanto eu corria ao lado de Luke. Viro a esquina quase caindo e meu amigo está mais à frente, em vantagem.





Me senti mal após ouvir um barulho, como um tiro de fato. Continuei correndo, mas a dor continuava a me atingir. Luke tinha sumido de vista, e de repente, cai em cima de alguém. Outro disparo e o ruído de passos apressados. Imaginei tudo na hora, menos que eu tivesse caído em cima de uma garota loira. Seus olhos eu não conseguia ver direito pela má iluminação na rua, mas podia ver perfeitamente sua careta de dor e ouvir o grito que saiu de sua boca. Algo que despertaria qualquer um.





Meu medo aumentou. Estava ferido, mas não ligava tanto assim. A garota estava machucada e a culpa era minha. Reuni forças e saí de cima dela, caindo pro lado.





Tudo começou a ficar desfocado, e de repente escureceu.




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Notas finais do capítulo

Olá povo!!! Sou eu Livia. Bom, espero que vocês tenham gostado do capítulo. Minha primeira fic Percabeth então, deixem reviews. Bjs.