It's A Small World escrita por JFah


Capítulo 5
Um pouco de drama


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, espero que gostem. A história está na reta final !



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Era uma noite como outra qualquer no hospital: algumas cirurgias, algumas emergências, alguns estresses, nada fora do comum. Mark, Callie e Arizona haviam almoçado com Carmen aquela tarde e ainda estavam comentando sobre a delícia de prato que tinham feito e como a companhia familiar fora agradável nos pequenos momentos que se encontraram durante o plantão. 

Arizona estava no pronto socorro e ouviu uma enfermeira atender um telefonema que não chamou sua atenção:

-Sim, estamos aguardando- A funcionária respondeu como de costume e quando desligou avisou em voz alta para os presentes- Preparem a emergência, houve um acidente em um evento e algumas pessoas gravemente feridas estão chegando.

Todos seguiram aos seus postos. Médicos foram aguardar a ambulância do lado de fora, mas como a princípio não tinha nenhuma criança envolvida, Arizona continuou atendendo sua paciente de 11 anos que alegava fortes dores no estômago. 

Alguns minutos depois duas macas entraram em velocidade sendo empurradas por Owen e mais um coletivo de médicos em direção as salas de trauma. O único detalhe que Robbins viu foram os trajes de gala machados de sangue. Enquanto sua mente tentava lembra-la de algo ouviu um murmuro dos enfermeiros na cama ao lado:

-Parece que era uma premiação de filme ou teatro, algo assim- O primeiro afirmou.

-Será que tem alguém famoso?-A segunda parecia pouco preocupada com os feridos.

A conversa fez Arizona gelar, não era possível que houvesse duas premiações em Seattle na mesma noite. Tentou lembrar-se do vestido que Carmen estava usando para ver se era de um dos feridos que tinham entrado a pouco, mas a cor não era a mesma. 

Os pais de sua pequena paciente estavam com os olhos aflitos esperando uma posição, então ela afastou um pensamento ruim sobre o acidente e formou uma resposta:

-Olha, eu vou passar alguns exames para poder dar um diagnóstico, mas acredito não ser nada grave.

-Obrigada doutora- A mãe respondeu.

Mais pacientes entraram enquanto a médica pedia os exames e dava entrada na menina, não tornando possível ver se Carmen estava no meio. Quando finalmente terminou foi procurar pela enteada.

-Arizona!- A voz reconhecida a chamou de um leito.

Carmen estava sentada e aparentemente bem, apenas com alguns cortes no rosto. Seu vestido estava rasgado mostrando suas pernas e o pedaço retirado do traje envolvia o seu braço direito sujo de sangue. Um interno fazia a avaliação de seus ferimentos.

-Nossa, que susto que eu levei- Arizona respirou aliviada, indo de encontro aos dois, pelo estado que os primeiros pacientes entraram encontrar Carmen daquele jeito era reconfortante. 

-Imagina eu! O palco cedeu durante a premiação de uma categoria antes da minha. O vencedor estava discursando quando caiu tudo. Os que estavam nas primeiras fileiras também não escaparam, eu estava na segunda e ainda me machuquei um pouco. 

-Esse foi um prêmio que quem perdeu deve estar agradecendo bastante.- O interno comentou.

-Pois é. Essa é irmã da Drª. Torres, você não pode dar um deslize- Arizona pensou melhor reavaliando a qualidade do atendimento de um interno- Na verdade eu posso chamar a Callie e o Mark para dar um jeito nisso ai.

-Não se preocupe Drª. Robbins, é só uma sutura e um braço quebrado.

-É, mas eu sou atriz- Carmen também parecia preocupada com o amadorismo- Não posso me dar o luxo de ficar um uma cicatriz feia ou um braço mal concertado.

-Eu vou chamá-los. Está dispensado- O interno não parecia nem um pouco feliz com a decisão, mas foi procurar outros ferimentos. 

Enquanto Arizona saia, uma mulher descabelada com o salto na mão, mas vestida de acordo com os convidados do evento se aproximou delicadamente. Já de costas, ela só ouviu a desconhecida dizer:

-Com licença, Carmen Torres? Eu sou sua fã, estava torcendo para que ganhasse o prêmio. 

Arizona descobriu através do quadro que sua mulher havia entrado em uma cirurgia de emergência em um dos pacientes que estavam em grave estado, mas achou Mark, e o levou para Carmen, que agora não tinha apenas uma mulher em volta, mas umas dez, incluindo duas enfermeiras que fingiam fazer algo importante. 

-Da onde surgiram essas mulheres todas?- A loira comentou com o amigo enquanto se aproximavam.

-E olha que elas nem viram a roupa que ela usa para se alongar. 

Os dois riram lembrando a cena que provavelmente nunca vão esquecer.

-Licença- Ele entoou sua voz grossa enquanto passava pelas mulheres- Preciso checar minha paciente.

-Mark Sloan- Carmen sorriu- Eu achei você sexy de samba canção, mas de roupinha de médico é quase um fetiche.

-Eu ouço esse tipo de comentário com mais frequência que imagina- Ele estava querendo se gabar, mas não surtiu o efeito que queria. Ali ele não era o personagem principal. 

Arizona e Carmen riram com a situação, então a morena resolveu não insistir para não mexer mais com o ego dele.

-Eu quero ver se é bom mesmo no que faz, não posso ficar com essa cicatriz no rosto.

-Ah, uma cicatrizinha não é nada, ninguém vai nem reparar- Uma das mulheres aleatórias disse.

As outras concordaram para incentivar.

-Eu não sou apenas bom, sou excelente! Você não vai nem se lembrar aonde foi o corte. 

Mark estava suturando o corte com a plateia feminina, mas o procedimento foi interrompido por uma Callie preocupada.

-Como ela da entrada no hospital e eu não tomo conhecimento disso?!

Ela foi afastando as mulheres e verificando a paciente familiar.

-Eu te procurei, mas você estava em cirurgia, acabou tão rápido assim?

-Nós teremos que esperar, se continuássemos ele não ia resistir.

Callie estava mexendo cuidadosamente no braço enquanto os olhares desconhecidos e aflitos esperavam um diagnóstico. Agora parecia que haviam umas quinze. “Dá onde elas estão surgindo?” Arizona pensou.

-Não foi nada grave, vai precisar de um gesso, mas se cuidar direitinho vai ser uma recuperação tranquila. –E Callie finalmente reparou no excesso de gente- Quem são essas pessoas? 

-São algumas amigas e admiradoras que estavam lá na premiação comigo. Essa é minha irmã. 

Algumas apertaram sua mão, mas a maioria apenas sorriu analisando a boa genética da família. Arizona teve vontade de se apresentar também, deixando bem claro que ela não estava disponível, mas Carmen se adiantou:

-E essa é a mulher dela, Drª Robbins.

Ela jurou que ouviu um “que pena” bem baixinho, mas não pode identificar de onde veio. Callie sorria um pouco desconfortável, mas gostando da aprovação. 

-Eu terminei com as suturas, acho que a Drª Torres já pode continuar com o tratamento.

Esse Mark que não gosta de ser deixado de lado foi útil para Arizona, que continuou:

-Então eu acho melhor deixarem elas sozinhas, vocês podem aguardar na sala de espera.

A namorada ligeiramente ciumenta fechou a cortina e indicou o lugar para os fãs da família Torres se moverem. Mark ajudou no processo e ela agradeceu no final:

-Obrigada, não estava gostando muito daquilo.

-Eu percebi, aquelas mulheres estavam com um olhar que eu conheço muito bem, só que não era nem para mim, nem para você.

O Pager de Arizona tocou, ela terminou a conversa com um “pois é” e correu para sua emergência. Ela não queria ficar muito longe da sua namorada naquele momento, mas criancinhas doentes são mais importantes do que ciúmes, pelo menos é o que é para ser. 


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo é para dar uma pitadinha de Shonda na história. Afinal, ninguém sai ileso do Seattle Mercy West Death Hospital.
Esse foi o penúltimo :)



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